O jejum completo, de comida e bebida, que dura 25 horas, se inicia na véspera de Iom Kipur (no fim da tarde, já que o calendário é lunar), quando os judeus vão à sinagoga e ouvem a prece de Kol Nidrei, a declaração coletiva que anula promessas, votos ou juramentos feitos a D’us, mas que não foram cumpridos. Há outras proibições como banhar-se e manter relações conjugais. O objetivo do jejum e das outras limitações é causar aflição ao corpo, dando prioridade à alma e aos aspectos não materiais da vida. Pela perspectiva judaica, o ser humano é constituído pelo “yetzer hatóv” (o instinto de fazer as coisas corretamente, que é identificado com a alma) e o “yetzer ha ra” (o desejo de seguir os próprios instintos, que corresponde ao corpo). O judaísmo diz que um dos maiores desafios na vida é sincronizar nosso corpo com o “yetzer hatóv”.
O cumprimento mais comum entre os judeus em Iom Kipur é “chatimá tová” (ou boa assinatura), pois a crença é que, nesse dia, D’us assina o nome das pessoas no chamado Livro da Vida, para que todos tenham saúde e sustento para mais um ano que se inicia.