terça-feira, 28 de fevereiro de 2023
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023
A LEI DO TRIUNFO POR NAPOLEON HILL
O
empresário Andrew Carnegie liderou a expansão da indústria de aço no século
XIX. Quando chegou aos Estados Unidos vindo da Escócia, ele tinha pouco mais de
um centavo no bolso. Mas acabou se tornando, na época, o homem mais rico do
mundo. Durante o auge de sua carreira, ele confiou ao jornalista Napoleon Hill
a missão de documentar — e compartilhar — as estratégias que o transformaram em
um dos empresários mais bem-sucedidos de todos os tempos.
"Foi
ideia do próprio Sr. Carnegie que a fórmula mágica, que lhe deu tamanha
fortuna, fosse colocada ao alcance de pessoas que não têm tempo para investigar
como ganhar dinheiro", escreveu Hill no prefácio do livro "Quem Pensa
Enriquece" (Ed. Fundamento), resultado de sua parceria com Carnegie. Hoje,
78 anos após a publicação da obra, o conteúdo continua atual.
Além
de analisar Carnegie, o jornalista estudou mais de 500 milionários durante 20
anos. Suas entrevistas e pesquisas foram parar no livro. Nele, Hill dá "o
segredo para fazer dinheiro" em 13 passos. A abordagem é quebrar barreiras
psicológicas que impedem muitas pessoas de alcançar o sucesso. Veja as
descobertas de Napoleon Hill:
1. Desejo:
você precisa querer. Todos os milionários começaram com o sonho, a esperança, o
desejo. Imaginavam suas riquezas antes de vê-las em suas contas bancárias.
"Desejar não vai trazer riquezas. Mas desejar com um estado de espírito
que se torna uma obsessão, depois planejar maneiras e meios para adquirir
riquezas, e colocar esses planos em prática com uma persistência que não
reconheça o fracasso, trará riquezas."
2. Fé: acredite que você pode alcançar seu
objetivo. Ficar rico começa com a mentalidade — acreditar que você acumulará
riqueza. "A quantidade de dinheiro é limitada apenas pela pessoa em cuja
mente está o pensamento. A fé remove as limitações!", defende Hill em seu
livro.
3. Afirmação:
use frases para alcançar seu objetivo. Tornar o desejo por dinheiro ou sucesso
em realidade requer que você repita para seu subconsciente o seu objetivo, diz
Hill. Inclusive em voz alta. Basta dizer o que você quer e como pretende
alcançar. Faz parte de transformar um sonho em uma "obsessão
constante".
4. Conhecimento especializado: ganhar experiência e continuar aprendendo.
A educação só se torna poderosa quando organizada e aplicada à vida. E deve ser
continuamente reabastecida. Você nunca para de aprender. "Homens que não
são bem-sucedidos cometem o erro de acreditar que o período de aquisição de
conhecimento acaba quando termina a escola."
5. Imaginação:
tenha ideias e visualize seu sucesso. Se você pode imaginar, pode criar.
"Ideias são os pontos de partida de todas as fortunas. As ideias são
produtos da imaginação", escreve. "Quem quer que você seja, onde quer
que viva, seja qual for a ocupação com que você esteja envolvido, lembre-se a
cada vez que você ler as palavras 'Coca-Cola' que aquele vasto império de
riqueza e influência cresceu a partir de uma única ideia."
6. Planejamento organizado: aja. Você precisa correr atrás do que
quer. E deve agir com persistência e entusiasmo. "Nós somos bons
'começadores', mas péssimos 'terminadores'. As pessoas estão propensas a
desistir ao primeiro sinal de derrota. Então, não há nenhum substituto para a
persistência."
7. Decisões:
derrote a procrastinação com determinação. Essa é a característica chave que
Hill identificou em todos os ricos estudados — determinação. Aqueles que tomam
decisões rapidamente, sabem o que querem (e tendem a conseguir o que querem).
