quarta-feira, 20 de agosto de 2025

VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA UM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO?

Transformações ocorrem para todos ao mesmo tempo, portanto, por vezes, por mais bem intencionada e responsável pelo desenvolvimento de seus talentos que uma empresa seja, não há tempo hábil para prepará-los para todas as transformações de mercado

Não vivemos em um mundo em constante mudança. Pois mudança é um evento que pode ser revertido. Um exemplo simples é quando você tem um sofá próximo a uma parede, o muda para perto da janela e, portanto, tem a possibilidade de retorná-lo à posição original. O mundo não funciona assim! Vivemos em um mundo em constante transformação. A diferença é que, quando algo se transforma, não tem como voltar à condição anterior. Um bicho-da-seda não muda, mas se transforma em borboleta. As lavas que saem de um vulcão não mudam, mas transformam a paisagem. E assim ocorre com a economia também. Um profissional, principalmente um líder dentro de uma empresa, que não observa as transformações ao seu redor pode causar sérios danos a si mesmo e à organização.
As principais consequências desse comportamento são o indivíduo contrair riscos inapropriados para sua carreira, o departamento ou mesmo a empresa. Pessoas que não se atualizam, não buscam novo conhecimento alinhado a novas tecnologias, tendências de gestão ou mesmo gerações, se tornam anacrônicas com o tempo. Sonham que um dia "as coisas" voltarão a ser o que eram. Mas esse dia nunca chega, e o que chega é a sua demissão. E o pior é que, quando ela ocorre, aí sim, se dão conta de que estão defasados, não compreendem o que fizeram de errado e culpam a empresa, seus gerentes e mesmo o governo.
Tive a oportunidade de acompanhar um grupo empresarial passar de um foco de investimento nacional para internacional. Durante o período em que mantinha seus investimentos concentrados somente no Brasil, seu presidente discursava com orgulho que, como empresa nacional, deveria focar no País. Até se dar conta de que uma nova legislação tornaria seu mercado acessível para gigantescos players globais. Antes que isso acontecesse, resolveu abrir o mapa-múndi e investir lá fora para crescer e se fortalecer. Entretanto, seus executivos, então já treinados havia décadas para pensar somente no Brasil, não falavam inglês. Como resultado, aqueles que não aprenderam rapidamente foram substituídos por profissionais de fora, e se lamentam da internacionalização da empresa.
Transformações ocorrem para todos ao mesmo tempo, portanto, por vezes, por mais bem intencionada e responsável pelo desenvolvimento de seus talentos que uma empresa seja, não há tempo hábil para prepará-los para todas as transformações de mercado. Muitas vezes, é como se tivesse de trocar a turbina do avião em pleno voo. Assim, o profissional deve manter o foco no futuro e observar as evidências que indiquem para qual direção as transformações possivelmente ocorrerão. E se preparar.
Diante de um evento que transforma sua vida, o indivíduo possui duas alternativas: resistir ou adaptar-se. É graças à resistência às transformações que a indústria de cosméticos cresce. Afinal, já que os cabelos brancos e as rugas que surgiram não voltarão a ser o que eram, o negócio é disfarçar. Mas, na vida profissional, a competência não pode ser um disfarce. Ela demanda adaptação. Não é preciso lembrar que, na natureza, são os mais adaptáveis que prevalecem. E assim ocorre na economia, nos mercados e, consequentemente, nas profissões.
É difícil viver em constante adaptação, pois isso nos coloca em uma experiência de vida desconfortável. Entretanto, quando a pessoa para no tempo, é como se nada mais fizesse sentido. Fica uma sensação de que, se o mundo não tivesse se transformado, ela ainda seria capaz, válida ou competente. No mercado, empresas nascem, lutam para se adaptar e, eventualmente, morrem. Mas, ao final, somente as que foram bem-sucedidas nesse processo prevalecem. Portanto, o que se pede ao profissional ao lidar com sua carreira é que a veja com os mesmos desafios de todo empreendimento. Que sofrerá ao longo do tempo transformações impostas pelo mundo, pelos mercados, pela tecnologia, pelas gerações mais novas e por crises econômicas. Mas, ao final, terá de se adaptar. Esse é o jogo.

Por Sílvio Celestino
Fonte O Portal da Administração

5 PASSOS PARA DESENVOLVER A RESILIÊNCIA


Thomas Edison, o inventor da lâmpada, realizou mais de mil experiências e enfrentou vários fracassos antes de realizar seu intento. Perguntado sobre como nunca desistira ou se desanimara entre as centenas de tentativas fracassadas, ele respondeu: “Eu nunca fracassei. Eu apenas descobri 10.000 maneiras que não funcionavam”.
Quantos de nós temos essa qualidade de não desistir de tentar alcançar nossos objetivos? Quantos de nós não se deixam abater pelos obstáculos da vida e pelas crises do momento?
A resiliência separa os vencedores de todos os demais. Pessoas resilientes possuem um espírito heroico: são pessoas determinadas e motivadas que não desistem facilmente, nem cansam de tentar alcançar seus objetivos e propósito. A frase de Churchill ilustra a resiliência, que é a capacidade de se recuperar de situações de crise e aprender com ela. É ter a mente flexível e o pensamento otimista mesmo em situações difíceis, com metas claras e a certeza de que tudo passa.
Pessoas resilientes não se vitimizam – sempre se responsabilizam pelos seus atos, erros e acertos. Pessoas resilientes possuem grandes projetos de vida e não é qualquer dificuldade que consegue colocá-las para baixo. Pessoas resilientes possuem conhecimento sobre si mesmo, sua própria força, limitações e sentimentos. Pessoas resilientes derrotam a crise!

