Saiba quais são as raças mais propensas a desenvolver
diabetes
Em
14 de novembro é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Diabetes,
uma das doenças endócrinas mais frequentes em cães e gatos. O diagnóstico de
diabetes em animais de estimação tem crescido nos últimos anos. A doença é uma
deficiência hormonal que reduz a capacidade do sangue de metabolizar o açúcar.
Dois
tipos de diabetes atingem os animais. O tipo I é o mais comum, atinge cerca de
90% dos animais, ocorre quando as células do pâncreas não produzem insulina
suficiente, precisando de reposição diária do hormônio. Já o tipo II ocorre
quando o corpo produz insulina, porém o corpo não utiliza corretamente o
hormônio.
Os
sintomas característicos da doença são os mesmos que aparecem nos humanos, como
sede excessiva, aumento do volume de urina e incontinência urinária. Os cães
com diabetes, apesar do aumento de apetite, também apresentam grande perda de
peso. "O diabetes é uma doença silenciosa e que se não tratada
adequadamente pode trazer diversas complicações para o animal. Quanto antes for
descoberta a doença, melhor os resultados do tratamento", destaca a veterinária
Valéria Correa, responsável técnica e gestora clínica do Grupo Pet Center
Marginal.
Obesidade é importante fator de risco para
desenvolvimento da doença, que necessita de tratamento contínuo
O
diabetes é fator de risco para o desenvolvimento de diversas complicações, como
infecções do trato urinário, do aparelho respiratório e catarata, que pode levar
a perda total da visão.
As
raças mais predispostas a sofrerem de diabetes são os Poodles, Dachshunds,
Labradores, Golden Retrivers, Huskie Siberianos e Yorkshire Terriers, podendo,
contudo, surgir também em outras raças ou raças mistas.
O
diagnóstico da doença é confirmado com a realização de exames laboratoriais,
como exame de sangue e de urina. "Em alguns casos o animal permanece
internado durante 24 horas para um acompanhamento aprofundado do nível
glicêmico, assim o veterinário testa a eficácia da dose de insulina que deve
ser administrada para controlar o diabetes", diz Valeria.
O
tratamento do diabetes tipo I em cachorros inclui a administração diária de
insulina, dieta, programa de exercícios e controle de doenças simultâneas. Nos
casos do diabetes tipo II não é necessária a aplicação de insulina, apenas o
controle da alimentação e a prática de exercícios. "Hoje temos alimentos
diet para animais e diversos medicamentos que garantem a qualidade de vida do
cachorro diabético. É preciso, porém, muita atenção do dono para dar
continuidade ao tratamento e levar sempre o animal ao veterinário, pois só o
profissional poderá definir qualquer mudança no tratamento que está sendo
aplicado", destaca Valéria.
Por
Priscila Merlino
Fonte
Época