Existem algumas máximas com as quais convivemos desde sempre: “o cérebro só tem capacidade de absorver 10% de toda a informação a que estamos expostos”, “95% de todo o conteúdo do Twitter é gerado por apenas 5% dos usuários”, “os usuários do Facebook compartilham cerca de 685 mil conteúdos por minuto”. E por aí vai.
Tanta informação nos deixa tontos e, pior, exauridos porque separar o joio do trigo é tarefa árdua. A quantidade de lixo na internet é imensa, e a mente está ficando embotada com a má qualidade do que se consome. É uma espécie de obesidade do cérebro.
Vamos traçar um paralelo: o excesso de alimentação do corpo físico, com a ingestão de alimentos inadequados, nos faz engordar a ponto de perdermos a capacidade de atividades como correr, subir escadas ou até amarrar o sapato. Com a mente acontece a mesma coisa. Consumo em excesso de conteúdos de baixa qualidade ocupa o espaço de uma alimentação intelectual saudável e, ao invés de mais inteligentes, nos tornamos mais ignorantes.
Um livro que chega hoje às livrarias brasileiras pretende amenizar o sofrimento dos que passam horas demais na frente de um computador e, ao final do dia, nem lembram do que leram. “A Dieta da Informação”, de Clay Johnson, mostra o que procurar, o que evitar e como ser seletivo diante de tanto conteúdo, tendo uma vida mais produtiva. Johnson ficou mais conhecido depois que a empresa que fundou, a Blue State Digital, criou e gerenciou a campanha online de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos em 2008.
Para reforçar o tamanho do problema, o infográfico abaixo, produzido pela Domo e divulgado pelo Mashable, mostra a quantidade de informação que produzimos por minuto. A sensação é de que o conhecimento se torna obsoleto praticamente ao mesmo tempo em que é absorvido. Diante desse oceano de informações, a dieta proposta por Johnson vem a calhar.
Por Mariela Castro
Fonte Exame.com