Resiliência: uma armadura psicológica
A resiliência pode ser desenvolvida em qualquer idade. Ela fornece uma “armadura psicológica” composta por cinco elementos ou fatores. De acordo com George S. Everly Jr., Douglas A. Strouse e Dennis K. McCormack, autores do livro “Stronger: develop the resilience you need to succeed”, existem cinco atributos que caracterizam uma pessoa resiliente:

1. Otimismo ativo
Quando você se encontra ativamente otimista, você se torna um agente orientador da mudança. O seu otimismo é um instrumento poderoso, uma força interior capaz de impulsionar você corajosamente adiante, mesmo quando os demais estão fugindo da luta.
Uma atitude otimista é uma afirmação psicológica que resulta em uma mudança fisiológica benéfica. Quando você se torna resiliente, o seu corpo é “sobrealimentado com um aumento moderado de hormônios como adrenalina, noradrenalina, ácido gama-aminobutírico, neuropeptídeo Y e cortisol”. Este surto de hormônios fortalece a memória e permite maior tolerância à dor, reações mais rápidas e maior consciência e força.

O pensamento otimista torna as pessoas mais felizes e mais bem-sucedidas. Os “otimistas passivos” esperam algo melhor; porém os “otimistas ativos” tomam medidas para moldar o futuro. Por exemplo, para militares de elite, o sucesso ou o fracasso pode representar a vida ou a morte. Portanto uma atitude negativa pode significar a derrota. Em sua filosofia, o resiliente acredita que sucesso “acontece porque você faz tudo para que ele aconteça”.
Uma dica aqui é: procure interpretar os acontecimentos na sua vida a fim de promover resultados eficazes e um ótimo desempenho. O seu mindset, isto é, a sua perspectiva mental sobre o evento, é fator determinante para o sucesso. Como dizia Henry Ford: “Se você acredita que você pode ou que você não pode, você está correto”.
Estudos científicos comprovam que quanto mais sucessos você obtém, mais fácil é compreender o que é preciso para ser bem-sucedido, ou seja, aquilo que pode gerar maiores triunfos; o cérebro humano, então, vai acabar também vivendo na expectativa de alcançar novas conquistas. É a profecia que se autorealiza.
Albert Bandura, da Universidade de Stanford, afirma que as pessoas podem desenvolver a autoeficácia, uma manifestação do otimismo ativo, através dos passos a seguir:
·        Realizações pessoais – O sucesso gera sucesso. Comece com pequenos sucessos para aumentar a sua confiança.
·        Observação – Observe as pessoas que conseguem alcançar os seus objetivos. Se elas podem chegar lá, você também pode.
·        Incentivo e apoio – Quanto mais apoio você tiver, mais fácil vai ser desenvolver a autoconfiança e o otimismo. As pessoas vão apoiar você, caso você as apoie.
·        Autocontrole – Mantenha a calma, procure além da gratificação instantânea, controle seus impulsos e se mantenha saudável.
O otimismo ativo é mais do que uma esperança ou uma crença. É uma prescrição para que você se recupere, seja bem-sucedido e deixe de viver como vítima.

2. Ação decisiva
Para se recuperar de um revés temporário, as pessoas resilientes estão preparadas para agir com coragem. Uma pessoa que se sinta fortalecida e determinada é capaz de tomar decisões difíceis sob pressão e agir com proatividade, escolhendo entre várias opções e avançando. Este nível de determinação ajuda você a enfrentar os problemas de frente e aproveitar as adversidades para crescer e desenvolver resiliência. Mas para que isso aconteça, você precisa agir.

As pessoas respeitam quem age com firmeza. Esse respeito constrói um efeito halo, isto é, as pessoas veem com bons olhos e admiram os mais determinados. Para elas, uma atitude orientada à ação é louvável e possui um potencial impulsionador de carreiras.

Por isso, a dica é: aja com determinação e aprenda a superar os comumente obstáculos existentes tais como:
·  Medo paralisante do fracasso
·  Medo do ridículo
·  Procrastinação
·  Falhar ao comunicar os detalhes relevantes a respeito das suas ações
·  Tentar agradar a todos
·  Sentir-se intimidado pela extensão do desafio
·  Perder a visão dos objetivos de longo prazo

3. Bússola moral
A sua bússola moral, ou seja, a sua “honra, integridade, fidelidade e comportamento ético”, deve orientar todas as suas decisões, mesmo que as coisas não estejam indo bem.
Quando as pessoas sentem que você está fazendo a coisa certa, elas creditam mais respeito e confiança. Para influenciar pessoas de maneira eficaz, os líderes sabem que a credibilidade e confiança se constituem em pilar fundamental. Em tempos de crise, as pessoas podem se permitir a cometer mais falhas, mas a moral e a ética serão sempre admiradas e valorizadas pelos públicos com os quais você se relaciona.
Kouzes e Posner, autores do livro “O Desafio da Liderança” entrevistaram milhares de líderes extraordinários no mundo inteiro. Os especialistas concluíram que o primeiro fator de sucesso do líder é ele ser “líder pelo exemplo”. Em primeiro lugar, grandes líderes sabem liderar a si mesmo, mantendo autocontrole e professando valores positivos.
Durante uma crise, o negativismo, o ceticismo e a desesperança são fatais. É preciso muito autocontrole, disciplina e inteligência emocional para superar as dificuldades.

