quinta-feira, 10 de abril de 2025

NÃO CONSEGUE ECONOMIZAR? ENTÃO PARE DE FAZER ISTO


Suas despesas andam superando suas receitas? Se a resposta for sim, mas você não tem ideia do que fazer para reduzir seus gastos e voltar a ver o orçamento em azul, as dicas a seguir podem ser um bom ponto de partida.
As sugestões incluem não apenas cortes específicos, mas mudanças no jeito de lidar com as finanças e na forma como você encara o assunto dinheiro. Confira a seguir alguns hábitos que você deve interromper imediatamente para finalmente parar de gastar à toa.

1) Achar que uma série merece mais tempo do que o seu planejamento financeiro
Enquanto o planejamento financeiro for jogado para escanteio, as mudanças de hábito dificilmente vão acontecer. Assim como você dedica tempo ao trabalho, aos estudos e a assistir a uma série, parte do seu tempo também deve ser dedicada a refletir sobre seus gastos.
Cássia D'Aquino, especialista em educação financeira, defende que a mudança só acontecerá de fato se você der algum sentido a ela. “Ninguém muda um comportamento ao ler dicas em uma reportagem ou porque é sensato. É preciso encontrar razões que te deem prazer e te motivem a economizar. ”
A especialista recomenda investigar a raiz do problema, avaliando de maneira profunda o que leva a gastar mais que a conta. “O que me preocupa é que algumas pessoas vão vivendo, levando no automático, sem ter nenhuma noção do motivo que as levam a ter um hábito ruim”, diz Cássia.

2) Gastar para compensar frustrações
No livro O Poder do Hábito (Editora Objetiva), Charles Duhigg mostra que os hábitos são criados a partir de um ciclo composto por três fases: o gatilho, a ação e a recompensa.
O gatilho pode ser a vontade de fazer compras após um dia estressante no trabalho. Em seguida, você passa à ação, e gasta dinheiro sempre que o dia for difícil. Ao fazer a compra, o cérebro libera dopamina, que traz a sensação de satisfação e de recompensa. Com esse processo, o cérebro passa a buscar a recompensa sempre na mesma ação e o vício passa a ser reforçado e acionado.
Portanto, se você gasta mais do que deve sempre que passa por uma frustração, tente trocar esse hábito por outro igualmente prazeroso, como ver seus amigos, ir ao cinema, ou qualquer outro que facilite a substituição do hábito pródigo por outro menos prejudicial às finanças.

3) Fazer birra com o cartão de crédito
Quem não gostaria de poder satisfazer todas suas vontades, sem se preocupar com o rombo que elas podem causar nas finanças? Mas, a realidade é dura e o orçamento limitado. O lado bom, porém, é que encarar a frustração de não comprar algo pode ser mais fácil do que lidar com uma dívida e todo o estresse que ela pode causar.
Cássia D’Aquino tem uma visão bem prática sobre isso. “Não há ninguém nesse mundo que não tenha frustrações, faz parte da vida. Ninguém vai morrer por deixar de fazer uma compra. Mas é como se algumas pessoas voltassem à infância, quando se jogavam no chão por não conseguir algo. Acontece que birra de adulto é sacar o cartão de crédito e isso tem implicações.”

4) Ignorar dicas para economizar com o supermercado
Sim, as compras de supermercado estão caríssimas e comendo boa parte do nosso salário, mas lamentações não farão os preços caírem. Nesse caso, pode ser mais efetivo seguir algumas dicas para driblar os altos custos, como fazer compras em atacarejos, observar calendários de promoções – às quartas-feiras, por exemplo, é comum encontrar ofertas de frutas e verduras – e comprar produtos de marcas próprias do supermercado.
Outra dica essencial é fazer uma lista. Ainda que a sugestão seja bem batida, talvez seja a hora de rever como você faz isso. O ideal é que a lista seja feita com um olho no papel e outro na despensa ou na geladeira para que ela inclua apenas o que está faltando e nenhum item repetido. “Eu também costumo fazer um cardápio semanal para basear as compras nas refeições que serão preparadas”, diz Cássia D’Aquino.
Veja a matéria completa sobre como economizar no supermercado.

5) Jantar fora com frequência
Uma pesquisa feita pelo app de controle financeiro GuiaBolso com 858 brasileiros que em 2015 gastaram menos do que ganharam, não caíram no cheque especial e investiram parte do salário, revelou que para 23% deles a diminuição das idas a bares e restaurantes foi o principal fator responsável pela economia no ano. A segunda mudança crucial, mencionada por 12% deles, foi levar comida de casa para o trabalho.
“É senso comum que os gastos com bares e restaurantes são altos, mas a questão é que as pessoas gastam muito mais do que imaginam com isso. Reduzir esse tipo de despesa pode fazer uma grande diferença”, afirma Thiago Alvarez, CEO do GuiaBolso.
Para diminuir esses gastos sem sofrimentos, Cássia D’Aquino sugere usar a criatividade: “Se você não pode mais frequentar toda semana aquele restaurante que tem aquele prato especifico que você ama, que tal aprender sua receita?”.
Veja dicas de nutricionistas para economizar na alimentação sem engordar e abrir mão da saúde.

6) Ser desorganizado e deixar a arrumação sempre para depois
Segundo a empresa Seja Personal Organizer, especializada em serviços de gestão de rotina, uma vida mais organizada pode gerar uma redução de até 30% dos gastos mensais. Ao administrar todos seus pertences, desde suas roupas até seu imóvel, é possível se dar conta do trabalho que você tem para administrar tudo isso e avaliar o que é realmente necessário e o que te faz perder tempo.
Ao organizar seu guarda-roupas, por exemplo, é possível encontrar algumas roupas que você tinha esquecido e levar para o conserto peças que estão com defeito, evitando a necessidade de comprar roupas novas.
A organização deve englobar desde as tarefas do trabalho até os afazeres domésticos. Se você contrata uma diarista que passa suas roupas às quintas, por exemplo, e você precisa delas limpas na véspera, ao se organizar para fazer isso você não subutiliza um trabalho que já será pago e de quebra ainda economiza tempo – e tempo é dinheiro, claro.

7) Dizer sim quando o vendedor pergunta: "Vai parcelar?"
Thiago Alvarez afirma que os gastos parcelados abocanham, em média, 40% do valor total das faturas de cartão de crédito dos cerca de dois milhões de usuários do GuiaBolso. “Os parcelamentos vão se acumulando, a fatura começa a misturar prestações que estão no quinto mês, no segundo, ou no terceiro e o cartão vira algo incontrolável”, diz.
Ele recomenda, portanto, que você pense sempre duas vezes antes de aceitar o parcelamento de uma compra e só faça o pagamento a prazo quando o gasto for realmente necessário e não houver alternativas. "O ideal é que os gastos parcelados sejam feitos no máximo uma vez a cada três meses", recomenda Alvarez.
Veja quando parcelar ou não suas compras.

