Poder de influência pode fazer toda a diferença na
hora de atingir o resultado, mas alguns profissionais tomam atitudes que têm o
efeito inverso. Confira:
Conversa: abordagem incorreta faz cair por terra o
poder de influência, diz especialista
Em
muitos momentos da vida profissional o resultado final de um projeto ou de uma
tarefa depende da ação de várias pessoas. A falta de engajamento de um funcionário
pode colocar todo o esforço em equipe a perder.
É
neste momento que, mesmo sem ser chefe, o poder de influência vai fazer toda a
diferença. O problema é que muitas pessoas, na tentativa de influenciar seus
pares, acabam cometendo erros que têm o efeito contrário: criam ainda mais
conflitos profissionais.
Confira
quais são os equívocos e as atitudes recomendadas por Rubens Pimentel Neto,
sócio da Ynner Treinamentos, reverter o cenário:
1 Usar poder inexistente
Uma
tática comum para influenciar uma pessoa é apostar no nome de alguém poderoso.
Não é mais você quem está pedindo o relatório, é o diretor geral, é o
presidente, é aquele cliente temido por todos.
“A
pessoa acaba usando um poder que não existe”, diz Neto. Essa estratégia, diz
ele, é bem sucedida por tempo limitado. “Até o outro perceber e usar como
antídoto o nome de uma terceira pessoa”, diz o sócio da Ynner.
2
Encarar o outro como inimigo
Se
o atraso no trabalho de uma pessoa vai prejudicar o resultado de todos, não é
difícil imaginá-la como “inimiga”. E para piorar o cenário ela não tem a menor
obrigação de colaborar com você ou com a sua demanda e, mesmo assim você
precisa dela para cumprir a meta.
De
acordo com Neto, o viés negativo é o caminho mais rápido para criar conflitos.
“É melhor ver o outro como aliado em potencial e não como inimigo”, diz.
3 Não ser objetivo na comunicação
Usar
o jargão técnico da sua área de atuação na hora comunicar as prioridades do
projeto para a equipe de outro departamento é um tiro no pé. “Muitas vezes a
forma com que a pessoa aborda o tema pode não deixar claro qual é a importância
daquela atividade”, diz Neto.
Segundo
ele, há que se fazer ajustes para que todos entendam. Da mesma forma, dizer que
tudo é prioritário, tudo é urgente na tentativa de forçar o rápido engajamento
pode ter o efeito inverso. Objetivos e prioridades devem ser definidos claramente
e a distinção entre o que seria ideal conseguir e o que é absolutamente
necessário também.
4 Empatia zero
Não
levar em conta a motivação, os interesses, os comportamentos e as possíveis
reações do outro compromete o seu poder de influência. De acordo com Neto, a
falta de empatia colabora para um clima de desconfiança.
A
necessidade de influenciar alguém passa necessariamente pela compreensão do
universo desta pessoa, segundo o especialista. É isso que servirá de base na
hora de se preparar para fazer uma abordagem.
5 Não cuidar da própria reputação
Como
cobrar atitudes dos outros quando as suas não são as mais adequadas? Nunca
atender às solicitações dos colegas, ficar de mau humor quando alguém pede uma
informação ou faz uma pergunta são comportamentos que levam ao isolamento, diz
Neto.
6 Só pedir sem oferecer nada em troca
“Se
a moeda de troca para a pessoa é a disponibilidade, mas eu nunca estou
disponível naturalmente vou ter dificuldade em conseguir uma colaboração”, diz
Neto. Identificar a moeda de troca é a regra de ouro na hora de influenciar.
“Saber
que tipo de moeda de troca o outro valoriza é o caminho mais eficaz para
conseguir atingir os resultados que precisa”, explica o especialista.
7 Não investir no relacionamento interpessoal
O
egoísmo é o vilão do relacionamento interpessoal. Usar o estilo de comunicação
sem pensar nas preferências do outro é um dos erros de quem não desenvolve um
comportamento colaborativo.
Há
os que gostam de entender o sentido do trabalho e aqueles que querem sair logo
executando algo. “Entender os diferentes estilos é melhor a forma de ajustar
sua comunicação e evitar inseguranças e resistência”, diz Neto.
Por
Camila Pati
Fonte
Exame.com