Currículos
pouco funcionais ou enfadonhos de alguma maneira podem ser a sentença de morte
para as chances de um bom profissional conseguir um bom emprego. Somado a isso,
embora qualquer profissional tenha a obrigação de montar um currículo, pouco é
ensinado a esse respeito em faculdades e cursos profissionalizantes.
O
site Business Insider conversou com especialistas em recrutamento com vasta
experiência para descobrir quais informações devem ficar de fora de um
currículo e quais podem ser prejudiciais quando em excesso. Confira:
1. Objetivo
A
não ser que esteja mudando completamente de área, situação em que é importante
deixar clara a sua busca, os especialistas sugerem retirar essa informação.
2. Experiências irrelevantes
Suas
posições no passado nem sempre ajudam na escolha do seu nome para a vaga. É
preciso ponderar se aquela função exercida no passado é interessante para o recrutador
de agora.
3. Informações pessoais
Religião,
estado civil e CPF podem e devem ser dispensados.
4. Endereço completo
De
acordo com a expert Amanda Augustine, da TopResume, o fato de ninguém mais
enviar cartas e preocupações com segurança devem ser levados em conta.
5. Mais de um número de telefone
Apenas
um número de telefone deve constar no currículo: o celular, para que o
candidato sempre consiga atender às ligações e saiba exatamente por qual meio
será contatado. Dica de Augustine.
6. Hobbies
O
tempo livre não altera as suas chances de conseguir um emprego, tampouco sua
capacitação.
7. Mentiras grotescas
Pode
parecer óbvio que não se deve mentir em um documento como o currículo, mas
pesquisa da CareerBuilding mostrou que recrutadores flagram inverdades em boa
parte dos currículos que analisam. Isso vale para cursos, experiências
anteriores e qualificações gerais.
8. Muito texto
Usar
fontes e margens pequenas para que todo o conteúdo caiba em uma página é sinal
de que há informação demais no documento. Espaços em branco e espaçamento de
0,8 mm ou mais são as configurações recomendadas pelo site Careealism.com.
9. Muitos destaques
Pontos
positivos também podem ser excessivos, segundo Augustine. É importante focar
naquilo pelo que você realmente se destaca para não parecer exagerado.
10. Período sabático
Por
mais importante que tenha sido para a sua formação pessoal, o recrutador não se
interessa por um tempo viajando com a família, segundo Alyssa Gelbard,
consultora da Résumé Strategists.
11. Idade
De
acordo com Catherine Jewell, autora de “Novo Currículo, Nova Carreira”,
acrescentar idade ou ano de formação no currículo pode fazer com que sua
candidatura sofra discriminação.
12. Referências
Pega
mal escrever recomendações de terceiros, diz Eli Amdur, consultor de carreira.
Caso queiram referências de empregadores anteriores, os próprios recrutadores
buscarão falar com eles.
13. Formatação inconsistente
A
forma do seu currículo é tão importante quanto a informação que consta no
mesmo, segundo Augustine. Se necessário, use modelos prontos ou peça ajuda a
algum especialista, mas nunca entregue um currículo com formatação confusa ou
sem hierarquia de informações.
14. Pronomes pessoais
“Eu”,
“meu”, “ela” são palavras proibidas em currículos, diz Tina Nicolai, fundadora
do Resume Writers Ink. É redundante, já que se trata de um documento referente
a uma pessoa específica.
15. Tempo verbal incorreto
O
tempo presente só deve ser usado na descrição da colocação atual, alerta
Gelbard. Qualquer atividade realizada no passado deve usar pretérito.
16. E-mail pouco profissional
Criar
um novo e-mail é rápido e gratuito. Não passe vergonha e nem a impressão de
desleixo.
17. Palavras desnecessárias
Escrever
“número” ou “telefone” antes do contato é “bobo” e desnecessário, segundo os
especialistas.
18. Contato do seu emprego atual
Oferecer
o telefone corporativo atual para contato dos recrutadores é perigoso em muitos
sentidos: outra pessoa pode atender ou você possivelmente terá que conversar
sobre sua busca por emprego na frente do seu chefe.
Para
o e-mail, vale o mesmo, até porque o endereço eletrônico deixa de existir uma
vez que o funcionário é desligado da empresa, relembra Amdur.
19. Tabelas, imagens, notas de rodapé
Hoje,
existem sistemas automáticos que analisam currículos em busca palavras-chave e
que podem ser “enganados” por este tipo de informação. Além disso, esse tipo de
informação pode confundir e entediar o recrutador, diz Augustine.
20. O nome do seu chefe
Só
faz sentido escrever o nome do seu chefe atual no currículo se você não se
importar (ou quiser) que o recrutador entre em contato com ele.
21. Jargões exclusivos de empresas
Há
companhias que criam nomes específicos para cargos internamente. Gelbard alerta
que se tenha o cuidado de usar nomenclatura da indústria no geral.
22. Links não relacionados ao trabalho
Redes
sociais são irrelevantes para o recrutador; excetuando LinkedIn e eventuais
portfólios eletrônicos.
23. Experiências de mais de 15 anos atrás
Empregos
anteriores ao ano 2000 perdem a relevância. Isso vale para cursos livres e
certificados também.
24. Informações salariais
A
definição salarial virá em algum momento posterior. Mesmo que a vaga peça a
pretensão, não é no currículo que esse número deve constar, mas sim no e-mail
de contato.
25. Tipografia “antiga” ou exagerada
Fontes
serifadas, como Times New Roman, já não são bem quistas pelos departamentos de
RH. O mesmo vale para fontes divertidas ou chiques demais, que podem prejudicar
a leitura.
Use
uma fonte mais padrão, como Arial, ou a que combinar melhor com a formatação do
seu currículo.
26. Expressões “da moda”
“Pensar
fora da caixa”, “de primeira linha” e “sinergia” foram algumas das expressões
diagnosticadas por especialistas como irritantes, que podem deixar o currículo
datado.
27. Motivos de demissões
Ao
contrário do que muitos candidatos pensam, explicar os motivos para ter deixado
o emprego anterior não é positivo – apenas irrelevante.
28. Histórico escolar
No
mercado de trabalho, o histórico escolar detalhado passa a ser irrelevante,
independentemente do desempenho acadêmico.
29. Foto
Sua
aparência não é relevante para a maioria das vagas de emprego que existem.
Acaba tornando-se, ao contrário, uma distração.
30. Por que quer o trabalho
A
explicação dos motivos pelos quais você se interessa pelo trabalho é algo que o
recrutador terá a oportunidade de perguntar em uma eventual conversa ou
entrevista.
31. Opiniões
Um
currículo deve conter apenas fatos, não seu posicionamento pessoal a respeito
de assuntos – ainda que eles sejam relevantes.
32. Explicações genéricas
Evite
dizer que um projeto seu foi responsável pelo crescimento das vendas da
empresa, por exemplo, sem especificar esse crescimento em números. Use fatos e
comprovações.
33. Empregos curtos
Empregos
que duraram pouco tempo são dispensáveis – especialmente caso você tenha sido
demitido ou não tenha gostado de trabalhar naquele lugar.
Fonte
InfoMoney