8) Subestimar os pequenos gastos
A sugestão aqui não é condenar o docinho que você compra após o almoço ou a cervejinha do happy hour e sugerir que você não gaste mais um centavo com itens supérfluos, mas apenas propor uma reflexão sobre esse tipo de gasto. Ao anotar até os cafezinhos é possível entender exatamente qual é o destino do seu dinheiro e fazer melhores escolhas, evitando o consumo desnecessário.
A coach financeira Ana Paula Hornos diz que a definição do que é prioritário é algo muito subjetivo, mas ela sugere restringir os gastos que sustentam seu padrão de vida a 70% da receita, destinando 20% a reservas e 10% a doações. “Dentro dos 70%, cada um escolhe sua própria distribuição. O importante é acompanhar no detalhe todos os gastos, inclusive os menores, para garantir que o orçamento seja respeitado.”

9) Manter altos gastos fixos
Se o objetivo é economizar, não faz sentido discutir gastos menores, como idas a restaurantes e roupas, e ignorar gastos altos, certo? No entanto, é comum que os papos sobre redução de gastos foquem exatamente no corte de itens não essenciais e ignorem os gastos fixos e mais pesados, como financiamentos, condomínio, contas de luz etc.
“As pessoas assumem compromissos grandes como financiamentos de carros e imóveis sem calcular direito se a parcela caberá no bolso. E às vezes não tem jeito, a solução pode ser mesmo ir para um financiamento mais barato. Eu já me mudei duas vezes para buscar um imóvel mais barato”, diz Thiago Alvarez, CEO do GuiaBolso.
Ainda que a decisão não seja simples, ao morar em apartamento menor ou ir para um bairro com um estilo de vida mais modesto, você pode economizar não só com o valor do imóvel em si, mas com custos paralelos, como o condomínio, as padarias, supermercados etc.
É uma questão de avaliar o que compensa mais: viver em um lugar maior ou em um bairro mais sofisticado e conviver com um orçamento mais apertado, ou abrir mão de alguns metros quadrados, mas voltar a ter uma folga no orçamento e aproveitar o apartamento para fazer um bom jantar, ou fazer boas viagens.

10) Não fazer doações
Como uma doação pode ser algo indicado para reduzir gastos exatamente? Segundo Ana Paula Hornos, ao abrir mão de parte da sua renda todo mês para ajudar outras pessoas você exercita a paciência e a gratidão, virtudes que contribuem para regular o egoísmo em relação ao dinheiro.
"A gratidão aumenta nosso senso de satisfação e felicidade, independentemente da situação financeira. Já paciência é o fiel da balança entre estar endividado e poupar. Se eu sei esperar, junto dinheiro para uma compra à vista; se não consigo, antecipo a compra, parcelo, ou assumo dívidas”, afirma Ana Paula.
Ela também sugere manter o hábito de agradecer diariamente por três coisas boas que aconteceram na sua vida e treinar a paciência com atividades que envolvam etapas e exijam alguma espera (como cozinhar, pescar, meditar, etc). "O equilíbrio emocional é fundamental para lidar melhor com o dinheiro", diz.
Por Priscila Yazbek
Fonte Exame.com

SEM EXPLICAÇÕES

quarta-feira, 9 de abril de 2025

PAREM O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!


A conhecida sentença de Rui Barbosa - "Justiça tardia não é Justiça, é injustiça manifesta" - pelo que estamos vendo e vivenciando, ao invés de servir de alerta a quem deva fazer justiça parece-nos, serviu de incentivo a tornar a justiça lenta e ineficiente.
O direito à justiça é um direito fundamental e, como se sabe, “justiça é dar a cada um o que lhe pertence”. Entretanto, para que se faça realmente justiça, a decisão que a outorga deve alcançar quem a busca, no tempo devido, sob pena de se enquadrar na assertiva de Rui Barbosa.
Sendo a justiça o último refúgio do cidadão, quem a ela recorre visa corrigir uma injustiça ou um prejuízo moral ou material, que exigem pronta reparação. Porém o que se verifica na prática é uma autêntica negação de justiça pela morosidade dos atos judiciais, gerados pela incapacidade do Poder Judiciário de processar de forma ágil as demandas que a ele são carreadas.
Não raras vezes ouvem-se manifestações oriundas de alguns representantes do Poder Judiciário, atribuindo culpa pela morosidade da Justiça aos advogados e ao excesso de recursos. Ora, isso é subestimar a inteligência dos operadores do Direito e do cidadão que têm conhecimento, por experiência própria ou por notícias que circulam na imprensa, de que a justiça é lenta por deficiência funcional.
Os advogados, pelo contato constante com os órgãos judiciais, na tentativa de agilizarem o andamento dos seus processos, já criaram calo abdominal de tanto esfregá-lo nos balcões surdos, mudos e inertes das serventias.
Advogar, nos dias atuais, é um desafio à resistência de qualquer ser humano. Não basta preparo e dedicação do advogado para que seu exercício se dê de forma plena e eficiente.
Hoje, mais do que capacidade técnica, é requisito essencial ao advogado gozar de boa saúde física e mental, sob pena de sucumbir numa fila de cartório ou de banco para pagar uma guia ou receber um alvará.
Todos nós já tivemos experiências pessoais dessa morosidade. Só como exemplo cito a 1ª Vara de Família de Alvorada, onde já se vão 60 dias aguardando a tal juntada de um mandado. Na comarca de Montenegro, passaram-se seis meses para juntada de uma petição. Na 7ª Vara da Fazenda Pública, levei um ano para ser intimado de um despacho. E, o pior, a douta juíza se negou a me receber em seu gabinete. Sem falar no Arquivo Judicial, onde demorar 60 dias para desarquivar um processo é comum.
Não sou mais um jovem e ainda exerço a Advocacia por gostar do que faço, mas, infelizmente, estou sendo aposentado compulsoriamente pela ineficiência do Judiciário. Estou num nível de estresse que - se insistir em continuar - serei preso por desacato ou mais uma vítima de infarto, pela incompatibilidade do meu temperamento com a ineficiência da máquina judicial.
Será que a cúpula do Judiciário não sabe disso? E a OAB, em que pese cobrar a mais alta anuidade dentre todas as categorias profissionais, o que está fazendo pela classe?
Parem o mundo que eu quero descer!
Por Jaime Lopes Izquierdo
Fonte Espaço Vital