"Determinação não é apenas uma característica dos ricos, mas uma das
qualidades mais importantes que um líder deve possuir. No fim das contas, tomar
uma decisão errada é melhor do que não tomar decisão alguma."
8. Persistência:
não pare até você conseguir o que deseja. Persistência é fundamental quando se
tenta acumular riqueza, mas poucas pessoas têm a força de vontade necessária
para transformar o desejo em algo real. "Riqueza não responde a desejos.
Responde apenas a planos definidos, apoiados por desejos definidos, por meio de
persistência constante."
9. Mestres da mente (Master Mind): esteja rodeado pelos melhores. Pessoas
bem-sucedidas se cercam de amigos talentosos e colegas que partilham sua visão.
O alinhamento de várias mentes criativas é mais poderoso do que apenas uma.
"Um grupo de cérebros coordenados (ou conectados) em um espírito de
harmonia irá fornecer mais energia do pensamento que um único cérebro, assim
como um grupo de baterias vai gerar mais energia do que uma só bateria."
10. Relacionamento: escolha um parceiro compatível. A energia sexual é
incrivelmente poderosa, segundo Hill. Quando aproveitada e redirecionada, pode
melhorar criatividade, paixão, entusiasmo e persistência — cruciais para acúmulo de riqueza. "O
desejo do sexo é o mais poderoso dos desejos humanos."
11. Subconsciente:
abrace a positividade e descarte emoções negativas. "Emoções positivas e
negativas não podem ocupar a mente ao mesmo tempo. Um ou outro deve dominar. É
de sua responsabilidade se certificar de que as emoções positivas constituam a
influência dominante de sua mente", diz Hill.
12. O cérebro:
se relacione com outras pessoas inteligentes e aprenda com elas. Nosso cérebro
é um "transmissor e receptor de vibrações de pensamento", absorvendo
os pensamentos de outras pessoas que nos rodeiam — o que torna ainda mais
importante estar com pessoas inteligentes, criativas e positivas. "Cada
cérebro humano é capaz de captar vibrações de pensamento que estão sendo
liberadas por outros cérebros", escreve o jornalista. Tente aprender com
todos que o rodeiam.
13. O sexto sentido: confie no seu instinto. O princípio final deve vir só depois
de você já dominar os outros 12 princípios. "Com o auxílio do sexto
sentido, você será avisado de perigos iminentes a tempo de evitá-los."
Para Hill, o instinto fica mais forte a partir dos 40 anos. Mas pode ser
aplicado a qualquer idade.
Fonte
Alquimista da Realidade
domingo, 26 de fevereiro de 2023
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023
SETE ATITUDES CONTRA A INADIMPLÊNCIA NO CONDOMÍNIO
Em
grandes cidades, o mais comum é que 10% das unidades estejam com alguma taxa em
aberto. Isso pode parecer pouco, mas já representa um peso no orçamento,
principalmente em residenciais menores, com poucas unidades.
A
inadimplência é um dos grandes sinais de que a crise está cada vez mais
presente na economia brasileira. Com mais dívidas do que o salário permite
pagar, a taxa de condomínio acaba tendo seu pagamento postergado ou suspenso, à
espera de dias melhores.
Quando
um condomínio chega nesse patamar de falta de pagamento fica muito difícil para
o síndico manter não apenas os serviços do local funcionando - é complicado não
aumentar a taxa para cobrir o que está faltando para fechar as contas, o que
pode elevar ainda mais o número de inadimplentes.
Em
grandes cidades, o mais comum é que 10% das unidades estejam com alguma taxa em
aberto. Isso pode parecer pouco, mas já representa um peso no orçamento,
principalmente em residenciais menores, com poucas unidades.
