Saiba como escolher
o melhor hotel para seu cão ou gato e como protegê-los durante viagens de carro
ou avião
O verão chegou e, com ele, as folgas de fim
de ano e as férias. Se já está contando os dias para pegar as malas e colocar o
pé na estrada, não se esqueça de incluir o animal de estimação na lista de
itens a resolver. Vai levá-lo ou não? Onde deixá-lo? Como transportá-lo no
carro ou avião? Que cuidados ter com sua saúde? Reunimos dicas de especialistas
para evitar problemas com cães e gatos. Confira abaixo:
Saúde
Seja o destino praia ou campo, é sempre bom
ter a vacinação e a vermifugação do pet em dia, além de aplicar remédio contra
pulgas, carrapatos e mosquitos. “Temos que prevenir a picada do mosquito que
causa a dirofilariose (verme do coração), que está presente em áreas litorâneas.
Animais que habitam ou frequentam o litoral devem receber o tratamento preventivo
desde filhotes”, disse a veterinária Cibele Ruiz, da loja virtual PetShop.
Hotel
A opção para quem vai viajar sem o amigo de
quatro patas é procurar um hotel para ele. Saiba que a escolha ideal, segundo a
especialista em manejo comportamental de cães e gatos, Priscila Felberg, é a
que possui profissionais especializados à disposição 24 horas por dia, como
consultor comportamental, veterinário e adestrador. Além disso, é válida uma
equipe de recreação, com espaço especifico para tal, para que seu amigo não
fique confinado em gaiolas e possa se distrair. Afinal, ele também está de férias.
A limpeza deve ser levada em consideração e
os cuidados com a saúde, como a exigência de exames de sangue e de fezes,
demonstram preocupação e seriedade. No caso dos gatos, é fundamental avaliar a
segurança, como telas nas janelas que evitam fugas, e a distância dos abrigos
caninos, para que não tenham estresse com o excesso de latidos.
Não importa o tempo que o animal vai ficar
longe do dono, é necessária uma adaptação para permanecer em um local novo com
outras pessoas. Esqueça a ideia de levá-lo ao hotel somente no dia de seu
embarque. Faça visitas prévias e deixe-o lá por uma tarde, depois um dia, uma
noite, um fim de semana.
Carro
Nada de cachorro com a cabeça para fora da
janela ou gato circulando no carro. O pet não pode viajar solto. É possível usar
cinto de segurança específico, colocá-lo em uma caixa de transporte ou em uma
cadeirinha com cinto acoplado. “Uma vez eleita, a ferramenta de segurança
precisa ser apresentada ao animal e ele deve estar habituado a usá-la, bem como
ser acostumado a andar de carro”, ressaltou a consultora comportamental
Priscila.
Se a viagem for longa, a recomendação da
veterinária Cibele é parar a cada duas horas para que ele possa fazer suas
necessidades, comer e beber água. Portanto, leve um kit viagem, com itens como
ração, bebedouro e sacolinhas higiênicas. Não se esqueça de manter o carro com
temperatura agradável e ventilado.
Avião
Quer viajar de avião com o pet? Então, tenha
em mente que, de acordo com o Guia do Passageiro (atualizado sob iniciativa e
coordenação da Conaero - Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias), o
transporte de animais domésticos pode ser autorizado no interior ou no porão da
aeronave, conforme as regras de cada companhia. O serviço não está incluso no
preço da passagem e a solicitação e a consulta de preços devem ser feitas com
antecedência.
Caso o transporte seja autorizado pela
empresa aérea, é necessário apresentar para embarque, no caso de cães e gatos,
o atestado de sanidade do animal, fornecido por médico veterinário. Para movimentação
de quaisquer outros animais, o responsável precisa obter a Guia de Trânsito
Animal (GTA), por meio dos veterinários oficiais ou credenciados.
A veterinária Cibele lembra que algumas
empresas ainda exigem que apresente documento dizendo que o animal está alimentado,
com instruções para os funcionários da companhia aérea que estarão em contato
ele e receita do médico veterinário indicando a quantidade de tranquilizante
ministrada. “Alguns animais mais agitados têm que receber uma dose de tranquilizante
prescrita pelo médico veterinário”, explicou.
No caso de voos internacionais, ainda
segundo o Guia do Passageiro, quem entra no Brasil deve providenciar antes da
viagem o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), emitido pela autoridade
veterinária oficial do país de origem, atendendo aos requisitos sanitários
brasileiros. Pessoas que vão sair do país, por sua vez, precisam verificar
quais são os requisitos sanitários exigidos pelo local de destino e solicitar a
emissão do CZI pelo fiscal federal agropecuário médico veterinário do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Praia
Se a família pretende relaxar na praia, nem
pense em contar com a companhia do pet na areia. “É contaminada e pode trazer
danos ao animal, fora que alguns apresentam reação alérgica a ela”, explicou a
veterinária Cibele.
Evite caminhar com ele nos períodos de sol
quente. Tanto o asfalto como a areia queimam as patas, assim como nossos pés.
O protetor solar é essencial para cães e
gatos com pele e pelagem clara ou albinos, focinho despigmentado ou que ficam
horas expostos ao sol. A veterinária esclarece que os produtos para humanos
podem ser usados, mas é mais interessante buscar um da linha veterinária para
fugir de processos alérgicos.
Lembre-se de que, com a chegada da estação
mais quente do ano, aumenta o risco de desidratação. Deixe sempre água fresca à
vontade. “Outra alternativa é dar cubos de gelo durante o dia. Muitos cães
gostam de quebrar o gelo e isso ajuda a hidratar. Já temos sorvete para cães no
mercado pet”, acrescentou Cibele.
Fonte IstoÉ Independente