segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

A LEI DO TRIUNFO POR NAPOLEON HILL


O empresário Andrew Carnegie liderou a expansão da indústria de aço no século XIX. Quando chegou aos Estados Unidos vindo da Escócia, ele tinha pouco mais de um centavo no bolso. Mas acabou se tornando, na época, o homem mais rico do mundo. Durante o auge de sua carreira, ele confiou ao jornalista Napoleon Hill a missão de documentar — e compartilhar — as estratégias que o transformaram em um dos empresários mais bem-sucedidos de todos os tempos.
"Foi ideia do próprio Sr. Carnegie que a fórmula mágica, que lhe deu tamanha fortuna, fosse colocada ao alcance de pessoas que não têm tempo para investigar como ganhar dinheiro", escreveu Hill no prefácio do livro "Quem Pensa Enriquece" (Ed. Fundamento), resultado de sua parceria com Carnegie. Hoje, 78 anos após a publicação da obra, o conteúdo continua atual.
Além de analisar Carnegie, o jornalista estudou mais de 500 milionários durante 20 anos. Suas entrevistas e pesquisas foram parar no livro. Nele, Hill dá "o segredo para fazer dinheiro" em 13 passos. A abordagem é quebrar barreiras psicológicas que impedem muitas pessoas de alcançar o sucesso. Veja as descobertas de Napoleon Hill:

1. Desejo: você precisa querer. Todos os milionários começaram com o sonho, a esperança, o desejo. Imaginavam suas riquezas antes de vê-las em suas contas bancárias. "Desejar não vai trazer riquezas. Mas desejar com um estado de espírito que se torna uma obsessão, depois planejar maneiras e meios para adquirir riquezas, e colocar esses planos em prática com uma persistência que não reconheça o fracasso, trará riquezas."

  2. Fé: acredite que você pode alcançar seu objetivo. Ficar rico começa com a mentalidade — acreditar que você acumulará riqueza. "A quantidade de dinheiro é limitada apenas pela pessoa em cuja mente está o pensamento. A fé remove as limitações!", defende Hill em seu livro.

3. Afirmação: use frases para alcançar seu objetivo. Tornar o desejo por dinheiro ou sucesso em realidade requer que você repita para seu subconsciente o seu objetivo, diz Hill. Inclusive em voz alta. Basta dizer o que você quer e como pretende alcançar. Faz parte de transformar um sonho em uma "obsessão constante".

4. Conhecimento especializado: ganhar experiência e continuar aprendendo. A educação só se torna poderosa quando organizada e aplicada à vida. E deve ser continuamente reabastecida. Você nunca para de aprender. "Homens que não são bem-sucedidos cometem o erro de acreditar que o período de aquisição de conhecimento acaba quando termina a escola."

5. Imaginação: tenha ideias e visualize seu sucesso. Se você pode imaginar, pode criar. "Ideias são os pontos de partida de todas as fortunas. As ideias são produtos da imaginação", escreve. "Quem quer que você seja, onde quer que viva, seja qual for a ocupação com que você esteja envolvido, lembre-se a cada vez que você ler as palavras 'Coca-Cola' que aquele vasto império de riqueza e influência cresceu a partir de uma única ideia."

6. Planejamento organizado: aja. Você precisa correr atrás do que quer. E deve agir com persistência e entusiasmo. "Nós somos bons 'começadores', mas péssimos 'terminadores'. As pessoas estão propensas a desistir ao primeiro sinal de derrota. Então, não há nenhum substituto para a persistência."

7. Decisões: derrote a procrastinação com determinação. Essa é a característica chave que Hill identificou em todos os ricos estudados — determinação. Aqueles que tomam decisões rapidamente, sabem o que querem (e tendem a conseguir o que querem). "Determinação não é apenas uma característica dos ricos, mas uma das qualidades mais importantes que um líder deve possuir. No fim das contas, tomar uma decisão errada é melhor do que não tomar decisão alguma."

8. Persistência: não pare até você conseguir o que deseja. Persistência é fundamental quando se tenta acumular riqueza, mas poucas pessoas têm a força de vontade necessária para transformar o desejo em algo real. "Riqueza não responde a desejos. Responde apenas a planos definidos, apoiados por desejos definidos, por meio de persistência constante."

9. Mestres da mente (Master Mind): esteja rodeado pelos melhores. Pessoas bem-sucedidas se cercam de amigos talentosos e colegas que partilham sua visão. O alinhamento de várias mentes criativas é mais poderoso do que apenas uma. "Um grupo de cérebros coordenados (ou conectados) em um espírito de harmonia irá fornecer mais energia do pensamento que um único cérebro, assim como um grupo de baterias vai gerar mais energia do que uma só bateria."

10. Relacionamento: escolha um parceiro compatível. A energia sexual é incrivelmente poderosa, segundo Hill. Quando aproveitada e redirecionada, pode melhorar criatividade, paixão, entusiasmo e persistência —  cruciais para acúmulo de riqueza. "O desejo do sexo é o mais poderoso dos desejos humanos."

11. Subconsciente: abrace a positividade e descarte emoções negativas. "Emoções positivas e negativas não podem ocupar a mente ao mesmo tempo. Um ou outro deve dominar. É de sua responsabilidade se certificar de que as emoções positivas constituam a influência dominante de sua mente", diz Hill.

12. O cérebro: se relacione com outras pessoas inteligentes e aprenda com elas. Nosso cérebro é um "transmissor e receptor de vibrações de pensamento", absorvendo os pensamentos de outras pessoas que nos rodeiam — o que torna ainda mais importante estar com pessoas inteligentes, criativas e positivas. "Cada cérebro humano é capaz de captar vibrações de pensamento que estão sendo liberadas por outros cérebros", escreve o jornalista. Tente aprender com todos que o rodeiam.