Mas
se o problema está em todos os locais, há também algumas soluções que podem
servir para a grande maioria dos condomínios. Veja os sete passos para melhorar
a situação financeira do condomínio e evitar que o mal da inadimplência aumente
ainda mais:
1. Acompanhamento das contas:
O
síndico deve acompanhar ao menos uma vez por semana a situação financeira do
condomínio, e saber quem está em dia, ou não, com a sua taxa. Deve também ser
informado sobre quem está fazendo acordo com a administradora e também a
respeito de novidades referentes a ações na Justiça.
2. Cobrança rápida:
A
administradora deve ter agilidade no momento logo após o vencimento da taxa,
enviando uma carta amigável já com o boleto para pagamento. Dessa forma,
consegue fazer com que aqueles que se esqueceram do pagamento consigam
efetuá-lo o mais rapidamente. Quando esse boleto vencer, a empresa pode enviar
outra carta, dessa vez explicitando o referido débito em aberto. Outra medida
interessante é a cobrança telefônica. Há administradoras que oferecem esse tipo
de serviço, contratado à parte, normalmente.
Há,
além das administradoras, empresas especializadas no serviço de cobrança. O
síndico pode contratar seu serviço diretamente, caso sua administradora não
ofereça esse serviço, ou por outros motivos.
Esse
pode ser um bom caminho para os condomínios, já que aceleram o pagamento das
cotas atrasadas. Também pesa a favor o fato dessas empresas cobrarem seus
serviços daqueles que estão em atraso, evitando que o condômino em dia arque
com mais um prejuízo.
3. Ação judicial
Esse
é o ponto crucial no trato contra os devedores, apontado por todos os
especialistas ouvidos. O síndico não deve demorar para entrar com ação judicial
contra os inadimplentes. O ideal é que se espere 90 dias, esgotando assim todas
as formas amigáveis de cobrança.
Entrando
com a ação rapidamente, o condômino inadimplente percebe que sua situação está
sendo acompanhada de perto. Sente também a pressão para que o pagamento seja
efetuado rapidamente.
Nesses
casos é imprescindível que o síndico tenha regras para se guiar. O ideal é que
os prazos para que se entre com ação judicial esteja na convenção. Caso não
haja nada no documento sobre isso, o síndico deve chamar uma assembleia que irá
definir como o assunto será tratado no condomínio. Assim, evita-se tratamento
diferenciado para moradores do condomínio - e ampara o síndico legalmente no
momento de tomar esse tipo de decisão.
Protesto de cotas vencidas
Um
passo diferente que o síndico pode dar em algumas cidades do país é o protesto
de inadimplentes. A medida deve ser aprovada em assembleia. Com ela, o
condômino com cotas em aberto fica com o nome negativado, e por isso, não pode
contrair empréstimos ou fazer crediários.
Muitos
condomínios se utilizam do protesto, que deve ser feito cercado de cuidados. O
ideal é contar com a assessoria jurídica da administradora – ou de um advogado
especialista – para isso.
4. Pagamento facilitado
Aqui,
a ideia é que seja fácil efetuar o pagamento do condomínio. Uma opção é o DDA
(Débito Direto Autorizado), uma espécie de pagamento automático. Para tanto, o
morador deve se cadastrar no seu banco, e depois pedir para a administradora
mandar os dados para a instituição financeira.
Outra
medida que pode parecer pequena, mas bastante utilizada, é o serviço de segunda
via de boletos pelo site da administradora. Dessa forma, quem perder o boleto
consegue imprimi-lo ou mesmo pagar a conta sem precisar ligar para a
administradora.
Também
é importante que o morador tenha prazo para pagar sua cota. Por isso quanto
antes recebe uma conta, mais rápido ele poderá pagá-la. Então, o ideal é que ao
menos dez dias antes do vencimento o condômino já esteja com seu boleto em mãos
para efetuar o pagamento.
