sábado, 15 de março de 2014

PERAMBULAR PELOS BAIRROS E RUELAS ESCONDIDOS DE PARIS É O MELHOR JEITO DE REDESCOBRIR A CIDADE


Quatro dias após minha chegada a Paris, eu comprei um guarda-chuva. Estava chovendo de modo intermitente o tempo todo e durante minhas caminhadas diárias eu levava meu casaco leve à prova d’agua – verde claro – que eu desenrolava e vestia ao primeiro sinal de chuva, muitas vezes o retirando poucos minutos depois, quando o céu clareava temporariamente. Aquilo era uma tolice, eu continuava dizendo a mim mesmo. Tinha que haver uma maneira melhor.
Mesmo assim, minha intenção nunca foi especificamente comprar o guarda-chuva. Foi apenas quando, em uma manhã de segunda-feira, eu decidi dar uma volta pelas ruas de Saint-Germain-des-Prés, o bairro na moda na Margem Esquerda, que fui tomado pelo impulso. E ele veio, apropriadamente, diante de uma loja de guarda-chuvas no Boulevard Saint-Germain.
Mas não era uma mera loja de guarda-chuvas. Era a Alexandra Sojfer, e em suas vitrines estavam exposições deslumbrante de sombrinas e guarda-chuvas, com babados, brilhantes e elaborados – não exatamente meu estilo – mas mesmo assim guarda-chuvas. Lá dentro, eu perguntei sobre os produtos, e a lojista, uma mulher loira agradavelmente amistosa, que mais tarde percebi ser a própria Sojfer, me contou que a empresa está no ramo de guarda-chuvas desde 1834 e que, sim, eles tinham modelos mais masculinos, utilitários. Ela me mostrou dois modelos, um longo e um curto, ambos com alça de madeira entalhada.
“Mas você sabe”, eu disse, “eu venho de Nova York, onde o vento é forte e as ruas estão repletas de esqueletos de guarda-chuvas mortos”.
Não se preocupe, ela disse. Se qualquer uma das varetas de metal fosse danificada, eu poderia simplesmente devolvê-lo à loja para ser consertado.
“OK”, eu disse, erguendo um curto e cinza, “eu vou levá-lo”.
Então ela levou o guarda-chuva para trás do balcão e me cobrou 240 euros.
Eu lhe entreguei um cartão de crédito.
Nos 10 minutos que se seguiram, enquanto eu tomava um café espresso que ela me fez e preenchia o formulário francês de desconto de imposto, eu tentei entender o que tinha acontecido. Eu realmente tinha gasto 240 euros (aproximadamente US$ 320, com o euro cotado a US$ 1,33) em um guarda-chuva, que, embora robusto, não era significativamente diferente de um guarda-chuva de 24 euros? Com o reembolso do IVA, é claro, eu teria um desconto de 39 euros, e certamente este café valia ao menos 1 euro, então eu realmente gastei apenas 200 euros. Apenas.
Uma coisa era certa, eu pensei enquanto saia da loja em uma manhã repentinamente ensolarada e sem chuva: aquilo era algo que eu nunca tinha feito em Paris – e nunca imaginei que faria – e era exatamente o motivo para estar aqui, para descobrir que experiências novas poderia extrair de uma cidade que visito a cada dois ou três anos desde 1994. Eu já estive aqui no frio de dezembro, no calor escaldante de agosto, nos gloriosos dias de fim de primavera e início do outono, quando a cidade está no auge de sua beleza considerável. Eu já vim sozinho e com a família, para visitar a mulher com quem posteriormente me casei e para tentar sobreviver com poucos dólares por dia, como o Viajante Frugal para o “New York Times”. Paris foi onde eu provei pâncreas pela primeira vez, onde comprei meu primeiro terno, onde aprendi que é OK ir embora de um restaurante que o trata mal. Eu conheço Paris, não perfeitamente, mas bem.
Nos últimos anos, minhas atividades cada vez mais se concentravam em uma área relativamente restrita, os bairros da Margem Direita que se estendem do Marais, o antigo bairro judeu que se transformou no shopping ao ar livre da moda, até Montmartre, do outro lado do elegante, burguês e boêmio Canal Saint-Martin, e descendo ao bairro imigrante de Belleville e à agitação de bares e cafés ao redor da Bastilha. Ao mesmo tempo, meu grupo de amigos parisienses se expandiu e cristalizou; eu sempre tinha uma turma de prontidão sempre que saia do metrô.
