Escrever com uma linguagem mais acessível, pensando
em seu público-alvo, é essencial para conquistar a confiança e o engajamento
dos seus leitores. E no mundo do Direito isso é ainda mais necessário.
Isso porque, hoje, ser profissional dessa
área é estar constantemente envolvido com textos de leis, decisões, acórdãos e
doutrinas. Um mundo repleto de linguagem formal e rebuscada – essencial para o
Direito, pois, assim, busca-se garantir a interpretação mais adequada e justa
das normas.
Mas quando se trata de produzir textos
jurídicos com foco nos usuários da internet, é essencial deixar o “juridiquês”
de lado e escrever textos com uma linguagem mais acessível ao público-alvo.
A seguir três dicas práticas e comece a
escrever com uma linguagem mais acessível seus conteúdos jurídicos.
1. Conheça seu
público-alvo e fale como ele
É fundamental saber para quem o conteúdo
será direcionado. Busque conhecer seus prováveis leitores por meio de pesquisas,
conversas ou mesmo pela própria experiência adquirida no cotidiano do
escritório de advocacia.
E ao criar seu texto, garanta que a
linguagem utilizada faça parte do mundo do leitor, ou seja, que lhe seja
acessível por já estar familiarizado com cada palavra e expressão utilizada em
seu texto.
Não busque demonstrar conhecimento técnico
utilizando palavras rebuscadas ou que sejam comuns apenas no universo jurídico.
Elas podem confundir o leitor, causar mais dúvidas ou, ainda, fazê-lo perder o
interesse pelo seu material.
Em vez disso, passe a conquistar a confiança
e o engajamento de seus leitores ao garantir que eles, realmente, entenderam
sua mensagem, por meio de uma linguagem mais acessível e de fácil compreensão.
2. Evite indicação
de artigos e siglas
Outro vício de linguagem comum nos conteúdos
jurídicos é a indicação de artigos e siglas jurídicas.
Se o texto não se trata de uma petição, fundamentação
ou parecer jurídico, basta dizer ao leitor aquilo que a lei determina ou qual
foi a interpretação de um órgão julgador, por exemplo, de forma direta e
simplificada.
Salvo algumas exceções, seus leitores não
precisam saber, por exemplo, que o direito a uma indenização cível é garantido
pelo art. 186, conjugado com o art. 927 do CC. Da mesma forma, não é necessário
citar que determinado posicionamento jurisprudencial foi firmado no Ag. Reg. do
Rec. Extr. nº 1.234.567 do STF.
Melhor que fazer isso é focar seu texto no
direito em si, transmitindo uma informação clara e direta, que seja bem
compreendida e percebida como útil pelo seu leitor.
3. Não atraia os
concorrentes
Quase uma consequência do vício de linguagem
indicado no item anterior é a atração de outros advogados para o seu material
que, a princípio, foi criado com foco em atingir possíveis clientes.
Quando o texto tem uma carga de
fundamentação jurídica muito técnica, ele deixa de ser atrativo para os
prospectos e passa a ser muito útil para outros advogados que estejam com
alguma dúvida sobre aquele determinado tema.
Faça uma análise de quem está interagindo
com seu conteúdo e, se forem outros advogados, repense a linguagem utilizada.
Afinal, se seu objetivo for alcançar novos
clientes, seus textos precisam ter uma linguagem mais acessível e que atraia a
atenção deles e não de outros colegas de profissão.
É claro que existem exceções, como
escritórios de advocacia que pretendem firmar parcerias com outros escritórios
ou, ainda, advogados que queiram se destacar como correspondentes jurídicos, por
exemplo. Nesses casos, é vital atrair a atenção de outros colegas, mas isso nos
remete à primeira dica deste texto.
Além dessas dicas práticas, existem muito
mais técnicas infalíveis na hora de criar conteúdos bem elaborados, com uma
linguagem mais acessível, capazes de cativar seus prospectos e aumentar a sua
lista de futuros clientes.
Busque adquirir cada vez mais conhecimentos
e, enquanto testa novas técnicas, sempre acompanhe o engajamento do seu público-alvo
com seus materiais e avalie se seus objetivos estão sendo atingidos.
Fonte Prospecter