4. Tenacidade implacável
Em 1939, o exército alemão de Hitler atacou a Polônia, dando início à 2ª. Guerra Mundial. Até outubro de 1941, a Alemanha ocupou a Europa Continental. A Grã-Bretanha manteve a sua liberdade. O primeiro-ministro Winston Churchill já havia conclamado o Reino Unido a resistir com firmeza aos nazistas. Ele se dedicou a “desafiar com tenacidade” as hordas de Hitler.
Churchill disse: “Nós lutaremos na França, lutaremos nos mares e oceanos, lutaremos com crescente confiança e crescente força no ar, defenderemos nossa ilha, a qualquer custo. Lutaremos nas praias, lutaremos nos campos de aterrissagem, lutaremos nos campos e nas ruas, lutaremos nas colinas; jamais nos renderemos”. Graças a tenacidade de Churchill, o vento começou a virar e os aliados, com a ajuda dos EUA, derrotaram os nazistas.
Inspire-se em Churchill e naqueles que seguiram seu exemplo corajoso. Não importa o obstáculo que você deva superar, confie na sua tenacidade “autossustentável”. Você tem controle total sobre o esforço necessário para seguir em frente. A determinação é abastecida pelo seu empenho total, nada menos do que isso. Espelhe-se no modelo estabelecido

Pessoas corajosas e determinadas são persistentes diante de desafios

5. Apoio interpessoal
Aristóteles afirmava que o grupo supera sempre os seus membros individuais. Este aumento da capacidade deriva da prontidão dos membros de se ajudarem mutuamente para o bem-estar coletivo. Este fenômeno é conhecido como “coesão interpessoal”, isto é, a partilha e o apoio.
Charles Darwin também comentou sobre o grande valor dos grupos coerentes. Ele concluiu que as tribos que conseguiriam prevalecer naturalmente seriam aquelas cujos membros defendessem uns aos outros e fizessem sacrifícios para o bem das suas comunidades.
Em outras palavras, você é mais bem-sucedido quando conta com relacionamentos sólidos. A dica aqui é: fortaleça as suas conexões interpessoais utilizando a fórmula “homofilia x proximidade”. Encontre pessoas com os mesmos valores e atitudes que os seus (homofilia) e passe um bom tempo nos locais onde elas costumam se reunir (proximidade). Vá atrás de mentores e exemplos a seguir.
Apoie as pessoas dispostas a apoiar você. Demonstre o seu respeito pelos outros. Escute o que as pessoas têm a dizer. Não presuma que as pessoas ao seu redor são maliciosas, mesmo que algumas se levantem contra você; pode ser que estejam agindo por pura ignorância ou insensatez. Não leve as ações dessas pessoas para o lado pessoal.
Esses cinco fatores interagem entre si e vão se desdobrando um após o outro. O otimismo ativo leva a uma ação decisiva, a qual depende da sua bússola moral; estes três passos requerem uma tenacidade implacável e se tornam mais fáceis quando você conta com um apoio interpessoal.

Resiliência é a capacidade de recarregar
Estou certo de que ser flexível e ágil é a melhor competência profissional do século XXI. No mundo volátil, cheio de incertezas e turbulências, aja como um bambu diante das tempestades e não como uma rígida figueira. As duas árvores sofrerão a mesma realidade, mas a forma de reagir de cada uma será diferente. Qual delas sobreviverá? A figueira se quebrará e o bambu se vergará, sobrevivendo à crise e se reerguendo. Quem cai e dá a volta por cima, sempre vence no final.
Muitos associam resiliência com força (o soldado que se arrasta na lama e não sofre, o boxeador que sempre se reergue depois do nocaute). Mas força e trabalho duro representam o oposto da resiliência. Arianna Huffington descobriu que os EUA perdem 11 dias de produtividade por trabalhador por causa da falta de sono revigorante dos trabalhadores.
A chave para a resiliência é a capacidade de recarregar. É tentar de maneira determinada, então pausar, tentar novamente, recuperar-se, e então tentar de novo. Mas melhorando a cada vez, como fez Thomas Edison. Esta conclusão tem base científica na biologia, mais especificamente no conceito de homeostase – a capacidade do cérebro de continuamente recarregar e sustentar o bem-estar. O neurocientista Brent Furl chamou de “valor homeostático” esta capacidade que temos de recarregar e buscar o equilíbrio novamente de forma natural.

Lembretes para o sucesso
Para desenvolver eficazmente a resiliência, lembre-se das seguintes premissas:
·  A simplicidade é crucial – Concentre-se nos cinco fatores da resiliência. Outros comportamentos também consolidam a resiliência, incluindo o autocontrole e uma mentalidade “calma, inovadora e não taxativa”. Lembre-se: menos é mais. Busque soluções simples.
·  A resiliência pode ser aprendida em qualquer idade – As dificuldades, a ansiedade e os eventos dolorosos podem levar a “eventos neurológicos e neuroendócrinos” semelhantes à plasticidade cerebral das crianças, o que melhora a aprendizagem. Assim, nossos revezes e eventuais fracassos devem ser encarados como lições de aprendizagem.
·  A autoeficácia é uma estrutura útil – Lembre-se de que o “primeiro sucesso é o mais difícil”.
·  É importante monitorar a sua resiliência – O autoconhecimento é um requisito fundamental para o sucesso. Conheça e tire proveito de seus pontos fortes e habilidades. Lembre-se: a prática e o treino aperfeiçoam.
·  Estude o passado – Encontre seus heróis pessoais de resiliência. Estude as suas palavras e ações. Inspire-se neles. Churchill, por exemplo, dizia: “O sucesso consiste de ir de um fracasso a outro fracasso sem perder o entusiasmo”.
 Por Marco Morsh
Fonte Portal Administradores

