Você é daquelas pessoas que, volta e meia se
pega deixando um prazo para a última hora? Sente também que com tanto estímulo
ao seu redor como whatsapp, e-mails, ligações, mensagens de texto e por estar
sempre a um clique de distância da internet, existem milhões de motivos para
fazer algo mais interessante do que ter que lidar, por exemplo, com a ligação
do cliente que tirará o seu bem estar?
Se você respondeu sim a estas perguntas,
saiba que não está sozinho. A maior parte das pessoas tem tendência a
procrastinar em algum grau. O problema acontece quando são tomadas por uma
procrastinação crônica que começa a afetar as suas vidas, atrapalhando o seu
dia a dia, o desenvolvimento do seu potencial, chegando até a comprometer as
suas carreiras dentro do escritório.
Além disso, quanto mais você procrastina,
mais se sente mal, aumentando o estresse e a angústia em sua vida. Contudo, a
boa notícia é que a procrastinação é um hábito e como todos eles, é possível de
ser mudado.
A melhor forma para começar a lidar com isso
é se analisar. A chave para controlar esse hábito destrutivo é reconhecer
quando você começa a procrastinar, entender por que isso acontece e tomar
medidas para gerir o seu tempo e obter melhores resultados. Abaixo, estão
elencados alguns motivos que levam à procrastinação.
A maior parte das pessoas procrastina porque
acha determinada tarefa chata. Certa vez, escrevi uma frase dizendo que “Procrastinação
é o ato de adiar por 2 meses, aquilo que a gente termina resolvendo em 2
minutos.” Isso acontece porque que o seu cérebro está naturalmente programado a
fugir do desconforto, buscando algum prazer momentâneo. Contudo, quando você “põe
a mão na massa”, percebe que aquilo não era tão maçante ou difícil assim. Este primeiro
passo já traz uma sensação de alívio que aumenta ainda mais quando a tarefa é finalizada.
Portanto, o melhor a fazer é entrar em ação. Quanto antes você enfrentar “o
bicho de sete cabeças”, mais rápido irá tirá-lo do caminho sendo tomado pela
deliciosa sensação de dever cumprido.
Outra razão que normalmente leva as pessoas
procrastinarem é a sua desorganização. Pessoas mais organizadas tendem a evitá-la,
porque têm uma lista de afazeres, compromissos e prioridades. Elas sabem que
tarefa devem fazer primeiro, quando tempo durará, como devem começar e aonde
querem chegar. Isso gera a motivação necessária para iniciar. Pessoas
desorganizadas ficam perdidas nestas questões e tendem adiar as tarefas por não
quererem enfrentar todos estes fardos. Sendo assim, organizar-se é uma
excelente maneira de superar e muito a sua procrastinação.
O perfeccionismo também é um grande aliado
da procrastinação. Acreditar que você não tem a competência ou ferramentas
necessária para fazer um trabalho impecável é uma justificativa bastante usada
para deixá-lo para depois. É importante notar que nem tudo precisa ficar
perfeito para ser bem feito. Ajustar as exigências sobre si e sobre os seus
colegas, podem fazer com que determinados projetos sejam bem mais simples e
tranquilos de se realizar. Por isso, observe se está realmente sendo realista
nas suas demandas ou está colocando condições demais. Lembre-se: O
perfeccionismo é um grande inimigo da produtividade.
Por fim, esperar o momento exato, o melhor
humor ou aguardar que as “condições normais de temperatura e pressão” sejam
atingidas é botar um carimbo de procrastinação no seu trabalho. Consequentemente,
quando tiver perto do prazo, de última hora, enfrentará o estresse de ter que
terminar aquilo a qualquer custo, impedindo que seja feito um trabalho mais
criativo e de maior qualidade e isso, ao longo do tempo, pode custar caro para
você. Reflita sobre isso.
Por todos este motivos, analise-se, programe-se
e organize-se. Mesmo que para tanto precise da ajuda de um profissional. A
princípio, pode parecer muito custoso adquirir estes novos hábitos para
combater a procrastinação, mas acredite, não é. Colocando-os em prática, você começa
a encontrar mais tempo na sua vida, diminuindo o estresse, sentindo-se mais
relaxado e no controle da sua própria vida.
Será que vale a pena? Se a sua resposta é “sim”,
não procrastine. Mãos à obra!
Por Maria Olívia Machado
Fonte Consultor Jurídico