O quanto você gosta do seu trabalho pode influenciar
sua qualidade de vida em 2023; veja quais as decisões você deveria tomar para
ter uma vida mais plena
“A cadência equilibrada do
inspirar e expirar é fundamental para colocar nossa mente no presente, já que
uma das grandes causas do conflito humano é a oscilação dos pensamentos”
Agora,
falta pouco. Com seus altos e baixos em vários setores, 2023, enfim, está perto
do seu suspiro final. Para muita gente, as próximas horas são decisivas para
delinear o que se espera do ano que está por vir e elaborar planos de ação para
colocar tais metas em prática.
Pensando
nisso, conversamos com dois especialistas para saber quais as resoluções de ano
novo são essenciais para uma vida profissional mais plena nos próximos 365
dias. Confira:
1ª Fazer o que você gosta
De
nada adiantam mantras ou achados científicos: se você trabalha em algo que lhe
enche de tédio, ansiedade ou tristeza, é quase impossível ter uma rotina leve.
“Se
você demora três horas pra ir trabalhar e voltar, tem um chefe omisso, nenhuma
perspectiva de crescimento, não vai adiantar se esforçar mais porque você está
no lugar errado”, diz Eduardo Ferraz, autor do livro “Seja a pessoa certa no
lugar certo”.
Por
isso, nas palavras de Artur Zular, do Instituto de Qualidade de Vida, a melhor
resolução para 2022 é “entrar em contato consigo mesmo”. Neste ponto, é
essencial desbravar respostas para o clássico quarteto de perguntas: “Quem eu
sou? O que eu quero? Para onde vou? Como eu vou?”.
As
conclusões, provavelmente, não chegarão em uma tacada só. Mas, ao elaborá-las,
é crucial lembrar-se que ter um MBA, experiência e um elevado saldo de
investimentos não significa que é preciso ficar o resto da vida na área em
questão. “Quem não gosta do que faz é o maior inimigo de si mesmo”, diz Zular.
2ª Aprimorar seus pontos fortes
Por
outro lado, de nada vale morrer de amores por uma área, se ela não tem nenhuma
relação com seus pontos fortes. “A meta deveria ser trabalhar 80% do tempo
aproveitando o que você gosta e em que tem talento”, afirma Ferraz. Aos outros
20%, pode ser destinado o que é burocrático ou chato. Afinal, nada é perfeito.
Para
que isso aconteça, é preciso lapidar seu talento, aprimorar as características
que o deixam a vontade na própria pele, tornar o que lhe é forte mais forte
ainda. “É assim que a pessoa evolui na carreira”, diz o especialista.
3ª Ser proativo
Como
se vê, é hora de assumir o volante da sua carreira. Em certos termos, isso
significa se antecipar nas movimentações profissionais – dentro e fora da
empresa. “Há pessoas que esperam sentadas que as coisas aconteçam quando deveriam
se levantar, gastar energia e ir atrás”, afirma Zular.
A
regra vale também para os profissionais que pretendem continuar no mesmo
emprego. “O proativo corre atrás, empreende, traz soluções antes dos problemas
acontecerem”, descreve o especialista. “Ao fazer isso, ele está facilitando a
própria vida”.
4ª Fazer exercícios
Pode
parecer clichê, mas não dá para falar de qualidade de vida e leveza sem limar o
sedentarismo da agenda. “A atividade física libera endorfina que dá uma
sensação de profundo bem estar”, diz Zular. “Isso é algo que ninguém pode fazer
por ele. Não dá para delegar”.
5ª Deixar o próprio umbigo
Fazer
voluntariado ou engajar-se em uma causa não apenas torna seu currículo mais
interessante, como, sobretudo, pode torná-lo uma pessoa melhor e, portanto,
mais leve.
Quando
focadas demais em si mesmas, as pessoas tendem a exagerar os próprios dilemas.
Diante do sofrimento do outro, o quadro muda: “Ele passa a ter novos
referenciais de vida”, diz Zular.
6ª Ser leve
Ter
uma rotina plena, na maior parte dos casos, é também uma decisão. Uma escolha
da maneira como você vai encarar os fatos que permeiam seu cotidiano.
Por
outro lado, pessoas adoecem. Emocionalmente, também. Coisas ruins acontecem e
podem pesar por mais que você se esforce para ver o copo meio cheio. “Se a
pessoa está mal emocionalmente, trabalha com 50% da capacidade laboral”. diz
Zular.
Nestes
momentos, a dica é buscar apoio de especialistas, amigos ou familiares. E
munir-se de paciência e esperança.
Por
Talita Abrantes
Fonte
Exame.com