Com
a verticalização das cidades, muitos felinos vivem com seus donos em
apartamentos sem acesso à rua e sem contato com outros animais. Por mais
estranho que possa parecer, isso não é tão ruim assim. O livre acesso para a
rua e o contato com outros animais podem colocar a saúde e a vida de seu gato
em risco.
Muitas
pessoas pensam na prevenção de acidentes, como queda de muros ou telhados e
atropelamentos, mas poucas sabem que o contato com outros gatos na rua pode
transmitir duas doenças fatais: a leucemia e a Aids felina. Na primeira a
transmissão ocorre principalmente pelo contato com a saliva, pela mordedura e
arranhões de um gato contaminado. Conhecida pela sigla FeLV (vírus da leucemia
felina), esta doença ataca tecidos e órgãos do sistema imunológico deixando o
animal suscetível a doenças infecciosas, infecções respiratórias, lesões de
pele, anemia, retardo na cicatrização e problemas reprodutivos. A maioria dos
gatos infectados morre de doenças secundárias. Outros animais podem desenvolver
câncer.
A
Aids felina, cuja sigla é FIV (vírus da imunodeficiência felina), corresponde a
um vírus que ataca e enfraquece o sistema imunológico do gato. Alguns animais
resistem temporariamente ao vírus. Porém, uma vez infectado, o vírus encurta
bastante a vida do animal. De 80 a 85% dos gatos morrem em até três anos e
quase a metade morre em até um ano. Entretanto, alguns gatos expostos ao vírus
tornam-se portadores e podem não desenvolver a doença durante algum tempo. Mas
carregam o vírus em seu corpo e podem infectar outros gatos.
Não
existe tratamento específico para ambas as doenças. Geralmente, faz-se apenas
tratamento sintomático para as infecções secundárias, anemias e neoplasias.
Não
existe até o momento uma vacina que auxilie na prevenção do FIV. Em relação ao
FeLV, temos no mercado uma vacina inativada bastante eficaz na prevenção da
doença. Mas o uso deve ser discutido individualmente com o veterinário para se
pesar os prós e contras de seu uso de rotina. Os gatos suspeitos devem ser
testados antes de receberem a vacina. O teste para ambos os vírus é simples e
pode ser realizado por seu veterinário com uma amostra de soro, sangue ou
saliva.
Por
Fernanda Fragata
Fonte
Época Online