Com uma audição mais
apurada do que a nossa, o barulho das festas e dos fogos pode ser assustador
para cães e gatos
A contagem regressiva para as festas típicas de junho e julho já começou. Pipoca, paçoca, canjica, quentão,
muita música, familiares e amigos se reúnem para assistir aos jogos, dançar
quadrilha e comemorar. E nessa comemoração, muitos fogos de artifício ganham os
céus em luzes, cores e muito barulho. Mas e seu pet? Será que ele está
preparado para este barulho?
Com uma audição mais apurada do que a nossa,
o barulho da festa e dos fogos pode ser assustador para cães e gatos. Alguns,
mais sensíveis ou com alguma doença prévia, podem ter complicações decorrentes
do estresse. Os ruídos altos que acompanham
os fogos e a falta de compreensão sobre o que está acontecendo podem
causar muita ansiedade e medo. Quando um animal fica com medo, ele pode
apresentar um comportamento indesejado ou perigoso, como tentar fugir de casa,
mostrar sinais de agressão, morder, latir, uivar, tremer, mastigar ou destruir
móveis e outros objetos, além de perder o controle de suas necessidades fisiológicas
urinando e defecando em locais inapropriados.
Para tentar reduzir o estresse pelo medo de
fogos de artifício do seu pet, não o leve em celebrações ao ar livre. Os ruídos
altos e céu colorido podem ser divertidos para você, mas não são agradáveis
para o seu pet. O ideal é deixá-los em casa em um local calmo e seguro, livre
de escadas ou objetos onde ele possa tentar se esconder e acabe se machucando. Em
alguns casos, principalmente gatos, quando muito sensíveis e ariscos, vale a
pena colocá-los dentro da caixa de transporte até que o barulho diminua e o
animal esteja calmo. Feche as cortinas e deixe as luzes acesas para diminuir o
brilho dos fogos. Deixe ligado o radio, uma TV, ou alguma música que ele esteja
acostumado para abafar o barulho externo. Exercitá-los no dia, horas antes das
festividades começarem, auxilia a tranquilizá-los devido ao cansaço e a liberação
natural de endorfinas, que reduz a ansiedade.
Animais cardiopatas podem ter complicações
secundárias a estresse. Por isso, não devem ficar sozinhos, precisando de
acompanhamento. Ofegação excessiva, falta de ar, língua arroxeada ou azulada são
sinais de descompensação da doença. Os animais epiléticos podem apresentar
convulsões e por isso devem ser reavaliados pelo veterinário para ajustar, se
necessário, a dose da medicação de rotina. Em casos extremos, calmantes podem
ser ministrados. Mas sempre com critério e sob prescrição do veterinário. Curta
a festa e mantenha o seu pet em segurança.
Por Fernanda Fragata
Fonte Época Online