para lidar com esse profissional que tem como
política de crescimento bajular superiores
No
trabalho, nos deparamos com todo tipo de profissional: o caxias, o irritadinho,
aquele que fica sempre na dele e, como não podia deixar de ser, o puxa-saco. O
bajulador é um clássico no ambiente corporativo: classifica as pessoas por
cargos, está sempre pronto a elogiar o chefe, de forma discreta ou
escancaradamente, e se aproveita desta prática para manter a segurança que
precisa para se manter empregado.
—
De longa data, o puxa-saco, bajulador ou servil, faz parte de qualquer
sociedade, e no ambiente corporativo não é difícil encontrar um desses de
plantão. Mas há exceções, é preciso ressaltar que existem pessoas que são
solícitas naturalmente, sem forçar a situação — afirma Ylana Miller,
sócia-diretora da Yluminarh e professora do Ibmec, lembrando que existem
algumas características que são particulares do puxa-saco: pode ser uma pessoa
insegura, medíocre ou ambiciosa.
Para
Ylana, o profissional que se utiliza desse recurso pode até conseguir alcançar
seus objetivos de curto prazo, mas terá muitas dificuldades para mantê-los:
—
É um profissional imediatista, que constrói uma trajetória de carreira frágil e
sem sustentabilidade.
Ela
alerta que o bajulador pode acabar contaminando o ambiente de trabalho, mas,
para existir este tipo de profissional, é porque muitas vezes existe um chefe
aberto a este tipo de situação.
A
especialista diz que são três os tipos mais comuns de puxa-saco: o ombro amigo,
o oportunista e o bonzinho. Na sua opinião, ao adotar um desses “personagens”,
o profissional está se autossabotando ao investir em bajulação para manter a
sua empregabilidade, ao invés de acreditar no seu potencial e investir, sim, no
seu desenvolvimento profissional:
—
Investir na bajulação como um caminho mais fácil é deixar de acreditar em si
próprio.
Ylana
listou os tipos mais comuns de puxa-saco e mostra como identificá-los:
Ombro amigo
É
aquele que está bastante ligado na vida pessoal do seu chefe, está disponível
em qualquer situação corriqueira. Por exemplo: se o chefe está se separando,
ele larga tudo que está fazendo para dar atenção. Ele até vai assistir ao jogo
do time que não é o dele, se for o time do chefe, para agradar. Ele vai ter uma
chance de êxito se esse chefe for uma pessoa difícil e de poucos amigos.
Oportunista
É
aquele que não abre espaço para ninguém se aproximar do chefe. Tem um pouco
mais de malandragem no que faz porque está mais ligado no que está acontecendo.
O oportunista não é tão bonzinho assim. Ele se aproveita das situações que tem,
mas com um pouco mais de esperteza.
Bonzinho
É
aquele que tem sempre um sorriso nos lábios e nunca diz não. É excessivamente
disponível e acata qualquer tipo de ordem esperando uma promoção e um
reconhecimento profissional que nem sempre vai vir por esse motivo. Ele sempre
vai engolir a sua vontade e o que pensa em prol de bajular o chefe.
Fonte
O Globo Online