SAIA DA ZONA DE CONFORTO


A zona de conforto é sempre perigosa, deve-se evitá-la. Ela seduz, mas impede o progresso do seduzido, que acredita estar em uma posição confortável e de segurança, quando, em verdade, tais circunstâncias são meras ilusões. A zona de conforto é traiçoeira.
Muitos advogados corporativos (e muitos dos advogados que atuam em escritório) são vítimas da zona de conforto e, através dela, acabam por também vitimar os seus clientes (no caso, os clientes internos da companhia em que trabalham), colocando como barreiras ou escudos em sua atuação, exatamente, o seu saber jurídico.
Para muitos advogados corporativos é fácil se esquivar de um dado problema ou situação temerária se valendo, por exemplo, daquilo que consta na lei ou na jurisprudência. Alguns chegam a impedir o avanço para o encontro de uma solução, sob o argumento de que isto ou aquilo não é permitido legalmente, pura e simplesmente.
Pois bem. O advogado a serviço da empresa também deve ser um gestor de pessoas e projetos; deve saber como compartilhar uma visão, motivar as pessoas com quem interage, coordenar talentos; quanto aos projetos, deve saber definir metas, planejá-los e implementá-los. O advogado corporativo deve ser capaz de se afirmar como um líder “vertical”, a fim de inspirar a sua equipe; e “horizontal”, em todas as situações de colaboração com outras funções de negócios, sendo um contribuinte ativo para o desenvolvimento sustentável da empresa da qual faz parte.
Faça algo a mais, enfim. Saia da zona de conforto.
Por Marcelo José Ferraz Ferreira
Fonte Exame.com

THE WORKING WEEK

DIFICULDADE DE ACORDAR

Dificuldade de acordar pode ter relação com gene do relógio biológico

Por Marcos Muniz

CARTA PARA QUANDO TUDO ESTIVER DIFÍCIL DEMAIS

A LEI DO SUCESSO - CONFIE EM VOCÊ

TRÊS COISAS

BOM DIA, DEUS!

ENQUANTO VOCÊ DORMIA...

terça-feira, 19 de agosto de 2025

DICAS PARA MELHORAR A SUA GESTÃO DO TEMPO NA ADVOCACIA AUTÔNOMA


Se tempo é dinheiro, gerir o tempo é administrar seu patrimônio, cuidar para que a bagunça não tome conta de sua rotina e acabe engolindo seus sonhos.
Como um mantra, eu costumava dizer às pessoas que “não tinha tempo” e tinha a sensação de que estava sempre “devendo” alguma atividade ou que algum prazo estava se esgotando. Com o tempo, passei a notar que eu me distraía muito enquanto estava no escritório, fosse com redes sociais, ligações sem objetividade, afazeres nada relacionados ao que eu realmente precisava. E aí o que era simples se acumulava.
Algumas dicas para que você possa otimizar o seu tempo como advogado autônomo. Ao final do artigo recomendamos algumas outras leituras e materiais para contribuir com seu crescimento profissional e pessoal.

Conheça o seu escritório
O ambiente da advocacia autônoma permite flexibilização, só que isso não pode ser confundido com liberdade absoluta. Afinal de contas, você tem compromissos consigo mesmo e demandas de seu escritório que você precisa administrar. Neste contexto, é importante entender como o seu escritório funciona e a partir daí traçar uma rotina organizada.

Gerencie você mesmo
No ambiente da advocacia autônoma, você é o seu próprio gestor ou “patrão”, como dizem alguns advogados. Para ser um bom gestor de si próprio é preciso entender que você é responsável por uma equipe de pessoas, mesmo que essa equipe seja só você.
Podemos dizer que o advogado autônomo é um funcionário multitarefas: é secretário, estagiário, advogado, financeiro, contas a pagar e receber. E esse mesmo funcionário ainda assume a posição de ser o gestor dessa equipe.
Com tantas funções que precisam ser realizadas para manter o escritório nos eixos, a gestão do tempo na advocacia autônoma põe ordem na casa ao estabelecer um conjunto de rotinas harmônicas entre si.
Como num conjunto de engrenagens e peças que faz o relógio funcionar, o advogado autônomo precisa entender que ele, por ser o gestor de si próprio, possui diferentes responsabilidades, cada uma igualmente importante para o seu escritório.
Em razão da pluralidade de tarefas que o advogado autônomo precisa cumprir, não dá pra ficar saindo no meio do expediente se houver tarefas pendentes. E não pense só nas petições e documentos! Contas a pagar e receber, atendimento ou prospecção de clientes, organização dos documentos e marketing pessoal são apenas algumas das demandas quando você é um advogado autônomo.
Por isso, é importante entender e conhecer o seu escritório. Afinal, pouco adianta criar uma rotina que não tenha nada a ver com sua estrutura e os serviços que você entrega.

Administre as suas pendências
Problemas pequenos, fáceis e rápidos de se resolver, quando são adiados demais geralmente acabam se tornando grandes problemas. A petição de juntada que não foi providenciada no início do prazo pode se tornar um problema muito relevante nas últimas horas, seja porque o sistema está fora do ar ou porque o computador deu problema.
Administrar as pendências pode ser fundamental para a sua gestão do tempo na advocacia autônoma. Afinal, é muito mais rápido concluir uma tarefa simples quando se tem tempo, do que permitir que ela se torne uma demanda urgente e paralise toda sua estrutura.
Portanto, sugiro separar um tempo no seu dia a dia para as tarefas simples, que não exigem raciocínio extenso e que são rápidas de resolver. Assim, você elimina vários problemas pequenos e fica livre pra pensar nos grandes.

Estabeleça uma rotina
Conhecendo o seu ambiente, sua demanda e o serviço que você entrega, é possível estabelecer os dias nos quais seu escritório irá funcionar, o horário de abertura e encerramento das atividades e o horário de almoço.
É importante conhecer o ambiente antes de fixar um horário de funcionamento geral, porque se você pratica a advocacia criminal, certamente ninguém escolhe o dia e hora para ser preso. Já se você pratica a advocacia cível de jurisdição voluntária, é perfeitamente possível agendar seus clientes e horários. Por isso não dá pra criar uma fórmula padrão para todo mundo e sair replicando. Cada negócio jurídico possui um DNA específico.
Por incrível que pareça, essa modificação na sua rotina de trabalho lhe proporcionará tranquilidade e a possibilidade de colocar em prática os projetos que vocês não conseguia, como montar um post para uma rede social, ligar para os clientes para conversar e até reservar tempo para seus afazeres pessoais.