13. O sexto sentido: confie no seu instinto. O princípio final deve vir só depois de você já dominar os outros 12 princípios. "Com o auxílio do sexto sentido, você será avisado de perigos iminentes a tempo de evitá-los." Para Hill, o instinto fica mais forte a partir dos 40 anos. Mas pode ser aplicado a qualquer idade.
Fonte Alquimista da Realidade

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

SETE ATITUDES CONTRA A INADIMPLÊNCIA NO CONDOMÍNIO


Em grandes cidades, o mais comum é que 10% das unidades estejam com alguma taxa em aberto. Isso pode parecer pouco, mas já representa um peso no orçamento, principalmente em residenciais menores, com poucas unidades.
A inadimplência é um dos grandes sinais de que a crise está cada vez mais presente na economia brasileira. Com mais dívidas do que o salário permite pagar, a taxa de condomínio acaba tendo seu pagamento postergado ou suspenso, à espera de dias melhores. 
Quando um condomínio chega nesse patamar de falta de pagamento fica muito difícil para o síndico manter não apenas os serviços do local funcionando - é complicado não aumentar a taxa para cobrir o que está faltando para fechar as contas, o que pode elevar ainda mais o número de inadimplentes.
Em grandes cidades, o mais comum é que 10% das unidades estejam com alguma taxa em aberto. Isso pode parecer pouco, mas já representa um peso no orçamento, principalmente em residenciais menores, com poucas unidades.
Mas se o problema está em todos os locais, há também algumas soluções que podem servir para a grande maioria dos condomínios. Veja os sete passos para melhorar a situação financeira do condomínio e evitar que o mal da inadimplência aumente ainda mais:

1. Acompanhamento das contas:
O síndico deve acompanhar ao menos uma vez por semana a situação financeira do condomínio, e saber quem está em dia, ou não, com a sua taxa. Deve também ser informado sobre quem está fazendo acordo com a administradora e também a respeito de novidades referentes a ações na Justiça.

2. Cobrança rápida:
A administradora deve ter agilidade no momento logo após o vencimento da taxa, enviando uma carta amigável já com o boleto para pagamento. Dessa forma, consegue fazer com que aqueles que se esqueceram do pagamento consigam efetuá-lo o mais rapidamente. Quando esse boleto vencer, a empresa pode enviar outra carta, dessa vez explicitando o referido débito em aberto. Outra medida interessante é a cobrança telefônica. Há administradoras que oferecem esse tipo de serviço, contratado à parte, normalmente.
Há, além das administradoras, empresas especializadas no serviço de cobrança. O síndico pode contratar seu serviço diretamente, caso sua administradora não ofereça esse serviço, ou por outros motivos.
Esse pode ser um bom caminho para os condomínios, já que aceleram o pagamento das cotas atrasadas. Também pesa a favor o fato dessas empresas cobrarem seus serviços daqueles que estão em atraso, evitando que o condômino em dia arque com mais um prejuízo.

3. Ação judicial
Esse é o ponto crucial no trato contra os devedores, apontado por todos os especialistas ouvidos. O síndico não deve demorar para entrar com ação judicial contra os inadimplentes. O ideal é que se espere 90 dias, esgotando assim todas as formas amigáveis de cobrança.
Entrando com a ação rapidamente, o condômino inadimplente percebe que sua situação está sendo acompanhada de perto. Sente também a pressão para que o pagamento seja efetuado rapidamente.
Nesses casos é imprescindível que o síndico tenha regras para se guiar. O ideal é que os prazos para que se entre com ação judicial esteja na convenção. Caso não haja nada no documento sobre isso, o síndico deve chamar uma assembleia que irá definir como o assunto será tratado no condomínio. Assim, evita-se tratamento diferenciado para moradores do condomínio - e ampara o síndico legalmente no momento de tomar esse tipo de decisão.

Protesto de cotas vencidas
Um passo diferente que o síndico pode dar em algumas cidades do país é o protesto de inadimplentes. A medida deve ser aprovada em assembleia. Com ela, o condômino com cotas em aberto fica com o nome negativado, e por isso, não pode contrair empréstimos ou fazer crediários.
Muitos condomínios se utilizam do protesto, que deve ser feito cercado de cuidados. O ideal é contar com a assessoria jurídica da administradora – ou de um advogado especialista – para isso.

4. Pagamento facilitado
Aqui, a ideia é que seja fácil efetuar o pagamento do condomínio. Uma opção é o DDA (Débito Direto Autorizado), uma espécie de pagamento automático. Para tanto, o morador deve se cadastrar no seu banco, e depois pedir para a administradora mandar os dados para a instituição financeira.
Outra medida que pode parecer pequena, mas bastante utilizada, é o serviço de segunda via de boletos pelo site da administradora. Dessa forma, quem perder o boleto consegue imprimi-lo ou mesmo pagar a conta sem precisar ligar para a administradora.
Também é importante que o morador tenha prazo para pagar sua cota. Por isso quanto antes recebe uma conta, mais rápido ele poderá pagá-la. Então, o ideal é que ao menos dez dias antes do vencimento o condômino já esteja com seu boleto em mãos para efetuar o pagamento.

5. Conscientização dos moradores
É importante que os condôminos entendam como funciona a parte financeira do condomínio. Por isso, campanhas periódicas têm o efeito de diminuir a inadimplência sazonal, daquela pessoa que privilegia o pagamento de outras contas, em detrimento da cota do condomínio. Nessas campanhas é importante salientar o que é a taxa condominial, do que é composta, e como é utilizada.
Também é importante mostrar o impacto da inadimplência nas contas do condomínio. Descrever o que não deverá sair do papel por causa de pagamentos pendentes costuma ter efeito positivo. Apontar que os vizinhos custeiam os atrasados, também.

6. Conversa com o síndico
Quando o síndico tem tato e é bom de conversa, pode desatar grandes nós da vida condominial. Por isso, se você se sente a vontade, e se o devedor dá abertura, vale a pena conversar de uma maneira informal e positiva com o morador inadimplente.
Mesmo que a ação já esteja na Justiça, se houver espaço, converse com o morador com tranquilidade, e explique como está o caixa do condomínio. Já houve situações em que uma boa argumentação do síndico conseguiu pagamento imediato dos atrasados.

7. Plantão de pagamento
Quando a inadimplência já está muito disseminada no condomínio, o ideal é que o síndico solicite à administradora um plantão com um funcionário para que os condôminos inadimplentes possam conversar sobre os atrasados.
Caso haja algum tipo de benefício, como parcelamento da dívida, o mesmo deve ter sido aprovado em assembleia.
O plantão de pagamento é uma boa ferramenta principalmente para condomínios grandes, como do tipo clube. Vale lembrar que uma ótima época para o plantão é no final do ano. Quando o morador recebe seu décimo terceiro salário, com certeza poderá usar o recurso para pagar os atrasados no condomínio, principalmente se enxergar ali uma boa oportunidade.

