Especialistas recomendam planos de previdência para
ter uma aposentadoria tranquila
O
teto da aposentadoria pelo INSS caiu cerca de 70% em 40 anos: equivalia a 20
salários mínimos na década de 1970, e hoje é de apenas 6,1 (R$ 4.157,05). Com o
envelhecimento da população, a expectativa é que o teto ainda caia mais. Ainda
assim, apenas 5% da população se preocupam em complementar os ganhos com um
plano de previdência privada, apontou estudo da Serasa Experian. Quase metade
da população (48%) não faz qualquer reserva para o futuro, enquanto 42% aplicam
apenas no INSS.
Para
o consultor financeiro Mauro Calil, é importante ter um plano de previdência
privada para complementar o benefício do INSS, mas não se deve descarregar
todas as esperanças nele.
“Sozinho,
ele não vai garantir o futuro. Por isso é chamado de complementar, e não de
completa”, explica.
Quanto
mais cedo for planejada, mais fácil será a construção de um patrimônio para o
futuro. O ideal é que o prazo para o resgate do capital seja maior do que 20
anos. Abaixo disto, será preciso entrar com aporte bem maior, para compensar o
tempo perdido. “Em menos de dez anos é impossível formar um patrimônio considerável
para o futuro”, alerta Calil.
INVESTIMENTO DIVERSIFICADO
O
investimento pode ser diversificado, para aumentar a segurança. É possível
montar uma carteira de longo prazo investindo em vários ativos. Se o investidor
for disciplinado, ele pode formar seu patrimônio por conta própria, sem a ajuda
de um intermediário.
Já
os mais descontrolados financeiramente devem recorrer a um profissional para
orientá-los sobre as melhores formas de investir.
Divididos
entre planos individuais VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e PGBL (Plano
Gerador de Benefício Livre), estes produtos são ideais para quem tem menos de
30 anos, observa Roberto Mohamed, especialista em previdência e fundos de
pensão.
“Nesta
faixa etária é possível fazer aportes menores e construir uma boa reserva”,
afirma. Já a partir dos 30 anos, em sua visão, estes planos passam a ser menos
vantajosos, a menos que a pessoa tenha uma boa quantia em dinheiro guardada
para compensar o tempo perdido.
OUTRAS APLICAÇÕES
FUNDOS COLETIVOS
Conhecidos
como previdência complementar fechada, estes fundos patrocinados por empresas
que oferecem o benefício para atrair e reter talentos são a alternativa mais
rentável para completar a aposentadoria do funcionário.
RENDA VARIÁVEL
Investir
em renda variável no longo prazo pode garantir rendimentos mais robustos no
futuro, apesar dos riscos implicados. Nesta categoria, dois mercados são
indicados: ações de empresas e fundos imobiliários. No primeiro caso, é
recomendável comprar ações mais conservadoras, de empresas mais sólidas e que
tenham tradição de pagar dividendos todos os anos aos acionistas.
CARTEIRA DE INVESTIMENTOS
Outra
estratégia é formar patrimônio por meio de carteira com um ‘mix’ de três tipos
de investimento: renda fixa, renda variável e imóveis. No primeiro caso,
recomenda-se investimentos com baixa taxa de administração e dispensa a
caderneta de poupança.
TESOURO NACIONAL
O
Tesouro Direto é apontado como investimento com bons rendimentos para o longo
prazo.
Por
Taís Laporta
Fonte
O Dia Online