domingo, 30 de abril de 2023

ABRINDO CAMINHOS

 O que uma pessoa pensa e diz com força atrai

Nossa mente pode ser comparada a um grande gerador de energia. A força do pensamento cria a imagem e a ativa. Pelas sensações, o comando automático faz com que as ondas magnéticas se desloquem até atingirem o alvo desejado.
Criar abertura para a prosperidade requer habilidade para comandar as forças mentais e espirituais que existem dentro de nós, porém, para mantermos o estado próspero, sem que esse se esvazie, precisamos compreender devidamente as leis de purificação que agem, na limpeza interior e exterior de bloqueios psicológicos, interagindo na libertação dos condicionamentos rígidos e inflexíveis.
Muitas pessoas não sabem como canalizar a energia para se tornarem verdadeiramente prósperas. Muitas, ainda nem sabem o que significa ser "próspero". Algumas pessoas reconhecem que estão prosperando, mas passado algum tempo, não sabem dizer a razão de terem perdido tudo depois de algum tempo.
Você se torna próspero, à medida que aprende a comandar o fluxo da energia que promove a paz de espírito, saúde, amor e abundância na vida, bem como, sabedoria e lucidez. Para isso, é necessário que você esteja sempre em contato com a fonte de suas riquezas manifestadas na força de seu Eu Superior, que produz todos os elementos necessários para sua prosperidade.
As pessoas e circunstâncias são canais para prosperarmos, porém, nosso Deus Interior é a fonte inesgotável para obtermos orientações e riquezas. Por isso, não precisamos perder energia temendo as mudanças, pois nosso Deus Interior é o comandante de nosso destino.
O maior empecilho para a concentração de prosperidade, em nossa vida, começa com a atitude mental que temos sobre nós mesmos sobre as leis que nos regem. O pensamento cria a imagem e a energia se manifesta materializando o que pensamos de positivo ou negativo, por isso somos os responsáveis por nossas escolhas e consequências.
O primeiro passo para começarmos a prosperar é fazermos uma purificação interior e exterior, para que nossas energias não se dispersem ou se anulem diante de nossos objetivos.
O teor da vibração energética da prosperidade precisa estar desimpedida para que consiga fluir no canal desejado. A energia não flui facilmente, quando estamos confusos, inseguros, indecisos ou temerosos por conservarmos crenças negativas, a respeito de nosso sucesso ou de outros aspectos de nossa vida. O estado emocional também precisa ser equilibrado, pois, o rancor, o ódio, a raiva e ressentimentos são um grande entrave que segura as forças de criação existentes em nós. Por isso, muitas vezes sentimos que tudo está amarrado e, provavelmente esteja, pois nos atamos a pessoas negativas em determinadas situações. Precisamos deixar ir embora tudo o que incomoda para darmos espaço à paz e harmonia dentro de nós.
Liberte-se do passado e das situações que causaram mágoas ou ressentimentos, compreenda que você estava colocando muita expectativa e direcionando suas forças a outros, a ponto de perder contato com seu interior, com Aquele Deus Interno que nos conduz e nos leva exatamente aonde tudo é adequado, harmônico e saudável. Precisamos ampliar nossa visão interior para alçarmos novas possibilidades, pois existem outras portas que se abrirão, se estivermos em perfeita conexão com nosso Eu Superior.
Não perca tempo, nem lute por algo que já passou, aprenda com a experiência e saiba dizer adeus a tudo que não é mais funcional para você. Nossa vida material sofre reflexos do estado emocional conturbado. Você pode estar desatento, então, coloque sua atenção em seus pertences. Verifique se há coisas que não precisa mais manter em casa. Comece renovando-se por dentro, para que a vontade se manifeste fora. Limpe gavetas, armários, jogue fora tudo o que não usa mais, ou dê para alguém que precise. Crie um espaço interior e exterior para permitir a entrada do novo em sua vida. Após, treine diariamente sua mente para formar um novo campo mental positivo, sinta-se uma pessoa totalmente de sorte, amada e protegida pelo Universo.
Quando algum pensamento ou condicionamento antigo e negativo quiser se apossar de sua mente, reforce os pensamentos com frases positivas.
Invoque o Plano Divino para que esteja sempre em conexão com as forças superiores do bem e da riqueza material e espiritual. Invoque a sabedoria e lucidez para ampliar sua inteligência e comandos espirituais.
Lembre-se que pode criar o seu destino e obter resultados fantásticos, acredite em você, em primeiro lugar, e tenha coragem para mudar.
Por Lucimara Gallicia

ORE AGUARDE DEUS

sábado, 29 de abril de 2023

UMA LIÇÃO DE VIDA

 

Uma senhora idosa, elegante, bem vestida e penteada, estava de mudança para uma casa de repouso, pois o marido com quem vivera 70 anos havia morrido e ela ficara só…

Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando uma atendente veio dizer que seu quarto estava pronto.

A caminho de sua nova morada, a atendente ia descrevendo o minúsculo quartinho, inclusive as cortinas de chintz florido que enfeitavam a janela.

- Ah, eu adoro essas cortinas – disse ela com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar um filhote de cachorrinho.

- Mas a senhora ainda nem viu seu quarto…

- Nem preciso ver – respondeu ela. – Felicidade é algo que você decide por princípio. E eu já decidi que vou adorar! É uma decisão que tomo todo dia quando acordo. Sabe, eu tenho duas escolhas: Posso passar o dia inteiro na cama contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem… ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem. Cada dia é um presente. E enquanto meus olhos abrirem, vou focaliza-los no novo dia e também nas boas lembranças que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: Você só retira daquilo que você guardou. Portanto, lhe aconselho depositar um monte de alegria e felicidade na sua Conta de Lembranças. E como você vê, eu ainda continuo depositando. Agora, se me permite, gostaria de lhe dar uma receita:

1- Jogue fora todos os números não essenciais para sua sobrevivência.

2- Continue aprendendo. Aprenda mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa. Não deixe seu cérebro desocupado.

3- Curta coisas simples.

4- Ria sempre, muito e alto. Ria até perder o fôlego.

5- Lágrimas acontecem. Aguente, sofra e siga em frente. A única pessoa que acompanha você a vida toda é VOCÊ mesmo. Esteja VIVO, enquanto você viver.

6- Esteja sempre rodeado daquilo que você gosta: pode ser família, animais , lembranças, música, plantas, um hobby, o que for. Seu lar é o seu refúgio.

7- Aproveite sua saúde. Se for boa, preserve-a. Se está instável, melhore-a. Se está abaixo desse nível, peça ajuda.

8- Diga a quem você ama, que você realmente o ama, em todas as oportunidades.

E LEMBRE-SE SEMPRE QUE:

A vida não é medida pelo número de vezes que você respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o fôlego …

de tanto rir …

de surpresa …

de êxtase …

de felicidade!