Por Bernardo César Coura
Fonte Sindiconet

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

APROVEITE SEU CARNAVAL SEM PREOCUPAÇÕES: CONHEÇA SEUS DIREITOS AO VIAJAR!

Atrasos e cancelamentos são queixas bastante comuns em períodos de grande fluxo nos aeroportos e rodoviárias. Saiba como agir para evitar abusos

Com um feriado prolongado como o do Carnaval, é bastante comum desejar uma viagem para passar alguns dias longe da rotina da cidade grande. No entanto, problemas que ocorrem em viagens são alguns dos mais estressantes para o consumidor. Seja em aeroportos ou rodoviárias, o consumidor deve estar atento de seus direitos para que a folia não se torne incômodo e desgosto.
Não importa se vai de ônibus ou avião, algumas precauções podem ser tomadas antes mesmo de o passageiro embarcar: identifique suas malas facilmente, usando etiquetas que contenham seu nome, endereço completo e telefone. A dica é ainda mais útil em caso de extravio de bagagem.

Extravio de bagagem
Vale lembrar ainda que o viajante pode declarar à companhia aérea o valor da bagagem antes do embarque, para caso ocorra o extravio, haver uma indenização no valor declarado e aceito pela empresa. Nesse caso, objetos de valor como joias e eletroeletrônicos não podem ser declarados, por isso devem ser levados na bagagem de mão.
Feito o check-in, seja no aeroporto ou na rodoviária, a empresa é responsável pela bagagem do passageiro e deve indenizá-lo em caso de extravio ou danos, segundo o art. 6º do CDC (Código de Defesa do Consumidor). Se a viagem tiver sido contratada por intermédio de uma agência de turismo, essa também responde por eventuais incidentes.
A companhia de transporte aérea ou terrestre deve reparar danos materiais ou morais decorrentes do sumiço ou da danificação da mala e/ou pacotes. Se constatar sinais de violação na mala e sumiço de objetos (cortes na bagagem, cadeados forçados, conteúdo remexido, pacotes rasgados, etc), o passageiro deve comunicar imediatamente à companhia, detalhando o valor dos objetos desaparecidos, e a indenização deve ocorrer em até 30 dias a partir da data da reclamação. O consumidor prejudicado pode tentar um acordo amigável com a empresa, mas caso não haja acordo, deve procurar o Procon de sua cidade ou entrar com uma ação no JEC (Juizado Especial Cível).

Direitos na estrada
Para os passageiros que utilizam as rodoviárias, existem outros desafios. Se o ônibus quebrar no meio do trajeto, por exemplo, e a empresa disponibilizar um modelo inferior, o consumidor deve ser ressarcido da diferença de valor entre a passagem comprada e àquela do ônibus que foi utilizado. “As empresas também devem informar todos os serviços oferecidos para que, antes de comprarem sua passagem, a pessoa esteja ciente de qual ônibus viajará”, afirma o advogado do Idec, Flavio Siqueira Júnior.

Atrasos e cancelamentos
Mesmo com o aumento no fluxo de passageiros nos aeroportos e rodoviárias, as empresas devem cumprir com suas obrigações, independente de atrasos ou cancelamentos. No caso de viagens de ônibus, se o carro atrasar por mais de uma hora, o consumidor pode solicitar outra passagem - para outro dia ou horário - para o mesmo destino, ou então pedir de volta o valor pago por ela.
Se viajar de avião, direitos como ligações telefônicas, acesso à internet, alimentação e hospedagem são obrigatórios de acordo com o tempo de atraso. Caso o voo seja cancelado, o  passageiro pode pedir o reembolso ou escolher outro dia e horário para viajar. Esperas intermináveis nos aeroportos são bastante comuns em épocas como esta.  
No entanto, apesar do grande fluxo de passageiros, as obrigações das companhias aéreas com os consumidores devem ser integrais. A assistência deve ser dada independentemente do tempo de atraso do voo. Em atrasos de mais de uma hora, o consumidor tem direito a ligações telefônicas e acesso à internet. A partir de duas horas, tem direito à alimentação e em atrasos superiores a quatro horas, o passageiro tem direito à hospedagem e transporte pagos pela companhia.
Caso o consumidor tenha seu voo cancelado, deve procurar um melhor horário ou dia para sua viagem, junto à empresa aérea. Caso o passageiro não queira mais viajar por aquela empresa, tem direito ao reembolso do valor pago no bilhete. Por isso é importante que todos os comprovantes relacionados à viagem sejam guardados.
Se o passageiro não tiver seus direitos respeitados e atendidos, poderá registrar queixa na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), pelo telefone 0800 725 4445 (atendimento 24 horas por dia, gratuitamente). Se preferir fazer sua reclamação pelo site, o endereço é www.anac.gov.br/faleanac.

Guarde tudo
É importante lembrar que, para qualquer reclamação, todos os documentos e recibos devem ser guardados, bem como os protocolos de atendimento anotados. Desta maneira, a reclamação e a indenização poderão ser realizados com facilidade, evitando que o consumidor passe por maus momentos e curta, merecidamente, a folia do feriado mais esperado do ano.
Fonte Papo de Empreendedor

5 DIREÇÕES

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

CONDOMÍNIOS SEM RISCO

Prédios residenciais têm que ter plano de segurança contra incêndio renovado a cada cinco anos