5. Conscientização dos moradores
É
importante que os condôminos entendam como funciona a parte financeira do
condomínio. Por isso, campanhas periódicas têm o efeito de diminuir a
inadimplência sazonal, daquela pessoa que privilegia o pagamento de outras
contas, em detrimento da cota do condomínio. Nessas campanhas é importante
salientar o que é a taxa condominial, do que é composta, e como é utilizada.
Também
é importante mostrar o impacto da inadimplência nas contas do condomínio.
Descrever o que não deverá sair do papel por causa de pagamentos pendentes
costuma ter efeito positivo. Apontar que os vizinhos custeiam os atrasados,
também.
6. Conversa com o síndico
Quando
o síndico tem tato e é bom de conversa, pode desatar grandes nós da vida
condominial. Por isso, se você se sente a vontade, e se o devedor dá abertura,
vale a pena conversar de uma maneira informal e positiva com o morador
inadimplente.
Mesmo
que a ação já esteja na Justiça, se houver espaço, converse com o morador com
tranquilidade, e explique como está o caixa do condomínio. Já houve situações
em que uma boa argumentação do síndico conseguiu pagamento imediato dos
atrasados.
7. Plantão de pagamento
Quando
a inadimplência já está muito disseminada no condomínio, o ideal é que o
síndico solicite à administradora um plantão com um funcionário para que os
condôminos inadimplentes possam conversar sobre os atrasados.
Caso
haja algum tipo de benefício, como parcelamento da dívida, o mesmo deve ter
sido aprovado em assembleia.
O
plantão de pagamento é uma boa ferramenta principalmente para condomínios
grandes, como do tipo clube. Vale lembrar que uma ótima época para o plantão é
no final do ano. Quando o morador recebe seu décimo terceiro salário, com
certeza poderá usar o recurso para pagar os atrasados no condomínio,
principalmente se enxergar ali uma boa oportunidade.
Por
Bernardo César Coura
Fonte
Sindiconet
domingo, 19 de fevereiro de 2023
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023
APROVEITE SEU CARNAVAL SEM PREOCUPAÇÕES: CONHEÇA SEUS DIREITOS AO VIAJAR!
Atrasos e
cancelamentos são queixas bastante comuns em períodos de grande fluxo nos
aeroportos e rodoviárias. Saiba como agir para evitar abusos
Com um feriado prolongado como o do
Carnaval, é bastante comum desejar uma viagem para passar alguns dias longe da
rotina da cidade grande. No entanto, problemas que ocorrem em viagens são
alguns dos mais estressantes para o consumidor. Seja em aeroportos ou rodoviárias,
o consumidor deve estar atento de seus direitos para que a folia não se torne
incômodo e desgosto.
Não importa se vai de ônibus ou avião,
algumas precauções podem ser tomadas antes mesmo de o passageiro embarcar: identifique
suas malas facilmente, usando etiquetas que contenham seu nome, endereço
completo e telefone. A dica é ainda mais útil em caso de extravio de bagagem.
Extravio de bagagem
Vale lembrar ainda que o viajante pode
declarar à companhia aérea o valor da bagagem antes do embarque, para caso
ocorra o extravio, haver uma indenização no valor declarado e aceito pela
empresa. Nesse caso, objetos de valor como joias e eletroeletrônicos não podem
ser declarados, por isso devem ser levados na bagagem de mão.
Feito o check-in, seja no aeroporto ou na
rodoviária, a empresa é responsável pela bagagem do passageiro e deve indenizá-lo
em caso de extravio ou danos, segundo o art. 6º do CDC (Código de Defesa do
Consumidor). Se a viagem tiver sido contratada por intermédio de uma agência de
turismo, essa também responde por eventuais incidentes.
A companhia de transporte aérea ou terrestre
deve reparar danos materiais ou morais decorrentes do sumiço ou da danificação
da mala e/ou pacotes. Se constatar sinais de violação na mala e sumiço de
objetos (cortes na bagagem, cadeados forçados, conteúdo remexido, pacotes
rasgados, etc), o passageiro deve comunicar imediatamente à companhia,
detalhando o valor dos objetos desaparecidos, e a indenização deve ocorrer em
até 30 dias a partir da data da reclamação. O consumidor prejudicado pode
tentar um acordo amigável com a empresa, mas caso não haja acordo, deve
procurar o Procon de sua cidade ou entrar com uma ação no JEC (Juizado Especial
Cível).
