sábado, 6 de abril de 2024

CRIAR SEU GATO SOLTO PODE TRAZER RISCOS À SAÚDE


Com a verticalização das cidades, muitos felinos vivem com seus donos em apartamentos sem acesso à rua e sem contato com outros animais. Por mais estranho que possa parecer, isso não é tão ruim assim. O livre acesso para a rua e o contato com outros animais podem colocar a saúde e a vida de seu gato em risco.
Muitas pessoas pensam na prevenção de acidentes, como queda de muros ou telhados e atropelamentos, mas poucas sabem que o contato com outros gatos na rua pode transmitir duas doenças fatais: a leucemia e a Aids felina. Na primeira a transmissão ocorre principalmente pelo contato com a saliva, pela mordedura e arranhões de um gato contaminado. Conhecida pela sigla FeLV (vírus da leucemia felina), esta doença ataca tecidos e órgãos do sistema imunológico deixando o animal suscetível a doenças infecciosas, infecções respiratórias, lesões de pele, anemia, retardo na cicatrização e problemas reprodutivos. A maioria dos gatos infectados morre de doenças secundárias. Outros animais podem desenvolver câncer.
A Aids felina, cuja sigla é FIV (vírus da imunodeficiência felina), corresponde a um vírus que ataca e enfraquece o sistema imunológico do gato. Alguns animais resistem temporariamente ao vírus. Porém, uma vez infectado, o vírus encurta bastante a vida do animal. De 80 a 85% dos gatos morrem em até três anos e quase a metade morre em até um ano. Entretanto, alguns gatos expostos ao vírus tornam-se portadores e podem não desenvolver a doença durante algum tempo. Mas carregam o vírus em seu corpo e podem infectar outros gatos.
Não existe tratamento específico para ambas as doenças. Geralmente, faz-se apenas tratamento sintomático para as infecções secundárias, anemias e neoplasias.
Não existe até o momento uma vacina que auxilie na prevenção do FIV. Em relação ao FeLV, temos no mercado uma vacina inativada bastante eficaz na prevenção da doença. Mas o uso deve ser discutido individualmente com o veterinário para se pesar os prós e contras de seu uso de rotina. Os gatos suspeitos devem ser testados antes de receberem a vacina. O teste para ambos os vírus é simples e pode ser realizado por seu veterinário com uma amostra de soro, sangue ou saliva.
Por Fernanda Fragata
Fonte Época Online