segunda-feira, 30 de junho de 2025

TÉCNICAS PARA SER UM EXCELENTE ADVOGADO NEGOCIADOR

O advogado negociador é aquele que usa técnicas de negociação e resolução de conflitos para fechar os melhores acordos em nome dos clientes e organizações

Negociamos diariamente, ainda que não saibamos que estamos negociando. Na vida privada, negociações são feitas com parceiros, com filhos, com sócios. Essas são chamadas de negociações internas. Outras vezes, quando negociamos em nome de alguém ou alguma organização, são negociações externas.
Na advocacia, nos deparamos diversas vezes com essas negociações externas, onde representamos o cliente, seja ele uma organização ou uma pessoa física.
Entretanto, para ser reconhecido como um bom advogado negociador, é necessário saber além da lei, doutrina e jurisprudência. É preciso conhecer as técnicas de negociação, e são elas que abordaremos nesse artigo.

A importância do advogado negociador
Qualquer que seja o ramo de atuação no direito, a negociação está presente. Geralmente, a primeira negociação que fazemos é do contrato de serviços advocatícios.
Se formos contratados para atuar em um processo, negociaremos em uma audiência de conciliação, muito provavelmente. Se for para elaborar um contrato, negociaremos os termos do contrato. E por aí vai…
Independente do tipo de negociação, existem aspectos chaves os quais o advogado necessita dominar, como estratégia, preparação, barganha e administração de tempo.
As técnicas de negociação para advogados fazem a total diferença. É o que faz o contrato ser ou não fechado, o que pode gerar uma margem maior de lucro ou até mesmo resolver um conflito.
Em tempos de isolamento social, temos visto a importância desse processo de comunicação. Isso porque diversos pactos têm sido descumpridos em virtude do cenário turbulento, aumentando a demanda por profissionais capacitados para negociar.
E sabe o melhor? A habilidade para se tornar um bom advogado negociador pode ser aprendida. Afinal, a negociação efetiva é composta pelas ferramentas certas.

Como ser um advogado negociador
Em um primeiro momento é importante levar em consideração a preparação necessária para negociar de maneira eficaz. No geral, é comum que advogados se preparem para as negociações estudando somente as leis que regem aquela determinada situação.
Apesar de ser muito importante saber quais normas incidirão ao caso, existem outras questões que devem ser aferidas bem antes de se trazer à mesa de negociação a legislação, jurisprudência e afins. Existe um momento específico para levantar essas questões da ancoragem, como falaremos mais adiante.
É comum que o advogado tenha uma linguagem mais assertiva e “vá direito ao ponto” por assim dizer. Contudo, é necessário construir a ponte antes de atravessá-la. Essa ponte é a comunicação efetiva com a outra parte.

Três dimensões da negociação na advocacia
Toda negociação é composta de três dimensões que devem ser levadas em conta pelo advogado ao se preparar: pessoas, problema e processo.

Dimensão das pessoas
As pessoas são as partes envolvidas na negociação, seja aquelas que estão “na mesa” negociando, ou aquelas que não estão presentes, mas fazem diferença para o acordo ou para a implementação do mesmo.

Relacionamento entre os envolvidos
Em um primeiro momento é importante entender se estamos diante de uma relação de longo prazo, que necessariamente precisa ser mantida, como é o caso de uma relação de família ou até entre parceiros empresariais, ou se não existe uma “relação”, como no caso de uma demanda consumerista.
Isso vai fazer toda a diferença na abordagem do advogado negociador, pois no primeiro caso é preciso restabelecer a relação e levar em conta o longo prazo.
Além disso, é preciso considerar duas situações que podem ocorrer: você não conhece a outra parte, ou conhece e já teve algum problema com ela ou com seu representante.
Na primeira situação, lembre-se: a primeira impressão é a que fica. É importante sempre chegar com tempo para se apresentar de forma adequada, e construir o rapport (criar uma relação) antes de entrar na substância da negociação. Talvez um papo furado ajude. Exemplo: “E aí doutor, o que senhor tem feito se divertir?”, entre outros.
Na segunda opção você conhece a pessoa. No entanto, existiu um problema entre vocês no passado ou com o advogado que a está representando. Nesse caso, a depender do problema e se estiver negociando em nome de alguém, considere um substituto.
Caso não seja um problema grave, ou não tenha como ser substituído, é preciso estudar a melhor forma de restabelecer a relação. Levar um presente, pedir desculpas, ou os dois.
Por fim, lembre-se de nunca subestimar o outro lado.

O mandato
Quando negociamos na condição de advogados, estamos representando o interesse de outra pessoa que nos contratou. É comum também que a outra parte esteja representada por um advogado. E isso é importante por quê? Porque são os representados que darão a palavra final.
Nesse sentido, é importante em um primeiro momento você definir de forma clara o seu mandato, ou seja, até aonde você pode ir? O que o seu cliente não quer de forma alguma e o que ele quer a todo custo? Se, por exemplo, você está negociando uma quantia que seu cliente terá que desembolsar, a pergunta seria: até qual quantia posso fechar um acordo?
Lembre-se que na advocacia é muito importante respeitar os limites da sua representação. É melhor não ter acordo do que ultrapassar os limites do mandato.
Da mesma forma, o seu objetivo é saber quais os limites do mandato recebido pela outra parte para saber se existe uma zona de possível acordo.

Stakeholders
Os stakeholders são partes interessadas que, apesar de não estarem na mesa, devem ser levadas em conta no momento da negociação, ou porque tem poder de influenciar a decisão ou porque podem auxiliar ou atrapalhar na implementação do acordo.
Na dimensão das pessoas, considere quem influencia o conflito somente quem te contratou ou outra pessoa que não necessariamente está presente. Para descobrir isso, faça perguntas abertas e deixe o seu cliente falar, em determinado momento será possível perceber se existem outras pessoas que também influenciam na decisão.
Outra questão é a assertividade. O advogado negociador precisa ser assertivo. Contudo, antes de fazê-lo é necessário que ele consiga ser ouvido pela outra parte. Para isso, a empatia é fundamental e deve vir em primeiro lugar.
É preciso escutar o outro negociador de uma forma que ele sinta que você o entende. Assim, quando chegar a sua vez de falar, terá mais chances do outro se propor a escutar.
Muitas vezes a relação entre as partes está desgastada, mas não a sua com o seu colega que a representa. Chegue antes no local de negociação e se proponha a conhecer o outro advogado falando de algum assunto em comum. Conseguir a simpatia da outra parte traz mais chances de que concessões possam ser feitas em benefício do seu cliente.

Dimensão do problema
O problema é a substância da negociação. O que estamos negociando, quais os objetivos e motivações dos envolvidos?

Motivações
Negociamos porque queremos algo que com a anuência do outro será mais fácil de conseguir do que porque conta própria. Por isso, o que o seu representado quer? Quais são os objetivos e quais as motivações que o leva a querer isso? Faça as mesmas perguntas para o outro lado.
Saber a motivação das partes é essencial para aumentar as soluções, tendo em vista que por vezes as posições são incompatíveis, mas as motivações têm pontos em comum que podem levar ao consenso.
Observe que os stakeholders também têm motivações.
Primeiro busque as motivações que são comuns, essas podem ajudar a construir confiança. Quais soluções podem surgir após a identificação das motivações?
Não existe apenas uma solução, então em um momento inicial é preciso fazer um brainstorm e evitar a tentação de respostas óbvias. Permita a criatividade para depois afunilar as opções.
As soluções que criam mais valor para o outro lado, com pouco esforço para o seu cliente, são as melhores.
Na preparação, pergunte-se: quais soluções eu posso colocar na mesa? Quais eu posso esperar? Qual solução irá ancorar? Qual eu usarei somente em último caso?