COMUNICAÇÃO DE OBRA


A Comunicação de Obra é o documento a partir do qual uma pessoa (comunicante) comunica a outra (comunicada) acerca de obras que serão realizadas em determinado local do condomínio. O envio da comunicação pode ou não ser obrigatório, a depender das normas vigentes para cada condomínio.
Este documento abrange tanto as obras que são realizadas no interior das unidades autônomas (apartamentos, salas, lojas comerciais etc.) quanto aquelas realizadas nas áreas e bens comuns do condomínio.
Se o condomínio for residencial e a obra for realizada no interior de alguma das unidades autônomas (sejam apartamentos, no caso de prédios, ou casas, no caso de condomínio horizontais), a Comunicação de Obra é enviada pelo morador ao síndico. Se o condomínio for comercial e a obra for realizada no interior de alguma das unidades autônomas (sejam salas ou lojas comerciais), a Comunicação de Obra é enviada pelo usuário da respectiva unidade - seja ele pessoa física ou jurídica - ao síndico.
Por outro lado, nos casos em que a obra for realizada nas áreas e bens comuns do condomínio, independentemente da destinação do condomínio, a comunicação é enviada pelo síndico ou pelo subsíndico aos moradores ou usuários, conforme for o caso, podendo, ainda, ser afixada nas áreas comuns.
Sendo assim, o comunicante poderá ser:
·        um morador de condomínio residencial;
·        um usuário de condomínio comercia;
·        o síndico;
·        o subsíndico.

O comunicado, por sua vez, poderá ser:
·     o síndico, nos casos em que a comunicação não for expedida por ele ou pelo subsíndico;
·     a comunidade que reside ou utiliza o condomínio, nos casos em que a comunicação for expedida pelo síndico.
·   Vale lembrar, por fim, que, em algumas reformas realizadas no interior de unidades autônomas, para que a obra possa ser realizada, não basta o envio da comunicação, sendo necessário também que o síndico ou subsíndico autorize a realização do procedimento. Nestes casos, a Comunicação de Obra conterá também um pedido de autorização.

Como utilizar este documento?
A Comunicação de Obra deve ser integral e cuidadosamente preenchida pelo usuário e, depois de lida e compreendida, assinada pela pessoa que a enviará.
Caso a comunicação seja destinada ao síndico, o documento lhe poderá ser enviado por qualquer meio, físico ou eletrônico, podendo ser utilizado recurso que permita a confirmação de que, de fato, houve o recebimento, sendo um dos meios possíveis para isto o envio de carta com aviso de recebimento ("carta com AR"). O mesmo procedimento pode ser adotado nos casos em que a comunicação for preenchida pelo síndico ou subsíndico e for dirigida aos interessados, que podem ser todos ou apenas parte dos moradores ou usuários das áreas comuns de determinado condomínio.
Nos casos das comunicações emitidas pela administração do condomínio, ainda, é possível que sejam afixadas nas áreas comuns, notadamente áreas de circulação de pessoas ou elevadores, para conferir maior publicidade ao ato.

O Direito aplicável
A Comunicação de Obra é regida pelas disposições do Código Civil Brasileiro (Lei Federal n. 10.406/2002) e pelas normas aplicáveis ao condomínio, sejam a Convenção de Condomínio e o Regimento Interno, sejam as normas municipais específicas.

Fonte Wonder.Legal Brasil

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - ESPECIALISTA ENSINA COMO DESENVOLVER CAPACIDADE DE PERSUASÃO


Todas as pessoas nascem persuasivas. O bebê, quando quer mamar, chora. Quando não é satisfeito, chora mais alto. Entre charmes e birras, a criança tenta obter o que quer. São formas naturais de persuasão que, com o tempo, as pessoas desenvolvem. Mas, em muitos casos, a capacidade de persuadir (ou de negociar) perde tração com as intempéries da vida. E a pessoa passa a pensar que não a tem.
O escritor Travis Bradberry, coautor do livro Emotional Intelligence 2.0 e presidente da TalentSmart, afirma que a capacidade de persuadir não é um talento de poucos afortunados, como se pensa. É um dom que está acessível a todos, mas só é aproveitado por aqueles que aprendem a usar a arma secreta da simpatia. Ou seja, se tornam fáceis de se gostar.
Essas pessoas, diz BradBerry, fazem com que os outros gostem mais do que de suas ideias. Fazem com que as outras pessoas gostem delas. Tal dom não é exclusivo das pessoas mais talentosas, mais bonitas, mais ricas, mais sociáveis ou mais poderosas. Ele decorre do uso que a pessoa faz de sua Inteligência emocional, diz Bradberry.
Um estudo da Universidade da Califórnia confirmou essa teoria. As pessoas fáceis de se gostar não são necessariamente sociáveis, inteligentes, atraentes ou portadoras de outras características inatas. Em vez disso, elas adquirem algumas características essenciais, como a sinceridade, a transparência e a capacidade de entender os outros.
A TalentSmart fez seu próprio estudo, com a finalidade de apurar características comuns das pessoas com alta capacidade de persuasão e que as usam em seu favor. São características que, segundo Travis Bradberry, podem ser adotadas — ou aprendidas — por qualquer um. Eis o que o estudo revelou sobre essas pessoas:

1. Elas são amáveis
Pessoas persuasivas nunca ganham a batalha só para perder a guerra. Isto é, elas não fazem questão de ganhar discussões. Preferem conseguir o resultado final almejado. Para isso, é necessário, muitas vezes, dar razão aos interlocutores, ceder em alguns pontos, para torná-los felizes. Assim, preparam o “espírito” das outras pessoas, para que elas venham a concordar com o que é mais importante. Elas sabem que chegar ao resultado desejado é melhor do que estar “certo”.

2. Elas não são insistentes
Pessoas persuasivas explicam suas ideias de forma positiva e confiante, sem serem agressivas ou insistentes. Pessoas insistentes podem ser desagradáveis. Pessoas persuasivas não pedem demais e não argumentam com veemência excessiva, porque sabem que a abordagem sutil é a que ganha as pessoas no final das contas. Se houver necessidade de ser agressivo, é melhor fazê-lo com confiança e muita calma. Não se deve ser impaciente, nem persistente em excesso. Se sua ideia é realmente boa, as pessoas entenderão isso, se você lhes der algum tempo. Do contrário, nunca vão entendê-lo.

3. Elas não são tímidas
Apresentar ideias ou propostas como se estivesse pedindo aprovação da outra parte, fazem elas parecerem duvidosas e pouco convincentes. Mesmo sendo tímidas, as pessoas devem apresentar suas ideias como declarações de fatos interessantes, para os outros “ruminarem” sobre elas. Importante: elimine expressões que enfraquecem suas afirmações, como “eu acho”, “eu penso que”, “em minha opinião”. Quando você declara alguma coisa, os outros já sabem que é sua opinião ou o que você pensa.

