Fazer o que gosta, usar seus talentos e correr atrás
de um bom salário estão entre os requisitos para ser feliz no trabalho
A
maioria das pessoas trabalha oito horas por dia, cinco dias por semana, quatro
semanas por mês, onze meses por ano durante quarenta anos. Trabalhando todo
esse tempo, é impossível encontrar satisfação pessoal se não conseguir achar
felicidade no ambiente de trabalho, diz o professor de estratégia da Fundação
Getúlio Vargas (FGV) Luiz Eduardo Machado. Segundo ele, há cinco critérios que
devem ser considerados na hora de escolher um novo emprego. "Quem aprende
a escolher bem o local onde trabalha, vai ser mais feliz em todos os setores da
vida", diz. Esses critérios devem ser avaliados em uma escala de zero a
100. Caso a nota atribuída a algum deles seja zero, melhor procurar outro local
de trabalho. "O desafio é maximizar todos os critérios, mas com certeza
nenhum emprego do mundo vai garantir uma nota 100 em todos os quesitos",
afirma. Confira os critérios que, segundo o professor, garantem felicidade na
carreira:
Fazer o que gosta
"Desista
do argumento simplista de que bom trabalho tem relação apenas com o quanto se
ganha", diz Machado. O professor afirma que, para conseguir se realizar na
profissão é preciso, antes de tudo, fazer o que se gosta. Apenas trabalhando em
uma área que o motiva será possível ter grande dedicação e, consequentemente,
se destacar. "Ninguém consegue fazer coisas que odeia e ser extraordinário
nisso. As pessoas infelizes não gostam do que fazem, e é preciso encaixar o
trabalho naquilo que te dê prazer", diz.
Usar a sua aptidão
Conforme
o professor, todas as pessoas têm alguma aptidão, um dom ou um pacote de
habilidades naturais que vão auxiliar no trabalho que escolher e fazê-lo se
sobressair. "As pessoas que usam os seus dons e os encaixam nas suas
tarefas têm mais chance de serem felizes. Todos nós sabemos de alguma coisa
naturalmente, mas deixamos essa habilidade de lado. Mas isso é indispensável
para ser feliz na profissão", comenta.
Para
Machado, sem talento, não há esforço que faça uma pessoa se destacar na área em
que trabalha. Isso não quer dizer, porém, que o esforço não importa. "Em
todo caso é preciso se esforçar para se sobressair, mas quem não tem talento
será apenas mediano, enquanto quem tem, será extraordinário. Identifique seu
talento e sua aptidão e aposte em empregos que valorizam isso."
Ganhar bem
Não
adianta fazer o que gosta, o que tem aptidão, se não conseguir ganhar dinheiro
com isso. A remuneração tem que ser boa, em sintonia com o mercado. "Não
há cabeça que resista a uma vida de miséria. É preciso ganhar dinheiro",
diz Machado.
Ter um plano de carreira
Trabalhar
em uma empresa que não permite crescimento também não é bom para a satisfação
profissional. Quando não há desafio, não há aprendizado e é tudo rotina.
"O ser humano não consegue ficar muito tempo esvaziado. Cuidado com as
promessas de emprego que não trazem desenvolvimento", afirma Machado.
"Tomar o caminho de uma empresa que não dá perspectiva de crescimento é um
problema. Nem todo o dinheiro do mundo é suficiente para uma rotina de chatice
e falta de desafios", completa.
Ter relacionamentos saudáveis
Quando
o profissional atinge a maturidade, ele precisa saber que o legado que deixou
foi importante, que os sacrifícios que fez não foram em vão e que tocou a vida
de outras pessoas. Ou seja, os relacionamentos que construiu em sua vida foram
saudáveis e deixaram frutos. "Escolha um trabalho que não destrua sua
saúde nem os seus relacionamentos. Sucesso é ser relevante e ter deixado um
legado, saber que causou impacto na vida de outras pessoas", conclui o
professor.
Por
Portal Terra
Fonte
IstoÉ Independente