Simples assim!!!

Autor desconhecido

sexta-feira, 28 de abril de 2023

SOGRA É PARENTE POR AFINIDADE COM VÍNCULO PERMANENTE


A sogra é motivo de polêmica e piadas. Dia 28 de abril é o dia nacional que a homenageia. Esta figura emblemática da relação do casal encontra previsão no nosso ordenamento jurídico. A partir do casamento ou união estável, o seu sogro ou sogra torna-se seu parente por afinidade, vínculo este que não se encerra nem mesmo com o divórcio do casal. É o que determina o atual Código Civil, que regula as regras sobre o parentesco e a relação de família, incluindo herança, alimentos, regime de bens etc.
De acordo com o artigo 1.593 do Código Civil, o parentesco pode ser natural ou civil, isto porque ocorrer por vínculo sanguíneo — quando descendem do mesmo tronco ancestral — ou por afinidade. A afinidade surge da relação familiar decorrente do vínculo do casamento ou das relações entre companheiros em razão da união estável. Trata-se, portanto, de vínculo criado pelo nosso legislador, não se tratando de vínculo consanguíneo.
No aspecto jurídico, a contagem de graus de parentesco por afinidade é semelhante às regras do parentesco consanguíneo. Assim, o sogro será parente em primeiro grau em linha reta por afinidade do seu genro, bem como o cunhado será seu parente em segundo grau e assim por diante.
Salienta-se que o artigo 1.595, parágrafo primeiro, do Código de Processo Civil, limita o parentesco por afinidade apenas aos ascendentes (pais), aos descendentes (filhos, netos) e aos irmãos do cônjuge. Ou seja, são parentes por afinidade o sogro, a sogra, a nora, o genro e os cunhados.
Com o fim do casamento ou união estável, extingue-se o vínculo, e com isso, o parentesco por afinidade, exceto em relação ao sogro ou sogra, genro ou nora, em conformidade ao artigo 1.595, parágrafo segundo, do Código Civil. Assim, apenas o vínculo entre cunhados se desfaz.
Alguns doutrinadores justificam que referida permanência do parentesco por afinidade se justifica por questões sociais, morais e éticas, bem como sucessórias (herança).
Frise-se que a sogra e o sogro concorrem com o(a) cônjuge no direito sucessório, na ordem da sucessão hereditária (artigos 1.790 e 1.829 do Código Civil).
Ressalta-se, ainda, que genros e noras estão impedidos de casarem-se ou viverem em união estável com seus ex-sogros e ex-sogras, como reza o Código Civil no artigo 1.521, inciso II: “Não podem casar: II - os afins em linha reta”.
No aspecto alimentar, relembramos ainda que sogros e sogras podem ser acionados em ações de alimentos caso seus filhos não contribuam de maneira satisfatória com o sustento de seus(as) netos(as) (artigos 1.696 e 1.698 do Código Civil). Neste sentido, há interessante e recente decisão do Egrégio Superior Tribunal de Justiça (Recurso Especial 958.513 / SP Recurso Especial 2007/0129470-0, ministro Aldir Passarinho Junior, 4ª Turma).
Por fim, importante relembrar recente alteração do nosso ordenamento jurídico — Lei número 12.398/2011, que inseriu o parágrafo único no artigo 1.589 no Código Civil — incluiu o direito de visitas aos sogros e sogras, quer dizer, aos avós.
Desta forma, nota-se que o direito de família e sucessório incluiu direitos, deveres e obrigações à sogra, sendo importante que esta os conheça para evitar problemas presentes e futuros, com a sua nora ou genro sempre tão queridos.

Por Luciana Campregher Doblas Baroni
Fonte Consultor Jurídico

DIA MUNDIAL DA EDUCAÇÃO

DIA DA SOGRA

quarta-feira, 26 de abril de 2023

O ADVOGADO PODE SER EMPRESÁRIO DE ACORDO COM A OAB?

Você que advoga ou quer advogar um dia já pensou em como se posicionar?

É comum vermos vários advogados trabalhando como pessoa física. Aquela história de “eu comigo mesmo”. Ou seja, você advoga sem formalizar uma sociedade e vai tocando a vida sozinho. Porém, importante dizer que isso não é ser empresário, é ser autônomo.

Quem me conhece sabe que eu defendo muito o empreendedorismo jurídico. E aí vem a pergunta: advogado pode ser empresário de acordo com a OAB?

Sim, pode, mas provavelmente não da forma como você está pensando. Para entender melhor as possibilidades, continue me acompanhando.

O ADVOGADO PODE SER MEI?

Infelizmente, a resposta é não.

Quando profissionais autônomos de outras áreas pretendem começar uma empresa, muitos optam pela modalidade MEI (Microempreendedor Individual), que é mais simples e mais barata – ou seja, uma ótima opção para quem está começando.

Ser advogado MEI, contudo, não é uma opção. Isso porque serviços advocatícios não constam na relação de atividades permitidas para registro como Microempreendedor Individual, disponibilizada no Portal do Empreendedor.

Mas isso não significa que o advogado não possa ser empresário!

Advogados autônomos podem se formalizar como Eireli ou como Sociedade Unipessoal de Advocacia, modalidades parecidas com o MEI e que, apesar de algumas diferenças pontuais, também se enquadram em uma taxa tributária mais acessível e atrativa.

O ADVOGADO PODE SER EMPRESÁRIO EIRELI

Eireli significa Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. É uma modalidade que, assim como o MEI, tem como característica básica a existência de um único sócio.

Porém, há uma diferença muito importante aqui: para ser Eireli é necessário ter um capital social mínimo, devidamente integralizado, equivalente a 100 vezes o salário mínimo vigente no Brasil – o que, em 2018, equivale a R$ 95.400,00.

Essa é uma modalidade que prevê a separação do patrimônio empresarial do privado e é disciplinada pela Lei nº 12.441/11. Dessa forma, em caso de dívidas, renda e bens pessoais do seu dono não são utilizadas na quitação – ao contrário do MEI, em que o patrimônio do empresário individual e da pessoa física é o mesmo.

DIFERENÇAS ENTRE EIRELI E MEI

Existem mais algumas diferenças importantes entre essas duas modalidades, que trazem boas vantagens para o advogado empreendedor.

Em primeiro lugar, a Eireli não conta com algumas limitações típicas do MEI, como limite máximo de um funcionário, impossibilidade de abrir filiais ou faturamento máximo de 60 mil reais anuais (na Eireli, não existe teto algum, na verdade).

Além disso, a Empresa Individual não precisa receber, obrigatoriamente, o nome do sócio-proprietário – exigência para quem se registra como MEI.