4. Elas conhecem seu público
Pessoas persuasivas conhecem seus interlocutores por dentro e por fora. Usam esse conhecimento para, entre outras coisas, falar na linguagem deles. E também para falar em um tom que corresponde à personalidade de cada interlocutor. Por exemplo, é preciso abaixar o tom ao falar com uma pessoa tímida ou sensível. E pode ser necessário aumentar o tom ao falar com uma pessoa agressiva, embora isso não signifique também ser agressivo. Cada pessoa (ou cada grupo de pessoas) é diferente e a percepção de suas personalidades ajuda você a ser persuasivo, de uma forma mais eficaz.

5. Elas criam imagens
As pesquisas mostram que as pessoas são mais facilmente persuadidas, se você der vida às ideias com imagens. As pessoas persuasivas “ilustram” seus argumentos com imagens para ajudar seus interlocutores a entender o que estão dizendo. Nem sempre é possível criar imagens para “ilustrar” todos os argumentos. Nesse caso, há um segundo recurso: contar uma história. Um argumento, “ilustrado” por uma boa história, também cria imagens na mente dos interlocutores. Assim, fica mais fácil assimilá-lo.

6. Elas usam linguagem corporal positiva
As pessoas persuasivas têm consciência de seus gestos, expressões e tons de voz. E se certificam de que sejam positivos, para envolver seus interlocutores nas discussões com a mente aberta. Usar um tom de voz entusiasmado, não cruzar os braços, manter contato visual e, sentado, se inclinar em direção ao interlocutor (em vez de se recostar na cadeira) são formas de linguagem corporal positiva que atraem os interlocutores e ajudam a validar seus argumentos. Em matéria de persuasão, “como” você diz alguma coisa pode ser mais importante do que o “que” você diz.

7. Elas sorriem
As pessoas observam naturalmente (e inconscientemente) a linguagem corporal de seus interlocutores. Se você quer que as pessoas gostem de você e acreditem em você, sorria durante a conversação. Elas irão inconscientemente retornar o favor e se sentir bem. As pessoas persuasivas sorriem muito, porque elas têm um entusiasmo autêntico por suas ideias. E isso provoca um efeito contagioso em todos.

8. Elas acatam os pontos de vista alheios
Uma tática extremamente poderosa de persuasão é acatar os argumentos alheios. Considere que seu próprio argumento pode não ser perfeito. Isso mostra que você está discutindo com a mente aberta e que melhorar suas ideias, em vez de insistir teimosamente em sua causa. Você quer que seus interlocutores percebam que você está levando em conta os melhores interesses deles. Use expressões como “eu sei onde você quer chegar” e “isso faz sentido”. Isso demonstra que você está prestando atenção no que dizem e que não tem intenção de fazê-las “engolir” seus argumentos. Pessoas persuasivas reconhecem o direito dos outros a suas próprias opiniões e lhes conferem validade. A vantagem disso é que você mostra respeito às ideias de seu interlocutor, tornando-o maios suscetível a aceitar as suas.

9. Elas fazem boas perguntas
Um dos piores erros que ema pessoa faz durante uma discussão (ou negociação) é não ouvir o que o interlocutor está dizendo, porque está pensando no que vai dizer a seguir ou em como o que a outra pessoa está dizendo vai afetá-la pessoalmente. As palavras do interlocutor são claras e suficientemente altas, mas seu sentido é perdido por falta de atenção. Uma maneira simples de resolver isso é fazer perguntas — muitas perguntas. As pessoas lhe dão crédito se perceberem que está ouvindo o que dizem. Um simples pedido de esclarecimento mostra que você está ouvindo e também que se importa com o que a outra pessoa está dizendo. Você se surpreenderá com o respeito e a admiração que vai ganhar simplesmente por fazer perguntas.

10. Elas falam seu nome
O nome é uma parte essencial da identidade de uma pessoa. Qualquer um se sente bem quando é tratado pelo nome. As pessoas persuasivas sempre falam o nome de outros, quando os encontram. E não usam o nome apenas quando cumprimentam seus interlocutores. As pessoas sentem respeito por quem se dirige a elas pelo nome no curso de uma conversação.

11. Elas estabelecem conexões
A probabilidade de uma pessoa aceitar o que você tem a dizer é maior quando elas sabem que tipo de pessoa você é. Em um estudo sobre negociações na Universidade de Stanford, os estudantes foram orientados a negociar alguma coisa e chegar a um acordo. Sem qualquer instrução, 55% dos estudantes conseguiram chegar a um acordo na primeira rodada. Na segunda, eles foram instruídos a se apresentar e falar sobre elas mesmas, antes de negociar e buscar um acordo. Nessa etapa, 90% dos estudantes chegaram a um acordo. Isso evita muitas dificuldades nas negociações. Cada um passa a falar com outra pessoa, não com um oponente ou um alvo a ser derrubado. Não importa quão irrefutável seja seu argumento, se você não se conectar com seu interlocutor em um nível pessoal. Ele irá desconfiar de tudo que você falar.

12. Elas são autênticas
Ser autêntico e honesto é essencial para ser persuasivo. Ninguém gosta de pessoas falsas. As pessoas tendem a gravitar em torno de quem é autêntico (ou genuíno), porque sentem que podem confiar nele. É difícil confiar em alguém que você não sabe quem realmente é e o que realmente sente. Pessoas persuasivas são autênticas por ser o que elas são, durante uma discussão ou negociação, em vez de pretender ser uma pessoa diferente, mais interessante para seu interlocutor, que pode ser desmascarada a qualquer momento.

13. Elas sabem quando parar
A urgência é uma ameaça constante à persuasão. Por isso, vá devagar. Quando você tenta forçar as pessoas a concordar imediatamente, elas provavelmente irão resistir mais fortemente e se apegar a suas opiniões originais, de acordo com estudos. Sua impaciência só gera mais contra-argumentos. Se sua posição é realmente forte, você não deve ter medo de parar e dar a seu interlocutor mais tempo para digerir suas ideias. Aliás, boas ideias são difíceis de ser processadas instantaneamente. Sempre requerem algum tempo para serem aceitas.