Sobrecarga nos equipamentos da rede elétrica e falta de adequação das áreas comuns são os principais problemas encontrados em prédios no Rio, especialmente nos mais antigos. Isso pode causar ou agravar incêndios
Entre as muitas questões levantadas, uma foi a da prevenção. Nos condomínios residenciais isto é papel de todos, sendo que a responsabilidade do síndico é ainda maior, uma vez que é ele quem responde civil e criminalmente em casos de tragédia.
Para estar com a segurança em dia, os prédios residenciais precisam ter um plano de segurança contra incêndio, que atenda às exigências do Corpo de Bombeiros, o chamado Certificado de Aprovação. O processo para obtenção desse certificado é parecido com o da autovistoria predial, em que cabe ao condomínio buscar a regularização e informar ao órgão competente.
O responsável legal — geralmente o síndico — deve chamar um engenheiro ou empresa credenciada ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ) para apresentar o plano de segurança da edificação, a partir das exigências do órgão (que podem ser conferidas neste site: http://www.cbmerj.rj.gov.br/para-o-cidadao/regularizacao/saiba-como-se-regularizar.
Um dos erros mais comuns no trâmite, segundo o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio, coronel Roberto Robadey, é que os condomínios fazem obras por conta própria, sem antes consultar o Corpo de Bombeiros.
Caso esteja tudo certo com o condomínio e não haja nenhuma adaptação a ser feita, é só enviar o plano para o CBMERJ, que vai avaliar para conceder o Certificado de Aprovação.
Caso seja necessário fazer correções, o condomínio deve se adequar às normas de segurança contra incêndio e, após os reparos, uma nova vistoria será realizada pelos Bombeiros, para conferir se foi tudo executado corretamente. A periodicidade da renovação varia em cada estado — no Rio a deve ser realizada a cada cinco anos.
Anna Carolina Chazan, gerente de relacionamento da Estasa Soluções Imobiliárias, explica que entre os itens avaliados, estão a capacidade de brigada de incêndio do condomínio, anotação de responsabilidade técnica de instalação de gás, para certificar de que não há vazamentos, e o sistema de combate adequado, com hidrantes, sinalização de emergência e portas corta-fogo.
Também se avalia a abrangência do grupo gerador, para comprovar se o aparelho do condomínio funciona correta- mente e se a escada pressurizada está em dia.
Segundo Thiago Ramos, presidente da Associação Interamericana de Condomínios (Aincondo), a maioria dos prédios antigos tem equipamento de combate a incêndio ineficazes.
Diversos estão com os extintores de incêndio vencidos e o sistema de hidrante na parte interna da escada. Isso faz com que, para se combater um incêndio, seja necessário manter a porta corta-fogo aberta, o que acaba por inutilizar esta barreira. O que mais mata em um incêndio é a fumaça. Se esta invadir a escada, fica difícil para os moradores evacuarem o edifício.
Este é um procedimento para todos os imóveis, novos ou antigos, mas no caso das unidades entregues pela construtora, o plano já deve constar no Habite-se (certidão de habitação). O coronel Roberto Robadey faz a ressalva de que há casos, especialmente nas cidades menores, em que não há este laudo no documento.
No condomínio, Anna Carolina cita que as principais falhas no combate contra incêndios são referentes à falta de manutenções simples, como verificar se as luzes de emergência estão funcionando, o tamanho adequado da mangueira e do corrimão, bem como a obstrução das portas corta-fogo e das rotas de fuga.
Anna Carolina destaca outra questão: a quantidade de imóveis antigos no Rio. A lei que regulamentou a segurança contra incêndio e pânico é de 1976, mas há uma infinidade de prédios residenciais construídos antes disso. Na maioria deles, é complicado mexer na estrutura. Entretanto, o coronel Robadey ressalta que há medidas alternativas, como a instalação de escadas externas ou de corta-fogo em certas edificações.

UMA RESPONSABILIDADE DE TODOS 
Tanto o coronel Robadey quanto o presidente do CREA-RJ, Luiz Antonio Consenza, lembram que não cabe apenas à administração do condomínio se precaver contra incêndios. Eles fazem ressalvas sobre o uso de equipamentos elétricos dentro das casas e apartamentos.
Há muitos imóveis antigos no Rio e a fiação já não suporta o que morador quer usar em 2018. O chuveiro elétrico no passado, por exemplo, tinha potência de 2.500 Watts. Hoje, não se encontra um com menos de 5.000 Watts. Mas o morador usa assim mesmo e, quando queima, compra outro. Em momento algum, o morador se preocupa se a instalação suporta. Caso o disjuntor desligue constantemente, o que já é um aviso de que o sistema não está aguentando, ele vai lá e troca também. As pessoas foram comprando equipamentos e aumentando a carga. Chega um ponto em que a fiação não aguenta e começa a esquentar — detalha Consenza.
Outro vilão apontado pelos especialistas no assunto é a régua de tomadas (aquele benjamin comprido que alimenta vários aparelhos) e o ar-condicionado, muitas vezes instalado sem a preocupação de adequar a carga.
Aquilo sobrecarrega muito a fiação da unidade, pois no fim é só uma tomada que liga todas as outras — reforça Consenza. — Muitos dos incêndios de que temos notícia acontecem porque as pessoas não se preocupam com a manutenção. Estão mais preocupados com aparência. A autovistoria veio para dar segurança, mas a maioria não faz e a prefeitura não fiscaliza como deveria.
Em 2017, segundo o CBMERJ, foram realizadas 55.309 fiscalizações em todo o Estado do Rio, sendo emitidos 6.929 Laudos de Exigências e 7.871 Certificados de Aprovação.
Além dos condomínios irem atrás da regularização, a corporação também faz a fiscalização quando é solicitada a documentação de segurança ao Corpo de Bombeiros; quando é solicitada emissão ou renovação do certificado de registro, por denúncias e em ações aleatórias.
Além da manutenção em dia, autovistoria a cada cinco anos e cuidado dos moradores, há um outro problema recorrente que põe em risco a segurança dos condomínios contra incêndio: a obstrução das áreas de fuga.
As portas corta-fogo, frequentemente, são deixadas abertas ou as escadas são usadas como depósito. Em um dia normal, parece não haver problemas. Mas se o fogo e a fumaça se alastrarem, isso põe em risco a vida dos moradores.
Outra questão, segundo Anna Carolina Chazan, da Estasa, é os moradores aceitarem realizar as mudanças necessárias para adequar o condomínio às normas de segurança, uma vez que as alterações geralmente têm custos altos.
Os valores variam conforme a metragem e quantidade de dispositivos que precisam ser instalados, como extintores, canalização preventiva e mangueiras no tamanho certo.
Como é o síndico que responde civil e criminalmente caso aconteça uma morte ou algo mais trágico, eles se preocupam em fazer a autovistoria. Mas, dependendo do valor, já que as obras costumam ser caras, precisa de uma aprovação em assembleia dos moradores e estes resistem, achando que é uma obra desnecessária, muitas vezes—explica.
Anna Carolina também lembra que o seguro pode não cobrir os custos do incêndio setor comprovada negligência com os equipamentos e normas de segurança.

