As redes sociais são plataformas eficientes
e baratas para executar uma estratégia de marketing jurídico. No entanto, essa
praticidade faz com que muitos advogados se confundam e acabem cruzando a linha
entre o uso regular de redes sociais e a publicidade advocatícia permitida nos
termos do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Se você é advogado e usa plataformas e
recursos digitais como parte do seu planejamento de marketing jurídico, leia
nosso artigo e confira 5 dicas para evitar infrações disciplinares e manter a
sua presença nas redes sociais de forma ética, sustentável e eficiente.
1. Não usar
interações como consultas
O art. 33, I, do Código de Ética e
Disciplinada OAB determina que o advogado deve se abster de “responder com
habitualidade consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social,
com intuito de promover-se profissionalmente”.
Isso porque a advocacia deve ser um serviço
personalizado, prestado de forma individual, em um ambiente de sigilo. Ademais,
a expertise do advogado deve ser oferecida de acordo com a dignidade de sua
profissão; preferencialmente, de forma remunerada, é claro.
Dúvidas podem ser respondidas de forma
selecionada, comedida e não habitual; mas evite fazer com que as interações em
redes sociais se transformem em verdadeiras consultas jurídicas.
2. Não falar em
preços
Precificar serviços publicamente é uma atitude
que pode causar problemas perante a OAB. Além disso, esta atitude pode passar
uma impressão pouco profissional, pois mostra a advocacia como um serviço
comoditizado.
3. Não prometer
resultados
A advocacia é uma atividade de meio, não de
fim. O advogado que usa as redes sociais para fazer promessas e garantir ganho
de causas está infringindo disposições éticas.
A título de complementação, vale destacar
que esta também é uma estratégia extremamente ruim em termos de construção de
marca (branding). Afinal, a sua marca jurídica deve estar centrada na sua
expertise e sua identidade própria; não em promessas de resultados.
4. Cuidado com as
credenciais
É comum ver advogados que se especializam em
outras áreas como contabilidade, coaching e consultoria financeira, para
agregar valor ao seu serviço; e existem também aqueles que exercem mais de uma
profissão. Se você se encaixa em algum desses casos, tome cuidado com a forma
como você se divulga nas redes sociais. O Código de Ética e Disciplina da OAB
proíbe a divulgação da advocacia em conjunto com outra atividade.
Se você investiu na aquisição de mais
conhecimento, é natural que queira divulgar seus títulos e credenciais – mas, se
for fazê-lo, tenha a cautela de não misturar a sua marca jurídica com os seus
outros trabalhos.
5. A publicidade
deve ser discreta e moderada
Por fim, é importante que toda a publicidade
advocatícia nas redes sociais seja feita de forma sóbria, discreta e moderada. Essas
características devem direcionar desde a identidade visual da marca, linguagem
utilizada, até o conteúdo dos posts.
O Código de Ética diz que a publicidade deve
ser sempre informativa, com textos ou vídeos que passem conteúdos relevantes
sobre uma área do direito e que possam ajudar pessoas e empresas com informações
preventivas ou com soluções jurídicas para o seu dia-a-dia.
Por Alexandre de Souza Teixeira
Fonte www.incompanypr.com.br