segunda-feira, 10 de outubro de 2011

SAÚDE DE IDOSO POR R$ 3 MIL

Pesquisa revela que assistência compromete, no mínimo, 21% da renda de aposentados

Chegar à terceira idade com saúde nunca foi tão difícil para aposentados e pensionistas do País. Com os benefícios limitados pelo fator previdenciário e sem política de recuperação completa do poder de compra para quem ganha acima do mínimo (R$ 545), idosos correm o risco de serem excluídos dos contratos de planos de saúde por não conseguirem pagar. É o que mostra pesquisa feita pela Fundação Proteste.
Ao analisar 95 empresas, a entidade de defesa do consumidor verificou que as mensalidades cobradas, por exemplo, de uma mulher de 65 anos superam o teto previdenciário (R$ 3.689,66), chegando ao valor de R$ 3.820. Na relação custo-benefício, a Proteste constatou que o preço médio de cobertura é R$ 752 mensais. Isso representa comprometimento de 21% no orçamento de um aposentado que recebe pelo teto previdenciário.
“É chocante. O idoso quando se aposenta hoje não tem um bom benefício. São poucos que conseguem manter um plano de saúde digno, o que, geralmente, só é conseguido com a ajuda dos familiares”, avalia a coordenadora da Proteste, Maria Inês Dolci.
Para a advogada, a solução para a crise na saúde dos idosos é de responsabilidade do governo. “O que torna a pesquisa ainda mais surpreendente é que não há um caminho, uma solução, para essa questão que envolva a área da Saúde, em si. Esse é um caso de ação política, de conceder um reajuste que seja compatível com os ganhos dos aposentados”, conclui Dolci.

Por Aline Salgado
Fonte O Dia Online