Fonte O Globo

CONHEÇA CINCO ERROS COMETIDOS AO ACORDAR QUE DIMINUEM A DISPOSIÇÃO DURANTE O DIA


Tão essencial para o bem-estar quanto comer adequadamente e se hidratar, dormir é fundamental para o equilíbrio do organismo. Além da qualidade do descanso, a maneira de acordar o corpo também influencia na disposição para o trabalho. Alguns erros cometidos ao dormir e ao despertar podem piorar o ritmo do corpo e o bom humor durante o dia.
Na preparação para dormir, o corpo sofre uma baixa de temperatura. Ao longo da noite, as fases de profundidade do sono se alternam, variando entre momentos de relaxamento mais profundos até imersões mais superficiais repetidamente. Para acordar, a temperatura do corpo volta a crescer aos poucos e, com ela, o aumento da produção do cortisol. Este hormônio, responsável pelo estado de vigília, ajuda a tornar o corpo desperto e atento. Por isso, para garantir a disposição durante o dia, é importante manter o corpo aquecido e a concentração de cortisol em níveis suficientes.
— Corpo e neurônios precisam do sono para o relaxamento, desaceleração das funções e reorganização da memória. Da mesma maneira, é importante despertar bem o corpo, sincronizando a energia com o dia — diz a psicóloga Silvia Conway, especialista em distúrbios do sono.
Ela sinaliza que o tratamento da maior parte dos problemas como a insônia e de falta de disposição e cansaço durante o dia pode ser feito apenas com mudanças de comportamento.
Veja os cinco erros cometidos pela manhã que mudam a disposição durante o dia

Deixar o quarto escuro
Ficar no escurinho é aconchegante, mas cria um ambiente de mais preguiça e lentidão. O sol é um fator que colabora para o bom-humor, não é à toa que o verão é a estação mais alegre do ano. Por isso, a especialista indica que é importante sincronizar o corpo com o horário do dia, para ajustar o ritmo social. Para fazer isso, a recomendação é que se olhe para um lugar com muita luminosidade, sensibilizando as células como uma forma de avisar que é hora de despertar e acelerar o trabalho de forma positiva. Além disso, a temperatura quente do lado de fora ajuda a acelerar o aumento da temperatura corporal e por isso a concentração de cortisol. Abra as cortinas e a janela e esquente as turbinas!

Levantar depressa
Abrir os olhos e levantar logo em seguida com pressa para realizar atividades pode exigir demais dos músculos e provocar tontura, além de ser um sinal de ansiedade. A especialista recomenda que se faça um breve alongamento, como um espreguiçar, ao despertar por cerca de dez minutos. Erguer o corpo aos poucos evita também que o sangue circule rapidamente para as pernas e provoque o mal-estar da tontura.
Para aqueles que têm insônia, a psicóloga reforça que é importante desacostumar o corpo da possibilidade de ficar na cama sem dormir. Por isso, ao acordar, é importante evitar ficar deitado. Nada de cochilinho!

Deixar a ansiedade tomar conta
A correria do dia-a-dia faz com que já se acorde com a mente acelerada, exigindo velocidade e prontidão para dar conta de uma lista enorme de tarefas, sem atenção ao corpo. Segundo a psicóloga Silvia, este tipo de postura provoca um desgaste que com o tempo vai reduzindo a disposição para as atividades da rotina. Para ela é importante colocar um foco de atenção no corpo, percebendo as necessidades de relaxamento e desaceleração, caso seja necessário. Silvia sinaliza que algumas pessoas tendem a demorar mais para entrar no ritmo e por isso podem acordar um pouco mais cedo e fazer tudo um pouco mais devagar. Quinze minutinhos podem fazer diferença.

Ativar o despertador várias vezes
Precisar acordar às 7h e colocar o despertador para tocar desde às 6h30 pode ser pior do que se imagina. Segundo Silvia Conway, é possível que o estímulo sonoro interrompa uma fase mais profunda do sono, fragmentando um momento de relaxamento essencial para garantir o descanso e a disposição do dia seguinte. O ideal é que o alarme toque quando o corpo deve acordar e que a soneca não seja ativada.
Para aqueles que têm insônia a recomendação é ainda mais radical: dormir mais um pouquinho desregula ainda mais o sono, que fica ainda mais superficial. É preciso descansar nos horários certos e despertar no momento necessário.

Fazer exercícios em jejum
A psicóloga reforça que a prática de atividade física ajuda a acelerar a elevação da temperatura e faz com que o corpo fique mais rapidamente sintonizado e atento. O problema, segundo nutricionistas, é incluir a atividade física como mais uma tarefa feita na ansiedade e sem atenção e, por isso, feita sem a alimentação correta. Não tomar café da manhã antes de malhar ou correr prejudica não só a prática da atividade como o impulso energético do dia. Lembre que os chás verde, mate e preto, além do café são estimulantes que devem ser usados pela manhã e evitados à noite.
Silvia recomenda que pessoas que tenham insônia não tomem estimulantes em nenhum momento do dia. Elas devem procurar o tratamento adequado.

Por que as pessoas ficam mais mal humoradas na segunda-feira?
O mau humor e a falta de disposição do início da semana, especialmente na segunda-feira, têm justificativa no comportamento do sábado e do domingo. A psicóloga Silvia Conay analisa que estar insatisfeito com a vida e o trabalho fazem com que algumas pessoas sintam que apenas nos dias em que não trabalham estão de fato sendo felizes e, por isso, a segunda-feira representa o momento de lidar com as situações adversas. Além disso, a vida social agitada do fim de semana fazem com que normalmente se durma mais tarde e acorde mais tarde, desregulando o relógio biológico.
— Ao dormir mais tarde no domingo e precisar acordar no horário normal de trabalho na segunda, a pessoa fica privada de sono. E dormir pouco causa mau-humor mesmo — explica.
Segundo ela, a tendencia é que na terça-feira a situação melhore, já que uma noite de sono bem dormida é suficiente para recuperar o descanso e o relaxamente necessários para dar disposição para as atividades do dia seguinte.
Por Luiza Toschi
Fonte Extra - O Globo Online

OS 12 MANDAMENTOS DO SUCESSO

SEJA LEVE

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

ESTAR APTO NÃO É O MESMO QUE TER COMPETÊNCIA

De início, uma provocação: apto, capaz ou competente?