Mas enquanto me preparava para uma visita de uma semana no início de setembro, eu não queria apenas voltar aos meus lugares favoritos e chafurdar na nostalgia. Eu queria ver se era possível reexperimentar Paris como se fosse a primeira vez, para me surpreender com a realidade do lugar, em vez de me confortar em sua familiaridade. Como buscar o “novo” em Paris é problemático, em uma cidade onde a mudança ocorre a contragosto, quando ocorre, eu concentrei minha atenção no ainda desconhecido. Como poderia não haver deliciosos restaurantes, galerias de arte, redutos de imigrantes pouco conhecidos e clubes de jazz underground que eu nunca descobri?

Em busca do "novo"
Essa certamente seria uma missão quixotesca, autocontraditória, mas ainda era uma missão, e no meu primeiro dia, eu fracassei quase completamente. Chegando do outro lado do Sena, vindo da Catedral de Notre-Dame – praticamente o centro geográfico da cidade – eu estava cercado por bairros que já conhecia: Marais, o Bairro Latino, Bastilha. E à medida que eu andava (e andava e andava) para escapar deles, o jet lag, o cansaço e a garoa do céu cinzento conspiraram para drenar a minha energia. O almoço na tranquila Île Saint-Louis foi um achado –ostras Gillardeau e frango caipira no discreto Auberge de la Reine Blanche – mas passou como um piscar. E naquela noite precisei de cinco tentativas para encontrar um quarto de hotel disponível a preço acessível. Ao pôr-do-sol, quando tomei meu primeiro banho do dia, eu me perguntei como poderia continuar com isso.
Mas descobri no dia seguinte. Com minhas pernas descansadas (apesar de ainda inquietas), eu marchei para o norte até Montmartre, o bairro no alto do morro no 18º Arrondissement, famoso por moinhos de vento, cabarés e da Basílica do Sacré-Coeur. Havia sol e o ar estava fresco, e embora pensasse que conhecia Montmartre, eu continuei encontrando pequenas surpresas, como os muros altos e serenos ao redor do Cemitério de Montmartre e as placas identificando as antigas casas de compositores famosos (aqui Berlioz, ali Satie). Quando eu dobrei uma esquina para a Rue Saint-Vincent, uma rua tranquila que passa pelo vinhedo Clos de Montmartre, eu tive um flash: esta é a rua da canção de Yves Montand que eu adoro! (Eu não sou nenhum entendido de canções do pós-guerra; eu a ouvi na trilha sonora do filme “Três É Demais”.)
Assim quando, poucos minutos depois, eu avistei um ponto comercial chamado Studios Paris anunciando aluguéis de curto prazo, eu tomei uma decisão. Caminhar por Paris era divertido; carregar todos os meus pertences comigo, faça chuva ou faça sol, nem tanto. Mas um apartamento seria mais do que um armário glorificado ou um lugar para um cochilo à tarde – seria um cantinho de Paris para considerar meu. Então entrei na Studios Paris.
Uma hora depois, eu estava olhando pela única janela do Ninho da Águia, o meu recém-reformado sótão no sétimo andar, que pode ter a melhor vista de Paris em Paris. A vista de Montreuil, no leste, a Bois de Boulogne, era desobstruída: as torres, os domos, os telhados de mansarda, a sugestão ligeiramente sinuosa do Sena. Pelos próximos seis dias, eu olharia para essa vista todas as manhãs bebendo meu café. Eu olharia para essa vista ao pôr-do-sol, depois de voltar de minhas andanças para tomar uma ducha, descansar e tomar um copo de vinho. Eu olharia para ela durante a chuva, e à meia-noite, quando holofotes giram em torno da Torre Eiffel. O apartamento em si podia ter apenas 14 metros quadrados, com banheiro privativo no lado de fora, no corredor, mas a minha sala de estar era toda Paris.
E no meu quintal, Montmartre, que eu percebi que não conhecia tão bem. Naquela primeira noite, na esquina onde a Rue Garreau encontra a Rue Durantin, eu vi uma mulher com um cabelo encaracolado impressionante sentada em um degrau, enrolando um cigarro com concentração máxima. Logo acima dela, na janela alta e estreita do segundo andar de um prédio no estilo do edifício Flatiron, outra mulher dançava na frente de um espelho, testando seu traje de noite. E do outro lado da rua de paralelepípedos, as luzes de La Part des Anges – um restaurante aconchegante com mesas ao ar livre, onde uma mãe balançava um bebê – banhavam a cena em um brilho dourado.
