Especialistas afirmam que reprovação, muitas vezes, é
causada por estresse e nervosismo, e não por falta de conhecimento
O
cuidado com os aspectos emocionais é tão decisivo para a aprovação dos
candidatos quanto os estudos. Muitas vezes, a reprovação é causada não por
falta de conhecimento sobre os assuntos cobrados na prova, mas por questões
subjetivas, como ansiedade e estresse. Por isso, de acordo com especialistas, é
preciso investir também em preparo emocional.
Psicóloga
educacional do Universo do Concurso Público, Aline Cataldi explica que alguns
sinais podem denunciar um possível desequilíbrio emocional por parte do
candidato, como pensamento negativo, dificuldade de concentração e
esquecimentos durante a prova. De
acordo com Leonardo Pereira, diretor do IOB Concursos, atitudes simples podem
ajudar a minimizar os impactos emocionais causados pela rotina de estudos.
“Esporte é uma dica maravilhosa, principalmente os que envolvem concentração e
contato, como as lutas marciais. Outra atividade muito recomendada é a
meditação, que ajuda no alcance do equilíbrio interno”, recomenda.
O
apoio de pessoas próximas, como família, amigos e cônjuge, também é fundamental
para minimizar a instabilidade. No entanto, essas mesmas pessoas devem evitar o
excesso de cobrança, que aumenta a tensão. “Quando o candidato acredita que
deve a essas pessoas alguma satisfação pelo investimento no projeto de
aprovação, é negativo. Mas, claro, a caminhada é muito mais fácil quando se tem
o apoio das pessoas que ama”, diz Leonardo.
Atenção aos sinais
PENSAMENTOS
De
acordo com a psicóloga Aline Cataldi, os problemas emocionais começam a partir
de pensamentos negativos por parte do candidato. “Com a mudança de pensamento,
os sentimentos serão mais esperançosos e positivos, gerando comportamentos
muito melhores”, incentiva.
SENTIMENTOS
Sentir
medo, ansiedade e desespero é comum entre candidatos a concursos públicos. O
problema é que isso gera comportamentos negativos, como desistir da prova, pular
questões ou deixá-las em branco.
REAÇÕES FÍSICAS
O
candidato desequilibrado emocionalmente costuma ter dificuldade de
concentração, esquecimentos, náuseas, taquicardia, mãos suadas e dor de
barriga. Para minimizar esses efeitos, é fundamental dormir o suficiente, se
alimentar bem e fazer exercícios físicos.
Psicologia pode ajudar os candidatos
Se
o candidato percebe que não consegue dominar sozinho a ansiedade e a
insegurança, pode ser importante procurar a ajuda de um profissional. De acordo
com Leonardo Pereira, não existem requisitos para indicar os casos de
acompanhamento psicológico. “Análise e acompanhamento pessoal devem ser vistos
como ferramentas de uma vida com mais qualidade no dia a dia”, avalia.
Já
a psicóloga Aline Cataldi acredita que o apoio de um profissional pode ajudar o
candidato a superar o pessimismo que atrapalha a preparação. Ela explica: “A
partir do momento que conseguimos prestar atenção nas coisas que passam pela
nossa cabeça, podemos tentar modificá-los por pensamentos mais otimistas e
adequados à situação”.
VIVA VOZ: Juarez Lopes, diretor do curso IOM
“É
importante que um dia antes da prova o candidato dê um tempo nos estudos e
relaxe. Se possível, mude a rotina, para chegar na prova com aquela sensação de
dever cumprido. Estudos de última hora podem prejudicar o candidato, pois
aumentam o estresse e provocam o esquecimento. O lado emocional reprova tanto
quanto a falta de conhecimento e retenção do conteúdo estudado. Por isso, o
apoio da família, dos amigos e do companheiro (a) é fundamental para o
candidato, que costuma se isolar”.
Por
Stephanie Tondo
Fonte
O Dia Online