O bacharel obteve a aprovação no exame da OAB. Portanto, está apto a advogar. Mas será que ele é mesmo capaz de fazê-lo? Talvez sim, talvez não. Vamos considerar que sim, pelo menos após algum tempo de prática. Em sendo capaz, ele pratica a advocacia com excelência? Talvez sim, talvez não.
O fato de um profissional ser apto a algo, não significa necessariamente que ele é capaz; também, o fato de ser capaz, não significa que ele exerce as suas aptidões com competência.
A aptidão pode conter insuficiência, a capacidade pode esconder indulgência ou displicência. Já a competência revela eficiência e não tolera dúvidas acerca dos resultados.
Fundamentalmente, a questão é: temos, efetivamente, competência profissional? E mais: quais são os elementos que compõem a competência e que somos chamados a desenvolver e a oferecer?
Na década de 1970, o cientista social e professor americano David McClelland, seguido por vários outros estudiosos nas décadas seguintes, inicia os estudos que nos permitem entender a competência hoje — nos diz a professora Maria Teresa Fleury — “... como o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes (isto é, o conjunto de capacidade humanas) que justificam uma alta performance, acreditando-se que as melhores performances estão fundamentadas na inteligência e na personalidade das pessoas.”
Temos cinco preciosos elementos, grifados acima. Por não fazer exatamente parte de nosso foco neste artigo, não iremos abordar inteligência e personalidade. Mas devemos fazê-lo com os três elementos da competência:

Conhecimento
Considerado por muitos como o elemento básico da competência, em geral de cunho técnico. Um advogado precisa conhecer as leis e práticas jurídicas; um engenheiro, os cálculos; um filósofo, os pensamentos; e assim por diante. A necessidade de incorporação de conhecimento por parte dos profissionais é contínua, parece não se esgotar, pois a evolução técnica, seja em qual campo for, não para. E crescentemente são exigidos conhecimentos generalistas, humanos e sociais dos profissionais, além de seus conhecimentos técnicos.
Diz o adágio que “o homem não nasce sabendo”, aliás, sequer nasce profissional. Então, onde, em que fontes adquirir os conhecimentos necessários para ser competente?
Fontes formais: cursos técnicos, graduações e pós-graduações, extensões, educação continuada, livros, pesquisas e outras fontes de conteúdo geralmente pré-concebido.
— Convívio: Estar presente, aplicar com critério o senso de observação ao campo de interesse, tomar pelo exemplo, agregam e aumentam o nível do conhecimento.
— Vivência: Ir à lida, experimentar, fazer aprendendo e aprender fazendo, “tomar” dos mais experientes a prática.
No mundo contemporâneo, o hábito de aprofundar ou adquirir conhecimentos deve ser praticado constantemente — lembrando sempre que no ambiente da gestão de pessoas, conhecer é mais entender, compreender os fatos e técnicas e menos ter a pretensão de desvelar qualquer verdade. O ambiente e os conhecimentos estão em constante mutação.

Habilidade
Quem tem destreza, desprendimento em fazer algo é hábil. E de onde vem a habilidade? Basicamente de dois tipos fontes:
— Inata: o que chamamos de “dom”, quando temos a nítida impressão, tal qual uma convicção, de que a pessoa “nasceu sabendo fazer”; faz com facilidade, com naturalidade. É o tal do talento natural.
— Adquirida: Administrador, historiador, escritor, naturalista e oficial romano, Plínio, O Velho, que viveu no primeiro século da era cristã, observou que “O homem é o único animal que não aprende nada sem ser ensinado; não sabe falar, nem caminhar, nem comer, enfim, não sabe fazer nada no estado natural, a não ser chorar.”
É frequente a pergunta sobre se uma pessoa pode tornar-se, por exemplo, líder ao longo da vida, sem tê-lo sido até um determinado momento. Os estudos comportamentais realizados a partir da metade do século passado e as práticas cada vez mais avançadas de educação e treinamento respondem que sim, pode!
Mas, claro, pode, não tornar-se o mais brilhante dos lideres, mas melhorará em muito a habilidade de conduzir pessoas.

Atitude
É o mais subjetivo dos três elementos por ter forte conotação comportamental. É a disposição interior que a pessoa revela ao mundo. É como o sujeito procede, como ele porta — se, como ele faz a dinâmica da interação com as pessoas, os fatos, as situações da vida. As facetas são várias: psíquica, profissional, social, existencial, etc., e o domínio sobre todas elas dificilmente é pleno, tampouco lúcido e o impacto das atitudes no ambiente organizacional tem forte efeito sobre os negócios.
Tem aumentado a importância dos estudos do comportamento na gestão, pois se o conhecimento técnico é cada vez mais tido como uma commodity, com crescente facilidade de acesso, o comportamento tem características predominantemente individuais, o que, de certa forma, se opõem à tendência natural de criação de padrões na gestão, inclusive na das pessoas. Na mesma proporção, cresce a exigência quanto às competências comportamentais oferecidas pelos profissionais.
O jornalista e escritor Richard Donkin cita a conclusão de McClelland de que “... conhecimento e habilidades... podiam ser desenvolvidos, mas é muito mais difícil desenvolver motivações humanas básicas”.
Ter autoconhecimento, somado ao continuo desenvolvimento técnico e ao aprofundamento no campo comportamental tem se revelado boa receita para os profissionais que buscam a alta performance.
O professor Guy Le Boterf sugere um grupo de sete competências para os profissionais: “saber agir, saber mobilizar recursos, saber comunicar, saber aprender, saber se engajar e se comprometer, saber assumir responsabilidades e ter visão estratégica”.

Demanda versus oferta
Não podemos nos esquecer de que, no ambiente organizacional, a competência ofertada pelos profissionais se sustenta na medida em que atende as competências demandadas pelas organizações, para suprir as suas necessidades de geração de resultados.
O equilíbrio entre a demanda e a oferta de competências no trabalho não é estável; é delicado, oscilante e requer constantes revisões e ajustes. Requer empenho da empresa e dos profissionais e por definição nunca está consolidada e não permite acomodações.