Discipline a mente e o corpo
Disciplina é a chave para o sucesso de todas as dicas anteriores. Não adianta estabelecer todos os passos, elaborar planilhas, utilizar aplicativos, métodos e formas se você não for uma pessoa disciplinada.
Siga à risca aquilo que você mesmo planejou e leve a sério a sua organização, como você esperaria que seus colaboradores levassem se atuasse com uma grande equipe. Lembre-se, você é seu próprio gestor, mas também seu próprio empregado! 
Por André Kageyama
Fonte Juri Descomplica

HOJE, TERÇA, É UM BOM DIA PARA VOCÊ ENVIAR SEU CURRÍCULO ÀQUELA EMPRESA

Especialistas tiram dúvidas sobre as estratégias para despertar o interesse do recrutador pelo seu perfil

Na hora de procurar um emprego ou disputar uma vaga, a primeira dúvida é como elaborar um bom currículo para que ele ajude a despertar o interesse do recrutador, divulgando todo o potencial do profissional. Mas outras estratégias são importantes também: para ter melhores resultados, é preciso selecionar as empresas que melhor se adequam ao seus objetivos, bem como as vagas mais alinhadas ao seu perfil. Mas qual o melhor dia para enviar ou entregar o currículo? Vale ir pessoalmente entregar o documento na empresa? O Boa Chance listou as principais dúvidas e pediu que a diretora da Mira RH, empresa de gestão de recursos humanos, Fátima Mangueira, e a coach High Performance, Dirlene Costa, respondessem e dessem outras dicas:

Melhor dia
Os melhores dias para procurar emprego e entregar o currículo são segundas e terças-feiras, geralmente na parte da manhã, pois as melhores vagas são fechadas rapidamente, explica Fátima. Nesses dois dias, as pessoas têm uma visão de recomeço, e as empresas estão prontas para executar o que planejaram para a semana, inclusive reposição de vagas, diz Dirlene. Na sexta-feira, ao contrário, a visão dos empregadores é preparar as estratégias para a próxima semana.

Pessoalmente ou por correio?
O currículo de papel não está morto. Ainda há pessoas que vão espontaneamente entregar o currículo pessoalmente nas empresas de seu interesse. Outras comparecem atendendo ao anúncio da vaga que foi divulgada. A coach sugere que a pessoa envie currículo mesmo quando não há vaga em aberto, já que esta é uma oportunidade de entrar no banco de talentos de uma empresa.

Cara e coragem
Na opinião da especialista, vale a pena, sim, o profissional deixar seu CV pessoalmente nas empresas, mas o ideal é que ele telefone antes para agendar uma entrevista. Assim, tem mais garantias de ser recebido. Para Fátima, é muito importante que o profissional deixe o documento mesmo que não tenha vaga no momento dentro de seu perfil, pois esta pode surgir a qualquer momento e ele será convidado para participar do processo seletivo.
Dirlene, por sua vez, aconselha que, antes de procurar algum funcionário específico para entregar seu currículo, o profissional faça uma sondagem antes para ver se conhece alguém que possa lhe apresentar a ele. De qualquer forma, os currículos geralmente são gerenciados pelo departamento de RH das empresas. Por isso, acredita, o melhor caminho é procurar o próprio RH, salvo se você conhece alguém que possa lhe colocar de frente com o gestor e que ele esteja buscando profissionais para sua equipe.
— A orientação é: menos é mais. Portanto, cuidado para não incomodar e passar uma visão de desespero, o que pode comprometer oportunidades futuras. Busque o RH ou uma indicação — completa Dirlene.

Telefonar ou não?
Você pode ligar de vez em quando para o RH, mas somente para perguntar se estão com alguma oportunidade para sua área, demonstrando interesse e se colocando à disposição, sugere Dirlene. E não vale ligar diariamente, esta atitude precisa ser periódica, de 15 em 15 dias, uma vez por mês, completa a coach. Outra estratégia sugerida por Fátima é enviar o currículo, se cadastrando no site pelo banco de empregos, pois desta forma os CVs são analisados e cadastrado já dentro do perfil e experiência profissional. Feito isso, é aguardar ser convidado para entrevista com horário agendado.

À espera de uma resposta
Se você participou de algum processo seletivo e ainda não foi chamado, é porque não chegou o momento. Por isso, calma. O processo pode ainda estar em andamento ou realmente você não foi selecionado, diz a coach, lembrando que a maioria das empresas avisa. De qualquer forma, acrescenta Dirlene, espere entre uma semana e dez dias para saber sobre o andamento do processo. Mostre interesse sobre o processo seletivo, mas cuidado para não ser insistente ou inconveniente. Apenas mostre interesse em saber em que posição está e se coloque à disposição. Ainda de acordo com a diretora da Mira RH, geralmente os currículos ficam cadastrados por um prazo de seis meses e, a qualquer momento que surja uma vaga com o seu perfil, o profissional pode ser convidado para uma entrevista.

Dever de casa
É aconselhável procurar saber quais vagas constam do site da empresa, para se cadastrar na melhor oportunidade e que esteja mais adequada com o seu perfil. A dica mais importante é, ser for convidado para entrevista, estar presente pelo menos 15 minutos antes da hora agenda e com o currículo impresso. Procure, sempre, estar a par da cultura desta organização, e ficar atento à missão e à visão da companhia.

