Traçar outra estratégia se torna essencial para não
ser surpreendido em seus planos
Ter
um plano B na vida é um dos primeiros passos para admitir que a ideia de que
tudo dará certo nem sempre é real. O sonho de sucesso extremo pode impulsionar,
mas também é importante considerar que não se tem o controle sobre tudo. A
partir disso, traçar outra estratégia se torna essencial para não ser pego de
surpresa com seus planos. Veja o que é preciso para que a desistência seja sua
última opção.
Planos desfeitos, sonhos quebrados
Para
a psicóloga Silvana Hartmann, a concretização de planos e sonhos depende de
fatores internos, que podem ser desempenhados com êxito ou não, dependendo do
grau de investimento ou do desejo em concretizar. Entretanto, para a
profissional, muitos desses aspectos não são controlados pela mera vontade do
que gostaríamos de ter ao alcance.
“Por
vezes, alcançada a clareza do que se quer e com o respeito às diversas
possibilidades, faz-se necessário assumir que o melhor é pensar em uma
estratégia para mudar a direção e partir para outro plano ou sonho”, explica
Silvana.
“Apesar
disso, quando esgotarem-se todas as possibilidades e a sensação de que todos os
planos deram errado existir, ainda assim, você pode pensar que conviver com
perdas e insucesso também fazem parte da caminhada”, complementa.
Quando
um plano não dá certo ou um sonho não é alcançado, em geral sentimos tristeza.
De acordo com a psicóloga, é um sentimento comum e esperado para tais
situações. Saber reconhecer esse estado quando são vivenciadas situações
difíceis auxilia a evitar o profundo de sofrimento, segundo a profissional.
Silvana
afirma que alimentar sintomas de tristeza e desesperança por um período maior
que o necessário para superar uma situação, acompanhados pela perda de
interesse ou prazer em atividades na maior parte do dia, além de alterações de
sono e de alimentação, fadiga, sentimentos de culpa ou de inutilidade e até
mesmo pensamentos de morte, podem ser sinais de um transtorno depressivo.
“A
depressão é, muitas vezes, banalizada e vista como falta de força de vontade ou
até mesmo como algo que possa passar com o tempo, mas ela é uma doença séria
que pode acarretar prejuízos pessoais e sociais importantes. Por isso, deve ser
tratada. Nesses casos, é fundamental buscar apoio junto a um psiquiatra e a um
psicólogo”, indica.
Como traçar um plano B na vida
Segundo
a psicóloga, quando você reconhecer que todas as possibilidades de um objetivo
se extinguiram, que aquele determinado sonho não faz mais sentido ou quando a
perseverança estiver causando sofrimento, é a hora de partir para outra
estratégia.
“O
plano B nada mais é do que um esquema que nos possibilita adaptarmos a
adversidades. Por que enrijecermos apenas no plano A enquanto temos todo um
alfabeto? Um plano B será considerado uma ajuda, quando entendido como uma
possibilidade de adaptar-se frente aquilo que não deu certo primeiramente”,
destaca Silvana.
Nesse
caso, a profissional define que a segunda opção pode ser vista como a
possibilidade de manter-se em movimento, mesmo que seja em outra direção.
Fonte
doutissima.com.br