Capacidade de memorização: criar história engraçada
sobre o assunto ajuda a fixá-lo na memória
O
que é estudado pode ser facilmente esquecido, mas o que é vivenciado é,
certamente, lembrado. Esta máxima é a chave que abre as portas da memória de
todo estudante ou concurseiro: tornar o objeto de estudo tangível. “Quando
o aluno consegue vivenciar mentalmente o que ele estuda, ou seja, quando cria
uma realidade virtual e entra no tema, o assunto se torna mais concreto para a
memória”, diz Felipe Lima, especialista em memorização e coach da SouGenius. Confira
três táticas indicadas pelo especialista e que podem ser úteis a estudantes e
concurseiros:
1. Três princípios
Se
o segredo está em vivenciar o tema de estudo a partir da criação de uma
história, uma tática pode trazer mais força à narrativa elaborada pelo
estudante.
Crie
situações absurdas. “Quanto mais absurdo, mais a lembrança tem força”. .
Adicione uma situação cômica. “Humor gera emoção que estimula a memorização”,
diz Lima. Não é mais fácil se lembrar de um exemplo engraçado durante uma aula
divertida? Se lhe falta o professor bem humorado, ponha a criatividade em ação
e a favor de suas risadas.
O
mesmo vale para a escatologia e para a vulgaridade. “O que é nojento gera
repulsa que gera memória”, diz Lima. Para os estudantes “mais hormonais” (e
para os menos também), um toque de duplo sentido na história criada pode ajudar
a fixar o conteúdo, segundo Lima.
2. Sentidos
“Toda
matéria pode ser manipulada para estimular a memória do aluno”, diz Lima. Os
canais auditivo e visual são excelentes aliados da memória.
Por
exemplo, um estagiário de direito que já tenha trabalhado com Direito Penal
terá muito mais facilidade na aprovação ao escolher esta área na 2ª fase da
prova. “Porque ele vivenciou, ouviu o que foi dito, viu o que aconteceu”, diz o
especialista.
3. Mapas mentais
O
que é mapeado é facilmente evocado, de acordo com Lima. Mapas mentais são
indicados para estudantes e concurseiros que lidam rotineiramente com o excesso
de informações. “São fortíssimos estimuladores da memória”, diz o coach da
SouGenius. Mas como fazer?
“O
estudante começa organizando um desenho em forma de neurônio, partindo do
centro para as extremidades. Na parte central, como se fosse um “sol” entra a
informação principal. Os demais elementos vão sendo dispostos ao longo do
desenho. Quanto menos essencial, mais longe do centro.
Não
se trata de escrever muito. Lima recomenda o uso de abreviações, mas pontua que
a letra deve ser grande. “Estimula o canal visual e deixa mais ágil a revisão”,
diz.
Outro
conselho importante é lançar mão de diferentes cores para as informações.
“Assim há o estímulo do hemisfério cerebral ligado à criatividade”, diz.
Segundo
Lima, mapas mentais melhoram a absorção do conteúdo, a sua compreensão e também
desenvolvem a concentração.
Por
Camila Pati
Fonte
Exame.com