Final
de ano, férias e a maioria das pessoas já planeja com antecedência a temporada
na praia. E neste planejamento, os pets não ficam de fora. Mas é importante
tomar alguns cuidados e medidas preventivas para que a família toda possa
curtir a viagem na ida e na volta. Isso por que no litoral e em regiões de
represa a concentração de mosquitos é grande e eles são responsáveis pela transmissão
de doenças como a dirofilariose.
Conhecido
como verme do coração, a Dirofilaria immitis, causa a doença parasitária que é
mais comum em cães, porém também pode afetar os gatos e até mesmo o homem. Ela
é geralmente transmitida por mosquitos fêmeas do gênero Culex, mas os Aedes e
Anopheles também podem ser responsáveis pela transmissão.
Os
cães são infetados por larvas do parasita, transmitidas pela picada do mosquito.
Estas larvas caem na corrente sanguínea e vão se alojar no coração. Este
processo pode levar de 3 a 6 meses, e os vermes adultos podem medir entre 15 a
35 cm.
Dependendo
da quantidade de parasitas pode haver uma redução da função cardíaca, tosse e
dificuldade respiratória. Os cães doentes são o principal reservatório da
dirofilariose e permitem a perpetuação da doença ao infectar outros mosquitos
que se alimentem de seu sangue.
Sintomas
Os
primeiros sintomas aparecem alguns meses após o animal ter sido picado, sendo
os principais: a tosse crônica, a diminuição da tolerância ao exercício e a
perda de peso. Com a evolução aparece a dificuldade respiratória, febre e
sinais de insuficiência cardíaca como ascite e edema pulmonar, falência renal e
hepática. A morte dos parasitas pode levar à ocorrência de tromboses em vários
órgãos e, se não tratada, a dirofilariose pode causar a morte do pet.
Diagnóstico e tratamento
O
diagnóstico pode ser feito através de exames de sangue com a visualização de
microfilárias ao microscópio em esfregaço de sangue ou pela detecção de
antígenos dos parasitas ou anticorpos produzidos contra o verme. Outros exames
complementares podem ser necessários na avaliação e no acompanhamento do caso.
O
tratamento é longo e necessita de acompanhamento constante do veterinário, pois
pode vir acompanhado de complicações. Por isso, a prevenção é a melhor saída.
Existem no mercado inúmeros produtos eficazes na prevenção e controle da
doença. O veterinário poderá escolher o que mais se encaixa na sua rotina e no
perfil de seu cão ou gato.
Prevenção
A
prevenção deve começar antes da viagem, ser mantida durante a permanência no
local sendo repetida mensalmente até o mês seguinte ao retorno. Por isso ao
programar a próxima viagem, não deixe de visitar o veterinário com
antecedência.
Por
Fernanda Fragata
Fonte
Exame.com