Considerações finais
Pessoas persuasivas são boas para ler e responder a outras pessoas. Elas confiam muito em sua inteligência emocional, para levar as pessoas a aceitar suas ideias. Com 90% dos negociadores pesquisados confiando em sua inteligência emocional, não é surpresa que esse seja um dos elementos mais fortes no desenvolvimento da capacidade de persuadir, diz BradBerry. Ele recomenda que você adicione essas características a seu repertório, como uma forma de se juntar ao clube dos bons negociadores.
Por João Ozorio de Melo
Fonte Consultor Jurídico

7 COISAS QUE VOCÊ NÃO DEVE DIZER A ALGUÉM COM ANSIEDADE

Para o psicólogo clínico Scott Bea, embora geralmente venha de pessoas amadas, incompreensão pode tornar incrivelmente desafiador superar uma crise de pânico

Ansiedade: sete dicas do que evitar dizer para quem sofre de transtorno de ansiedade

Se você já sofreu de ansiedade grave, provavelmente conhece muito bem o modo como ela pode controlar sua vida.
Os transtornos de ansiedade e pânico podem causar sensações intermináveis de medo e incerteza - e esse sofrimento muitas vezes provoca comentários que são mais prejudiciais que úteis.
Segundo o psicólogo clínico Scott Bea, professor-assistente de medicina na Clínica Cleveland, embora geralmente venha de pessoas amadas, a incompreensão dos outros pode tornar incrivelmente desafiador superar uma crise de pânico.
"Por isso, muitas coisas que você poderia dizer acabam tendo um efeito paradoxal e agravam a ansiedade", diz Bea a The Huffington Post.
"A ansiedade pode ser como areia movediça - quanto mais você tenta resolver a situação imediatamente, mais você afunda. Dizer às pessoas coisas como 'fique calmo' pode realmente aumentar sua sensação de pânico."
Apesar de tudo, existem maneiras de ainda dar apoio sem causar mais perturbação. Aqui estão sete comentários que você deve evitar fazer para alguém que sofre de transtorno de ansiedade - e como você pode realmente ajudar essa pessoa.

1. "Não dê importância a essa bobagem."
A verdade é que o que você considera bobagem pode não ser tão insignificante no mundo de outra pessoa.
Embora você tente projetar uma luz positiva sobre uma situação tensa, pode querer reduzir algo que é muito maior para outra pessoa.
"Você precisa entrar no sistema de crença da pessoa", aconselha Bea. "Para [alguém com ansiedade], tudo é importante."
Para ajudar, tente aproximar-se dela com uma perspectiva de incentivo, em vez de implicar que ela "surtou" por causa de algo sem importância.
Lembrar à pessoa que ela já superou esse pânico antes pode ajudar a confirmar que sua dor é real e ajudá-la a empurrar para longe os sentimentos arrasadores, diz Bea.

2. "Acalme-se."
O problema debilitante dos transtornos de ansiedade e pânico é que você simplesmente não consegue se acalmar.
Encontrar a capacidade de relaxar - especialmente por ordem de alguém -- não é fácil para a maioria das pessoas, e certamente pode ser mais difícil para alguém que sofre de ansiedade.
Em um blog em "Psychology Today", o psicólogo Sean Smith escreveu uma carta aberta para uma pessoa amada do ponto de vista de alguém com ansiedade, afirmando que, mesmo que haja boas intenções, dizer para a pessoa se acalmar provavelmente terá o efeito contrário:
"Vamos reconhecer o óbvio: se eu pudesse conter minha ansiedade, já o teria feito. Isso pode ser difícil de entender, já que provavelmente parece que eu escolhi [entrar em pânico, me coçar, acumular coisas, andar de um lado para outro, me esconder, ruminar, verificar, limpar etc.]. Não. No meu mundo, fazer essas coisas é apenas ligeiramente menos doloroso do que não as fazer. É difícil explicar, mas a ansiedade coloca uma pessoa nessa posição."
Segundo Keith Humphreys, professor de psiquiatria na Universidade Stanford, suas palavras não precisam ser seu método mais poderoso - oferecer para fazer algo com a pessoa talvez seja a melhor maneira de ajudar a aliviar seus sintomas.
Humphreys diz que atividades como meditação, dar um passeio ou fazer exercícios são maneiras positivas de ajudar.

3. "Apenas faça isso."
Quando alguém com ansiedade enfrenta seus medos, um pouco de "amor duro" pode não ter o efeito que você espera.
Dependendo do tipo de fobia ou transtorno que a pessoa enfrenta, o pânico pode atacar a qualquer momento - ao embarcar em um avião, falar a um grupo de pessoas --, ou mesmo surgir do nada.
"Obviamente, se elas pudessem superar isto o fariam, porque seria mais agradável", diz Humphreys.
"Ninguém escolhe ter ansiedade. Usar [estas frases] as faz sentir-se na defensiva e sem apoio."
Em vez de dizer a alguém para "aguentar", praticar empatia é o segredo. Humphreys aconselha a trocar a linguagem incentivadora de time esportivo por frases como "É horrível sentir isso" ou "Que pena que você se sinta assim".
"O paradoxo é que [uma frase empática] ajuda a acalmá-las porque elas não sentem que têm de lutar por sua ansiedade", diz Humphreys. "Demonstra certa compreensão."

4. "Tudo vai dar certo."
Embora seja de modo geral um apoio, Bea diz que as pessoas com ansiedade não vão reagir de fato a palavras reconfortantes da maneira que você gostaria.
"Infelizmente, dizer a alguém [que está enfrentando ansiedade] que tudo vai dar certo não ajudará muito, porque a pessoa não vai acreditar", ele explica.
"A tranquilização às vezes pode ser um método ruim. Ela as faz sentir-se melhor durante 20 segundos e depois a dúvida pode retornar."
Bea sugere que se continue encorajando, sem usar declarações vagas que podem não ter valor naquela situação.
Às vezes, diz ele, até permitir que a pessoa abrace sua preocupação - em vez de tentar afastá-la - pode ser a única maneira de ajudar.
"Ela sempre pode aceitar a condição", disse Bea. "Encorajá-la dizendo que é bom sentir o que ela está sentindo - também pode ser um bom remédio."

5. "Também estou estressado."
Semelhante a "Acalme-se" e "Não dê importância a essa bobagem". Você pode estar acidentalmente banalizando a luta de alguém ao criar uma comparação.
No entanto, se você estiver estressado ou sofrendo de um transtorno leve de ansiedade ou pânico, Humphreys adverte que a camaradagem depois de certo ponto pode ser perigosa.
"É importante não ficar obcecados um pelo outro", aconselha. "Se você tem duas pessoas ansiosas, elas podem se alimentar mutuamente. Se as pessoas têm dificuldade para controlar sua própria ansiedade, tente não se envolver nessa atividade mesmo que você pense que pode ajudar."
Pesquisas demonstraram que o estresse é uma emoção contagiosa, e um estudo recente da Universidade da Califórnia em São.
Francisco descobriu que até os bebês podem captar esses sentimentos negativos de suas mães.
Para promover pensamentos mais saudáveis, Humphreys aconselha que se tente reorientar a narrativa, em vez de lamentar-se juntos.

6. "Tome uma bebida - vai distrair sua mente."
Esse coquetel pode diminuir a tensão, mas quando lidar com transtornos de ansiedade existe um problema maior para se preocupar, diz Humphreys.
Médicos e tratamentos prescritos são mais adequados quando se trata de lidar com os problemas que causam o pânico. "A maioria das pessoas supõe que se alguém tomar alguns drinques sua ansiedade desaparecerá", disse ele.
"Em curto prazo, sim, talvez desapareça, mas em longo prazo pode ser um caminho para a dependência. É perigoso em longo prazo porque essas substâncias podem reforçar a ansiedade."