E lembre-se
— Currículo precisa ser claro e objetivo, máximo 2 páginas;
— Nada de ficar vendendo suas qualidades, o recrutador vai avaliar isso. Apenas reforce os pontos fortes que você tem e que pode ajudar a empresa. Entre 3 a 5;
— Faça uma carta se apresentando e demostrando interesse pela vaga. Carta simples, objetiva e gentil;
— Coloque sempre as empresas que trabalhou, período trabalhado e as atividades ou resultados importantes que realizou;
— Insira suas formações, mas de forma sucinta: coloque as três últimas;
— Informe cursos, no máximo três de relevância e convergência com a vaga. Cursos que não agregam valor para o cargo em questão, é melhor não citar.
Fonte O Globo Online

OS 5 MITOS MAIS COMUNS SOBRE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Emoções: inteligência emocional não pode ser aprendida em livros ou cursos

Entre as muitas competências exigidas pelo mercado que não são ensinadas na faculdade, a inteligência emocional é uma das mais importantes.
“Desde cedo, a escola nos ensina a valorizar apenas os conhecimentos gerais, como história e geografia, ou então a inteligência lógico-matemática, deixando as emoções de lado”, afirma João Marcelo Furlan, CEO da Enora Leaders.
Excluído das salas de aula, o tema acaba cercado de dúvidas e mal-entendidos, o que cria uma lacuna importante no futuro profissional dos alunos.
O maior problema, segundo Furlan, é que a maioria das pessoas ignora o valor do QE (Quociente Emocional) e ainda enxerga o famoso QI como o principal ingrediente para o sucesso.
Essa percepção é contrariada por pesquisas sobre o assunto. Um levantamento da consultoria TalentSmart, por exemplo, mostrou que 90% dos profissionais com alto desempenho têm uma boa gestão de suas emoções. Entre aqueles que têm baixa performance, apenas 20% têm uma nota alta em QE.
“Costuma-se dizer que as empresas contratam pelo QI, e demitem pelo QE”, diz Furlan. Isso porque as competências emocionais definem como o profissional vai se relacionar com a equipe e lidar com pressões e dificuldades - fatores essenciais para continuar empregado ou até ser promovido.
O desconhecimento geral sobre o assunto faz com que muitos percam a oportunidade de usar as próprias emoções a seu favor no trabalho. Diante disso, EXAME.com perguntou a especialistas quais são alguns dos mitos mais comuns sobre o tema. Veja a seguir:

1. Significa evitar emoções
Um dos grandes mal-entendidos sobre inteligência emocional é associá-la à necessidade de reprimir o que se sente.
É bem o contrário, diz o consultor Minoru Ueda, autor do livro “Competência emocional: quanto antes, melhor!” (Editora Qualitymark). “Você não deve punir as suas emoções, mas sim observá-las, avaliá-las e educá-las”, explica.

2. Significa ser emotivo
No extremo oposto, muita gente também pensa que a competência tem a ver com expressar emoções na frente de todos ou chorar com frequência.
Não é nada disso: segundo Furlan, trata-se de controlar a manifestação das emoções - e mesmo adiá-las, se necessário. Na verdade, pessoas que se expõem descontroladamente são justamente as menos inteligentes do ponto de vista emocional.

3. É assunto para livros de autoajuda
Ueda diz que muitas pessoas ignoram a natureza científica do tema. “Como tem a ver com emoções, logo pensam que se trata de autoajuda”, explica o consultor.
Não é a realidade. Discutido desde os anos 1960, o conceito se popularizou com a publicação do livro seminal do psicólogo Daniel Goleman, “Inteligência emocional”, de 1995. Desde então, tem sido pauta de pesquisas e produções acadêmicas em todo o mundo.

4. É um talento inato
É verdade que algumas pessoas têm uma tendência natural a lidar bem com emoções próprias ou alheias. Isso não significa, porém, que a competência seja um "dom".
“É algo perfeitamente treinável”, diz Ueda. “Qualquer um pode desenvolver essa capacidade a partir do momento em que perceber o benefício para si próprio e para os outros”.

5. Pode ser adquirida em cursos
Não há dúvidas de que a inteligência emocional está ao alcance de todos. Mas, ao contrário de outras competências, ela não pode ser aprendida em cursos, livros ou palestras.
De acordo com Furlan, a aprendizagem passa necessariamente pela experiência prática, no cotidiano, com outras pessoas. Para se capacitar, diz ele, a teoria é insuficiente: é preciso vivenciar suas próprias emoções, observar as alheias e refletir sobre elas continuamente.

