terça-feira, 22 de janeiro de 2019

5 IDEIAS QUE PODEM MUDAR SUA SINA NA ENTREVISTA DE EMPREGO

Especialista em comunicação sugere alguns princípios básicos para encarar a entrevista com mais leveza e eficiência

Primeiro, a oportunidade profissional atraiu seus olhos. Depois, foi a vez do currículo cativar a empresa ou headhunter. O resultado da interação rendeu um convite para fazer uma entrevista de emprego. O momento em que, olhos nos olhos do recrutador, a carreira de qualquer profissional pode mudar.
A pressão não poderia ser menor. E as chances de sucumbir a ela, idem.
O problema está na maneira como se encara esta etapa da seleção. Na prática, muita gente se esquece de que, antes de tudo, a entrevista é um diálogo e que a pessoa do lado de lá da mesa está interessado em conhecê-lo melhor.
Agora, para que isso aconteça, é essencial atentar para alguns princípios básicos de comunicação - como ouvir o recrutador e não apenas vender a si mesmo. Confira quais os conceitos que você não pode se esquecer durante a entrevista de emprego:

Desarme-se, você não está em um interrogatório
“Não se deve sentar na cadeira como se fosse interrogado pela polícia. Reto, sem respirar”, descreve Joyce Baena, da consultoria La Gracia. Como ela mesma diz, antes de tudo, a entrevista de emprego deve ser encarada como uma conversa. Nada além disso.
Só tome cuidado para não abusar na informalidade. É uma conversa? Sim. Mas não em uma mesa de bar. “Você não pode ficar desleixado como se estivesse falando com seu melhor amigo”, diz.
Na prática, a medida é ser leve sem perder a compostura.

Também não está em uma sabatina
Munir-se de informações sobre a empresa antes da entrevista é essencial. Isso não significa, contudo, que você deve repetir tudo o que aprendeu para o recrutador. “Ele não quer que você fale coisas que ele já conhece”, afirma a especialista.
Neste grupo estão os famosos clichês de entrevista decorados com afinco por aí. “A pessoa se engessa de uma tal maneira que chega armada”, diz.
Com um monte de fórmulas prontas na cabeça, o candidato pode perder a capacidade de processar a informação que está sendo transmitida pelo recrutador por meios verbais - ou não.
“Você até pode ter estudado como irá responder, mas deve ir desarmado, aberto a tudo o que acontecer”, diz Joyce. E, pronto para conectar sua experiência prévia com o que é colocado na mesa pelo recrutador.

Tome notas
Uma estratégia para possibilitar este processo é levar um caderno de anotações para a entrevista. Isso mesmo. Além de dar um objetivo para as mãos (que tendem a canalizar muitos sintomas de nervosismo), o objeto pode ser um forte aliado para elaborar suas respostas.
“Anote os pontos mais importantes para organizar o raciocínio”, sugere Joyce. “Isso demonstra objetividade e estratégia”.
Só não vale ficar com o rosto grudado no papel sem faer contato visual com o recrutador. Use o caderno apenas para escrever pontos importantes.

Permita o silêncio
Não tenha medo das pausas - e nem do inquietante silêncio que jaz entre a pergunta e sua resposta.
A entrevista não é uma corrida contra o tempo em que ganha quem responder mais rápido. Respeite seu pensamento lógico ao dar a ele condições para elaborar uma boa resposta.
“Quando o recrutador estiver falando, não fique formulando milhões de respostas na cabeça”, aconselha a especialista. “Permita-se uma pausa. Na ansiedade, para impressionar, você pode falar sem pensar”.
E, nunca interrompa o recrutador.

Tire o foco do umbigo
OK, a entrevista de emprego existe exatamente para que o recrutador o conheça melhor. Isso não é justificativa, porém, para ativar o botão narcisista e falar apenas de si.
“Ao se vangloriar, a pessoa pode sair do foco”, diz a especialista. Então, como fazer marketing pessoal neste contexto? “Traga algo externo que fale sobre você. Pode ser um caso, uma experiência, um resultado, algo alinhado com a necessidade da vaga”, afirma Joyce.

Fale só a verdade - literalmente
Além de não mentir - em hipótese alguma -, sempre passe informações que você acredita e que demonstrem quem você é, de verdade. Segundo a especialista, a pior experiência que um recrutador poderia ter na entrevista é perceber que a resposta foi manipulada - mesmo que sutilmente.
Por Talita Abrantes
Fonte Folha de S. Paulo