Por outro lado, a formalização se torna um pouco mais burocrática, uma vez que não permite que o processo seja feito pela internet, exigindo comparecimento à Junta Comercial do estado para registro de ato constitutivo.

O ADVOGADO PODE FAZER UMA SOCIEDADE UNIPESSOAL DE ADVOCACIA

Antes de tudo, queria falar que esse nome é bem polêmico. Afinal, sociedade de uma pessoa só? Como assim? Mas tudo bem, é a nomenclatura usada e essa é outra discussão.

Criada pela Lei nº 13.247/16, a Sociedade Unipessoal de Advocacia (SUA) permitiu a constituição de pessoa jurídica pelo advogado individual.

Portanto, essa nova figura legal dá maior segurança àquele advogado que atua sozinho. Ele não é mais obrigado a procurar um sócio com o único propósito de criar uma pessoa diversa da dele e pode ser empresário por conta própria.

A sociedade unipessoal é peculiar à classe dos advogados e guarda forte ligação com o espírito da Eireli.

O ADVOGADO PODE ADERIR AO SIMPLES NACIONAL?

Tanto o profissional formalizado como Eireli quanto o registrado como Sociedade Unipessoal podem aderir ao regime simplificado de tributação.

No caso das Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada, para fazer parte do Simples Nacional é preciso o registro como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP).

A escolha entre um ou outro vai depender da receita bruta anual: enquanto MEs não podem ultrapassar R$ 360 mil de faturamento, as EPPs devem se encaixar na faixa entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões. Acima desse valor, porém, não é permitido o registro como pequena empresa e, consequentemente, a adesão ao Simples.

E como fica a Sociedade Unipessoal?

Depois de muitas polêmicas e a necessidade de intervenção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), às Sociedades Unipessoais de Advocacia foi assegurado o direito de aderir ao Simples Nacional.

Essa garantia está na Lei Complementar 147, publicada em 2014, que abriu a possibilidade de inclusão no sistema simplificado de tributação aos prestadores de serviços de natureza intelectual, entre os quais se incluem os advogados.

Ou seja, todos os tributos que você deve pagar são agrupados na mesma alíquota e, assim, você paga um percentual bem menor do que na pessoa física: a alíquota inicial é de 4,5%, contra 27,5% da pessoa física. Uma grande diferença, não?

É claro que essa alíquota vai variar de acordo com o faturamento, mas mesmo assim isso não se compara. Até porque a alíquota só vai subir se você estiver lucrando bastante – então, nesse caso, eu até torço para que essa alíquota suba para você!

Vale destacar, porém, que, por conta das discussões recentes envolvendo as Sociedades Unipessoais, a opção mais segura para o advogado autônomo que deseja se formalizar segue sendo a Eireli.

FACILIDADE NAS LINHAS DE CRÉDITO

Outro ponto importante de se destacar é que, quando você é pessoa física, é muito mais difícil conseguir uma linha de crédito.

No caso de uma Sociedade Unipessoal ou Empresa Individual, você vai contar com a linha de crédito de micro e pequenas empresas. Ou seja: contará com juros diferenciados para montar seu escritório ou home office.

Como podemos ver, não restam dúvidas de que as modalidades que permitem a adesão ao Simples Nacional são possibilidades extremamente vantajosas para os profissionais individuais e pequenas empresas da nossa área.

Para se ter uma ideia da dimensão desse fato, a OAB prevê um crescimento de 530% no número de escritórios de advocacia em um período de cinco anos. No final desta década, seriam mais de 120 mil empresas em todo o Brasil!

Portanto, não se esqueça: o advogado pode ser empresário – e deve! Busque a melhor alternativa para os seus negócios e inicie sua caminhada rumo ao sucesso profissional.

Por Rodrigo Padilha

Fonte GEN Jurídico

RIGOR CONTRA INADIMPLÊNCIA EM CONDOMÍNIOS


Situação desagradável e comum em quase todos os condomínios país afora, a inadimplência é uma dor de cabeça para síndicos e moradores. Isso porque as contas não param de chegar, e, claro, alguém tem que pagá-las.
Logo, se alguns residentes não contribuem com a parte que lhes é pertinente, as despesas pesam no bolso dos demais. Além disso, obras, muitas vezes necessárias, são adiadas porque não há dinheiro em caixa.
Há vários motivos que levam um condômino a não honrar seus débitos – entre eles descontrole financeiro, doença grave, perda de emprego ou ganhos irregulares -, explica o advogado da Administradora Apsa, Valter Vivas. E, como os juros são relativamente baixos, se comparados com os cobrados sobre atraso no pagamento de outros serviços, na hora de escolher qual dívida acumular, sobra para o condomínio. Porém, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), divulgada na última semana, pode mudar esse cenário.
É que o STJ autorizou que um condomínio aplicasse uma multa extra a uma empresa que estava em débito desde 2002. As cobranças estavam sendo feitas por via judicial e, embora o devedor alegasse que seria um pagamento duplo, a penalidade a mais estava prevista na convenção.
O entendimento abre precedente para condomínios em todo o país. De acordo com a Justiça, quem não estiver em dia com suas obrigações coletivas poderá ser obrigado a pagar até 10 vezes o valor da taxa de condomínio, desde que a sanção seja aprovada em assembleia.
Hoje já existe uma cobrança referente ao valor não pago, que é de multa moratória de 2%, e os juros mensais de 1%. Além disso, pode haver ainda multa compensatória, como penalidade suplementar, nos casos previstos na convenção, regimento ou regulamento, esclarece o advogado especialista em direito imobiliário Hamilton Quirino.
Segundo ele, o condômino pode ser penalizado em até cinco vezes o valor da taxa condominial em casos de não cumprimento constante dos seus deveres, e em até 10 vezes, nas situações de comportamento antissocial. Na decisão em questão, constava no regulamento interno que seria de 10% sobre o débito.
- A questão poderá estar especificada na convenção, regimento ou regulamento interno, fixando cinco ou dez cotas, como também pode ser a multa de 10% sobre o valor do débito – afirma Quirino.
Ou seja, na prática, a arrecadação já existe. Porém, segundo o advogado Rafael Aché Cordeiro, com essa decisão do STJ, que nunca tinha julgado um caso dessa natureza, abre-se precedente para que o assunto esteja previsto no regulamento do condomínio.
O relator do processo, ministro Luis Felipe Salomão, disse que não há controvérsia ao definir aplicação de penalidade pecuniária de 10% sobre o valor do débito em conjunto com a de 2%. “Uma coisa é a multa decorrente da execução tardia da obrigação, outra (juros moratórios) é o preço correspondente à privação do capital que deveria ser direcionado ao condomínio”, disse o ministro, em seu parecer. 
- Entendemos que a mudança está em saber que o Judiciário respalda uma interpretação do que já existia na legislação como hipótese. A possibilidade de aplicação de multa específica pelo descumprimento reiterado de um dever condominial está prevista no artigo 1.337 do Código Civil, publicado há 13 anos – afirma Vivas, que completa: – A decisão deixa claro que tal multa específica também se relaciona ao dever de pagar as contribuições mensais, e que a multa de 2% sobre o débito é resultante da impontualidade, não afastando a possibilidade de aplicação de penalidade específica quando essa falta de pontualidade é reiterada.