Por Claudia Gasparini
Fonte Exame.com

TUDO É ENERGIA

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

ADVOGADOS DEVEM SABER LIDAR COM TRANSTORNO DE CLIENTES


Estatisticamente, pouco mais de 9% dos americanos adultos são diagnosticados com algum tipo de transtorno de personalidade — uma variedade do transtorno mental. Se o advogado enfrenta, vez ou outra, dificuldades “inexplicáveis” em seus relacionamentos com clientes, a explicação pode ser essa: um transtorno — do cliente ou dele mesmo (esperançosamente, não).
Para a advogada, psicoterapeuta e escritora Elizabeth Wittenberg, todos os profissionais precisam aprender a identificar e lidar com clientes com transtorno de personalidade. No caso dos advogados, porém, a situação é mais crítica: eles atraem mais pessoas com transtorno de personalidade, porque elas, naturalmente, precisam mais de seus serviços.
Autora do artigo “Seus clientes o estão enlouquecendo? Como evitar o drama com clientes enlouquecidos”, ela afirma que os advogados que entendem melhor o transtorno da personalidade conseguem administrar situações “enlouquecedoras” e proporcionar aos clientes uma representação mais eficaz.
O transtorno de personalidade, segundo a advogada-psicoterapeuta, “é um padrão persistente de comportamento e de experiência subjetiva que afeta os pensamentos, os sentimentos, os relacionamentos e a impetuosidade de uma pessoa”. O “paciente” de "TP" não percebe isso. “Normalmente, ele percebe seus padrões de comportamento como perfeitamente razoáveis e apropriados, a despeito dos impactos negativos, dramáticos, que causam em sua vida e nas vidas alheias.”
Uma pessoa com distúrbio de personalidade segue um “roteiro limitado de vida” e, normalmente, produz imagens “fixas, inflexíveis, inalteráveis” das pessoas, diz a advogada. Por exemplo, uma pessoa que já foi classificada por ela como “desqualificada” não conseguirá convencê-la de que dois mais dois é quatro.
O fato é que esse transtorno compromete seus relacionamentos com outras pessoas e, consequentemente, suas relações de trabalho e, no caso, com seus próprios representantes jurídicos. Há muitas explicações na internet para o transtorno da personalidade e suas derivações.
Lidar com clientes com TP significa problemas. Isso leva alguns advogados a se sentirem tentados a não representá-los. Porém, além das questões de discriminação, o transtorno de personalidade pode não ser perceptível no início da relação. Além disso, considerando que entre 9% e 10% da população adulta sofre transtornos de personalidade e que um grupo maior tende a demandar serviços jurídicos, a probabilidade de cada advogado ter de lidar com esses “pacientes” é muito alta, pelo menos vez ou outra.
A recomendação é que o profissional entenda o transtorno da personalidade e suas variações, aprenda a lidar com esse tipo de problema mental, para oferecer uma representação eficiente a seus clientes e torná-los felizes com seu trabalho e fiéis a você.

Conheça três tipos de transtornos:

Transtorno da Personalidade Narcisista
O “TPN” é uma perturbação que leva a pessoa a ter uma percepção excessiva de sua própria importância (termo encontrado na literatura médica), que é uma extrema preocupação consigo mesma e uma falta de empatia pelos outros. A autora diz que clientes com TPN são frequentemente cooperativos e envolventes, em um primeiro momento. Mas, mais tarde, começam a culpar alguém, a “dar coices”, quando surge um problema inesperado.
Ela diz que é muito difícil para uma pessoa com TPN assumir a responsabilidade por qualquer coisa. Ou mesmo admitir que tenha uma responsabilidade parcial no problema. E não aceita alegações de que tenha qualquer participação nele. “Clientes com TPN podem chutar o balde, sair do escritório batendo a porta, se você lhe disser que a culpa por qualquer resultado ruim, em parte, é dele”.

Recomendações da especialista:
Frequentemente, o “narcisista” esconde uma autoestima, extremamente baixa, sob a capa da autoimportância, que é reforçada pela aclamação das pessoas que admira. O advogado deve ajudar seu cliente narcisista a elevar sua autoestima, tratando-o com um certo excesso de cortesia e respeito.
Eles gostam de pensar que seu advogado é o melhor e que tem um alto status. Não o decepcione com modéstia. Permita a rasgação de seda, mas não sugira, de qualquer forma, que é melhor do que ele, em qualquer coisa que não jurídica. Reprima sua irritação diante de suas ostentações, bazófias e espertezas. Narcisistas precisam de aprovação. Um pouco de massagem em seu ego e seus objetivos da representação serão cumpridos naturalmente.
A parte mais complicada para um advogado é levar o cliente narcisista a fazer um acordo em disputas civis e, principalmente, nas criminais. Muitas vezes, é melhor para a resolução do caso que ele admita certa culpa ou certa responsabilidade. Mas isso não está em seus planos de vida. Pode ser interessante discutir uma “política de resultados”, que justifique certas concessões.
Jamais caia em qualquer armadilha, que o leve a se sentir desmoralizado, quando lidar com um cliente narcisista. Ele precisa criticar a qualidade de seu trabalho, para se sentir bem. Não se preocupe se seu cliente não reconhece seu bom trabalho. Você conhece, melhor do que ele, suas qualificações e sua eficiência.

Transtorno da Personalidade Antissocial
O “TPA” é uma condição de saúde mental, na qual a pessoa mantém um padrão, a longo prazo, de manipulação, exploração ou violação dos direitos dos outros. Isso é um comportamento mais comum na área criminal.
Pessoas com TPA ou com características desse transtorno frequentemente “visitam” o sistema judicial, diz a advogada. Geralmente, isso se explica pela inconformidade com as normas sociais ou mesmo com os ditames da lei. Mas não significa, em todos os casos, um comportamento criminoso.
“Figuras antissociais podem ser vistas na presidência de alguma grande corporação, no comando de uma grande organização, em um clube da alta sociedade ou na traseira de um camburão da polícia”, escreve a advogada. Elas sentem prazer em manipular, conscientemente, outras pessoas.
“Além de serem manipuladoras e enganadoras, são consistentemente irresponsáveis, não sentem remorsos por suas ações malignas e, frequentemente, são muito impulsivas. Às vezes, são indiferentes ao mal que causam a outras pessoas, às vezes racionalizam a maldade”, ela descreve.
As pessoas com TPA sentem necessidade de controlar os outros, para se sentir poderosas. Como os narcisistas, podem contar vantagem e negar responsabilidade pelos problemas dos outros, mas o fazem de uma maneira diferente. O cliente com TPA provavelmente contará vantagens sobre suas atividades ilegais, mas irá caracterizá-las como alguma coisa que todo o mundo faz. E mentem muito, assegura a advogada.