Eu fiquei lá absorvendo tudo: os ângulos dos prédios, o contraste entre o céu escuro e as luzes elétricas suaves, a energia e a expectativa crescendo aqui e em todos os lugares em Paris. Tudo era mais emocionante pelo fato de que eu já tinha estado aqui, neste mesmo cruzamento, quem sabe quantas vezes antes, mas nunca o tinha visto dessa forma, tão vivo, tão pulsante com potencial. Os turistas, eu sabia, estavam nas proximidades, assim como as pessoas que formam a cena parisiense também estavam se concentrando do lado de fora dos bares, mas a magia de um grande bairro nesta cidade é que ele parece existir apenas para você.
É claro, eu ainda não estava pronto para uma relação exclusiva com Montmartre, e como esta era Paris, o que é flertar um pouco entre os bairros? Quem sabe eu poderia encontrar a mesma felicidade, ou melhor, em um lugar como 15º Arrondissement, uma área predominantemente residencial no sudoeste de Paris que não tem, até onde eu sei, nenhuma atração turística – não há monumentos, nenhuma instituição cultural (a menos que você considere o Cordon Bleu).
O que ele tem é a vida real, normal, que pode ser tão atraente quanto a “Vitória Alada” no Louvre. Para uma tarde eu perambulei entre praças e pequenos parques eminentemente agradáveis, descansando aqui para comer um sanduíche de presunto (comprado em uma padaria que ficou em 9º lugar na competição de melhor baguete do ano passado), parando acolá para observar o movimento. Amigos bem-vestidos posando para fotos de casamento. Um menino de 3 anos de idade, andando de patinete sob a supervisão de seus pais e avós. Corredores, pessoas tomando banho de sol e adolescentes falando em um francês carregado de gírias e indecifrável. O sol brilhava de forma calorosa e eu bebi um Orangina.
De vez em quando, porém, eu tinha um breve vislumbre por trás dessa cortina idílica. Enquanto eu caminhava perto do Sena, eu passei por um velho colégio de tijolos, espiei de relance rua abaixo à minha esquerda e parei. Ali, escondido até agora no final da rua, estava um arranha-céu modernista, o Tour Evasion 2000, elevando-se terrivelmente, desanimadamente, acima de seus arredores. Mas mesmo assim ele me encantou – tão degradado, tão fora de lugar naquela que consideramos como um grande cidade belle époque impecável. Além da torre, inserido entre uma rua movimentada e cais do Sena, havia uma faixa estreita de parque, onde um grupo de imigrantes sem-teto estava acampado em uma extremidade e uma mulher quase nua tomava sol na outra.

Nostalgia
De lá eu virei para o leste, onde de repente a paisagem tornou-se estranhamente familiar. Certo! Aqui, ainda no 15º, era o nº 47 da Rue Fondary, onde há 13 anos a minha então namorada, hoje esposa, Jean, morava como estudante, e descendo a rua o Hôtel Fondary, onde passamos uma noite após nos trancarmos do lado de fora do apartamento dela. Aquele foi o primeiro do que seria uma longa série de quase desastres relacionados à viagem – nossa calamitosa viagem de carro mexicana, nossa miserável visita a Taiwan com criança pequena sofrendo com o “jet lag” – e apesar de agora me lembrar disso com carinho, eu também me senti estranho. Eu estava balançando para frente e para trás entre o novo e o nostálgico – e eu meio que gostei.
Esse fenômeno desconcertante, apesar de prazeroso – do passado se inserindo no presente – aconteceu repetidas vezes. Outro dia, de volta à Margem Direita, em uma parte do 12º Arrondissement que eu poderia jurar que nunca tinha visitado, eu parei para almoçar em um café, o Au Va et Vient, e em uma das mesas ao ar livre desfrutei de um prato de confit de pato com cenoura, enquanto o homem ao meu lado distraidamente tentava ler um livro de Paul Theroux. Nada que eu pudesse ver no largo bulevar – árvores, fontes, as pessoas caminhando apressadas até o metrô – ficou gravado na memória. Mas depois, eu caminhei meia quadra e me vi na Raimo, uma sorveteria fundada em 1947, que também vende sacos de amêndoas torradas, uma iguaria menos conhecida que um amigo me apresentou em 2009.