Ancoragem
Aqui sim o advogado negociador vai entrar em ação com seu conhecimento técnico das leis e jurisprudência.
A âncora é responsável por fixar navios em determinadas posições. A ancoragem na negociação é capaz de fixar as soluções, pois se baseia em critérios objetivos, como a lei e precedentes.
Essas referências não são facilmente rebatíveis e, por isso, servem também de escudo, como uma legítima razão para você não aceitar determinada coisa.

Solução fora da mesa
É preciso identificar o que o seu cliente pode fazer sem necessitar da cooperação do outro e o que o outro pode fazer sem necessitar da colaboração do seu cliente. Podemos chamar isso de plano B.
É importante saber qual o plano B disponível para o seu cliente, pois um bom advogado negociador não aceitará uma alternativa que seja pior do que o plano B.
Outra pergunta a ser feita e respondida antes de ir para a mesa de negociação: o que é a pior coisa que pode acontecer ao seu cliente caso não feche o acordo?

Dimensão do processo
Já o processo está relacionado a forma. Quanto tempo teremos? Qual será a ordem das coisas? Onde será realizada a negociação?
A organização é essencial na negociação e esse é um trabalho que cabe ao advogado. É o momento de fazer perguntas como: quanto tempo vamos gastar? Quais prazos estão correndo para mim e para a outra parte?
Montar uma agenda também é importante. A agenda é a lista de pontos a serem discutidos e precisa ser estruturada antes de toda negociação. Mostre a agenda para o advogado da outra parte e veja se ela concorda nos pontos que devem ser debatidos.
Em relação aos pontos, é possível que se trabalhe a negociação de um por mim, fechando os acordos separadamente ou discutir todos e somente fechá-lo depois de finalizadas as discussões sobre todas as questões.

Comunicação
Dentro da forma, está incluída a comunicação. Faça uma lista que conste em o que você precisa dizer, o que você não deve dizer, qual informação você gostaria de ter acesso, quais as perguntas a serem feitas e qual melhor forma de fazê-lo para conseguir essas informações.

Logística
A logística se refere à pontualidade para se chegar a uma negociação, ao ambiente, o material que será necessário, às diferenças culturais e de etiqueta do local, entre outras coisas.

Conclusão
Esses elementos vão ajudar você a se preparar para uma negociação de forma eficaz! Lembre-se de que toda a negociação a advocacia gira em torno de conseguir algo que o seu cliente não conseguiria sem a ajuda do outro, ou teria mais dificuldade.
Assim, pense na maneira mais fácil de conseguir essa concessão. Muitas vezes a lei e a jurisprudência vão ser os aspectos menos relevantes para que isso ocorra.
Por fim, negociar é comunicação! Como advogados, por vezes recebemos críticas sobre a maneira como falamos que, apesar de soar bem, pode ser é inteligível para pessoas que não são da área jurídica. Faça o seu melhor para o outro te entender.
Por Marta Mendes
Fonte JusBrasil Notícias

6 DICAS PARA SE CONECTAR COM DESCONHECIDOS NO LINKEDIN

Aprenda quais são os melhores métodos para conhecer novos contatos profissionais na rede social

Após conhecer novos contatos, trabalhe para estabelecer uma conexão também na vida real, aconselham especialistas

Ferramenta obrigatória para toda pessoa em idade ativa no Brasil, o LinkedIn vai além do simples papel de currículo online. Graças ao sistema, é possível conhecer um universo de pessoas – que, há alguns anos, seriam completamente inacessíveis sejam por barreiras geográficas, hierárquicas ou de agenda.
Apesar de simples, esse tipo de ação também exige um comportamento estratégico por parte de quem pretende conhecer novos contatos pela rede social. Confira seis passos para fazer isso de maneira eficaz.

1. Defina seus objetivos
Primeira regra para estabelecer novos relacionamentos profissionais através do LinkedIn: não peça para integrar a lista de contatos de alguém sem uma justificativa plausível e coerente para isso.
Por isso, antes de qualquer ação, faça um mergulho para dentro de si e tente definir quais as razões para fortalecer sua rede de contatos profissionais.

2. Delimite seu alvo
Investigue quais são os melhores contatos para compartilhar seus objetivos. Por mais lindo que seja ter um CEO em sua lista de contatos, nem sempre uma pessoa nesse posto é a pessoa ideal para atender a suas expectativas.
“Você precisa pensar qual é o seu público alvo e, assim, focar no nível hierárquico que você precisa alcançar”, diz Othamar Gama Filho, diretor-executivo da Recruiters.

3. Torne pessoal
Agora, não vale se aproximar dessa conexão alvo tendo em mãos apenas a mensagem padrão que o Facebook oferece. De acordo com os especialistas, é essencial tornar esse contato pessoal – e mais próximo do que seria na vida real.
Dessa forma, o ideal é escrever uma mensagem diferente para cada novo contato tendo em vista seus objetivos e, principalmente, quem a pessoa é.

4. Invista nos pontos comuns
Para tornar esse processo mais tranquilo, aproveite os aspectos que vocês dois compartilham em comum como gancho para estabelecer o primeiro contato. Vale mencionar grupos de discussão, contatos no Facebook ou até um hobby parecido – que ele tenha mencionado no LinkedIn.
Dica: Coincidências são um ótimo aliado para evitar a gafe de adicionar a pessoa fingindo ter um vínculo anterior (lembre-se, o LinkedIn só autoriza amigos, colegas de classe, colegas de trabalho ou pessoas que fizeram algum negócio juntas).
Se você tiver em sua rede de contatos alguma pessoa em comum, basta pedir para que esse contato apresente você, virtualmente, para a conexão alvo. Outra estratégia é participar dos mesmos grupos online que a pessoa em questão participa. Esse vínculo abre caminhos para que você adicione o outro profissional a sua rede de contatos.

5. Seja direto
O objetivo desse contato inicial é exatamente aguçar a curiosidade da pessoa para manter um vínculo com você. Por isso, não “venda” tudo de uma vez.
Mas isso não significa que você deva ser extremamente abstrato e vago sobre seus objetivos em entrar em contato com a pessoa em questão. “Você tem que ser direto e assertivo sobre o que você quer”, diz Rogerio Sepa, especialista em gerenciamento de carreiras no mundo virtual da DBM.
 Agora, também “não adianta você querer enviar o portfólio completo da sua empresa, isso é característica de spam”, diz Gama Filho. “Essa mensagem inicial serve como uma espécie de teaser”.
Em campanhas publicitárias, essa é uma estratégia para aguçar a curiosidade do público sobre determinado produto. E esse deve ser o seu objetivo ao entrar em contato com um desconhecido no LinkedIn. Ele deve ficar motivado para estabelecer um vínculo futuro com você.