Recomendações da especialista:
Pode ser perigoso trabalhar com clientes com TPA. Por isso, o advogado deve se preocupar com sua segurança e com sua imagem de pessoa forte. Deve fazer reuniões com a participação de outras pessoas e usar uma abordagem direta, para mostrar força, não fraqueza. Deve ser rígido, no que se refere a expectativas, à apresentação de faturas e outros aspectos da representação. Qualquer acordo de pagamentos de honorários, que inclua certas facilidades e nenhuma garantia, será desrespeitado.
Para formar um relacionamento produtivo com um cliente antissocial, o advogado tem de entender a necessidade do “paciente” de manter o controle da situação. Coloque-se a sua disposição, mostrando que ele pode conseguir o que quer, se vocês trabalharem como um time. Ao discutir questões jurídicas, prefira se focar nas consequências, não nos aspectos puramente jurídicos ou morais.
Clientes antissociais vão lhe dizer o que pensam que você deve saber e, normalmente, omitem detalhes em seus argumentos. Esclareça os detalhes, sem desafiá-lo, para não despertar sua fúria.
Provavelmente, você se sentirá desconfortável com essa situação. Por isso, tenha paciência. Mas não se deixe intimidar ou ser enganado. É melhor assumir uma atitude cética, em relação a tudo o que ouvir (uma boa qualidade para todos os advogados, de qualquer forma). Assegure-se de negociar garantias de pagamento dos honorários.

Transtorno de Personalidade Limítrofe
A definição do "TPL" está na literatura médica e, às vezes, também é chamada de Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). É um problema de saúde mental de pessoas que exibem padrões persistentes de emoções instáveis ou turbulentas. Essas experiências interiores frequentemente resultam em ações impulsivas e relacionamentos caóticos com os outros.
São casos de instabilidade emocional. A pessoa pode ser suicida ou se engajar em comportamentos autodestrutivos. “Clientes com TPL podem ser pessoas muito divertidas, fáceis de lidar, até que, de repente, não são mais”, diz a advogada. “O problema é que você pode não ter a mínima ideia de que o cliente sofre de TPL, até que ele “exploda” no escritório ou, pior, no tribunal. Então, o cliente “perfeito” se torna um problema.
Em matérias jurídicas, o TPL pode trazer descontrole emocional à representação. Clientes com TPL podem perder as estribeiras a qualquer momento e terminar o relacionamento. Entre as prováveis consequências estão ameaças de reclamações à Comissão de Ética da ordem e processos por má prática profissional, quando terminam o relacionamento com raiva.

Recomendações da especialista:
Mantenha a clareza, a consistência e a estrutura, para evitar o pior. Telefonemas regulares e troca de e-mails ajudam a acalmar clientes com TPL, que valorizam a atenção. Retorne qualquer comunicação prontamente, nem que seja apenas para confirmar recebimento e que irá examiná-la (ou qualquer outra coisa).
Representar um cliente com TPL é como andar em uma montanha russa. Resista às subidas e descidas, mantendo a calma em todas as horas. Clientes com TPL têm a mania incrível de desafiar o advogado a rejeitá-los. Entenda a situação, persevere, e cumpra o trabalho para o qual foi contratado da forma mais eficiente possível.
Por João Ozorio de Melo
Fonte Consultor Jurídico

O SEGREDO PARA SER MAIS PRODUTIVO


Não adianta tentar prorrogar: os dias continuam com 24 horas, mesmo que a pilha de trabalho cresça mais e mais na sua mesa. O jeito é administrar bem o tempo e tentar ganhar em produtividade para dar conta das tarefas sem perder os prazos.
Não há fórmula mágica, mas os administradores mais bem-sucedidos compartilham algumas características que podem servir de inspiração. A colunista da Inc. Margaret Heffernan lista pelo menos quatro pontos fundamentais que unem as pessoas mais produtivas.
De forma geral, o que essas características demonstram é que as pessoas mais produtivas são aquelas que conseguem ter uma visão abrangente sobre os problemas: projetos fora do trabalho, tempo para respirar, visão sob múltiplas perspectivas e contatos ajudam a se sair melhor. “Eles são produtivos porque têm uma fonte rica de recursos para buscar soluções: ciência, música, arte, literatura, teatro, design de móveis, artesanato – você escolhe o nome. Isso significa que o segredo da produtividade não é um novo software ou aplicativo. É a forma de construir toda a vida”, diz a colunista.

Abaixo as quatro principais características:

1. Eles têm uma vida fora do trabalho
Longe de serem obsessivos com trabalho ou aquele tipo que começa a jornada quando o sol se levanta e só encerra quando é tarde da noite, os verdadeiros inovadores criativos têm uma vida rica fora do trabalho. Margaret cita que uma das melhores CEOs que ela conhece é a treinadora, nas horas vagas, de um time local de softball. “Não à toa, os estudos acadêmicos seguem mostrando que atividades fora do universo do trabalho estão altamente relacionados com alta performance”, diz Margaret.

2. Eles fazem pausas
É fácil pensar que você vai conseguir fazer mais coisas se não parar de trabalhar. Mas o que está claro para a neurociência é que você pode facilmente esgotar sua capacidade de raciocínio e limitar sua mente se não fizer pausas. “Em outras palavras, ficamos com a mente presa”, diz. Dar uma parada – só para respirar fora da sua mesa por um minuto – pode refrescar sua cabeça, permitindo que você veja soluções que mais uma hora na escrivaninha não teria revelado. É uma das razões pelas quais nós temos nossas melhores ideias dirigindo de volta para casa, depois do trabalho.

3. Trabalharam em diferentes empresas
Isso significa que as pessoas mais produtivas regularmente desafiam ortodoxias porque conhecem diferentes modelos de trabalho e abordagens para a solução de problemas. Elas podem até não levar muito crédito, mas sabem o valor de tentar outras abordagens para as tarefas.

4. Têm ótimos colaboradores externos
Algumas vezes esses colaboradores são formais, outras vezes, não. Mas seus conselheiros não são apenas colegas próximos ou clientes. Há uma ampla rede de contatos que permite incorporar uma forma mais ampla de pensamento, contatos e informação e trazem luz e ar fresco aos negócios.
Fonte Papo de Empreendedor