Então, ao dobrar a esquina, eu encontrei um caminho misterioso, como de parque, que levava até quem sabe onde. Na verdade, eu percebi depois de alguns minutos seguindo por ele que eu sabia exatamente para onde. Aquele era o Chemin Vert, a estrada verde que percorre secretamente o 12º, às vezes abaixo do nível da rua, às vezes sobre um velho viaduto de idade e, ocasionalmente, cortando através dos edifícios. E eu certamente já tinha caminhado ali antes. Na verdade, Jean e eu já tínhamos jantado abaixo dele, no Le Viaduc Café, um local na moda (ou assim pensávamos) em 1998. E eu provavelmente também pedi confit de pato na ocasião.
Antes que eu tivesse a chance de processar essa memória na qual tropecei, começou a chover. Eu abri meu guarda-chuva caro e continuei andando.
Para quase toda parte que eu olhava em Paris eu me deparava com esse cabo-de-guerra entre o passado e o presente. O romance que peguei em uma livraria no Marais – “1Q84” de Haruki Murakami – revelou ser uma história do passado se inserindo assustadoramente no presente. É claro. E o provocador “Melancolia” de Lars von Trier, que assisti em Montmartre, era sobre uma família disfuncional enfrentando a erradicação definitiva do seu passado (e presente e futuro). Era como se a própria Paris soubesse o motivo da minha vinda. Ou talvez eu finalmente estivesse vendo Paris como realmente era: um maravilhoso cinema ao ar livre onde os trechos de filmes de nossa memória passam incessantemente, mesmo enquanto filmamos cenas novas.
Qualquer angústia que eu tinha sobre o sucesso ou fracasso da minha missão desapareceu rapidamente, já que estava me divertindo demais para me importar e vindo a perceber que, apesar de tudo o que eu estava fazendo, eu ainda estava participando de empreendimentos distintamente parisienses. Lembranças em cantos significativos, o mergulho em cultura erudita não disponível em nenhum outro lugar, comer mais pato do que alguém deveria – este foi o principal motivo para ter vindo para Paris na primeira vez. É por isso que voltei para Paris e é o que motiva para continuar voltando.
Dito isto, um dia da excursão, ao movimentado, mas ignorado, 13º Arrondissement, me deixou mais empolgado do que qualquer outro, porque era inteiramente novo. Seguindo uma dica vaga de uma sósia de Drew Barrymore que conheci em um bar, eu tomei o metrô até a Bibliothèque Nationale Française e saí à caça do Les Frigos, uma coletividade de artistas. Francamente, não foi uma caçada. Les Frigos, alojado em um depósito frio irregular, com torres, construído em 1921, imediatamente se destacou neste novo bairro de vidro e aço. Dentro, as paredes estavam decoradas do chão ao teto por gerações de escultores, pintores e fotógrafos que já trabalharam aqui desde meados dos anos 80. Nada estava acontecendo naquele dia, mas eu não me importei. O prédio por si só valeu a pena ser visto, principalmente porque eu nunca tinha ouvido falar dele antes.
A oeste, o bairro era mais velho, cheio de estabelecimentos como Le Cristal, uma brasserie suja e movimentada, onde uma garçonete com voz decrépita me serviu um cordeiro assado em uma enxurrada de feijão. Mas também com uma Pequena Saigon que eu desconhecia – rua após rua de lojas de macarrão vietnamita e vendedores de souvenires baratos. Ele até mesmo contava com um pouco de história peculiar, como a Praça Henri-Rousselle, onde o primeiro voo de balão de ar quente pousou em 1783.
E à direita nas proximidades, La Butte aux Cailles. Como eu tinha perdido este bairro ao longo de todos esses anos? Com suas ruelas estreitas, arte de rua inteligente e bares e cafés descontraídos, ele parecia um vilarejo no meio de Paris – como o Marais sem as butiques ou Montmartre pré-“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”. Eu percorri as ruas para cima e para baixo, então entrei nos escritórios de Les Amis de la Commune de Paris, um grupo dedicado a preservar a memória dos poucos meses em 1871 em que um movimento operário tomou o controle da capital.
“Não é ensinado nas escolas”, lamentou Françoise Bazire, a secretária-geral dos Les Amis. Esse pedaço do passado estava desaparecendo.