6. Faça pontes com o real
Não enclausure esse novo relacionamento apenas aos limites do virtual. Tente, de todas as formas possíveis, marcar um encontro ao vivo com a pessoa em questão. “O networking online foi criado para ajudá-lo a gerenciar o seu networking na vida real”, diz Gama Filho.
Cuidado, no entanto, com exageros. Tenha bom senso e fique atento aos sinais. Se a pessoa não se empolgar com seu contato, não banque o grudento. Mas também não fique tímido de tentar retomar a conversa. “Reenvie novas mensagens após uma semana ou duas semana, depois de um mês”, diz o especialista. Se a pessoa não responder, o melhor é partir para outra – sem ressentimentos.
Por Talita Abrantes
Fonte Exame.com

3 TÉCNICAS PARA REALIZAR O DOBRO NOS 6 MESES QUE FALTAM PARA O ANO ACABAR

Que tal aproveitar o dia mais tranquilo para fazer um balanço e programar o restante do ano?

Do plano de se aperfeiçoar no inglês ao projeto fora do escopo do dia a dia que não saiu do papel, o que gostaria de fazer ainda neste ano, mas deixou engavetado até agora? Já se passaram seis meses de 2025, e você só se tocou agora de que deixar para depois pode custar mais um fim de ano com a incômoda sensação de que poderia ter feito mais?!
É o seu caso?
No que depender de mim, ajudarei você a evitar essa frustração, não com pílulas motivadoras, mas com técnicas eficazes de produtividade.
A ideia aqui é dividir com você três das ferramentas mais utilizadas no coaching de empresas e executivos para acelerar seus resultados.
Aproveite o feriado para sentar e fazer seu plano de ação usando o trio de ideias a seguir.

1) Usar a proporção 80/20 para priorizar
Conhecida como a Lei de Paretto, a proporção 80/20 postula que 80% dos resultados que obtemos decorre de apenas 20% das atividades que fazemos. Há várias maneiras de aplicar essa teoria, popularíssima no campo da administração. Mas aqui vamos nos ater ao viés da produtividade.
Imagine que a maior parte dos resultados positivos que vem tendo na sua vida pode estar vindo de atividades com as quais você ocupa pouquíssimo tempo!
Isso é especialmente aplicável quando se trata de planos B ou de projetos que não estão exatamente previstos no trabalho. Aquela ideia que parece mirabolante sobre a qual você gostaria de pesquisar mais; o curso extra que ninguém mais está fazendo, o projeto fora da caixa que está começando como um hobby, o evento que vai custar todo o fim de semana "só" para fazer contatos…
As atividades que estão sendo negligenciadas, ou ocupando apenas 20%  do seu tempo, são as mesmas que poderiam elevar a autoconfiança, trazer reconhecimento profissional, acelerar a transição de carreira e assim por diante. Ou seja, você pode estar ocupando só 20% do seu tempo e dedicando pouquíssima energia (e até dinheiro) ao que é mais importante e traz 80% dos resultados.
Entendeu?
Para aplicar a Lei de Paretto, sugiro que liste todas as atividades que faz hoje profissionalmente (tarefas diárias, cursos, reuniões, pesquisas…) e coloque a média de tempo que gasta para cada uma. Depois escolha, entre elas, aquela que traz mais resultados macro — de longo prazo, ou que sejam fundamentais para levar sua carreira ao próximo nível.
É nesta atividade que deve se concentrar até dezembro. Substitua uma tarefa menos importante por essa, dedicando mais tempo ao que definiu como importante no dia a dia.
Para fazer com que isso funcione em meio à rotina corrida, use a técnica a seguir.

2) Mirar na Lei de Parkinson para render mais
A Lei de Parkinson postula que as tarefas se expandem de acordo com o tempo que damos a elas. Ou seja: se você determinar que vai fazer algo até dezembro, provavelmente levará esse tempo para finalizar, mas se determinar que terminará em um mês, há grandes chances de cumprir esse prazo.
Por isso, depois que definir o que é prioridade para que 2025 seja um ano especialmente produtivo, como propus no tópico anterior, é hora de planejar um passo a passo considerando prazos mais apertados do que gostaria.
Para que a técnica funcione melhor, sugiro se comprometer com alguém — um cliente, um sócio, um amigo ou até nas redes sociais. A vergonha por "furar" vai lhe estimular a cumprir o que prometeu. Se marcou uma reunião com a diretoria para o início do mês que vem para apresentar uma ideia provavelmente vai se obrigar a montar uma apresentação.
Outra tática é se colocar à prova. Se tiver um exame de proficiência em língua estrangeira para prestar em outubro, vai valorizar cada aula do curso às terças e quintas à noite e ainda arrumará um tempinho para estudar em casa.
Use isso no dia a dia, diminuindo os prazos para tudo o que puder e se comprometendo a entregar.

3) Aplicar a técnica do Roadmap para planejar
É fundamental estabelecer prioridades e encurtar prazos no dia a dia, mas, sem um planejamento de longo prazo, a chance de se perder ou desanimar no caminho é grande.
Aí entra a ferramenta do roadmap, que nada mais é que estabelecer os passos necessários para chegar a um objetivo e posicioná-los em uma linha do tempo.
Faça assim: trace uma linha diagonal em uma folha em branco e coloque o ponto inicial sendo hoje e o final em dezembro de 2025. Comece de trás para frente, perguntando-se o que quer ser realizado no fim do ano. A partir disso vá se perguntando: "Para que isso tenha acontecido, o que preciso ter feito antes?".
Vá fazendo essas perguntas e esmiuçando as atividades necessárias até chegar ao início — o dia de hoje.
Minha sugestão é que, depois disso, você olhe a linha do tempo em ordem cronológica e analise se precisa alterar algum prazo ou incluir algum passo que não vislumbrou.
Use o roadmap como um guia de prioridades mês a mês e cheque sempre se está dedicando tempo extra para as tarefas que tendem a trazer 80% dos resultados profissionais desejados. Realize-as mais rapidamente, usando os prazos estabelecidos usando a Lei de Parkinson e se comprometendo com terceiros. 
Cheque o andamento dos objetivos na primeira semana de todos os meses e ajuste o roadmap se precisar.

2025 (ainda) promete, mas só vai cumprir se você se esforçar para isso.

Por Bru Fioreti
Fonte Universa

4 DICAS IMPERDÍVEIS PARA COMEÇAR O DIA MAIS PRODUTIVO

Especialistas ensinam como empreendedores podem melhorar a produtividade e pensar mais na estratégia do negócio

A maioria dos empreendedores adoraria que o dia tivesse ao menos 30 horas. Com um tempo a mais, seria quase possível resolver todas as tarefas que a pequena empresa demanda. Geralmente com poucos funcionários, esses negócios consomem quase toda a agenda dos empresários, que cumprem a função de vendas, marketing, RH e financeiro ao mesmo tempo.
Com a semana começando, muita gente promete fazer diferente do passado. Fazer o que tem que ser feito durante a semana ou o mês é possível, desde que o empreendedor organize melhor suas tarefas e dedique algum momento do mês a ser mais estratégico do que operacional. Veja as dicas dos especialistas abaixo.

1. Seja menos operacional
Pensar o negócio de forma estratégica é o que os especialistas chamam de tempo nobre. “São as ações que ele vai fazer hoje que vão garantir o crescimento futuro, a sustentabilidade da empresa”, explica Andrea Piscitelli, consultora de estratégia humana e professora do MBA da FIA.
Geralmente, estas atividades devem consumir até 40% do tempo do empreendedor no mês. Sem essas tarefas, ele vira um gerente caro da empresa ao invés de um gestor com liderança estratégica. “Tire o máximo do operacional e delegue para a equipe”, ensina Christian Barbosa, especialista em gestão de tempo e produtividade.