MELHOR JÁ PREVER
Segundo Quirino, é preferível que o condômino já tenha tal orientação no regimento, que precisa de apenas 2/3 de quórum de moradores para ser aprovado, do que convocar uma assembleia para definir cada caso de inadimplência, em que são necessários ¾ de participantes.
Cordeiro concorda que é melhor já prever a multa no regimento do condomínio. Entretanto, ressalta que isso pode gerar alguns conflitos:
- A decisão abre precedente e orienta para futuras ações como essa, mas é preciso ver qual será o percentual em cada caso. Se o morador achar que foi punido em excesso, ele poderá recorrer.
Fonte O Globo

segunda-feira, 24 de abril de 2023

DICAS PARA CONSERVAR OS LIVROS DA SUA ESTANTE

Criar espaço entre livros e puxá-los da prateleira pelo meio da lombada estão entre as sugestões para manter o cantinho literário bem cuidado

Sua estante de livros anda bagunçada, com as páginas de algumas publicações amareladas e tão soltas que já mudaram o rumo de seus romances prediletos. Não bastasse isso, traças e fungos estão prejudicando a integridade dos livros. Mas calma, pois é possível criar um novo desfecho para essa história. A designer e restauradora de livros Christiana Lee, associada da ABER (Associação Brasileira de Encadernação e Restauro), dá algumas dicas de como dar vida nova para o seu cantinho literário.

Luz
Posicione a sua estante em locais protegidos do sol e da iluminação direta dos ambientes internos. Uma grande incidência de luz, seja ela natural ou artificial, faz com que os livros fiquem amarelados e desbotados, além de adiantar o processo de acidez natural em publicações em papel de madeira (modernos). Jornais têm uma maior tendência a amarelar, por isso, é bom guardá-los em caixas ou encaderná-los.

Espaço na estante
Quando os livros estiverem em pé, deixe um espaço entre eles e o fundo da estante (ou parede) para o ar circular.

Poeira
A poeira que fica acumulada sobre o livro escurece o corte e pode se instalar no meio das folhas. Passe um espanador de plumas sobre os livros ao menos uma vez por semana. Um vez por ano, limpe os livros por dentro passando uma trincha de cerdas macias bem perto da costura, apenas nas 10 páginas iniciais e finais. Se o livro estiver muito sujo, faça isso em todas as páginas.

Cheiro ruim
Livros que ficam muito tempo sem serem abertos tendem a ficar com cheiro ruim. Livros são para serem lidos e não guardados. Para tirar o odor, deixe o livro aberto em local seco e ventilado (naturalmente) por algumas horas, sempre alternado as páginas que estão abertas.

Lembranças
Nunca guarde flores, plantas, papéis de bombom e similares dentro do livro, pois pode manchá-lo e facilitar o aparecimento de fungos e bichos.
Fita adesiva
Nunca utilize fitas adesivas, como crepe ou durex, para consertar um livro. Com o tempo, a cola solta da fita e fica permanentemente no livro, manchando-o e aumentando a acidez das páginas. Se um livro começar a “desmontar”, procure um profissional.

Cadernos soltos
Nunca segure um livro por uma só capa ou puxe-o da estante pela lombada. Com o tempo, a capa solta e estraga a encadernação.

Retirando livros da estante
Para tirar um livro da estante, empurre os dois livros ao lado para trás e puxe o livro pelo meio da lombada. Para colocar, puxe os dois livros para frente coloque o livro no meio e empurre os três juntos até a posição.

Pilha de livros
Quando estiverem deitados, o ideal é que os livros tenham o mesmo tamanho. Se forem de tamanhos diferentes faça uma pirâmide, coloque o maior embaixo e o menor por cima. Mas não coloque muitos livros pois, com o tempo, o peso marca o livro que estiver embaixo.

Fonte O Globo Online

quinta-feira, 20 de abril de 2023

TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO - DISCUSSÃO DE PONTOS FRACOS PODE CATIVAR CLIENTES


A ideia de que a apresentação do advogado a um possível cliente deve se concentrar nos pontos fortes do escritório é errada. Muitas vezes, um advogado age dentro do melhor figurino de marketing em seu primeiro contato com o cliente. Leva-o a falar sobre sua vida e seus problemas, explica como seus casos podem ser resolvidos, antes de começar a expor as vantagens de contratar o escritório. Mas é surpreendido com o desaparecimento subsequente do provável cliente, que fica impressionado, diz que vai pensar, mas nunca mais dá notícias.
A explicação é muito simples: o cliente percebeu alguma coisa que não gostou. Como a ConJur já publicou, clientes não têm competência para avaliar o desempenho jurídico do escritório. E nem mesmo seus pontos fortes (ou positivos). Mas sabem, obviamente, que, como tudo na vida, existem pontos fracos (ou negativos). Só não sabem quais são. Por isso, se guiam por um sentimento irracional, a percepção.
A ideia certa é discutir com o possível cliente, depois de conhecer seus problemas ou de descrevê-los de antemão, os pontos fortes e os pontos fracos do escritório. A discussão de pontos fracos esvazia o desassossego do cliente, que não consegue descobrir, por ele mesmo, os lados negativos. E evita que ele se entregue a percepções, que nunca serão positivas se o que está na mesa é apenas o lado positivo.
Não há qualquer incoerência nisso: pontos fracos, bem apresentados, podem soar como vantagens. Nas entrevistas de emprego, nos EUA, os entrevistadores pedem aos candidatos para falar sobre algum ponto fraco em seu perfil. Um candidato atento pode dizer, por exemplo, que às vezes demora muito para entregar um trabalho, porque é um perfeccionista. O que fica na mente do entrevistador, muitas vezes, é o “perfeccionista”, um “defeito” que pode vir a calhar para os objetivos da empresa. Ou que é corrigível.
O segredo é não deixar o possível cliente à mercê de possíveis percepções negativas. Por isso, o advogado deve ter consciência de seus pontos fracos (reais ou supostos) e levá-los à mesa de reunião com o cliente. Algumas vezes, um cliente que “nunca mais apareceu”, se perguntado em alguma oportunidade, poderá ser sincero o suficiente para esclarecer sua “percepção negativa” do advogado ou do escritório.
O consultor de marketing para advogados Trey Ryder conversou com seus clientes sobre isso. Coletou informações sobre algumas “percepções negativas” que os clientes dos advogados tiveram sobre eles, em algum momento, e sobre como lidaram com a situação. Veja as mais comuns:

Percepção: o advogado é novo demais
Isso é bom, mas pode atrapalhar, porque o cliente pode ter a percepção de que o profissional não tem a experiência necessária e lhe falta conhecimentos para prestar os serviços jurídicos que precisa. É preciso argumentos que transformem essa “desvantagem” em “vantagem”. Um deles, de um advogado para um empresário: "uma coisa boa é que, como ainda sou muito jovem, poderei ajudar sua empresa por muitos anos; você não precisará voltar ao mercado tão cedo, em busca de um advogado".
A situação é mais complicada para advogados que saem da faculdade diretamente para seu próprio escritório. Advogados que, apesar de muito jovens, passaram por um ou mais empregos em escritórios conceituados, podem facilmente apontar a experiência anterior. Sempre ajuda ter um escritório conceituado como referência.
Para os que abrem escritórios muito cedo, é melhor que tenham um nicho pequeno e bem definido, para poder argumentar: “Só fazemos isso”. Aliás, para todos os advogados novos, a situação se torna mais favorável quando se especializam em uma área que exige conhecimentos tecnológicos.

Percepção: o advogado é velho demais
Isso é bom, considerando, em primeiro lugar, a alternativa mais provável: o profissional está fora de combate. Mas a experiência é um adicional imbatível. Através dos anos, foram muitos os conhecimentos acumulados, a prática adquirida é incomparável, o respeito conquistado no trânsito pelos tribunais e no relacionamento com partes adversárias é valioso. Uma “raposa velha” será sempre respeitada por sua capacidade indiscutível de sobrepujar adversários — e sequer precisam dessas dicas.

Percepção: o valor é muito barato
Se seus honorários estão entre os mais baixos do mercado, prepare-se para explicar ao cliente as razões, antes que ele diga “que bom, hein!” e vá embora para sempre. Já é antiga a percepção de que barato é sinônimo de ruim. Por isso, é melhor deixar claro que o escritório foi propositadamente montado para oferecer os benefícios de uma estrutura simplificada e racionalizada ao cliente. Hoje em dia, ninguém (ou nenhuma empresa inteligente) vê necessidade de pagar por sofisticação não relacionada a serviços jurídicos.
Explique como o escritório usa a tecnologia para reduzir custos e outras medidas que foram tomadas para repassar os benefícios da contensão de despesas aos clientes. Isso é o que a maioria das empresas faz atualmente, não é? E esse é um dos pontos fortes do escritório, para concorrer com os grandes.

Percepção: o valor é muito caro
Se os honorários são maiores do que os de outros advogados, o valor também tem de estar acima do que se vê no mercado, na avaliação do cliente. Por isso, tem de ser bem explicado a ele, logo na primeira reunião, antes que ele chegue à conclusão que os serviços jurídicos são tão caros porque terá de pagar pelo “luxo” do escritório. Hoje em dia, as empresas estão mais “conscientes” de custos.
Pode ser necessário explicar, por exemplo, que a estrutura do escritório deve ser grande o suficiente, para dar atendimento adequado a clientes de grande porte. Também pesam a qualificação da equipe, a experiência, a capacidade de fogo, o histórico do escritório. Definitivamente, não é acessível a todos. Muitos clientes apreciam essas justificativas.
A forma de apresentar os custos também contribui para mudar a percepção do cliente: “Nossos honorários serão de 15 mil” é diferente de “podemos economizar a sua empresa (ou a sua família) cerca de 300 mil, por um custo de 15 mil”, diz o consultor.

Percepção: o advogado é ocupado demais
Muitos clientes pensam que, se o profissional tem clientes demais e está ocupado demais, terá tempo e disposição de menos para cuidar de seu caso apropriadamente. Isso ficará ainda mais claro se o advogado pular a parte do interesse pela vida do cliente, sugerir que se vá diretamente ao assunto e mostrar alguma ansiedade para encerrar a reunião, porque tem outros compromissos.
Se tiver pouco tempo, realmente, precisa manejar melhor a situação. E, sobretudo, explicar ao cliente as medidas que o escritório toma para dedicar todo o tempo necessário a cada caso e para cumprir prazos, não perder reuniões etc. Uma demonstração de organização pode ajudar a eliminar a má percepção.

Percepção: o advogado é quase um desocupado
A impressão de que o escritório está entregue às moscas e de que o advogado não tem mais nada o que fazer do que bater um papo interminável com o possível cliente pode ser pior do que a percepção de que está ocupado demais, ao que se acredita.
Nos EUA, é praticamente impossível marcar uma consulta, com qualquer profissional, para a mesma semana. "Sua a agenda está sempre cheia", diz a secretária. No entanto, se o cliente diz que tem de ser até amanhã ou nunca mais, provavelmente ela encontrará um horário para o mesmo dia.
Nenhum advogado precisa recorrer a esse tipo de recurso. Mas deve arrumar ocupação com seus projetos de marketing, com reuniões de equipes, com serviços pro bono, com encontros comunitários ou o que for. Estar razoavelmente ocupado cria uma percepção de valor.

Percepção: o advogado é especializado demais
Se o cliente precisar de serviços que fogem da especialização, o advogado não deve ameaçá-lo com uma oferta para “quebrar o galho”. Deve explicar que não é um “clínico geral” e, até onde for conveniente, as razões de sua especialização. Mas advirta-o de que não ficará desamparado ou no escuro. Deve dizer que um advogado competente cuidará do caso, porque irá falar pessoalmente com ele.
Se for um grande escritório, basta mandar chamar o colega. Para quem opera um escritório pequeno, é fundamental desenvolver uma rede de relacionamentos com outros advogados, em que todos conhecem bem o trabalho dos outros, e os recomendam. A única coisa que não pode ser feita é sugerir ao cliente que procure, ele mesmo, outro advogado. O advogado deve se manter como fonte principal de informações do cliente para assuntos jurídicos.

Percepção: O advogado é generalista demais
“Paus para toda obra” talvez sejam úteis em uma... obra. Em profissões como advocacia, medicina e outras de alta responsabilidade se sobressaem os especialistas. Se há uma percepção de que é generalista demais, é preciso demonstrar ter conhecimentos suficientes para cuidar do caso do cliente ou que, se for necessário, poderá contar com a ajuda de um colega especializado.
Em nenhum caso, em que percepções contraproducentes possam surgir, o advogado precisa recorrer a espertezas ou enganar o cliente. Isso só vai resultar em desastres e mau conceito. Trata-se, apenas, de analisar os pontos fracos do escritório, que serão apresentados junto com os pontos fortes, e apresentá-los de uma maneira positiva. Afinal, tudo na vida, incluindo os pontos fracos, tem polos positivos e negativos. Basta identificar os polos positivos do que parece ser um ponto fraco. Como associar perfeccionismo a uma suposta lentidão.
Por João Ozorio de Melo
Fonte Consultor Jurídico

PACIÊNCIA

sexta-feira, 14 de abril de 2023

DIA INTERNACIONAL DO CAFÉ

Todo dia é dia de café!