Direitos na estrada
Para os passageiros que utilizam as rodoviárias,
existem outros desafios. Se o ônibus quebrar no meio do trajeto, por exemplo, e
a empresa disponibilizar um modelo inferior, o consumidor deve ser ressarcido
da diferença de valor entre a passagem comprada e àquela do ônibus que foi
utilizado. “As empresas também devem informar todos os serviços oferecidos para
que, antes de comprarem sua passagem, a pessoa esteja ciente de qual ônibus
viajará”, afirma o advogado do Idec, Flavio Siqueira Júnior.
Atrasos e
cancelamentos
Mesmo com o aumento no fluxo de passageiros
nos aeroportos e rodoviárias, as empresas devem cumprir com suas obrigações,
independente de atrasos ou cancelamentos. No caso de viagens de ônibus, se o
carro atrasar por mais de uma hora, o consumidor pode solicitar outra passagem -
para outro dia ou horário - para o mesmo destino, ou então pedir de volta o
valor pago por ela.
Se viajar de avião, direitos como ligações
telefônicas, acesso à internet, alimentação e hospedagem são obrigatórios de
acordo com o tempo de atraso. Caso o voo seja cancelado, o passageiro pode pedir o reembolso ou escolher
outro dia e horário para viajar. Esperas intermináveis nos aeroportos são
bastante comuns em épocas como esta.
No entanto, apesar do grande fluxo de
passageiros, as obrigações das companhias aéreas com os consumidores devem ser
integrais. A assistência deve ser dada independentemente do tempo de atraso do
voo. Em atrasos de mais de uma hora, o consumidor tem direito a ligações telefônicas
e acesso à internet. A partir de duas horas, tem direito à alimentação e em atrasos
superiores a quatro horas, o passageiro tem direito à hospedagem e transporte
pagos pela companhia.
Caso o consumidor tenha seu voo cancelado,
deve procurar um melhor horário ou dia para sua viagem, junto à empresa aérea. Caso
o passageiro não queira mais viajar por aquela empresa, tem direito ao
reembolso do valor pago no bilhete. Por isso é importante que todos os
comprovantes relacionados à viagem sejam guardados.
Se o passageiro não tiver seus direitos
respeitados e atendidos, poderá registrar queixa na Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil), pelo telefone 0800 725 4445 (atendimento 24 horas por dia,
gratuitamente). Se preferir fazer sua reclamação pelo site, o endereço é www.anac.gov.br/faleanac.
Guarde tudo
É importante lembrar que, para qualquer
reclamação, todos os documentos e recibos devem ser guardados, bem como os
protocolos de atendimento anotados. Desta maneira, a reclamação e a indenização
poderão ser realizados com facilidade, evitando que o consumidor passe por maus
momentos e curta, merecidamente, a folia do feriado mais esperado do ano.
Fonte Papo de Empreendedor
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023
CONDOMÍNIOS SEM RISCO
Prédios residenciais
têm que ter plano de segurança contra incêndio renovado a cada cinco anos
Sobrecarga nos equipamentos da rede elétrica
e falta de adequação das áreas comuns são os principais problemas encontrados
em prédios no Rio, especialmente nos mais antigos. Isso pode causar ou agravar
incêndios
Entre as muitas questões levantadas, uma foi
a da prevenção. Nos condomínios residenciais isto é papel de todos, sendo que a
responsabilidade do síndico é ainda maior, uma vez que é ele quem responde
civil e criminalmente em casos de tragédia.
