Perdendo tempo
precioso de estudo com distrações? Veja as dicas para ajustar o foco e tornar
as horas em frente aos livros bem mais efetivas
Assuntos complexos
forçam a mente a trabalhar mais, comece por eles, indica a especialista
Basta sentar-se à mesa rodeado de apostilas
e livros para se dar conta de que a dedicação aos estudos para concursos públicos
exige um poder de concentração para lá de afiado.
Na base da falta de foco estão velhos e
novos vilões. O som hipnotizante da televisão, o toque repetitivo do celular,
redes sociais e aplicativos de mensagens (como o WhatsApp) são alguns deles.
No entanto, vencê-los é apenas questão de (muita)
força de vontade. Afinal, basta apertar o botão desligar para ter a certeza de
não ser interrompido.
Mas e quando é o pensamento que insiste em
voar longe levando o concurseiro a adiar a leitura de uma doutrina do Direito
ou a resolução daqueles exercícios “cascudos” de raciocínio lógico?
Se a raiz da distração está fincada dentro
da sua cabeça, algumas atitudes antes e durante o período de estudos podem
ajudar. Veja o que Juliana Pivotto, sócia diretora da Nova Concursos, sugere
para aumentar o poder de concentração e conseguir estudar mais em menos tempo.
Antes
1 Preste atenção ao
fluxo de respiração
Sim, investir 2 minutos da sua atenção (apenas)
no ritmo da respiração pode ser decisivo para baixar a ansiedade e melhorar a
concentração.
“É um exercício simples, que dá para fazer
em casa e baixar a adrenalina”, diz Juliana. Experimente alongar o tempo de
inspiração e, sobretudo, o de expiração durante estes minutos.
2 Foque em um ponto
estático
O esvaziamento da mente é um dos
pressupostos da meditação cujo objetivo é conectar o praticante ao momento
presente. Seus benefícios para ativar a capacidade de foco são propagados há milhares
de anos.
Para se ter uma ideia, na época do
julgamento do mensalão, o então ministro do STF, Ayres Britto, contou que 30
minutos diários de meditação bastavam para encarar com serenidade a pressão e a
pesada carga de trabalho.
Nunca tentou? Para começar, imagine, por
alguns minutos, a chama de uma vela e tente controlar o movimento com a mente. “O
desafio é não pensar em mais nada, o que é bem difícil”, diz Juliana.
Durante
3 Vá logo ao limite
da sua capacidade mental
Com mais tranquilidade, é hora de partir
para os livros e apostilas. Mas não comece pelo caminho mais fácil, ou seja,
aquela matéria que você já domina.
Na opinião de Juliana, assuntos complexos
forçam a mente a trabalhar mais. “Quanto mais difícil, mais você terá que se
concentrar e, assim, seu cérebro permitirá menos brechas para a distração”,
recomenda.
4 Faça do estudo um
jogo
Criar um esquema de “auto premiação” pode
ser o empurrãozinho que faltava para continuar motivado, segundo Juliana.
Venceu um tópico daquela doutrina
complicada? Gabaritou a lista de exercícios? Ponto para você.
Estabeleça uma lista metas, e à medida que
elas forem cumpridas, dê a si mesmo pequenos “presentes”, como pausas e
momentos para estudar sua matéria preferida, por exemplo.
Depois
5 Anote o que tira a
sua concentração
Conhecer o “inimigo” é o primeiro passo para
superá-lo. Por isso, Juliana indica também um exercício de autoconhecimento.
A ideia é verificar o que o tira do foco e
criar suas próprias estratégias para não se deixar vencer pela distração.
Por Camila Pati
Fonte Exame.com