Pode reparar: quase ninguém o dispensa! Seja um expresso ou aqueles mais elaborados, a bebida, que desperta a paixão dos brasileiros.

O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo todo. No início, até o ano 1.000 d.C., o café, originário da Etiópia, era usado somente para alimentar os rebanhos durante as longas viagens. Como um estimulante. Conta uma lenda que um dia um pastor da Absínia (atual Etiópia), chamado Kaldi, resolveu levar até um monge conhecido seu, o fruto de uma planta que, segundo ele, deixava o rebanho alegre e disposto quando a ingeriam.
O monge intrigado resolveu experimentar uma infusão daqueles frutos amarelo-avermelhados e percebeu que realmente a infusão dos frutos lhe ajudava a ficar mais tempo acordado durante suas meditações. A partir daí o fruto começou a ser utilizado como alimento cru e estimulante, mas ainda demoraria um pouco até que seu uso se disseminasse. Ninguém sabe se essa lenda é verdadeira, mas o fato é que o café começou a ser cultivado pela primeira vez em monastérios islâmicos no Yêmen, Península Arábica. Dali ele foi levado até Constantinopla pelo Império Otomano, local onde foi fundada a primeira cafeteria do mundo, chamada de Kiva Han. No século XIV, quando chegou ao continente europeu, o café era chamado de “vinho da Arábia” pois os árabes lhe chamavam de qahwa, que em sua língua significa “vinho”.
Mas o “café torrado como consumimos hoje, só surgiu no século XVI. Não foi difícil a difusão do café no mundo árabe. Uma vez que sua religião não permite o consumo de bebidas alcoólicas, o café passou a ser consumido até mesmo nos cultos religiosos. Desta forma, foram surgindo locais especializados em servir a bebida, principalmente na cidade de Meca, onde logo foram surgindo inúmeras Kaveh Kanes, as primeiras cafeterias.
Mas, foram os holandeses os primeiros a levar a planta até a Europa e a conseguir cultivar as primeiras mudas, vindas de Mokha na Península Arábica, no jardim botânico de Amsterdã. Foram os holandeses, também que levaram o café para a América do Norte, para a chamada Nova Amsterdã (atual Nova York) e para a Filadélfia. A partir de então, o café se alastrou para o resto do mundo. Primeiro para as colônias holandesas em Java, depois, para Sumatra, e as ilhas francesas de Sandwich e Bourbon, até chegar ao Brasil que se tornaria o maio produtor mundial de café e o segundo maior consumidor.
E você, já tomou seu cafezinho hoje?
Fonte Mundo Interessante

quinta-feira, 13 de abril de 2023

ADVOCACIA TEM LUGAR PARA PROFISSIONAIS EXTROVERTIDOS E INTROVERTIDOS


A crença comum é a de que a advocacia é uma profissão para pessoas extrovertidas. Cerca de 90% dos advogados americanos pensam assim, de acordo com uma pesquisa do escritório Perkins Coie (que tem mais de mil advogados nos Estados Unidos e na Ásia). No entanto, 60% desses profissionais são introvertidos, diz a presidente da Wisnik Career Enterprises, Eva Wisnik, que já aplicou testes de personalidade em mais de 6 mil advogados, em um período de 15 anos.
Ser uma pessoa introvertida, na advocacia, não é um problema. Na verdade, pode ser um “plus”, diz a advogada e escritora Susan Cain, autora do best-seller Quiet: The Power of Introverts in a World That Can’t Stop Talking (Quieto: o poder dos introvertidos em um mundo que não pode parar de falar, em tradução livre).
Advogados introvertidos podem ser também mais introspectivos, com uma capacidade de buscar, mais profundamente, soluções para problemas jurídicos. Tendem a pensar, antes de falar e a adotar uma abordagem mais criteriosa em relação a riscos. E preferem ouvir. Ganham energia na reflexão solitária e silenciosa. São apreciados por clientes que esperam do advogado um aconselhamento mais bem pensado.
Os extrovertidos, em contraste, são valorizados pela sociedade — e igualmente pelos clientes — por sua capacidade de comandar e de atrair a atenção. Normalmente, gostam de ter uma audiência ou um público, porque ganham energia ao interagir com as pessoas. São tipicamente dinâmicos, energéticos e empreendedores. Ambientes quietos podem deixá-los entediados.
“Quando você faz uma pergunta a uma pessoa introvertida, ela para, olha para o lado, processa a pergunta internamente e depois responde. Uma pessoa extrovertida pode responder primeiro e pensar depois. Mas, pode agir mais rapidamente. Pode, por exemplo, pegar o telefone e buscar uma resposta imediatamente, se estiver em dúvida”, diz Eva Wisnik.
Há atividades na advocacia que parecem ser feitas sob medida para extrovertidos. Por exemplo, os extrovertidos aparentemente podem navegar melhor nas águas turbulentas do contencioso. Podem não pensar profundamente, até por falta de tempo, no calor e na velocidade de uma disputa, mas pensam rapidamente — o que é mais útil.
E há atividades que parecem sob medida para introvertidos. Por exemplo, navegar nas águas talvez mais tranquilas de uma complexa transação comercial, que exigem mais pesquisa, mais estudo e mais elaboração mental, tudo feito com muita calma. Pensar rapidamente pode não ser o forte de um introvertido. Mas pensar mais profundamente é.
Nada disso é uma camisa de força, que limita a atuação de um advogado extrovertido ou introvertido. Ser introvertido não significa ser tímido. E um advogado com essa característica pode perfeitamente atuar em contenciosos. Ser extrovertido não é um impedimento para o advogado atuar em um caso que exige muita reflexão. O advogado com essa característica pode tranquilamente atuar em um caso de aquisição ou fusão.
A identificação de áreas que parecem sob medida para uma ou outra personalidade é útil apenas para se definir a “zona de conforto” para o advogado introvertido ou extrovertido operar. Conhecer as próprias zonas de conforto é sempre muito útil para o desenvolvimento da carreira de um advogado.
É óbvio que é muito mais fácil trilhar o caminho do sucesso pela própria zona de conforto. Um advogado introvertido pode passar um dia em um tribunal discutindo e negociando com partes opostas, como um advogado extrovertido pode se trancar por todo o dia em uma sala, para ler, pensar e escrever. Porém, essas situações fora da zona de conforto irão drenar muito mais energia dos advogados. O trabalho será mais estressante.
Essas incursões pelo campo da psicologia aplicada à advocacia vêm se tornando mais comum nos EUA, nos últimos três anos. As faculdades de Direito passaram a se interessar por testes de personalidade para ajudar seus alunos a vislumbrar a melhor trilha a ser percorrida na carreira. Os advogados fazem esses testes pelos mesmos motivos. E as bancas passaram a estimular seus advogados a fazê-los para que possam tirar o melhor de cada um deles.
“Quanto mais você se conhecer, melhor vai se sair na carreira. Você pode decidir como vai agir, em vez de agir de forma inconsciente ou mecânica”, diz o advogado e psicólogo Joshua Rosenberg. “Para a banca, esse conhecimento é útil porque, se você for colocado na especialidade certa e na atividade certa, será mais produtivo e terá mais capacidade para lidar com os clientes”, ele afirma.
As bancas também estão usando os testes de personalidade para melhorar seus processos de desenvolvimento de negócios, resolver conflitos, decidir quem contratar, avaliar promoções de advogados, avaliar lideranças e planejar sucessões.
A assessora de desenvolvimento de carreiras Jennifer Rakstad, da banca Mayer Brown, de Chicago, diz que administra o teste Myers-Briggs, há alguns anos, para avaliar as personalidades dos advogados da banca e identificar todo o espectro, que vai dos mais reservados aos mais expansivos.
“É uma ferramenta que traz percepções sobre como usar melhor cada tipo de personalidade. Descobrimos o que há de melhor em cada advogado, mas também os ensinamos a lidar com seus pontos mais fracos”, ela explica.
“Além disso, a advocacia é uma profissão que exige muito da pessoa e praticamente não sobra tempo para se recarregar as baterias. Ao conhecer melhor a personalidade de cada advogado, podemos lhe dar dicas sobre algumas formas de recuperar as energias”.