Para estar com a segurança em dia, os
prédios residenciais precisam ter um plano de segurança contra incêndio, que
atenda às exigências do Corpo de Bombeiros, o chamado Certificado de Aprovação.
O processo para obtenção desse certificado é parecido com o da autovistoria
predial, em que cabe ao condomínio buscar a regularização e informar ao órgão
competente.
O responsável legal — geralmente o síndico —
deve chamar um engenheiro ou empresa credenciada ao Corpo de Bombeiros Militar
do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) e do Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ) para apresentar o plano de segurança da
edificação, a partir das exigências do órgão (que podem ser conferidas neste site: http://www.cbmerj.rj.gov.br/para-o-cidadao/regularizacao/saiba-como-se-regularizar.
Um dos erros mais comuns no trâmite, segundo
o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado do Rio, coronel Roberto Robadey, é que os condomínios fazem
obras por conta própria, sem antes consultar o Corpo de Bombeiros.
Caso esteja tudo certo com o condomínio e
não haja nenhuma adaptação a ser feita, é só enviar o plano para o CBMERJ, que
vai avaliar para conceder o Certificado de Aprovação.
Caso seja necessário fazer correções, o
condomínio deve se adequar às normas de segurança contra incêndio e, após os
reparos, uma nova vistoria será realizada pelos Bombeiros, para conferir se foi
tudo executado corretamente. A periodicidade da renovação varia em cada estado
— no Rio a deve ser realizada a cada cinco anos.
Anna Carolina Chazan, gerente de
relacionamento da Estasa Soluções Imobiliárias, explica que entre os itens
avaliados, estão a capacidade de brigada de incêndio do condomínio, anotação de
responsabilidade técnica de instalação de gás, para certificar de que não há
vazamentos, e o sistema de combate adequado, com hidrantes, sinalização de
emergência e portas corta-fogo.
Também se avalia a abrangência do grupo
gerador, para comprovar se o aparelho do condomínio funciona correta- mente e
se a escada pressurizada está em dia.
Segundo Thiago Ramos, presidente da
Associação Interamericana de Condomínios (Aincondo), a maioria dos prédios
antigos tem equipamento de combate a incêndio ineficazes.
Diversos estão com os extintores de incêndio
vencidos e o sistema de hidrante na parte interna da escada. Isso faz com que, para
se combater um incêndio, seja necessário manter a porta corta-fogo aberta, o
que acaba por inutilizar esta barreira. O que mais mata em um incêndio é a
fumaça. Se esta invadir a escada, fica difícil para os moradores evacuarem o
edifício.
Este é um procedimento para todos os imóveis,
novos ou antigos, mas no caso das unidades entregues pela construtora, o plano
já deve constar no Habite-se (certidão de habitação). O coronel Roberto Robadey
faz a ressalva de que há casos, especialmente nas cidades menores, em que não
há este laudo no documento.
No condomínio, Anna Carolina cita que as
principais falhas no combate contra incêndios são referentes à falta de
manutenções simples, como verificar se as luzes de emergência estão funcionando,
o tamanho adequado da mangueira e do corrimão, bem como a obstrução das portas
corta-fogo e das rotas de fuga.
Anna Carolina destaca outra questão: a
quantidade de imóveis antigos no Rio. A lei que regulamentou a segurança contra
incêndio e pânico é de 1976, mas há uma infinidade de prédios residenciais
construídos antes disso. Na maioria deles, é complicado mexer na estrutura. Entretanto,
o coronel Robadey ressalta que há medidas alternativas, como a instalação de
escadas externas ou de corta-fogo em certas edificações.
UMA RESPONSABILIDADE DE
TODOS
Tanto o coronel Robadey quanto o presidente
do CREA-RJ, Luiz Antonio Consenza, lembram que não cabe apenas à administração
do condomínio se precaver contra incêndios. Eles fazem ressalvas sobre o uso de
equipamentos elétricos dentro das casas e apartamentos.
