Mais da metade dos profissionais no Brasil trabalham além das oito horas por dia e mais de 40% levam trabalho para concluir em casa regularmente.
Essa evidência do horário estendido é demonstrada pela pesquisa global da Regus, fornecedora de locais de trabalho flexíveis, e reflete a opinião de mais de 12 mil profissionais em 85 países.
De acordo com a pesquisa, a pressão por resultados influencia no aumento do número de horas de trabalho nos últimos anos.
Isso ocorre devido à lenta recuperação da economia nos países desenvolvidos e, por outro lado, devido ao rápido crescimento dos países emergentes.
Os principais resultados mostram que:
- 43% dos profissionais no Brasil trabalham de nove a onze horas por dia. No restante do mundo esse percentual é de 38%;
- 17% dos profissionais no Brasil e 10% em outros países trabalham mais de onze horas por dia regularmente;
- No Brasil, 46% dos profissionais levam trabalho para terminar em casa, mais de três vezes por semana, no comparativo com o índice de 43% global;
- Profissionais remotos em todo o mundo estão mais propensos a trabalharem 11 horas por dia (14%) do que os funcionários em escritórios fixos (6%), e de levarem trabalho para casa (59%), do que os profissionais com local de trabalho fixo (26%);
- De forma semelhante, os profissionais remotos no Brasil (59%) levam trabalho para casa com mais frequência do que os funcionários com local de trabalho fixo (22%);
- Os profissionais do sexo masculino no Brasil (20%) têm quatro vezes mais chances de trabalharem 11 horas por dia, do que as mulheres (4%).
"Este estudo mostra que existe uma indefinição entre os limites do trabalho e a vida pessoal, em casa. No Brasil, onde o problema do estresse relacionado à pressão por resultados está crescendo, os efeitos a longo prazo desse excesso de trabalho podem prejudicar tanto a saúde do profissional como a sua produtividade, já que os próprios funcionários exigem demais de si mesmos e ficam frustrados, depressivos e até mesmo fisicamente doentes", considera Guilherme Ribeiro, diretor-geral da Regus no Brasil.
Fonte Brasil Econômico