2. Deixe folgas na agenda
Nunca ocupe todos os horários do dia com reuniões ou tarefas. “Ele tem que fazer bloqueios preventivos na agenda, para se dedicar ao futuro estratégico e ao autodesenvolvimento”, ensina Andrea. Além disso, é importante priorizar as atividades mais custosas para a parte do dia em que há mais disposição. “No geral, o brasileiro é mais produtivo de manhã. Prioriza o que é mais chato e vai ter mais disposição para fazer”, indica Barbosa.
Se a agenda estiver abarrotada, comece fazendo um corte de 30%. Reuniões desnecessárias, microgerenciamento e tarefas que podem ser delegadas são as primeiras coisas a serem tiradas da agenda.

3. Calcule o tempo perdido
Além de deixar espaços vagos na agenda, faça um cálculo do tempo que pode ser perdido, o chamado tempo pobre. “São tarefas urgentes para o resultado atual, mas não importantes para a sustentação futura. Você acaba virando um membro operacional da sua própria empresa”, diz Andrea.
Se participar de reuniões externas, diminua a carga de tarefas daquele dia. “Uma reunião pode consumir uma energia grande e tem que contar deslocamentos e este consumo de energia pessoal”, define Barbosa.

4. Evite listas diárias
Não faça listas de tarefas apenas para o dia. Preveja, sempre que possível, de três dias a uma semana no futuro. “Se a pessoa faz só o planejamento do dia, ela aumenta o volume de urgências. Planeje três dias para frente. Não é só fazer uma lista de tarefas, é uma lista de estratégias, para serem feitas ao longo do dia”, ensina Barbosa.
Essa técnica ajuda também a prever urgências e saber lidar com elas. A melhor forma é não correr para resolver tudo sozinho. “O empreendedor acaba vinculando a resolução da urgência a sua imagem e ele fica travado, vira escravo do negócio. Compartilhe a autonomia e os desafios com a equipe”, diz Andrea.
Por Priscila Zuini
Fonte Exame.com

APRENDA A SUPERAR AS FRUSTRAÇÕES

Oito atitudes essenciais para resolver qualquer problema e sair das frustrações ainda mais forte

Seja resiliente: encare as dificuldades com humor!
Por que algumas pessoas levam um safanão da vida e conseguem se reerguer, enquanto outras se afundam em sentimentos negativos? A resposta tem uma única palavra, pouco usada no dia a dia, mas fundamental para uma vida feliz: resiliência. Esse é o nome dado à capacidade de vencer dificuldades e se deixar transformar por elas, saindo ainda mais forte da situação.
O termo resiliência foi adotado para descrever aqueles que se adaptam facilmente às mudanças, assumem responsabilidades e encaram tudo com humor e energia.
O que nos faz resilientes?
"O que leva as pessoas a enfrentar o luto com esperança e sair de uma situação dolorosa - a morte de alguém querido ou a perda de um emprego - é a maturidade adquirida com o sofrimento. O resiliente se fortalece na luta", afirma o psicólogo George Souza Barbosa, professor do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento Aliança (SP). Todos podem se treinar para conquistar a resiliência - adotando as atitudes a seguir:

1. Autocontrole
O segredo está no equilíbrio emocional. "Ser capaz de administrar as emoções diante do inesperado é sinal de maturidade", diz George. Quanto pior a situação, maior a necessidade de ter a mente serena para tomar a decisão certa - não se resolve problema de cabeça quente.
Treino: Antes de agir, respire fundo para equilibrar os batimentos cardíacos e se acalmar. Explica o psicólogo: "Essa breve pausa impede a reação imediata, possivelmente desastrosa, lhe dando tempo para ver o que fazer de racional".

2. Flexibilidade
Nem sempre as coisas saem como se quer, mas quem é flexível reage melhor diante de imprevistos e encontra saídas alternativas, às vezes melhores do que havia planejado.
Treino: Tenha um plano B. "Imagine outros caminhos até seu objetivo. Se de um jeito não deu certo, tenha desprendimento e avalie o lado bom de algo novo, ou seja, do que não era o que você esperava", orienta Claudia.

3. Humor
O otimismo suaviza o stress e ajuda a encarar problemas de forma prática e positiva, transformando a angústia em esperança.
Treino: Ter humor não é sorrir o dia inteiro, e sim manter uma atitude otimista, a qual pode ser desenvolvida ao assumir o papel de observadora. "Olhe a situação como se não fizesse parte dela: você terá mais leveza e encontrará novas saídas", sugere George.

4. Sociabilidade
Estudo do psiquiatra americano Steven Wolin revelou: 35% das crianças com histórico de vida difícil (como maus-tratos e fome), e que conseguiram superar, tinham maior facilidade para se relacionar. Diz George: "Devemos criar laços com quem nos dá força e segurança".
Treino: Cultive seus relacionamentos. "O segredo é se mostrar interessada, presente e útil", ensina ele. Que tal usar o Facebook para nunca esquecer o aniversário dos amigos?

5. Iniciativa
Não adianta esperar que a solução para os problemas caia do céu. Só você tem o poder de mudar sua vida. "Iniciativa é o impulso necessário para desenvolver e conquistar projetos positivos. Esse movimento combate a estagnação e a depressão", alerta Elko.
Treino: Quem vive de passado é museu, portanto, viva o presente olhando para o futuro. Não é porque ontem foi difícil que hoje também será. A cada dia podemos recomeçar. Precisa de uma injeção de ânimo? Espelhe-se em pessoas corajosas e com boas propostas de vida. "O exemplo dos outros nos dá gás e nos ajuda a caminhar com firmeza em direção aos nossos objetivos", aconselha George.

6. Autonomia
Você não é responsável pelo comportamento de ninguém - apenas pelo seu. "Cada um é dono da própria cabeça e dos pensamentos", diz Claudia. Ter a habilidade física e emocional de se afastar de situações ou pessoas que nos fazem mal é uma característica fundamental.
Treino: "Faça um esforço para concentrar-se no que é positivo em sua vida, sem valorizar as situações contrárias", avalia George.

7. Determinação
"Quando há determinação, há superação", diz Claudia. "Aprendi essa lição num estudo realizado com mais de 180 pessoas que viveram grandes sofrimentos e, ainda assim, mantiveram-se fortes, determinadas, invencíveis." Sim: até o fim os sobreviventes enfrentam e resistem, com esperança.
Treino: Nunca abra mão dos sonhos antes de realizá-los. "Para tanto, decida não desistir. Isso fortalece o desejo de vencer", ressalta ela.

8. Coragem
Depois de um baque é preciso reaprender a viver. "É fundamental aceitar a dor e respeitar o que você está sentindo, sem medo nem vergonha. Mas nada de se entregar", afirma Claudia.
Treino: Assuma um compromisso sério com a felicidade. Ao mesmo tempo, não fuja da dor - quando ela aparecer, viva o luto, mas ponha um limite nele. "Se agir assim, não será qualquer ventinho a derrubar você", enfatiza Claudia. Respire fundo, reconheça seus erros e siga em frente.
Por Andrezza Duarte
Fonte MdeMulher

SENHOR, NOVA SEMANA!

domingo, 29 de junho de 2025

PRÓLOGO A SAGA DOS CAPELINOS

Capela - 3.700 a.C.