Há muitos imóveis antigos no Rio e a fiação
já não suporta o que morador quer usar em 2018. O chuveiro elétrico no passado,
por exemplo, tinha potência de 2.500 Watts. Hoje, não se encontra um com menos
de 5.000 Watts. Mas o morador usa assim mesmo e, quando queima, compra outro. Em
momento algum, o morador se preocupa se a instalação suporta. Caso o disjuntor
desligue constantemente, o que já é um aviso de que o sistema não está
aguentando, ele vai lá e troca também. As pessoas foram comprando equipamentos
e aumentando a carga. Chega um ponto em que a fiação não aguenta e começa a
esquentar — detalha Consenza.
Outro vilão apontado pelos especialistas no
assunto é a régua de tomadas (aquele benjamin comprido que alimenta vários
aparelhos) e o ar-condicionado, muitas vezes instalado sem a preocupação de
adequar a carga.
Aquilo sobrecarrega muito a fiação da
unidade, pois no fim é só uma tomada que liga todas as outras — reforça
Consenza. — Muitos dos incêndios de que temos notícia acontecem porque as
pessoas não se preocupam com a manutenção. Estão mais preocupados com aparência.
A autovistoria veio para dar segurança, mas a maioria não faz e a prefeitura
não fiscaliza como deveria.
Em 2017, segundo o CBMERJ, foram realizadas 55.309
fiscalizações em todo o Estado do Rio, sendo emitidos 6.929 Laudos de
Exigências e 7.871 Certificados de Aprovação.
Além dos condomínios irem atrás da
regularização, a corporação também faz a fiscalização quando é solicitada a
documentação de segurança ao Corpo de Bombeiros; quando é solicitada emissão ou
renovação do certificado de registro, por denúncias e em ações aleatórias.
Além da manutenção em dia, autovistoria a
cada cinco anos e cuidado dos moradores, há um outro problema recorrente que
põe em risco a segurança dos condomínios contra incêndio: a obstrução das áreas
de fuga.
As portas corta-fogo, frequentemente, são
deixadas abertas ou as escadas são usadas como depósito. Em um dia normal, parece
não haver problemas. Mas se o fogo e a fumaça se alastrarem, isso põe em risco
a vida dos moradores.
Outra questão, segundo Anna Carolina Chazan,
da Estasa, é os moradores aceitarem realizar as mudanças necessárias para
adequar o condomínio às normas de segurança, uma vez que as alterações
geralmente têm custos altos.
Os valores variam conforme a metragem e
quantidade de dispositivos que precisam ser instalados, como extintores, canalização
preventiva e mangueiras no tamanho certo.
Como é o síndico que responde civil e
criminalmente caso aconteça uma morte ou algo mais trágico, eles se preocupam
em fazer a autovistoria. Mas, dependendo do valor, já que as obras costumam ser
caras, precisa de uma aprovação em assembleia dos moradores e estes resistem, achando
que é uma obra desnecessária, muitas vezes—explica.
Anna Carolina também lembra que o seguro
pode não cobrir os custos do incêndio setor comprovada negligência com os
equipamentos e normas de segurança.
Fonte O Globo
CONHEÇA CINCO ERROS COMETIDOS AO ACORDAR QUE DIMINUEM A DISPOSIÇÃO DURANTE O DIA
Tão essencial para o bem-estar quanto comer
adequadamente e se hidratar, dormir é fundamental para o equilíbrio do
organismo. Além da qualidade do descanso, a maneira de acordar o corpo também
influencia na disposição para o trabalho. Alguns erros cometidos ao dormir e ao
despertar podem piorar o ritmo do corpo e o bom humor durante o dia.