Por João Ozorio de Melo
Fonte Consultor Jurídico

OS BENEFÍCIOS DO GERENCIAMENTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS (GED)


Cerca de 70% da informação gerada por um advogado é em papel. Muitas vezes os documentos são armazenados de forma inadequada, e fazem com que, no futuro, ao serem necessitados, eles consumam cerca de 30% do tempo das pessoas para a sua localização e organização. Com isso, a solução a ser utilizada é a digitalização e o gerenciamento eletrônico de documentos – GED.
O GED consiste em um conjunto de tecnologias que possibilita capturar, administrar, armazenar, preservar e entregar documentos e informações relacionados com os processos organizacionais, resumindo, armazenar papel em forma digital. Uma vez que o advogado utiliza uma solução de GED, ele otimiza as funcionalidades da digitalização de documentos e gera novas oportunidades para o escritório. O GED permite organizar eletronicamente qualquer tipo de documentação, assegurando a disponibilidade do documento na hora em que ele é necessitado. A utilização de GED é imprescindível na redução de papel, ajudando não apenas na questão ambiental, mas também na questão de aumento de espaço útil, pois não precisa de local para armazenagem física.
A digitalização de documentos e o GED podem trazer inúmeros benefícios, dentre eles podemos citar:

  • Facilidade: é possível compartilhar arquivos e informações processuais com outros advogados e clientes, independentemente da localização do mesmo;
  • Organização: a organização dos documentos digitalizados pode ser feita como for necessário, fazendo com que o advogado encontre rapidamente o que precisa;
  • Durabilidade: quando estão em formato digital, os documentos ficam imunes à degradação;
  • Economia: com os documentos digitalizados, o escritório libera espaço e reduz custos com impressão;
  • Acessibilidade: é possível ter acesso aos documentos onde e quando quiser.

Ainda melhor do que utilizar um gerenciador eletrônico de documentos (GED), é utilizar uma solução completa que seja capaz de gerenciar todo o ambiente jurídico e ajudar no seu dia a dia.
Por Multiadv
Fonte JusBrasil Notícias

MUITO PRAZER, EU SOU CRÉDITO. MAS PODE ME CHAMAR DE DÍVIDA


Uma das facilidades proporcionadas pela Internet é a possibilidade de realização de operações bancárias sem ter que se deslocar à agência. Essa facilidade, no entanto, priva o banco de poder oferecer, de modo imediato (por exemplo, por meio de afixação de cartazes junto à boca do caixa onde você iria pagar uma conta), alguns de seus serviços mais lucrativos (obviamente para eles, bancos), como títulos de capitalização, empréstimos pessoais e seguros (que, na maioria dos casos, são desnecessários e inadequados ao seu perfil econômico).
Para compensar essa perda, o que o banco faz? Se você não vai ao banco, o banco vai até você! Exemplo prático que ocorreu comigo recentemente – e que talvez possa também ter ocorrido com você: ao acessar a minha conta bancária via Internet Banking, a primeira e “vistosa” mensagem que apareceu na tela do meu computador tinha o seguinte teor: “Parabéns! Você tem um crédito pré-aprovado de R$ 40.000,00 para comprar seu próximo veículo. Clique aqui e contrate AGORA”.
Pooooooooxaaaa! Que “maravilha” de negócio é esse, não é mesmo? Dinheiro “fácil”, na mão, sem precisar de qualquer tipo de comprovante, afinal, já estava inclusive “pré-aprovado”. E tudo isso sem precisar ir até a agência. O crédito está a um clique de distância. Conversa para boi dormir.
Se você for educado financeiramente, irá interpretar direitinho a palavra “crédito” como sinônimo de “dívida”, uma dívida bem cara para fazer você se afundar pelos próximos 12, 24, 36 ou 48 meses, transformando a compra de um belo carro em dois carros – só que, nesse caso, como você está comprando com dinheiro alheio – do banco – você estará levando somente um  carro. Pior: carro esse que, ao sair da concessionária, normalmente já perde de cara de 10 a 30% de seu valor de mercado.
O que estou querendo dizer? Simples: que você leia e interprete corretamente as palavras que estão sendo anunciadas por aí. Crédito é sinônimo de dívida, logo, deve ser lido como tal. Crédito consignado não passa de dívida consignada. Crédito imobiliário é dívida imobiliária. Cartão de crédito é, por óbvio, cartão de dívida. Crédito direto ao consumidor não passa de dívida direta ao consumidor. Crédito pessoal todo seu é dívida pessoal toda sua. Só sua. E dívidas precisam ser honradas, integralmente e no vencimento, sob pena de causarem muita dor de cabeça para você, tais como inscrição no SPC, cobrança judicial, telefonemas do seu “querido” banco etc. etc. etc.
Mas por quê os bancos e instituições financeiras usam a palavra “crédito”, ao invés da palavra “dívida”? Porque “crédito” é uma palavra bonita. Faz com que você se sinta importante. Dizer que você tem crédito com alguém significa dizer que você inspira confiança. Crédito é, assim, sinônimo de confiança. Só que, nas relações financeiras, também quer dizer a tomada de uma boa e nada insignificante dívida. As instituições financeiras costumam apelar aos sentimentos, apelar às emoções, para fisgar seus clientes mais incautos, e nada melhor do que fazer o cliente morder a isca do que juntar a expressão “você tem crédito” com um valor bem alto, que normalmente está acima de seus investimentos no banco. Tudo para dar a impressão de que você tem realmente tudo o que a propaganda do banco diz que você, na verdade, não tem.
Balela. Quando você, ao sair do Internet Banking de sua conta bancária, recebe um aviso de que tem um crédito pessoal pré-aprovado de R$ 20.000,00, isso nada mais significa do que você tem uma dívida pré-aprovada de R$ 20.000,00 – na verdade, a dívida é muito maior, porque você, se tomar o referido crédito, terá que devolver não só os R$ 20 mil, mas os R$ 20 mil acrescidos de todos os encargos financeiros que são cobrados nessa modalidade de empréstimo: juros, IOF etc. etc. etc.
Se você tem um limite de crédito de R$ 10 mil no cartão de crédito, isso nada mais significa do que dizer que você tem um limite de dívidas de R$ 10 mil.
Mas é lógico que as instituições financeiras não vão dizer para você algo como: “Parabéns! Você tem uma dívida pré-aprovada de R$ 40.000,00 para comprar seu próximo veículo. Clique aqui e contrate AGORA”. Porque dívida é uma palavra que assusta, causa temor, e faz as pessoas não assumirem um negócio. Mas a maioria, traída pelas próprias emoções, contrata mesmo assim essas inúmeras ofertas de crédito travestidas de dívidas, dos mais variados tipos. Por quê? Porque, fisgadas pelo apelo emocional das instituições financeiras, não souberam ler corretamente o significado e o conteúdo das palavras que são anunciadas. O resultado não é somente o acúmulo de dívidas e mais dívidas, mas também a destruição, lenta e gradativa, do próprio equilíbrio emocional, pois o estresse gerado pela existência de dívidas passa muito longe de compensar a alegria fugaz e momentânea de saber que tem um crédit… ooops, dívida, pré-aprovada ao alcance de “um clique de mouse”.
Portanto, meus amigos, procurem ler as ofertas de crédito anunciadas aos milhares com as lentes da educação financeira: crédito é sinônimo de dívida, e como tal deve ser analisada. E, na medida do possível, evitada também.
Fonte Valores Reais