A estrela de Capela fica distante quarenta e dois anos-luz da Terra, na constelação do Cocheiro, também chamada de Cabra. Essa bela e gigantesca estrela faz parte da Via Láctea, galáxia que nos abriga. A distância colossal entre Capela e o Sol é apenas um pequeno salto nas dimensões grandiosas do universo. Nossa galáxia faz parte de um grupo local de pouco mais de vinte aglomerados fantásticos de cem a duzentos bilhões de estrelas, entre as quais o Sol é apenas um pequeno ponto luminoso do céu. Capela é uma bela estrela. Cerca de quatorze vezes maior do que o Sol tem uma emanação de calor levemente inferior à de nosso astro-rei. É, em verdade, componente de um sistema estelar binário, ou seja, um sistema estelar composto por duas estrelas, as quais gravitam uma em torno da outra, e, em volta delas, num verdadeiro balé estelar, há um cortejo constituído por inúmeros planetas, luas, cometas e asteróides.
Há cerca de 3.700 a.C., num dos planetas que gravitam em torno da estrela dupla Capela, existia uma humanidade muito parecida com a terrestre, à qual pertencemos atualmente, apresentando notável padrão de evolução tecnológica. Naquela época, Ahtilantê, nome desse planeta, o quinto, a partir de Capela, estava numa posição social e econômica global muito parecida com a da Terra do século XX d.C. A humanidade que lá existia apresentava graus de evolução espiritual extremamente heterogêneos, similares aos terrestres do final do século XX, com pessoas desejando o aperfeiçoamento do orbe enquanto outras apenas anelavam seu próprio bem-estar.
Os governadores espirituais do planeta, espíritos que tinham alcançado um grau extraordinário de evolução, constataram que Ahtilantê teria que passar por um extenso expurgo espiritual. Deveriam ser retiradas do planeta, espiritualmente, as almas que não tivessem alcançado um determinado grau de evolução. Elas seriam levadas para outro orbe, deslocando-se através do mundo astral, onde continuariam sua evolução espiritual, através do processo natural dos renascimentos. No decorrer desse longo processo, que iria durar cerca de oitenta e quatro anos, seriam dadas oportunidades de evolução aos espíritos, tanto aos que já estavam jungidos à carne, como aos que estavam no astral - dimensão espiritual mais próxima da material - através das magníficas ocasiões do renascimento. Aqueles que demonstrassem endurecimento em suas atitudes negativas perante a humanidade Ahtilantê seriam retirados, gradativamente, à medida que fossem falecendo fisicamente, para um outro planeta que lhes seria mais propício, possibilitando que continuassem sua evolução num plano mais adequado aos seus pendores ainda primitivos e egoísticos.
Portanto, a última existência em Ahtilantê era vital, pois demonstraria, pelas atitudes e pelos pendores do espírito, se ele havia logrado alcançar um padrão vibratório satisfatório dos requisitos de permanência num mundo mais evoluído e pronto para novos vôos ou se teria que passar pela dura provação de um recomeço em planeta ainda atrasado.
Os governadores espirituais do planeta escolheram para coordenar esse vasto processo um espírito do astral superior chamado Varuna Mandrekhan, que formou uma equipe atuante em muitos setores para apoiá-lo em suas atividades. Um planejamento detalhado foi encetado de tal forma que pudesse abranger de maneira correta todos os aspectos envolvidos nesse grave cometimento. Diversas visitas ao planeta que abrigaria parte da humanidade de Ahtilantê foram feitas, e, em conjunto com os administradores espirituais desse mundo, o expurgo foi adequadamente preparado.
Ahtilantê era um planeta com mais de seis bilhões de habitantes e, além dos que estavam ali renascidos, existiam mais alguns bilhões de almas em estado de erraticidade. O grande expurgo abrangeria todos, tanto os renascidos como os que se demoravam no astral inferior, especialmente os mergulhados nas mais densas trevas. Faziam também parte dos passíveis de degredo os espíritos profundamente desajustados, além dos assassinos enlouquecidos, dos suicidas, dos corruptos, dos depravados e de uma corja imensa de elementos perniciosos.
Varuna, espírito nobilíssimo, que fora político e banqueiro em sua última existência carnal, destacara-se por méritos próprios em todas as suas atividades profissionais e pessoais, sendo correto, justo e íntegro. Adquirira tamanho peso moral na vida política do planeta que era respeitado por todos, inclusive por seus inimigos políticos e adversários em geral. Esse belo ser, forjado no cadinho das experiências da vida, fora brutalmente assassinado por ordem de um déspota que se apossara do império Hurukyan, um dos maiores daquele mundo.
Ahtilantê era um planeta muito maior do que a Terra e apresentava algumas características bem diferentes das do nosso lar atual. Sua gravidade era bem menor e sua humanidade não era mamífera, e sim, oriunda dos grandes répteis, que predominaram na pré-história Ahtilantê. A atmosfera de Ahtilantê era bem mais dulcificante do que a agreste e cambiante atmosfera terrestre. Tratava-se de um verdadeiro paraíso, um jardim planetário, amparado por avançada tecnologia.
As grandes distâncias eram percorridas por vimanas, aparelhos similares aos nossos aviões. Os meios de telecomunicação, avançadíssimos, permitiam contato tridimensionais em videofones com quase todos os quadrantes do planeta. Já existiam, também, outras invenções fantásticas, especialmente na área da medicina. Os ahtilantes estavam bastante adiantados no que diz respeito a viagens espaciais, pois já tinham colonizado suas duas luas. Porém, essas viagens ainda estavam na alvorada dos grandes deslocamentos pelo espaço sideral, relativamente aos que outras civilizações mais adiantadas, como as de Karion, já eram capazes de realizar. Karion era um planeta do outro lado da Via Láctea, de onde viria, através do plano espiritual, uma leva de grandes obreiros que muito ajudariam Varuna em sua árdua missão.
Contudo, a evolução moral dos ahtilantes muito deixava a desejar. Apresentavam as deficiências comuns às da humanidade de categoria média, nas quais se enquadram os seres humanos que superaram as fases preliminares da jornada evolutiva, sem terem alcançado, não obstante, as luzes da fraternidade plena.
Havia basicamente quatro raças em Ahtilantê, os azuis, os verdes, os púrpuras e os cinzas. Os azuis e verdes eram profundamente racistas, não tolerando miscigenação entre eles, acreditando que os cinzas eram de origem inferior, podendo ser utilizados da forma como desejassem. Naquela época, a escravidão já não existia, mas uma forma hedionda de servilismo econômico persistia entre as nações. Por mais que os profetas ahtilantes tivessem enaltecido a origem única de todos os espíritos no seio do Senhor, nosso Pai Amantíssimo, os ahtilantes ainda continuavam a acreditar que a cor da pele, a posição social e o nome ilustre de uma família eram corolários inseparáveis para a superioridade de alguém.