7. "Eu fiz alguma coisa errada?"
Pode ser difícil quando uma pessoa amada está constantemente sofrendo e às vezes pode até parecer que seus atos de alguma forma estão provocando isso.
Humphreys diz que é importante lembrar que os transtornos de pânico e ansiedade derivam de algo maior do que apenas uma instância particular.
"Aceite que você não pode controlar as emoções da outra pessoa", ele explica.
"Se você tentar isso, se sentirá frustrado, a pessoa que você ama e que está sofrendo pode se sentir rejeitada e vocês dois se ressentirão. É importante não levar a ansiedade do outro para o plano pessoal."
Humphreys diz que também é crucial deixar a pessoa amada saber que há uma maneira de superar qualquer transtorno de ansiedade ou pânico - e que você está lá para ajudar.
"Há maneiras de ser mais feliz e mais funcional", diz ele. "Existe com certeza uma razão para ter esperança."
Por Lindsay Holmes
Fonte Exame.com

ASSISTÊNCIA SOCIAL À SAÚDE


Um futuro sistema de assistência à saúde consistirá, em primeiro lugar e acima de tudo, num sistema abrangente, efetivo e bem integrado de assistência preventiva. A manutenção da saúde será, em parte, uma questão individual e, em parte, uma questão coletiva, estando as duas, a maior parte do tempo, intimamente interligadas.
(...) 
"Assistência social à saúde" parece ser um termo apropriado para os programas e atividades coletivos dedicados à manutenção e à promoção da saúde.
A assistência social à saúde terá duas partes básicas — a educação para a saúde e a política da saúde —, as quais devem ser empreendidas simultaneamente e em estreita coordenação. O objetivo da educação para a saúde será fazer com que as pessoas entendam como seu comportamento e seu meio ambiente afetam sua saúde e ensiná-las a enfrentar o estresse em sua vida cotidiana. Programas abrangentes que enfatizem a educação sanitária podem ser integrados no sistema escolar e considerados de importância vital. Ao mesmo tempo, podem ser acompanhados de campanhas de educação sobre saúde pública através dos veículos de comunicação de massa, para contra-atacar os efeitos perniciosos da publicidade de produtos e estilos de vida nocivos.
Um importante objetivo da educação sanitária será o de estimular a responsabilidade das grandes companhias. A comunidade empresarial precisa aprender muito mais sobre os riscos para a saúde resultantes de seus métodos de produção e de seus produtos. Terá que se preocupar e tomar providências quanto à saúde pública, tomar consciência dos custos para a manutenção da saúde gerados por suas atividades e formular uma política empresarial que esteja de acordo com esses objetivos.
Na área da saúde, a política a ser adotada pelo governo em vários níveis de administração consistirá numa legislação que estabeleça condições para a prevenção de doenças acompanhada também de uma política social que garanta as necessidades básicas das pessoas. As sugestões seguintes incluem algumas das muitas medidas necessárias visando assegurar um meio ambiente que encoraje e torne possível às pessoas levar um tipo de vida mais saudável:

• Restrições a toda publicidade de produtos prejudiciais à saúde.
• "Impostos de assistência à saúde" sobre indivíduos e empresas que gerem riscos para a saúde, a fim de que cubram os custos médicos que inevitavelmente decorrem desses riscos; por exemplo, poderiam ser taxadas as empresas que causam poluição de vários tipos; poder-se-ia, também, cobrar impostos progressivos sobre bebidas alcoólicas, cigarros que contêm alcatrão e alimentos supérfluos e artificiais.
• Programas de ação social para melhorar a educação, os níveis de emprego, os direitos civis e a situação econômica de grande número de pessoas empobrecidas; essa política social é também uma política de saúde, pois afeta não só os indivíduos envolvidos,
como também a saúde da sociedade como um todo.
• Desenvolvimento progressivo dos serviços de planejamento familiar, aconselhamento familiar, centros de assistência diurna, etc; isso pode ser encarado como assistência preventiva à saúde mental.
• Desenvolvimento de uma política nutricional que forneça incentivos à indústria para produzir mais alimentos nutritivos, incluindo restrições aos artigos oferecidos em máquinas automáticas, e especificações nutricionais para os alimentos servidos em escolas, hospitais, prisões, cantinas de repartições públicas etc.
• Legislação para apoiar e desenvolver métodos orgânicos de lavoura.

Um estudo cuidadoso dessas políticas sugeridas mostra que qualquer delas requer, em última análise, um diferente sistema social e econômico para que seja bem sucedida. Não seremos capazes de aumentar, ou mesmo de manter, nossa saúde se não adotarmos profundas mudanças em nosso sistema de valores e em nossa organização social.
"Nossa prática diária com padecimentos humanos tornou-nos profundamente conscientes de que os problemas de má saúde decorrem, em grande parte, de falhas em nossas instituições políticas, econômicas e sociais.
Nossas instituições atuais de assistência à saúde baseiam-se na estreita abordagem biomédica para o tratamento de doenças, e estão organizadas de um modo tão fragmentado que se tornaram sumamente ineficazes e inflacionárias.
Precisamos de um sistema de assistência à saúde que seja receptivo e bem integrado, que preencha as necessidades dos indivíduos e das populações.

