Muitos ainda se mostram descrentes em relação a métodos de desenvolvimento e de autoconhecimento, quando vinculados a carreiras ou ao ambiente profissional. Também pudera, os últimos anos viram uma inundação de “gurus” e métodos “infalíveis” de autoconhecimento e motivação, que muitas vezes nada mais são do que meras cópias pobres e mal desenvolvidas de teorias de coaching presentes na internet, propagadas por charlatães e “consultores” profissionais, sem qualquer ciência ou análise propriamente ditas.
Ainda assim, o autoconhecimento é, de fato, o primeiro grande passo para a construção de uma carreira sólida e promissora, e auxilia qualquer um, não apenas na vida profissional, mas também em sua conciliação com o lado pessoal, familiar e social.
Grandes pensadores gregos, ícones do Renascimento e filósofos de todas as eras, há muito descobriram a influência do autoconhecimento na preparação de um indivíduo para enfrentar os desafios mundo afora. Particularmente nas culturas orientais, o autoconhecimento é uma ferramenta profundamente ligada à religião, ao cotidiano, ao trabalho e até a atividades militares e institucionais. No Ocidente, a nova era do autoconhecimento é relativamente recente, embora suas bases tenham sido criadas séculos antes de Cristo.
Em filmes e desenhos animados, no cinema e na televisão, sempre presenciamos a chamada “jornada do herói”, uma das mais difundidas técnicas de construção de enredos. Se você se lembrar, em determinado momento de sua jornada o herói sente a necessidade de conhecer melhor a si mesmo – estar ciente de suas vantagens e desvantagens, forças e fraquezas e revelar seu potencial oculto, para que possa dali por diante enfrentar os medos, obstáculos e desafios que virão.
A vida não é diferente. O impulso que nos faz acordar a cada dia e enfrentar nossa rotina e dificuldades é o mesmo que impele o herói ao final de sua jornada: conhecer a si mesmo.
Como seres humanos, temos o potencial de conhecer e avaliar nossas próprias necessidades, encontrar os instrumentos que nos permitem realizar coisas e enfrentar nossos medos e receios, sabendo de nossas limitações e lançando mão de nosso potencial da melhor forma possível.
Qual é o seu perfil?
Até que ponto realmente nos conhecemos? Como saber como iremos reagir a situações com as quais sequer nos deparamos ainda? Existe um modo de antecipar nossas fraquezas e fazer uso de nossos pontos mais fortes antes mesmo que surjam e se apresentem os desafios? É claro que temos uma ideia aproximada a respeito de nosso eu interior, mas muitas vezes nos mostramos para o mundo de um modo completamente diferente do que supomos. Para entender como nos portamos em relação ao mundo e aos demais, precisamos nos conhecer mais a fundo, saber prever nossas ações e reações, lidar com medos e ansiedades, maximizar potenciais e capacidades e, sobretudo, admitir e aceitar nossos pontos fracos e trabalhar na melhoria e avanço dos pontos fortes que possuímos.
O estudo de seu próprio perfil, rumo ao
autoconhecimento, começa com constatações básicas a respeito de seus gostos e
preferências.
Por Robson Ribeiro
Fonte RH Portal