Varuna fora o responsável direto pela criação da Confederação Norte-Ocidental, que veio gerar novas formas de relacionamento entre os países membros e as demais nações daquele globo. A cultura longamente enraizada, originária dos condalinos, raça espiritual que serviu de base para o progresso de Ahtilantê, tinha influência decisiva sobre todos. Na promoção dos valores morais e das condições espirituais de seus habitantes, os governadores espirituais aproveitaram todas as ondas de choque: as físicas, como as suscitadas pelas guerras, revoluções e massacres; as culturais, como as proporcionadas por peças teatrais, cinema e literatura; e as de natureza telúrica, como as geradas por terremotos, inundações e outras catástrofes, de forma que pudessem levar os ahtilantes a modificarem sua forma de agir, pensar e ser. Aqueles cujo próprio martírio e testemunho do sofrimento alheio não foram suficientes para se renderem ao imperativo de profunda modificação interior foram deportados para um distante planeta azul, o qual os administradores espirituais daquele jardim, ainda selvático, chamavam de Terra.
Esse processo, que envolveu quase quarenta milhões de espíritos, trazidos como degredados para a Terra por volta de 3.700 a.C., foi coordenado por Varuna Mandrekhan e sua equipe multissetorial. Os principais elementos de seu grupo foram Uriel, uma médica especializada em psiquiatria, a segunda em comando nesse cometimento; Gerbrandom, uma alma pura, que atingira a maioridade espiritual em outro planeta e viera ajudar o degredo em Ahtilantê; e Vartraghan, chefe dos guardiões astrais que, em grande número, vieram ajudar Varuna a trazer os degredados. Além desses personagens, participaram do processo Radzyel, Sandalphon, Sraosa e sua mulher Mkara - espíritos que muito ajudariam os degredados -, e a belíssima figura de Lachmey, espírito do mundo mental de Karion, que, mais tarde, rebatizada como Phannuil, seria o espírito feminino mais importante para a evolução da Terra e que coordenaria vastas falanges de obreiros, em permanente labuta para a consecução dos desígnios dos administradores espirituais.
Os capelinos foram trazidos em levas que variavam de vinte mil a pouco mais de duzentas mil almas. Sob a direção segura e amorosa dos administradores espirituais, vinham em grandes transportadores astrais, que venciam facilmente as grandes distâncias siderais e que eram comandados por espíritos especializados em sua condução.
A Terra, naquele tempo, era ocupada por uma plêiade de espíritos primitivos, os quais serão sempre denominados terrestres nestes escritos, para diferenciá-los dos capelinos que vieram degredados para cá, a fim de evoluírem e fazerem com que outros evoluíssem. Urna das funções dos capelinos, aqui na Terra, era a de aceleradores evolutivos, especialmente no terreno social e técnico. Embora fossem a escória de Ahtilantê, eram mais adiantados do que os terrestres no que dizia respeito a níveis de inteligência, aptidão social e, naturalmente, sagacidade. Os terrestres, ainda muito embrutecidos, ingênuos e apegados a rituais tradicionais, pouco ou nada criavam de novo. Cada geração se apegava ao que a anterior lhe ensinara, atitude muito similar à em que vemos demorarem-se os nossos silvícolas, que estagiam comodamente no mesmo modo de vida há milhares de anos.
Havia entre os exilados um grupo de espíritos que, em Ahtilantê, se intitulavam de alambaques, ou seja, dragões. Esses espíritos, muitos deles brilhantes e de sagaz inteligência, eram vítimas de sua própria atitude negativa perante a existência, preferindo serem 'críticos a atores da vida'. Muitos deles se julgavam injustiçados quando em vida e, por causa desses fatos, aferravam-se em atitudes demoníacas perante os maiores. Esses alambaques tinham desenvolvido uma sociedade de desregramentos e abusos, sendo utilizados pela justiça divina como elementos conscientizadores dos seres que cometiam atos de caliginosa vilania.
Essa súcia era, todavia, filha do Altíssimo e, ainda que passível de deportação, deveria ser a artífice do exílio. Como dominava vastas legiões de espíritos embrutecidos na prática do mal, era mais fácil comandá-la do que aos guardiões do astral inferior, que não existiam em número suficiente para uma expedição expiatória dessa envergadura. Por causa disso, Varuna e seu guardião-mor Vartraghan foram até as mais densas trevas, numa viagem inesquecível, para convidar os poderosos alambaques a se unirem a eles e ajudarem as forças da evolução e da luz a triunfarem sobre eventuais espíritos recalcitrantes.
Varuna, através de sua atitude de desprendimento, de amor ao próximo e de integridade e justiça, foi acolhido, após algum tempo, pela maioria dos alambaques, como o grande mago, o Mykael, nome que passaria a adotar como forma de renovação que ele mesmo se impôs ao vir para a Terra. A grande missão de Mykael era não apenas a de trazer as quase quarenta milhões de almas capelinas para o exílio, porém, principalmente, fundamentalmente, levá-las de volta ao caminho do Senhor, totalmente redimidas.
Na grande renovação que Varuna e Lachmey promoveram, muitos foram os que trocaram de nome para se esquecerem de Ahtilantê e se concentrarem em sua incumbência no novo mundo, a Terra. Varuna tornou-se Mykael, o arcanjo dominador dos dragões. Lachmey passou a chamar-se Phannuil, a face de Deus, e Gerbrandom, Raphael. Vartraghan, também conhecido entre os seus guardiões como Indra, tornou-se Kabryel, o arcanjo. Vayu, seu lugar-tenente, adotou o nome de Samael e foi, muitas vezes, confundido com o mítico Lúcifer, o portador do archote, o carregador da luz.
O início da grande operação de redenção na Terra foi na Suméria, quando Nimrud, espírito capelino renascido, conseguiu, entre atos terríveis e maldades tétricas, implantar a primeira civilização em Uruck. Os alambaques, entretanto, que tinham não só a missão de trazer os degredados como também a de guiá-los, estavam excessivamente soltos, o que faria com que Mykael ordenasse a alteração dos padrões de comportamento dos dragões para fazê-los serem não somente guias de lobos - chefes de matilhas - como também modificarem seu íntimo a fim de se tornarem cordeiros de Deus.
Em razão da existência do fértil vale criado pelo transbordamento de dois rios irmãos, o Tigre e o Eufrates, e de enormes facilidades para desenvolver uma sociedade em que a agricultura fosse a pedra angular, ficou estabelecido, no grande planejamento, que a Suméria seria o primeiro lugar de assentamento desses espíritos. Outros locais foram incluídos também no programa de transferência dos capelinos, para que a sua vinda influenciasse várias regiões do globo, tais como a Europa, influenciada, inicialmente, pelos celtas, e a índia, que abrigou esses seres no vale do Hindu. Posteriormente, seria a vez dos outros povos indo-europeus, e, no extremo oriente, a da Tailândia e a da China.
Uma das regiões que se tornaria de suma importância para o desenvolvimento da cultura, tecnologia e civilização mundiais seria a compreendida pelo Egito, outro local que fora escolhido para a imersão na matéria dos espíritos capelinos. Seriam nessas longínquas plagas que essas almas conturbadas estabeleceriam uma civilização monumental, de proporções absolutamente grandiosas.