The Turning Point - 1982 Fritjjof Capra

AJUDA PROFISSIONAL É NECESSÁRIA QUANDO SE PRECISA FAZER ESCOLHAS DIFÍCEIS


A tomada de decisão é sempre problemática, ainda mais quando falamos de lideranças que não podem vacilar. O mesmo vale para os profissionais do campo jurídico, onde a falta de liderança se faz presente. Isso acontece porque liderar, nos dias de hoje, é completamente diferente do conceito de alguns anos atrás.
A complexidade dos cenários atuais e a velocidade que as escolhas precisam ser realizadas transformou o perfil do líder. Por isso, muitos profissionais se sentem perdidos na hora de desempenhar a função. No passado não tão distante a liderança era feita com base em fortes hierarquias autoritárias para a condução das equipes. Atualmente, a defesa pela implementação de planos horizontais de hierarquia tem crescido cada vez mais.
O que temos agora, portanto, são gestores de escritórios de advocacia e departamentos jurídicos necessitados de um apoio para melhor exercerem o papel de líder. Para a função o profissional precisa desenvolver habilidades específicas que o ajude a enfrentar os desafios das empresas modernas e não se prender a padrões antigos de apenas dar ordens.
Há etapas que contribuem para o líder avaliar sua situação, diante da tomada de decisões importantes. Entre elas estão: ter certeza sobre o que será objeto da escolha; reunir todos os fatos; definir os critérios de decisão; criar e explorar todas as opções; avaliar os riscos e benefícios de cada escolha;decidir e seguir em frente.
Outras formas bastante utilizadas para a tomada de decisões são através do uso de ferramentas como ‘Perdas & Ganhos’ e ‘Análise de SWOT’. Contudo, no emprego de qualquer uma delas é importante não se prender a preconceitos, falsas conclusões, visão limitada, entre outros aspectos superficiais que nos desviam do foco principal durante o processo dessas escolhas.
Um ponto importante que também precisa ser desmistificado é que só os finais e começos de ano são bons momentos para tomadas de decisões. Os problemas e as dificuldades não têm datas para aparecer. Podem acontecer em qualquer época do ano, por isso, é importante saber fazer boas escolhas. O final do ano ajuda nesta questão por ser um período em que as pessoas costumam fazer um balanço do que conseguiram ou não conseguiram concretizar.
Nesta época, é muito importante que o profissional faça um planejamento estratégico com relação ao ano seguinte, observando o que acredita ser importante, aonde quer chegar, quais metas quer atingir e o que não funcionou no ano que passou. A partir daí, poderá olhar com mais clareza sobre os pontos que são realmente importantes e necessários de serem analisados. E quais decisões terão impacto se tomadas para o ano que irá começar.
De modo geral, é benéfica a tomada de decisão conjunta, desde que seja possível, já que há decisões que não podem e não devem ser compartilhadas com a equipe. Entretanto, fora dessas situações é recomendável envolver todo mundo. Tal atitude não é sinal de indecisão e nem de falta de segurança por parte do líder. Muito pelo contrário, isso mostra maturidade na sua posição. Além do mais, abrir a possibilidade de uma decisão ser olhada sob diferentes perspectivas enriquece o momento da sua tomada e a torna mais consistente e clara para todos.

Como fazer escolhas?
Nós não somos ensinados a tomar decisões. Não há cursos ou instruções na faculdade que ensinam fundamentos para tal. Aprendemos isto ao longo da vida apenas pela observação e pela tentativa e erro.
Além disso, nossos cérebros não são fisicamente capazes de analisar grandes quantidades de dados e muitas vezes, uma decisão envolve milhares deles. E é neste momento que entra o coach, um parceiro que não está envolvido na situação e que possui técnicas e ferramentas para contribuir com aquele que precisa tomar a decisão. Dessa forma, o profissional poderá analisar melhor os prós e os contras dos cenários e fazer a sua escolha de uma forma mais tranquila e consciente, obtendo melhores resultados em toda e qualquer ocasião.
A exemplo disso, recentemente, fizemos um processo coaching com um jovem advogado, sócio de um escritório de advocacia de pequeno porte que não sabia qual caminho seguir. Após três sessões, nas quais se analisou o problema, avaliou o contexto, pontos fortes e dificuldades do cliente, e usou a ferramenta  ‘Perdas&Ganhos’, ele conseguiu escolher com clareza e segurança o caminho que considera ser o melhor para o seu crescimento profissional e de evolução na carreira.
Por Ana Barros e Olívia Machado
Fonte Consultor Jurídico

A SAÚDE – MEDICINA & ASSISTÊNCIA MÉDICA


Acrescente dependência da assistência médica de uma tecnologia complexa acelerou a tendência para a especialização e reforçou a propensão dos médicos de tratar partes específicas do corpo. Esquecendo-se de cuidar do paciente como um todo.
A prática da medicina transferiu-se do consultório do clínico-geral para o hospital, onde se tornou progressivamente despersonalizada, quando não desumanizadas. Os hospitais converteram-se em amplas instituições profissionais, enfatizando mais a tecnologia e a competência científicas do que o contato com o paciente.  
Os custos da assistência médica aumentaram num ritmo assustador. O desenvolvimento e o uso generalizado de uma dispendiosa tecnologia médica estão entre as principais razões que levaram a esse aumento acentuado dos custos da saúde.
De 30% a 50% dos casos de hospitalização atuais são clinicamente desnecessários. Serviços alternativos que poderiam ser, do ponto de vista terapêutico, mais eficazes, e economicamente mais eficientes são desprezados.
(Fritjof Capra – O Ponto de Mutação)

DECISÃO E AÇÃO: A CHAVE DO SUCESSO OU DO FRACASSO


As pessoas nem sempre têm consciência de que, quer queiram ou não, estão sempre decidindo, pois não decidir já é uma decisão. Logo pela manhã já decidimos se queremos que o nosso dia seja AAA (ameno, agradável, apaixonante) ou DDD (difícil, desagradável, depressivo). Decisão é uma escolha entre alternativas e tudo o que se faz na vida é uma alternativa. Assim, por exemplo, a roupa que você está vestindo agora é uma alternativa e o mesmo vale para o que você vai fazer hoje. E para reforçar o que estamos escrevendo, vamos citar Peter Drucker: “O produto final do trabalho de um administrador são decisões e ações”. Assim, devemos considerar que:
• É nos momentos de decisão que o nosso destino é definido;
• São as nossas decisões e não as condições de nossa vida que moldam o nosso destino;
• Você começa a mudar a sua existência no momento que toma uma nova decisão. Você deve saber que a qualquer momento uma decisão pode mudar o curso de sua vida para sempre;
• Na grande maioria, são as pequenas decisões ao longo do caminho que fazem com que as pessoas fracassem;
• A verdadeira decisão importa em ação.

Se estamos sempre decidindo, é importante saber que decisões devemos tomar. Existem 5 que são fundamentais:

1) Decidir sobre o que queremos, nossas metas e sonhos
Quais sãos os nossos objetivos em todas as áreas da nossa vida, como profissional, afetiva saúde, financeira, contribuição?

2) Decidir sobre o que precisa ser feito e fazer o que precisa ser feito
Não adianta ter objetivos se não houver ação. Uma pesquisa feita pelo psicólogo Richard Wiseman sobre as promessas de fim de ano constatou que aproximadamente 78% das pessoas acabam não cumprindo suas promessas de fim de ano. Portanto, cabe uma pergunta: o que você fez ou está fazendo hoje está levando na direção dos seus objetivos? O fato é que se o que você fez ou estiver fazendo hoje não levar na direção dos seus objetivos, os seus sonhos não passam de ilusão. E é sempre bom lembrar o que diz John Whitmore: “Eu só posso controlar aquilo de que tenho consciência. O que não tenho consciência me controla. A consciência me fortalece”;

3) Decidir e desenvolver as competências necessárias 
E este é um assunto da maior relevância que muitas vezes é mal compreendido ou compreendido superficialmente. Portanto, vamos nos deter um pouco mais neste tópico. Existem 3 competências que são fundamentais, sobretudo para um administrador, que são: processo decisório/solução de problemas, negociação e desenvolvimento de equipe/comportamento em pequenos grupos. É sempre bom enfatizar que processo decisório é a competência das competências, já que tudo na vida importa em decisão e ação. O fato é que aquilo que somos hoje é consequência das decisões e ações do nosso passado e o que seremos amanhã, das decisões e ações do presente.