COMO ESCOLHER OS BONS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO À DISTÂNCIA

recomendam atenção com instituições não credenciadas e com a ilusão de facilidade

Com o crescimento do ensino à distância (EAD) no Brasil, pipocam instituições que oferecem pós-graduação virtual. Diante da oferta crescente, como fazer para saber se o curso escolhido tem qualidade e evitar ciladas como formação discutível ou diplomas não reconhecidos?
— É preciso verificar quem é o certificador do curso, se o corpo docente é da instituição, se o ato do Ministério está no prazo de validade, qual a matriz curricular do curso, o ambiente virtual usado, o tipo de assistência pedagógica oferecida, onde e como ocorrem as avaliações, quantos tutores e professores acompanham os estudantes — resume Cleunice Rehem, coordenadora geral de Regulação da Educação Superior à Distância do MEC.

Promessa X entrega
O primeiro passo, então, é checar se a instituição é credenciada pelo MEC na modalidade EAD (a consulta pode ser feita no http://emec.mec.gov.br).
— Fazer um curso e não ter um certificado reconhecido no final é perda de tempo — alerta Arlindo Cardarett Vianna, reitor da Universidade Veiga de Almeida (UVA), que tem dez cursos de pós à distância. Outro ponto que costuma ser crucial é a relação de promessa x entrega dos cursos à distância: na teoria, garantem acompanhamento individualizado, professores sempre disponíveis e sistemas de fácil uso. Mas, no dia a dia, pode ser diferente. Para se precaver contra esse tipo de cilada, uma dica é buscar informação com quem já fez o curso — as redes sociais facilitam o contato.
— Procurar a opinião de quem já estudou na instituição pode ser muito útil — recomenda Stavros Xanthopoylos, vice-diretor do Instituto de Desenvolvimento Educacional da Fundação Getúlio Vargas, que tem 14 pós virtuais, acentuando que os interessados devem verificar os métodos de tutoria e os recursos utilizados. — Pois é comum, no caso da tutoria, prometerem um tempo determinado de resposta que não é cumprido, o que compromete o êxito do aluno.
Checar a formação do corpo docente é outra recomendação, alerta Gabriel Elmor, diretor da FTEC Politécnica Virtual, que tem duas pós virtuais.
— Vale apurar se a formação foi feita em instituições idôneas. E comprovar dados, via redes sociais e site do MEC.
Cardarett Vianna, da UVA, lembra que, pela legislação, é preciso que ao menos metade do corpo docente tenha título de mestre ou doutor, obtido em programa reconhecido:
— Os demais devem ter, no mínimo, formação em nível de especialização. A experiência profissional, por outro lado, também é fundamental, uma vez que o professor é parte do networking de cada aluno.

Flexibilidade X facilidade
Outro erro no qual estudantes costumam incorrer é achar que estudar à distância é fácil.
— Acontece evasão quando os alunos chegam com a expectativa de que será fácil estudar on-line, confundindo flexibilidade com facilidade. O ensino à distância exige uma postura mais participativa — aponta o diretor nacional de Pós-Graduação da Estácio, Victor Lamas, que recomenda que as pessoas planejem uma rotina para estudar.
Xanthopoylos opina que quem optar pela modalidade será mais valorizado se souber se adaptar bem ao modelo:
— O EAD favorece o desenvolvimento do autodidatismo e ajuda a apurar competências ou soft skills, muito valorizadas no mercado hoje, além do trabalho em equipe, flexibilidade, disciplina, foco, capacidade de usar as novas tecnologias, ler e escrever melhor.

Dicas para evitar ciladas

INSTITUIÇÃO
Certifique-se de que a instituição é credenciada pelo MEC na modalidade EAD, para evitar surpresas como diplomas inválidos.

PROFESSORES
Verifique a formação tanto do coordenador do curso como dos professores: ao menos 50% devem ter mestrado ou doutorado.

COLEGAS
Ouvir a opinião de ex-alunos é importante para conhecer a realidade do curso. Redes sociais ajudam no contato.

PROMESSAS
O aluno pode testar o curso para ver se promessas de acompanhamento se cumprem. Caso contrário, pode ser o caso de desistir.

ADAPTAÇÃO
Especialistas ressaltam que a pós a distância exige mais comprometimento do que a presencial.
Fonte O Globo Online