Este tipo de situação recomenda a adoção de:
Realismo entre as partes, para bem aferir as metas e os critérios de exigência e de avaliação — seja de desempenho profissional, seja dos resultados do negócio. O risco aqui é a criação de atritos, frustrações, sobrevalorizações ou injustiças.
Franca comunicação entre as partes, para que empresa e profissionais se mantenham alinhados e comprometidos e se satisfazer mutuamente. Pontos de divergência quanto às expectativas precisam ser sempre discutidos e acordados; as discordâncias equacionadas e as dúvidas expostas e eliminadas. A má comunicação é um autêntico veneno para o comprometimento e para a retenção de talentos.
Uma visão clara do profissional de que o seu trabalho é o seu produto e, como tal, deve ser muito bem executado, reconhecido. E recompensado pelo valor que gera, pelo valor que agrega a quem o recebe. Claro que o profissional depende das condições em que está inserido, mas ele, sob o seu ponto de vista e em última estância, é o responsável pela eficiência de seu trabalho, pelo menos até o momento em que o entrega — enfim, quando firma a sua competência.
Por Carlos Alberto Bitinas
Fonte Consultor Jurídico

CULTIVAR AMIZADES É ESSENCIAL PARA VIVER BEM

Motivos não faltam para criarmos novas conexões e mantermos as antigas sempre nutridas

Por mais incrível que possa parecer nos dias de hoje em que tudo muda tão rapidamente, uma música lançada em 1985 ainda é sucesso quase 30 anos depois. Basta dar uma busca rápida na web para que pipoquem aproximadamente mais de três milhões de remissões para a canção That's what friend's are for que, em tradução literal, significa para que servem os amigos. Um tanto mais atrás, mas com números respeitosos, quase um milhão de referências, vem Canção da América, composta por Milton Nascimento e que começa com o seguinte verso: amigo é coisa prá se guardar, debaixo de sete chaves, dentro do coração...
Pois é, algo que sabemos fazer bem intuitivamente, vem intrigando pesquisadores do mundo todo. Tanto que não param de surgir pesquisas relacionadas à importância da amizade, principalmente para a turma dos 50+. A grande descoberta traz luz à receita da longevidade nota 10: além da prática de exercícios físicos regulares e de uma alimentação equilibrada, manter e criar novas amizades é um santo remédio para manter a saúde tinindo. O melhor é que não custa nada e não tem efeito colateral. Pelo contrário.
Entre os benefícios apontados pelos pesquisadores estão a diminuição da pressão arterial e de sintomas relacionados à perda de massa óssea e às doenças do coração, só para citar alguns exemplos. E não é só. No ano passado, renomados pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, concluíram que fortes laços de amizade também são capazes de deixar as funções cerebrais mais azeitadas Some-se ao fato um detalhe bem importante e que não pode ser deixado de lado em qualquer tempo: relacionar-se com pessoas diferentes enriquece nossos conhecimentos, muda nossos pontos de vistas e trabalha as habilidades de pensar, ouvir e argumentar. Tudo de bom.
Se na teoria a coisa é bem clara, às vezes, na prática não é tanto assim. Afinal, dependendo da etapa de vida, teremos expectativas distintas em relação ao círculo de amizades. 'Quando somos adolescentes, o grupo ocupa um espaço muito maior. Com a chegada da maturidade e das obrigações impostas pelo trabalho e pelo casamento, há uma diminuição da interação social pela falta de tempo, fazendo com que as pessoas se tornem cada vez mais seletivas para se abrir para outras pessoas ' , explica a psicanalista Sylvia Loeb, de São Paulo. 'Se optarmos por esse caminho, não usufruiremos dos benefícios que os amigos, sejam eles novos ou antigos, podem trazer.'
Porém, uma coisa é preciso ficar clara: solidão não faz mal nenhum a ninguém e, na medida certa, é bem gostosa. 'Tudo é uma questão de como se vive esses momentos de isolamento', acrescenta a psicanalista.
Mas, o que fazer se você estiver enferrujando e precisando abrir espaço para novos relacionamentos? A resposta é simples e exige uma boa dose de disposição: é preciso sair da toca e se entrosar com as pessoas ao redor. Seja retomando amizades, frequentando cursos, grupos de estudos, viajando, acessando as redes sociais....Claro, que a tarefa é mais difícil se você estiver sem prática mas nada que não se resolva com algumas sugestões estratégicas:

1. Saia da rotina
Nessa fase de abertura para o mundo, todos os contatos podem ser interessantes seja na academia, num curso de arte, numa aula de dança ou até num grupo de trabalho voluntário aliado com seus interesses. É só uma questão de começar.

2. Devagar se chega lá
Vá com calma e nada de ansiedade. Lembre-se que os laços levam um tempo para ser construídos e, muitas vezes, nem todo mundo está com a mesma intenção que você.

3. Experimente algo completamente novo
Vale entrar num clube de leitura, participar de um grupo de jardinagem, aprender a dançar salsa ou entrar numa turma de ciclistas. Nessa altura da vida, você já se livrou de muitos preconceitos e pode ampliar seus horizontes e paixões de maneiras até então impensadas.

4. Transforme o amigo virtual em real
Em tempos de redes sociais sempre é possível esbarrar em gente interessante (ou não, claro). Mas, tente separar o joio do trigo e ver se há alguém que possa valer um café no final da tarde. Por que não?

5. Arrisque-se
Talvez você tenha passado muito tempo vivendo e convivendo com gente com gostos muito semelhantes. O que por um lado é cômodo, por outro, pode levar a uma certa acomodação. Que tal aproveitar o embalo para conhecer pessoas que pensem diferente de você?

6. Peça ajuda, se for o caso
Se você estiver achando a jornada rumo ao novo difícil, tudo bem. Não desista. Chame uma amiga ou amigo para fazer companhia. Fica mais fácil, pode acreditar!
Fonte MSN Estilo

O DIA DE SÃO VALENTIM


O dia de São Valentim, celebrado anualmente em 14 de fevereiro em diversos países, é uma oportunidade de demonstrar afeição por meio de presentes como cartões, flores, chocolates e mensagens de amor.
Não sabemos muito sobre sua origem, trata-se de uma das ocasiões do calendário nas quais se celebra o amor e o romance.

Origens
O dia de São Valentim é uma tradição antiga que teria se originado em um festival romano de três dias chamado Lupercalia.
O festival celebrava a fertilidade e ocorria no meio de fevereiro. Seu objetivo era marcar o início oficial da primavera.
Como parte das celebrações, jovens sorteavam nomes de garotas misturados dentro de uma caixa. Os dois então se transformavam em namorados durante a festa, e podiam até casar.
Nos séculos seguintes a Igreja decidiu erradicar celebrações pagãs e por isso transformou o evento em uma festa cristã, em homenagem a São Valentim.