Por volta de 3.600 a.C., os espíritos superiores determinaram que os alambaques levassem para aquelas plagas, com o intuito de desenvolverem o Kemet, vários grupos de sumérios. Alguns desses grupos foram dizimados pelo caminho e outros foram desviados, motivo pelo qual acabaram estabelecendo-se em outros lugares. No entanto, três deles chegaram ao vale do Iterou e fundaram uma civilização, gradativamente, sem violência ou conquistas sangrentas. Um dos grupos se localizou em Ahmar, perto de onde está a cidade que se conhece hoje pelo nome de Cairo. Os outros dois se instalaram no sul e fundaram Nubt, conhecida hoje como Naqada.
Durante um largo período de tempo, conhecido como a Era dos Deuses, os capelinos implementaram alterações estruturais, tecnológicas e, sobretudo culturais que, fundindo-se com os milenares e primitivos costumes hamitas, vieram a constituir a famosa civilização egípcia. O grupo de Ahmar fundou as cidades de Perouadjet, também conhecida como Buto, e Zau, conhecida como Sais. Enquanto isto, no sul, os dois grupos fundidos de sumérios fundariam a cidade de Ouaset, também conhecida pelo nome grego de Tebas.
Muitos dos capelinos degredados ficaram famosos por seus atos, que se tornaram lendas dessa época. Dois deles foram Aha Harakty, mais conhecido como Rá ou Ré, e seu pai, Ptah, que se notabilizou por suas obras de contenção e desvio do rio Nilo. Além deles, os integrantes de um enorme grupo de capelinos degredados tornaram-se conhecidos como deuses da antigüidade, entre eles Amon, o lugar-tenente de Rá. No entanto, ninguém se tornou mais conhecido e amado pelo povo de Kemet do que Osíris.
Ele foi rei do Kemet e, durante sua profícua administração, o povo pobre e abandonado, os felás, teve a oportunidade de possuir um pedaço de terra para cultivar, além de receber subsídios, ensinamentos e investimentos na primeira grande reforma agrária do mundo. Era um capelino que viera em missão sacrificial junto a Isis, sua eleita do coração e futura esposa e rainha. O amor desses dois seres seria conhecido no mundo inteiro como a lenda de Osíris e Isis. Infelizmente, essa bela história de amor terminou tragicamente, pela vilania de seu meio-irmão, Seth, o terrível, que, na tentativa de assassinar Osíris, levou-o à tetraplegia, após desfechar-lhe um golpe na nuca. Seth, sob a influência de um alambaque chamado Garusthê-Etak, e de seu braço-direito, Aker, conturbaria o reinado com uma guerra civil sangrenta, que terminaria por dividir o Kemet em três reinos: dois no delta, chamados de Baixo Egito, com capitais em Perouadjet e Djedu, e um no Alto Egito, com capital em Teni.
Os administradores espirituais determinaram que o Kemet seria coordenado por Kabryel e que os alambaques teriam papel preponderante no desenvolvimento daquela civilização. Assim, com muitas lutas, marchas e contramarchas, a cultura foi implantada no Kemet. Muitos capelinos renasceriam ali e se tornariam deuses, como Rá, Ptah, Sakhmet, Tefnu e Osíris, este último o mais doce dos seres daquela conturbada era dos deuses. Após terríveis momentos de guerra fratricida, o Kemet foi desmembrado, e se tornou As Duas Terras.
Seria preciso que aparecessem heróis truculentos como Zekhen, o Rei Escorpião, e Nârmer, seu filho e sucessor, para unificarem novamente aquilo que, Tajupartak, ex-alambaque, na existência de Aha, unira. Aventuras repletas de guerras, combates, traições e ardis, finalmente, levaram à união do Kemet - o Egito - numa grande nação de monumentos tão portentosos que nem o tempo foi capaz de apagar.
Os espíritos superiores tinham, entretanto, outros planos para implementarem a civilização na Terra, e seria por meio de grandes migrações que isso seria feito.
Mesmo depois de dois mil anos do degredo dos capelinos no planeta Terra, a civilização ainda estava estagnada. Esta havia dado um salto inicial, mas, após certo tempo, tornara-se novamente imobilista. Os administradores espirituais iniciaram, então, uma série de movimentos migratórios na Terra, com o intuito de mesclarem povos, raças e, sobretudo, culturas e tecnologias. Assim, iniciou-se, por volta de 1.800 a.C., um enorme movimento migratório em todo o planeta, o qual alcançou todos os rincões deste globo, inclusive a própria América, ainda não descoberta pelos europeus, mas já habitada pelos povos de origem mongol, por meio dos quais os espíritos superiores ajudaram a erguer grandes civilizações, usando os alambaques capelinos. Foram eles que construíram as pirâmides do novo continente.
Na Eurásia, os povos foram movimentados pelos préstimos de espíritos renascidos com grandes missões, como Rhama, na Índia, e vários outros - que, aliás, a história se esqueceu de registrar -, além de guias espirituais, que inspiravam os povos a seguirem por certos caminhos. Para acelerar a migração, vários povos foram submetidos a alguns fenômenos de ordem natural, como secas, terremotos e inundações, que os obrigavam a deslocaram-se.
Washogan fora um guardião especializado nas hostes de Vayu e, sob a influência de Orofiel, braço direito de Mitraton, recebeu a incumbência de guiar uma pequena e esfacelada tribo do vale do Kuban, no Cáucaso, até Haran, no norte da Mesopotâmia. Assim o fez e tornou-se conhecido entre os hurritas, os descendentes de Hurri, como Yahveh - Eu sou - deus da guerra, da vingança, das emboscadas e dos trovões. Com o decorrer dos tempos, Washogan renasceu e tornou-se Kalantara, uma sacerdotisa de Shiva, exatamente no interregno em que Rhama invadia a decaída região do rio Indo, no qual antes florescera a civilização sindhi, de Harapa e Mohenjo-Daro. Alguns séculos depois, tornar-se-ia um guerreiro e político hitita, de nome Pusarma, e morreria de forma violenta e prematura.
Enquanto isso, os espíritos superiores, monitorando a evolução terrestre, depararam em Avram um fanático e empedernido seguidor do deus Yahveh. Usando o nome do deus hurrita, os espíritos superiores o transformaram numa divindade única e superior aos demais deuses da região. Sob a coordenação de Orofiel e pela utilização de vasto grupo de espíritos comandados diretamente por Sansavi, foram incutindo nas mentes das almas a idéia de um Deus único.
Avram, depois chamado de Avraham, deu origem a uma grande quantidade de filhos, que se espalhou pela região de Canaã e localidades vizinhas. Itzhak, seu filho, deu origem a gêmeos, Esaú e Yacob, e este último teve doze filhos que, junto com os hicsos, foram para o Kemet - Egito. Yacob mudaria seu nome para Israel - aquele que luta com Deus -, e um dos seus filhos, Yozheph, notabilizou-se como Tsafenat-Paneac, foi tati - primeiro-ministro - do faraó hicso Khian, e ajudou a debelar uma terrível seca que assolou a região.
A tribo de Israel, entretanto, cometeu um grave crime ao matar os indefesos habitantes de Siquém e, com isto, perdeu o apoio direto de Sansavi, que recebeu ordens de Orofiel de abandoná-los ao seu próprio destino. Passariam a ser acompanhados de guias-mentores normais, e não mais de um grupo tão especializado como aquele que fora comandado por Sansavi. Tendo ido para o Kemet, os descendentes de Israel formaram uma grande tribo, que ficou conhecida na história como os hebreus.
