sábado, 5 de outubro de 2024

GATO COMENDO OBJETOS ESTRANHOS? ELE PODE ESTAR COM A SÍNDROME DE PICA

BICHANOS COM ESSA DOENÇA TEM UMA COMPULSÃO EM COMER ITENS QUE NÃO SÃO ALIMENTOS, COMO CADARÇOS, FIOS E TECIDOS

Os gatos têm costumes estranhos, como roer tecidos e morder seus brinquedos. No entanto, recentemente você percebeu que ele não está só mordendo os objetos, e sim comendo partes. É normal que fique preocupado com essa atitude, pois comer itens não comestíveis faz mal ao organismo. Se o seu bichano vive uma situação parecida, é provável que sofra da Síndrome de Pica.
Gatos com essa doença tem uma compulsão em comer itens que não são alimentos. Dentre os potenciais alvos dos animais com Síndrome de Pica estão cadarços, fios, tecidos, plantas, plásticos e até a areia da sua caixinha. Esse hábito traz vários riscos a saúde do animal, como obstrução intestinal, asfixia ou intoxicação. Além disso, muita dor de cabeça por causa dos danos aos objetos da casa.
Entretanto, nem todo gato que ingeriu algum objeto pode ser considerado portador da síndrome. A pica se caracteriza, principalmente, pelo ato habitual de ingerir itens estranhos, pois é um comportamento compulsivo. Se o seu pet faz isso raramente, provavelmente o problema é outro.

COMO A SÍNDROME DE PICA NASCE
Os gatos domésticos, que convivem entre os humanos desde filhote, tem o costume de chupar diferentes objetos. Esse hábito é algo normal e não tem porque se preocupar. Porém, a síndrome, também chamada de malácia, começa da mesma maneira. No início o animal só lambe os itens, mas depois começa a mastigar e finalmente comer.
Por isso, se o bichano começar a lamber os objetos da casa, preste bastante atenção em como isso irá evoluir. É preciso levar em conta que tal comportamento não pode ser considerado Síndrome de Pica num primeiro momento. Como foi dito, chupar e mastigar os itens é algo habitual entre os gatos.
Mas, conforme o ato vai se tornando compulsivo, acontecendo com mais frequência e encaminhando para a ingestão dos objetos, procure ajuda médica. Esta prática é muito perigosa já que coloca em risco a vida do bichano. Quanto antes for diagnosticado a doença, mais efetivo será o tratamento.
As causas da pica são incertas, pois variam de gato para gato e são difíceis definir com precisão. Entretanto, existem alguns motivos que estão entre os principais:
MÁ ALIMENTAÇÃO: na maioria dos casos a doença é ocasionada por uma dieta pobre e mal equilibrada. A falta de nutrientes nas refeições, geralmente minerais e fibras, faz o bichano procurar alternativas para suprir essa necessidade. Além disso, quando a alimentação é pouca, o gato pode permanecer com fome e buscará outros itens para se saciar. Converse com o veterinário formas de incrementar a dieta do pet.

DOENÇAS PRÉVIAS: câncer, tumores na tireoide, infecções e anemia podem fazer o gato desenvolver pica. Mas, normalmente, comer coisas é apenas um dos sintomas. Observe as outras mudanças de comportamento e leve-o ao veterinário para o diagnóstico correto.

DESEQUILÍBRIO EMOCIONAL: nervosismo, estresse, problemas familiares e qualquer outro desequilíbrio emocional podem incidir no aparecimento da doença, já que está associada a condições psicológicas. Uma forma de resolver o problema é brincar mais com seu gato, dar atenção a ele e deixar a disposição brinquedos interativos.

GENÉTICA: assim como muitas outras doenças, a genética é determinante para o surgimento de qualquer problema. Os siameses, por exemplo, é a raça em que esse problema aparece com maior frequência. Isso acontece, provavelmente, pelo fato deles terem maior predisposição à sucção, o que pode desenvolver a síndrome.

SEPARAÇÃO PRECOCE DA MÃE: além de causar muito estresse se separar da mãe, o gatinho acabou de sair da fase lactante, por isso é normal que chupe tecidos recriando o movimento de mamar. Esse comportamento tende a desaparecer conforme o crescimento, sem motivos para preocupação. Para evitar que isso se torne a doença de pica, acompanhe o filhote e dê bastante atenção nos primeiros dias.

COMPOSIÇÃO DA AREIA: é comum os filhotes comerem a areia da caixinha, mas um adulto é sinal de problema. Leve-o ao veterinário o mais rápido que puder. Troque o material ou a marca por opções mais naturais, sem cheiro e não-sílicas. A composição da maioria das areias é tóxica e pode causar sérios problemas de saúde.

TRATANDO A DOENÇA
O primeiro passo para iniciar o tratamento é identificar as possíveis causas. Por isso, é fundamental que o gato seja examinado por um veterinário a fim de encontrar a melhor forma de curá-lo. Não sendo diagnosticado nenhum doença que poderia ser gerar a síndrome, provavelmente a causa é emocional.
O tratamento mais efetivo é corrigir o problema diretamente na raiz. Não deixe ao alcance nenhum objeto que ele possa por na boca, principalmente os tóxicos ou que possa fazê-lo engasgar. Isso não irá curar a doença, mas é uma forma de combater o comportamento a princípio.
Troque a alimentação do animal por itens mais nutritivos, ricos em minerais e fibras. Se for preciso, adicione algum suplemento. Consulte o veterinário para saber como melhorar a dieta. Essa mudança garantirá a nutrição que o bichinho necessita e evitará que busque satisfazer seu apetite com materiais não comestíveis.
Você pode também melhorar o ambiente, tornando-o mais harmônico e aconchegante. Espalhe brinquedos pela casa para que seu bichano se divirta mais e compre arranhadores para distraí-lo. É uma alternativa para fazê-lo morder itens apropriados e reduzir o tédio e estresse.
Se o gato continuar comendo objetos, marque uma consulta com um veterinário especializado em comportamento. Ele poderá indicar outras formas para combater a Síndrome de Pica , como recomendar alguma medicação ou um profissional mais apropriado.
Fonte Canal do Pet - iG