Ao meu lado, duas mulheres conversavam no restaurante. Uma tinha começado um novo romance e a outra comentava: "Você teve muita sorte de encontrá-lo. Quero dizer, eu amo o meu marido, mas ele não é minha alma gêmea".
Essa conversa ficou na minha cabeça durante muito tempo. De onde veio essa ideia de alma gêmea?
Talvez uma vez na vida as pessoas encontrem alguém que as faça pensar que encontraram a pessoa certa. A dinâmica entre ambas é tão perfeita que é como se elas já se conhecessem. Sentem que nasceram para ficar juntas. Será que se conheceram numa vida passada? Será que encontraram sua alma gêmea?
Por trás das palavrinhas "alma gêmea" existe um mundo de conjecturas: de que existe, em algum lugar deste mundo, uma pessoa destinada para cada um de nós, alguém que fará com que nos sintamos amados, felizes e completos. Não se sabe muito bem onde teve início esse conceito.
Seja qual for sua origem, o mito da alma gêmea tornou-se parte da cultura popular. O que não fica claro, porém, é como essa busca pela alma gêmea passou a fazer parte do conceito de vidas passadas. A convivência com uma pessoa no passado não é garantia de felicidade na companhia dela no presente, assim como o convívio com ela no presente não é garantia de felicidade no futuro.
Começar uma terapia com o intuito de encontrar uma ligação de vidas passadas é um grande risco. No entanto, o amor nunca foi conhecido pelo seu bom senso ou objetividade. Se ampliarmos bastante sua definição, uma alma gêmea pode ser alguém cuja presença nos toca lá no fundo do coração. Alguns encontros raros podem desencadear o nosso desenvolvimento espiritual e possivelmente o da outra pessoa também. O fato de essa pessoa tocar a outra de modo tão profundo não significa necessariamente que elas tenham vivido juntas no passado ou estejam destinadas a ficarem juntas no futuro; simplesmente significa que elas sentem um grande entrosamento no presente. Esses encontros são oportunidades fascinantes para nos conhecermos melhor e à nossa visão de mundo.
Fonte Extraído de “Segredos de vidas passadas”
Por Ruth H. Camden