Os administradores terrestres voltaram a movimentar as forças espirituais e, assim, Ahmose, neto do faraó Ramsés II, tornou-se Moschê, o grande libertador do povo hebreu, o qual o conduziu para o deserto do Sinai, onde, naquelas longínquas plagas, moldou, como num cadinho ardente, um novo povo. Esse vasto processo foi coordenado por Orofiel, o belo arcanjo de Mitraton, que assumiu a operação astral desse êxodo. Após a morte de Moschê, seu sucessor, Yoshea ben Nun, mais conhecido entre nós como Josué, deu continuidade ao processo de conquista de Canaã, e para isso foram necessários muitos anos de guerras e cruentas dominações a fim de que seu povo prevalecesse naquele pedaço de terra.
Seiscentos anos se haviam passado desde então e era chegado o tempo de novas e grandes mudanças, e os espíritos novamente se reuniram para determinarem mais algumas ações em prol da humanidade.
Um pouco antes do renascimento do divino mensageiro, a Meso-américa e outros lugares ainda primitivos começaram a receber grandes quantidades de espíritos capelinos e terrestres ainda endurecidos na senda da perversão e do ódio. Eles renasceriam em situação terrível, e iniciaram uma civilização que construiria grandes pirâmides e cidades monumentais. Seria uma civilização cruel, que mataria dezenas de pessoas, ao mesmo tempo, em rituais sangrentos, para louvar estranhos e perturbadores deuses.
Os espíritos superiores estavam fazendo um expurgo parcial, especialmente na região oriental. Os elementos mais perigosos e ainda atrasados eram enviados para estes locais para sofrerem um processo mais violento de remissão. Os povos mais belicosos, como os assírios, estavam sendo expurgados para a Meso-américa, e muitos deles haviam renascido na Judéia, obtendo, com isto, uma oportunidade única de aprimoramento. Muitos saberiam aproveitar os ensinamentos do doce mensageiro, mas outros teriam que aprender os caminhos do bem através de sofrimentos terríveis em distantes plagas, o que viria a acentuar ainda mais os traumas de seu exílio primordial quando foram trazidos degredados de Ahtilantê.
Os espíritos superiores planejaram a vinda de um excelso mensageiro, que nasceu em Beit Lechem, sendo filho de Yozheph ben Matan e Miriam bat Yoachim. No momento do parto, o casal foi surpreendido com o nascimento de gêmeos idênticos, que foram chamados de Yeshua e Yehudá.
A família de Yeshua foi perseguida por Herodes o grande, rei da Judéia, e teve que se esconder em Alexandria. Naquele lugar, eles participaram ativamente da comunidade dos terapeutas. Esse grupo de judeus alexandrinos era muito similar aos essênios, com ensinamentos e rituais muito parecidos. No entanto, eles haviam sido influenciados pelos neopitagóricos e acreditavam na reencarnação como um processo de aprimoramento e transformação de potência em ato. Esta doutrina não acreditava que os espíritos pudessem renascer entre animais e vegetais, como era a doutrina da metempsicose, cultuada pelos gregos e indianos, mas tinham como pedra angular que o espírito sempre progride, mesmo quando comete os piores desatinos, pois todo mal é transformado em bem num processo multissecular de aprendizado. Tal doutrina era restrita aos iniciados do último grau, pois, pela sua complexidade, afastava os menos aptos, assim como a plebe ignorante. Era, pois, uma doutrina esotérica de elevado teor, de que tanto Yeshua como Yehudá tomaram conhecimento.
Yeshua assim como Yehudá estudaram, em classes organizadas, a história, a geografia, a economia, a filosofia, além de aprenderem o aramaico, o copta, o hebraico antigo e o grego. Yeshua foi guindado a classes mais avançadas devido a sua precocidade, mas Yehudá não ficava atrás, mesmo sendo ofuscado pela brilhância de seu gêmeo. O relacionamento entre os irmãos era o melhor possível, sendo que, com o decorrer dos anos, podia-se notar uma extraordinária simbiose psíquica entre os dois.
Yehudá também era excepcionalmente dotado, mas não aparecia tanto quanto Yeshua. Ele também aprendeu com os terapeutas a ler e a escrever, além dos rudimentos da matemática, da astrologia, da economia, da geografia e da filosofia. Em relação às demais pessoas de sua época, ele era muito avançado, mas sempre ficou à sombra da luminescência de Yeshua. Ele sempre preferiu os bastidores do que a luz da ribalta. Seria de grande importância para a difusão posterior da doutrina do irmão.
Com treze anos, a família retornou do Egito, mas o perigo das perseguições continuava e eles enviaram Yeshua de volta a Alexandria para continuar seus estudos com os terapeutas e Yehudá foi enviado para Caná, na casa de Cleophas, onde participou ativamente da administração do negócio do tio. Enquanto isto, a família se escondia em Nazareth, na Galiléia.
Yeshua ficou em Alexandria até os vinte e três anos, quando voltou para casa em Nazareth. No entanto, seus irmãos ressentiram-se de sua presença, já que o viam como um estrangeiro. Deste modo, sob o patrocínio paterno, Yeshua afastou-se novamente, indo morar com Yozheph de Arimatéia, seu tio por afinidade.
Ele foi levado até a Parthia, antiga Pérsia, onde reencontrou Balthazar e Melchior, dois dos três magos que o haviam ajudado a ir para Alexandria quando da perseguição de Herodes. Lá Yeshua curou o rei Spalirizes, ganhando fama, e abrindo as portas das Torres de Silêncio, em Pasargadae, onde Melchior era o sumo sacerdote. Durante alguns anos, ele viajou pela Parthia onde praticou curas e tornou seu cognome de Issa, pois assim ele era conhecido, um grande mito.
Sob o patrocínio de Melchior, ele foi enviado até Takshasila, onde reencontrou o terceiro mago que o visitara quando ainda infante, chamado de Vindapharna, mais tarde conhecido como Gaspar. Com o monge indiano Udayana, eles ficaram em Takshasila por alguns meses até que puderam viajar até Pataliputra, na região de Maghada, na Índia.
Naquela esplendorosa cidade, ele conheceu o budismo e o jainismo, além de fixar os conhecimentos védicos, que aprendera em Takshasila, assim como também conhecera, em Pasargadae, na Parthia, os ensinamentos de Zarathustra, o profeta persa de Ahura Mazda - o Sábio Senhor. Naquela localidade, ele fez muitas curas e tornou seu nome Issa célebre, mas acabou partindo, devido a perseguições religiosas.
Retornando a Nazareth, descobriu que seu pai morrera e que Yochanan, seu primo, era o novo Messias de Israel. Ficou pouco tempo em casa e partiu para as margens do Jordão, onde se uniu ao grupo do famoso batista.
Tornou-se um discípulo de Yochanan, tendo feito grandes curas e reunido um grupo de parentes, que viam nele um homem de estofo superior ao próprio batista. Viajou pelo interior, batizando como o fazia seu primo e com isto granjeou inimigos entre os discípulos do profeta do Jordão.
Foi batizado por Yochanan, a seu pedido, e no momento do batizado, ambos tiveram uma revelação surpreendente, a de que Yeshua era o esperado Messias. Ele, após o batizado, retira-se do grupo, retorna a Nazareth, sempre acompanhado de seu gêmeo Yehudá, apelidado de Tauma, e, após uma longa semana de meditação, planeja sua missão em detalhes, e decide partir para Cafarnaum para iniciar o seu apostolado.

(Prólogo JESUS, O DIVINO MESTRE - OS ANOS DE PREGAÇÃO E MARTÍRIO - Albert Paul Dahoui)