Assim como eu. No início da noite eu precisava de um banho e dormir. Eu voltei a Montmartre, embora ciente de que, algum dia, eu voltarei a La Butte aux Cailles, lembrando de que já estive lá antes.
Quando saí do metro em Les Abbesses, eu entrei na Au Levain d’Antan, uma padaria que ficou no primeiro lugar na competição deste ano de melhor baguete, e comprei uma meia baguete, ainda quente do forno. Então me apressei pela rua e pelos sete lances de escada até meu sótão, onde abri o pão, passei uma boa manteiga Echire, abri uma garrafa de Sancerre gelado e consumiu meu lanche enquanto assistia o pôr do sol lançando sombras pela Cidade Luz. Esqueça o passado, o presente, o futuro, minhas expectativas e minhas memórias – isto é que é vida, independente de onde ou quando estava.
Quando finalmente a manhã chegou para o check out no Ninho da Águia, eu dei mais uma olhada na vista iluminado pelo sol e não consegui ver quase nenhum lugar onde não tinha posto os pés. Sem dúvida ainda restam segredos, mas eles serão revelados com o tempo.
Eram 11h30. A representante da imobiliária estaria lá embaixo, esperando por mim para deixá-la entrar. Eu bati no meu bolso de trás, ouvi o tilintar tranquilizador das minhas chaves e saí para o corredor, fechando a porta atrás de mim. Então eu congelei. O tilintar que ouvi não era das chaves, mas de moedas. Eu estava trancado do lado de fora, assim como minha esposa e eu ficamos 13 anos antes.
Aquela foi apenas uma emergência menor. O proprietário do apartamento seria localizado em poucas horas, as chaves copiadas e meus pertences seriam recuperados. Mas até lá, não havia nada a fazer senão sair para caminhar – como fiz centenas de vezes antes, como espero fazer mil vezes mais – pelas ruas de Paris, sem uma idéia clara de onde ir, ou o que eu fazer quando chegar lá.

Repetidas vezes
Apesar de ter descoberto muitos novos lugares nesta viagem, há vários velhos favoritos que eu gostaria de ter visitado.

Velhos favoritos
Fundação Cartier, Boulevard Raspail, 261, 14º Arrondissement, (33-1) 42-18-56-50; fondation.cartier.com. Há sempre algo instigante neste espaço de arte contemporânea, como “Matemática: Uma Beleza Além”, a partir de 21 de outubro.
Kulte, dois endereços; kulte.fr. Esta grife de moda masculina baseada em Marselha atinge um bom equilíbrio entre o estilo de rua e o formal, além disso por um preço justo.
Le Bistrot du Peintre, Avenue Ledru-Rollin, 116, 11º Arrondissement, (33-1) 47-00-34-39; bistrotdupeintre.com. Eu nunca comi aqui, mas é meu edifício favorito em Paris, com um interior art nouveau deslumbrante que é perfeito para o café da tarde.
Librairie Ulysse, Rue-Saint-Louis-en-l’Île, 26, 4º Arrondissement, (33-1) 43-25-17-35; www.ulysse.fr. Uma livraria de viagem repleta de romances, histórias, mapas e fotografias.

Novas descobertas
Au Levain d’Antan, Rue des Abbesses, 6, 18º Arrondissement, (33-1) 42-64-97-83.
Auberge de la Reine Blanche, Rue-Saint-Louis-en-l’Île, 30, 4º Arrondissement, (33-1) 46-33-07-87.
Les Amis de la Commune de Paris, Rue des Cinq-Diamants, 46, 13º Arrondissement, (33-1) 45-81-60-54; commune-paris.lu
Les Frigos, Rue des Frigos, 19, 13º Arrondissement; les-frigos.comStudios Paris, Rue Androuet, 4, 18º Arrondissement, (33-977) 219-888, paris-apartment-rent.com
Action Christine, Rue Christine, 4, 6º Arrondissement, (33-1) 43-25-85-78; actioncinemas.com. Escondido em um beco de Saint-Germain, este minúsculo cinema de repertório exibe séries dedicadas a, digamos, Humphrey Bogart ou faroestes de Hollywood.
Prohibido, Rue Durantin, 34, 18º Arrondissement. No início da noite, a grande clientela pé-no-chão deste bar com ar brasileiro vaza para a rua –uma verdadeira festa informal.


Tradução: George El Khouri Andolfato
Por Matt Gross
Fonte New York Times Syndicate