O estresse, um dos maiores vilões da vida
moderna, também pode deixar seu gato bastante doente. E se ele for gordinho, o
risco aumenta consideravelmente.
A chegada de um novo pet na casa, um
programa de emagrecimento mal planejado, uma mudança de ambiente ou da rotina
da casa, uma doença crônica – como pancreatite ou diabetes –, uma doença
intestinal inflamatória ou um período pós-cirúrgico são alguns exemplos de
situações que estressam o animal. Como resposta, os gatos param de se alimentar.
O hábito de deixar a comida à vontade ou o
fato de ter mais de um gato em casa pode atrasar a percepção do dono do
problema.
E o jejum prolongado por alguns dias já é suficiente
para desenvolver a lipidose hepática, uma doença causada pelo acúmulo de
gordura no fígado. Três dias sem se alimentar podem ser suficientes para o
animal desenvolver a doença. Os principais sintomas são anorexia (falta de
apetite e recusa a comer mesmo forçado), vômito, salivação e mucosas amareladas
(icterícia).
O diagnóstico é feito pelo veterinário,
principalmente por histórico clínico e sintomas, além de exames de sangue que
avaliam as enzimas do fígado, ultrassom de abdômen e citologia ou biópsia do fígado.
Para reverter o quadro, é necessário que o
animal volte a se alimentar. Para isso, é colocada sonda gástrica. Assim, é feita
a alimentação forçada em quantidade adequada, restabelecendo-se o metabolismo e
as funções.
É fundamental também identificar a causa que
levou à anorexia e tratá-la imediatamente. Esta doença pode levar à morte. Se
diagnosticada precocemente, há mais chances de cura. Por isso, a prevenção
sempre é o melhor remédio.
Evite alimentar seu gato em excesso. Animais
gordinhos, ao contrário do que parece, são mais frágeis e muito mais suscetíveis
a doenças. Evite alterações bruscas na rotina e situações causadoras de
estresse. Muita cautela no manejo e tratamento de seu gato. Nunca dê medicamentos
ou inicie uma dieta de emagrecimento sem a prescrição e acompanhamento veterinário.
Isso pode causar danos graves à vida de seu pet.
Por Fernanda Fragata
Fonte Exame.com