Mártires rivais
O primeiro dia oficial de São Valentim foi declarado em 14 de fevereiro do ano de 496, pelo papa Gelasius, em homenagem a um mártir que tinha esse nome.
A explicação mais comum é que São Valentim era um padre de Roma, que foi condenado à pena capital no século 3.
Mas há ao menos outras duas figuras históricas que disputaram o título de São Valentim associado à essa data.
Uma delas é um bispo de uma cidade próxima a Roma – na região da atual Terni – e a outra um mártir do norte da África.
Não se sabe muito mais informações sobre essas duas outras figuras e o padre de Roma acabou se tornando o mais conhecido São Valentim.

Casamentos
A história conta que o imperador Claudius 2 baniu os casamentos por acreditar que homens casados se tornavam soldados de má qualidade.
Valetim, porém, defendeu que o casamento era parte do plano de Deus e dava sentido ao mundo. Por isso, ele quebrou a lei e organizou casamentos em segredo.
Quando Claudius descobriu, Valentim foi preso e sentenciado à morte.
Na prisão, ele se apaixonou pela filha de um carcereiro. No dia do cumprimento da sentença, ele enviou uma carta de amor à moça assinando: "do seu Valentim" – o que originou a prática moderna de enviar cartões para a pessoa amada.

Popularidade e comercialização
Apesar dos cristãos antigos terem começado a celebrar o dia de São Valentim, apenas ao longo da Idade Média e dos períodos posteriores a celebração começou a ser associada com amor romântico e troca de presentes.
Dois gigantes da literatura inglesa – o poeta Geoffrey Chaucer e William Shakespeare – foram responsáveis pela popularização do evento na Grã-Bretanha e posteriormente na Europa e no Novo Mundo.
O costume de trocar cartões de papel com a pessoa amada já havia sido estabelecido na Idade Média, mas apenas se tornou um grande negócio depois da revolução industrial, que tornou possível a produção em massa de cartões.
Em 1916, uma pequena empresa chamada Hallmark Cards of Kansas City, no Estado americano do Missouri, começou a produzir sistematicamente cartões de dia dos namorados, mudando a natureza da celebração em boa parte do mundo. 
Assim, a data reúne elementos religiosos, românticos e comerciais.
Fonte BBC Brasil

VALENTINES DAY

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

ABUSO DO DIREITO DE RECLAMAÇÃO POR PARTE DO CONDÔMINO


É fato que o condômino, como dono da coisa comum, é detentor de direitos de fazer suas solicitações, reclamações e até mesmo exigências junto à administração do condomínio, mas tudo isso observando o mútuo dever de respeito, urbanidade e razoabilidade, sob pena de verificando-se um excesso, caracterizar-se um abuso de direito, passível de diferentes formas de reprimenda e punição, conforme a gravidade e intensidade deste excesso.
É evidente que aquele que assume uma função de administração junto ao condomínio deve estar minimamente preparado para saber driblar os “chatos de plantão”, com suas manias e temperamentos, mas que encontram-se dentro da linha limítrofe do respeito.
Aqui trataremos dos excessos praticados, daquilo que ultrapassa a normalidade e deve sofrer uma resposta, proporcional à ofensa. Para efeitos didáticos, analisaremos o abuso de direito de reclamação em quatro níveis, de acordo com a gravidade da atuação, bem como as medidas que podem ser tomadas como punição.

O primeiro nível que chamamos de abuso de direito puro e simples: Aqui o condômino interpela o síndico com insistência perturbadora, desrespeitosa e grosseira, fazendo-lhe exigências inoportunas, mas ainda sem acusações graves, fazendo-o por temperamento, estado de ânimo alterado, problemas psicológicos, neuroses e outros, trazendo um certo desgosto ao exercício da função de síndico. Tal situação está prevista no art. 187 do Código Civil que dispõe:

“Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.”

Aqui, havendo excesso em menor gravidade, poderá o síndico, além de advertir o condômino, estabelecer restrições ao canal de comunicação entre ambos, podendo, a título de exemplo, determinar que de aquele momento em diante somente atenderá aquele condômino mediante relatos no livro de ocorrência, ou por e-mail, de forma que ao mesmo tempo em que se evita o contato físico, se constitui prova escrita do abuso.

2) O segundo nível que chamamos de perturbação da tranquilidade: Aqui o condômino atua da mesma forma, mas com a intenção manifesta de prejudicar o síndico, de tirar-lhe a tranquilidade, seja por motivos egoístas ou reprováveis, chamando-o de incompetente, preguiçoso e outros adjetivos, exigir-lhe seguidas prestações de contas e esclarecimentos desnecessários. Aqui nós já temos a figura do assédio moral, tão utilizado no direito do trabalho.
Neste caso, estar-se-ia diante de uma contravenção penal, prevista no art. 65 da lei de contravenções penais: Art. 65 - Molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou por motivo reprovável: Pena – prisão simples, de 15 (quinze) dias a 2 (dois) meses, ou multa.
Além dos mecanismos administrativos acima indicados, poderá o síndico promover um registro de ocorrência perante a delegacia de policial civil, o que gerará um termo circunstanciado e o prosseguimento junto ao Juizado Especial Criminal competente.

3) O terceiro nível que chamamos de crimes contra a honra: Aqui intensifica-se ainda mais o excesso, de forma que acusações ou ofensas são levantadas contra o síndico atingindo sua honra de forma criminosa. Alegações como “de que estaria levando um por fora”, “desviando dinheiro do condomínio”, ou usando termos “ladrão”, “safado” e outros análogos. Neste caso, constituindo em crimes contra a honra, deve o síndico, ao invés de fazer um simples registro de ocorrência, ingressar diretamente com uma ação (queixa crime) contra o ofensor, bem como ingressar com ação de indenização por danos morais, pedindo a respectiva indenização.

4) O quarto nível que chamamos de ameaça e risco a integridade física: Aqui está o ápice da intransigência. O condômino ameaça com dizeres como “a tua batata esta assando”, “que vai pegar de pau” ou mesmo de agressão física já consumada. Neste caso, deve o síndico promover uma representação perante a delegacia de polícia pelo crime de ameaça e também poderá requerer ao juiz criminal uma medida cautelar de proibição de aproximação, prevista no art. 319, III do Código de processo penal:

Art. 319. As medidas cautelares diversas da prisão serão as seguintes:
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;

É importante que haja respeito mútuo entre administração e condôminos, e de forma alguma o sindico permita estes excessos praticados, devendo tomar as providencias que se fizerem necessárias em defesa de sua honra e seu trabalho.
 Por Zulmar José Koerich Junior