A peritonite é uma
doença letal e sem um tratamento disponível; é preciso ficar atento aos
sintomas
A peritonite infecciosa felina (também
conhecida como PIF) é uma doença causada por uma variação do coronavírus, geralmente
o principal causador de constipações e resfriados. A doença é mais comum em
lugares onde muitos animais ficam juntos, como abrigos de animais e colônias. Mas
os felinos domésticos também estão vulneráveis à doença, sobretudo os mais
novos - com idade até seis meses.
Apesar do coronavírus ser responsável por
várias doenças que afligem os humanos, a variação que causa a peritonite
infecciosa felina é agressiva apenas para os felinos. A PIF afeta o intestino, fígado,
rins, o cérebro e todo o sistema nervoso dos animais, causando em muitos casos
a morte do bichinho.
Métodos de
transmissão
O principal meio de transmissão da PIF é por
via oral ou secreções respiratórias. Entretanto, uma gata prenha pode acabar
infectando os seus filhos por meio da placenta ou até mesmo pela amamentação. O
vírus também está presente na saliva, urina e fezes, infectando assim o
ambiente onde o felino doente se encontra. Por conta dessa fácil propagação da
doença, ambientes com superlotação de pets se tornam locais de grande
alastramento da enfermidade.
Outras fatores, como a presença de outras
doenças, infecções e desnutrição facilitam o contágio por fragilizar o sistema
imunológico do pet. Algumas raças (como os persas, bengals, himalaios e abissínios)
também tem mais chances de contrair a patologia.
Sintomas
A PIF pode ser divida em dois tipos: parcial
(PIF seca) ou fraca (PIF úmida).
PIF seca: Nesses casos a doença evolui lentamente, manifestando
os seguintes sintomas:
·
Alterações
do sistema nervoso central;
·
Coloroção
amarelada da pele, olhos ou nariz;
·
Uveíte;
·
Perda
de peso;
·
Anorexia;
·
Apatia;
·
Febre;
·
Letargia;
·
Corrimento
nasal e ocular.
PIF úmida: Essa é a manifestação aguda da doença e
costuma evoluir entre duas e seis semanas após o aparecimento dos sintomas; que
são:
·
Febre;
·
Apatia;
·
Anorexia;
·
Aumento
de volume abdominal;
·
Perda
de peso;
·
Coloração
amarelada da pele, olhos e nariz.
O aumento do volume abdominal se dá por
conta de um acúmulo de fluídos em membranas da região. Derrames também podem se
manifestar a partir da doença, assim como alterações nos olhos e sistema
neurológico do animal.
Diagnóstico e
tratamento
Não existem vacinas ou tratamentos
rotineiros completamente eficazes contra essa patologia, o que a faz ser
extremamente letal na grande maioria dos casos. Por conta de muitos gatos não
apresentarem todos os sintomas da doença, o diagnóstico também pode ser difícil.
O ideal é que o tratamento da doença seja feito por um especialista em felinos.
Os exames que podem ser feitos incluem:
·
Exames
de sangue;
·
Testes
de DNA (geralmente feitos através das fezes);
·
Análise
de tecidos;
·
Análise
do histórico do animal.
Tratamento
A expectativa de vida para um gato
diagnosticado com PIF úmida não é boa, sendo que a maioria dos felinos
sobrevive no máximo 2 meses. Já os felinos com a forma clínica seca costumam
sobreviver por até 1 ano.
Nos dois casos o único tratamento disponível
é paliativo (para atenuar os sintomas). Geralmente são ministrados medicamentos
quimioterápicos, estimulantes para o sistema imunológico, anti-inflamatórios, suplementação
vitamínica, esteroides para estimular o apetite, fluidoterapia e transfusões de sangue.
Sempre consulte um médico veterinário para
que os produtos corretos sejam receitados. Caso seja constatado que um gato
contraiu a peritonite, não é recomendado a adoção de outros animais por um
período de três meses. Especialistas recomendam que os novos gatos do núcleo
familiar também tenham mais de 2 anos de idade, diminuindo assim o risco de
contaminação pela doença.
Fonte Canal do Pet - iG