BICHANOS
COM ESSA DOENÇA TEM UMA COMPULSÃO EM COMER ITENS QUE NÃO SÃO
ALIMENTOS, COMO CADARÇOS, FIOS E TECIDOS
Os
gatos têm costumes estranhos, como roer tecidos e morder seus
brinquedos. No entanto, recentemente você percebeu que ele não está
só mordendo os objetos, e sim comendo partes. É normal que fique
preocupado com essa atitude, pois comer itens não comestíveis faz
mal ao organismo. Se o seu bichano vive uma situação parecida, é
provável que sofra da Síndrome de Pica.
Gatos
com essa doença tem uma compulsão em comer itens que não são
alimentos. Dentre os potenciais alvos dos animais com Síndrome de
Pica estão cadarços, fios, tecidos, plantas, plásticos e até a
areia da sua caixinha. Esse hábito traz vários riscos a saúde do
animal, como obstrução intestinal, asfixia ou intoxicação. Além
disso, muita dor de cabeça por causa dos danos aos objetos da casa.
Entretanto,
nem todo gato que ingeriu algum objeto pode ser considerado portador
da síndrome. A pica se caracteriza, principalmente, pelo ato
habitual de ingerir itens estranhos, pois é um comportamento
compulsivo. Se o seu pet faz isso raramente, provavelmente o problema
é outro.
COMO
A SÍNDROME DE PICA NASCE
Os
gatos domésticos, que convivem entre os humanos desde filhote, tem o
costume de chupar diferentes objetos. Esse hábito é algo normal e
não tem porque se preocupar. Porém, a síndrome, também chamada de
malácia, começa da mesma maneira. No início o animal só lambe os
itens, mas depois começa a mastigar e finalmente comer.
Por
isso, se o bichano começar a lamber os objetos da casa, preste
bastante atenção em como isso irá evoluir. É preciso levar em
conta que tal comportamento não pode ser considerado Síndrome de
Pica num primeiro momento. Como foi dito, chupar e mastigar os itens
é algo habitual entre os gatos.
Mas,
conforme o ato vai se tornando compulsivo, acontecendo com mais
frequência e encaminhando para a ingestão dos objetos, procure
ajuda médica. Esta prática é muito perigosa já que coloca em
risco a vida do bichano. Quanto antes for diagnosticado a doença,
mais efetivo será o tratamento.
As
causas da pica são incertas, pois variam de gato para gato e são
difíceis definir com precisão. Entretanto, existem alguns motivos
que estão entre os principais:
MÁ
ALIMENTAÇÃO: na maioria dos casos a doença é ocasionada
por uma dieta pobre e mal equilibrada. A falta de nutrientes nas
refeições, geralmente minerais e fibras, faz o bichano procurar
alternativas para suprir essa necessidade. Além disso, quando a
alimentação é pouca, o gato pode permanecer com fome e buscará
outros itens para se saciar. Converse com o veterinário formas de
incrementar a dieta do pet.
DOENÇAS
PRÉVIAS: câncer, tumores na tireoide, infecções e anemia
podem fazer o gato desenvolver pica. Mas, normalmente, comer coisas é
apenas um dos sintomas. Observe as outras mudanças de comportamento
e leve-o ao veterinário para o diagnóstico correto.
DESEQUILÍBRIO
EMOCIONAL: nervosismo, estresse, problemas familiares e
qualquer outro desequilíbrio emocional podem incidir no aparecimento
da doença, já que está associada a condições psicológicas. Uma
forma de resolver o problema é brincar mais com seu gato, dar
atenção a ele e deixar a disposição brinquedos interativos.
GENÉTICA:
assim como muitas outras doenças, a genética é determinante para o
surgimento de qualquer problema. Os siameses, por exemplo, é a raça
em que esse problema aparece com maior frequência. Isso acontece,
provavelmente, pelo fato deles terem maior predisposição à sucção,
o que pode desenvolver a síndrome.
SEPARAÇÃO
PRECOCE DA MÃE: além de causar muito estresse se separar da
mãe, o gatinho acabou de sair da fase lactante, por isso é normal
que chupe tecidos recriando o movimento de mamar. Esse comportamento
tende a desaparecer conforme o crescimento, sem motivos para
preocupação. Para evitar que isso se torne a doença de pica,
acompanhe o filhote e dê bastante atenção nos primeiros dias.
COMPOSIÇÃO
DA AREIA: é comum os filhotes comerem a areia da caixinha,
mas um adulto é sinal de problema. Leve-o ao veterinário o mais
rápido que puder. Troque o material ou a marca por opções mais
naturais, sem cheiro e não-sílicas. A composição da maioria das
areias é tóxica e pode causar sérios problemas de saúde.
TRATANDO
A DOENÇA
O
primeiro passo para iniciar o tratamento é identificar as possíveis
causas. Por isso, é fundamental que o gato seja examinado por um
veterinário a fim de encontrar a melhor forma de curá-lo. Não
sendo diagnosticado nenhum doença que poderia ser gerar a síndrome,
provavelmente a causa é emocional.
O
tratamento mais efetivo é corrigir o problema diretamente na raiz.
Não deixe ao alcance nenhum objeto que ele possa por na boca,
principalmente os tóxicos ou que possa fazê-lo engasgar. Isso não
irá curar a doença, mas é uma forma de combater o comportamento a
princípio.
Troque
a alimentação do animal por itens mais nutritivos, ricos em
minerais e fibras. Se for preciso, adicione algum suplemento.
Consulte o veterinário para saber como melhorar a dieta. Essa
mudança garantirá a nutrição que o bichinho necessita e evitará
que busque satisfazer seu apetite com materiais não comestíveis.
Você
pode também melhorar o ambiente, tornando-o mais harmônico e
aconchegante. Espalhe brinquedos pela casa para que seu bichano se
divirta mais e compre arranhadores para distraí-lo. É uma
alternativa para fazê-lo morder itens apropriados e reduzir o tédio
e estresse.
Se
o gato continuar comendo objetos, marque uma consulta com um
veterinário especializado em comportamento. Ele poderá indicar
outras formas para combater a Síndrome de Pica , como recomendar
alguma medicação ou um profissional mais apropriado.
Fonte
Canal do Pet - iG