sábado, 5 de outubro de 2024

INSUFICIÊNCIA RENAL EM GATOS É UMA DOENÇA COMUM E IRREVERSÍVEL

Essa doença é progressiva, não tem tratamento, mas pode ser controlada e costuma afetar gatos idosos

Muitas vezes, animais de estimação são acometidos por doenças e leva algum tempo a´te o tutor perceber as diferenças no corpo do animal. Mas o contrário também acontece: a pessoa logo nota as mudanças de comportamento e quer ajudar o pet o mais rápido possível. É assim que funciona a insuficiência renal em gatos, que sofrem bastante com os sintomas e precisam de tratamento rápido.
Assim como nos seres humanos, a função dos rins dos felinos é filtrar e eliminar as substâncias desnecessárias ao corpo, deixando apenas os nutrientes. E é por meio da urina que isso é retirado. Para entender o que é a insuficiência renal em gatos e como funciona o tratamento e quais os sintomas, é necessário saber qual o papel completo dos órgãos prejudicados.

Funções dos rins
Além de retirar as substâncias tóxicas, como a ureia e a creatinina, ao corpo por meio da urina, os rins também filtram o sangue e produz um hormônio, chamado eritropoetina, que regula a formação de glóbulos vermelhos. Também fabrica um outro hormônio responsável pela pressão arterial. Se não são produzidos, o gato tem chance de desenvolver anemia e hipertensão.

Entenda a doença
Primeiro é preciso entender que tipo de problema de saúde é esse. Conforme os anos passam, não só os gatos ficam mais velhos, como suas funções também perdem vitalidade. Nem sempre eles ficam totalmente saudáveis até o fim da vida e, em especial na fase idosa, os rins já não funcionam em plenas condições.
O maior problema do rim começar a falhar é o aumento da quantidade de compostos químicos no sangue, além de gerar mudanças no potássio, cálcio, fósforo e sódio, eletrólitos importantes na manutenção da saúde do pet.
Então, surgem várias complicações e sintomas graves, típicos de uma doença que pode ser controlada, mas não totalmente combatida.

Causas da insuficiência renal
São várias as causas, apesar de a idade ser a principal delas. O gato persa tem uma tendência, por hereditariedade, a desenvolver a doença renal policística, a qual existe devido à formação de cistos cheios de líquido, ainda quando o animal é pequeno. Se o tutor não administrou bem medicamentos e outras toxinas, a longo prazo o rim também já não dá conta de processar esse tipo de ingestão.
As infecções bacterianas, dependendo da gravidade, podem acometer diferentes partes e funções do corpo. Da mesma forma, tumores nesses órgãos ou mesmo em outros prejudicam a saúde do pet de modo geral. Por isso, se o animal está com o sistema imunológico vulnerável, é mais fácil desenvolver uma enfermidade como essa.

Principais sintomas
Um dos sinais mais claros e comuns da insuficiência renal é a sede constante e o fato de o animal urinar em excesso. Para se ter uma ideia, o normal é o felino beber 50 ml por quilo. O equilibrado para o xixi é eliminar entre 100 e 150 ml. Se o tutor observar uma elevação abusiva nesses valores, o veterinário deve ser consultado com urgência.
Como o animal perde muito líquido e chega a ficar desidratado, ele tende a perder peso e também o apetite. Para saber se está pouco hidratado, puxe a pele do pescoço, se ela demorar a voltar ao normal ou estiver pouco flexível dê água a ele e passe a observar se ele está ingerindo o tanto que precisa.
Aos poucos fica mais apático, sem ânimo para brincar e movimentar-se muito, chegando a apresentar um  quadro depressivo em alguns casos.
As gengivas ficam pálidas, pode ter mau hálito e úlceras na boca. É comum vomitar e ter diarreia, além de feridas no estômago.
Como já dito antes, a pressão alta pode ser um indício e evoluir ainda para um quadro de hipertensão, gerando problemas neurológicos e até cegueira, em um caso extremo.
Algumas vezes o pelo começa a ter falhas e passa a cair excessivamente. Apesar de também ser um sintoma de doenças de pele em gatos, o tutor deve ficar atento.

Diagnóstico
Além da avaliação do veterinário, para ter certeza do diagnóstico são solicitados exames médicos de urina e sangue. A partir da amostra desses líquidos é possível saber se o rim está filtrando corretamente as substâncias tóxicas. Se essas estiverem em alta número é sinal de que há falha.

Como é o tratamento?
Antes de tudo é preciso entender que o tratamento tem função de retardar a evolução da doença, que costuma ser rápida. O gato não ficará totalmente curado, mas terá chance de viver mais tempo e em melhores condições se o tutor seguir as dicas do veterinário. Quanto mais cedo o problema for diagnosticado maior a probabilidade de não sofrer tanto.
O tratamento vai depender da causa da doença renal e da condição física do animal. Primeiro provavelmente os hábitos alimentares do pet terão de mudar. Existe no mercado voltado para bichinhos uma ração renal, própria para aqueles com problema para filtrar os nutrientes e  as substâncias ruins.
Remédios são dados caso a caso, com avaliação do médico sobre o quadro do bicho. Normalmente são receitados antibióticos, compostos vitamínicos e produtos que estimulem o apetite do pet. Mas tudo de acordo com as necessidades e os sintomas dele.
Há também receitas caseiras especiais para essa situação, que o tutor mesmo pode fazer. Para isso, o ideal é ouvir dicas do veterinário.
Para quem não quer oferecer medicamentos ao bichano, existem técnicas naturais, baseadas em florais e homeopatias , mas que precisa de recomendação médica e prescrição.
E é claro que para evitar qualquer tipo de doença, não só a insuficiência renal em gatos, é preciso sempre garantir água e ração fresca, um ambiente confortável e muito carinho!

Fonte Canal do Pet - iG