Negociação é outra competência indispensável, pois passamos mais de 50% do nosso tempo negociando. Mas também deve ser entendido que para negociar bem existem algumas competências de apoio, como comunicação. Desenvolvimento de equipe é outra competência da maior relevância, pois as equipes são parte essencial do modo de se estruturar uma organização e de se fazer negócios. Um estudo sobre as 500 Mais da revista Fortune revela que 80% das empresas listadas adotaram o trabalho em equipes, pois equipes bem desenvolvidas são capazes de melhorar o desempenho dos indivíduos e são o fundamento da sinergia organizacional. Quando as organizações se reestruturam para competir, de forma mais eficaz e eficiente, elas escolhem equipes como maneira de melhor utilizar os talentos de seus funcionários/colaboradores.
As equipes são mais flexíveis e reagem melhor às mudanças do que os departamentos tradicionais e outras formas de agrupamentos permanentes, pois podem ser rapidamente montadas, organizadas e ajustadas. Isto sem considerar as propriedades motivacionais das equipes, pois elas facilitam a participação nas decisões. Entretanto, equipes despreparadas são a estrada para o fracasso e estão sujeitas a fenômenos como “pensamento grupal” e a coesão baseada em baixas normas de desempenho.

Mais ainda: Devemos considerar as competências sob três óticas que são a competências exigida, para fazer face aos problemas, desafios e oportunidades, a desenvolvida, fruto do nosso esforço de autodesenvolvimento e a acessada, ou seja, a que nós conseguimos utilizar efetivamente. Pesquisas mostram que em função das adversidades, estresse e crenças limitantes, nos momentos de tensão é muito comum não termos acesso à plenitude das nossas competências e recursos e, como consequência, o nosso desempenho pode ficar extremamente prejudicado.
Um outro ponto fundamental é que a competência não se mede pelo que você sabe, mas pelo que você faz. Assim, você pode ler tudo e saber tudo sobre dirigir automóvel, mas mesmo assim ser um barbeiro, ou uma barbeira. Portanto a verdadeira competência se define pelo que está condicionado no seu sistema nervoso. Ou como dizia John Dryden: “Primeiro nós fazemos nossos hábitos. Depois nossos hábitos nos fazem”.

4) Decidir sobre a administração do estado mental e emocional
Existem estados mentais e emocionais fracos/pobres de recursos e ricos de recursos. Não adianta ter competência, pois quando se entra em estado mental e emocional fraco de recursos não se tem acesso aos nossos recursos e competências. É importante identificar as 5 estratégias básicas para a administração do estado mental e emocional que são a cinestésica, a auditiva interna, a auditiva externa, a visual externa e a visual interna.

5) Decidir sobre nossas crenças
Crença é um sentimento de certeza em relação a algo ou sobre o que alguma coisa significa. São as conclusões e generalizações que fazemos a nosso respeito, dos outros e do mundo. Uma vez aceitas, nossas crenças tornam-se ordens inquestionáveis para o sistema nervosos e possuem o poder de expandir ou destruir as possibilidades do nosso presente ou futuro, aja visto o efeito placebo e o feitiço vodu. No caso do efeito placebo, uma pessoa que está comprovadamente doente, toma um remédio, que na verdade é farinha de trigo com açúcar e fica curada. No caso do feitiço vodu, quando uma pessoa acha que foi atingida pelo feitiço entra em depressão profunda e acaba até morrendo.
Um outro exemplo do poder das crenças é o de um halterofilista que pode levantar facilmente 150 quilos, mas se é induzido a um transe hipnótico e recebe o comando de que não consegue levantar uma agulha, efetivamente não consegue levantar uma agulha. Assim, crenças, são como um comando hipnótico que nos fortalecem ou nos fragilizam e também afetam o nosso sistema imunológico, como mostrou Robert Dilts, um expert no assunto. A mãe de Dilts estava com um câncer avançado e considerado incurável pelos médicos. Entretanto, com um intenso trabalha de mudança de crenças sua mãe voltou a ficar completamente saudável.
O fato é que a maioria das pessoas não tem consciência do seu conjunto de crenças e nem da forma como elas impactam no seu desempenho.
Um outro ponto fundamental é que antes da decisão e ação vem a percepção e a compreensão e avaliação. O que deve ser entendido é que a percepção é a chave do comportamento, e aqui vem um equívoco fundamental da maioria das pessoas que acha que aquilo que veem é a realidade. Errado. O que uma pessoa vê é a sua versão da realidade e quem prova isto é Albert Einstein. Assim, se você estiver num trem em movimento de deixar um objeto cair, para você este objeto vai cair numa linha vertical. Entretanto, para que estiver fora do trem, este mesmo objeto vai cair numa linha inclinada ou numa curva. E isto sem considerar a questão dos modelos mentais. Mais ainda: existem dois outros fenômenos importantes de percepção que são a alucinação negativa e a alucinação positiva. A alucinação negativa é quando você olha e não vê. Você já procurou alguma coisa e não encontrou e de repente percebeu que estava na sua frente? Já a alucinação negativa é uma espécie de miragem e ter expectativas absolutamente irrealistas.
Um outro ponto que antecede a decisão e ação é a capacidade de avaliação. Warren Buffet quando perguntado pela razão do seu sucesso respondeu que se devia, em grande parte, à sua capacidade de avaliação. Um dos pontos que mais prejudica a capacidade de avaliação é a da avaliação precipitada e em consequência disto decidir. E é claro que a decisão estará errada. E o passo seguinte é defender a decisão tomada e agir como um torcedor, considerando somente os aspectos positivos da decisão tomada e ignorando todos os pontos negativos que podem ser muito maiores e invalidar a decisão. O fato é que em todos os treinamentos que desenvolvo, seja negociação, excelência de desempenho ou liderança, este é um dos pontos fundamentais que abordo, através de exercícios e simulações que levam a uma compreensão mais profunda da questão e de todas as suas implicações.

Conclusão: O sucesso ou fracasso de qualquer pessoa, não importa quem seja, inclusive Jorge Paulo Lemann, que é o homem mais rico do Brasil e uma das maiores fortunas do mundo, se deve a qualidade das suas decisões e ações. Um outro ponto importante em termos de decisão e ação é quem quer ter sucesso estuda o sucesso. E é sempre bom lembrar de Isaac Newton que quando perguntado pela razão de suas descobertas respondeu: “Eu vi mais longe porque subi em ombros de gigantes”.
Por J.Augusto Wanderley
Fonte Portal Administradores