Na preparação para dormir, o corpo sofre uma
baixa de temperatura. Ao longo da noite, as fases de profundidade do sono se
alternam, variando entre momentos de relaxamento mais profundos até imersões
mais superficiais repetidamente. Para acordar, a temperatura do corpo volta a
crescer aos poucos e, com ela, o aumento da produção do cortisol. Este hormônio,
responsável pelo estado de vigília, ajuda a tornar o corpo desperto e atento. Por
isso, para garantir a disposição durante o dia, é importante manter o corpo
aquecido e a concentração de cortisol em níveis suficientes.
— Corpo e neurônios precisam do sono para o
relaxamento, desaceleração das funções e reorganização da memória. Da mesma
maneira, é importante despertar bem o corpo, sincronizando a energia com o dia —
diz a psicóloga Silvia Conway, especialista em distúrbios do sono.
Ela sinaliza que o tratamento da maior parte
dos problemas como a insônia e de falta de disposição e cansaço durante o dia
pode ser feito apenas com mudanças de comportamento.
Veja os cinco erros cometidos pela manhã que
mudam a disposição durante o dia
Deixar o quarto
escuro
Ficar no escurinho é aconchegante, mas cria
um ambiente de mais preguiça e lentidão. O sol é um fator que colabora para o
bom-humor, não é à toa que o verão é a estação mais alegre do ano. Por isso, a
especialista indica que é importante sincronizar o corpo com o horário do dia,
para ajustar o ritmo social. Para fazer isso, a recomendação é que se olhe para
um lugar com muita luminosidade, sensibilizando as células como uma forma de
avisar que é hora de despertar e acelerar o trabalho de forma positiva. Além
disso, a temperatura quente do lado de fora ajuda a acelerar o aumento da
temperatura corporal e por isso a concentração de cortisol. Abra as cortinas e
a janela e esquente as turbinas!
Levantar depressa
Abrir os olhos e levantar logo em seguida
com pressa para realizar atividades pode exigir demais dos músculos e provocar
tontura, além de ser um sinal de ansiedade. A especialista recomenda que se faça
um breve alongamento, como um espreguiçar, ao despertar por cerca de dez
minutos. Erguer o corpo aos poucos evita também que o sangue circule
rapidamente para as pernas e provoque o mal-estar da tontura.
Para aqueles que têm insônia, a psicóloga
reforça que é importante desacostumar o corpo da possibilidade de ficar na cama
sem dormir. Por isso, ao acordar, é importante evitar ficar deitado. Nada de
cochilinho!
Deixar a ansiedade
tomar conta
A correria do dia-a-dia faz com que já se
acorde com a mente acelerada, exigindo velocidade e prontidão para dar conta de
uma lista enorme de tarefas, sem atenção ao corpo. Segundo a psicóloga Silvia,
este tipo de postura provoca um desgaste que com o tempo vai reduzindo a
disposição para as atividades da rotina. Para ela é importante colocar um foco
de atenção no corpo, percebendo as necessidades de relaxamento e desaceleração,
caso seja necessário. Silvia sinaliza que algumas pessoas tendem a demorar mais
para entrar no ritmo e por isso podem acordar um pouco mais cedo e fazer tudo
um pouco mais devagar. Quinze minutinhos podem fazer diferença.
Ativar o despertador
várias vezes
Precisar acordar às 7h e colocar o
despertador para tocar desde às 6h30 pode ser pior do que se imagina. Segundo
Silvia Conway, é possível que o estímulo sonoro interrompa uma fase mais
profunda do sono, fragmentando um momento de relaxamento essencial para
garantir o descanso e a disposição do dia seguinte. O ideal é que o alarme
toque quando o corpo deve acordar e que a soneca não seja ativada.
Para aqueles que têm insônia a recomendação é
ainda mais radical: dormir mais um pouquinho desregula ainda mais o sono, que
fica ainda mais superficial. É preciso descansar nos horários certos e
despertar no momento necessário.
Fazer exercícios em
jejum
A psicóloga reforça que a prática de
atividade física ajuda a acelerar a elevação da temperatura e faz com que o
corpo fique mais rapidamente sintonizado e atento. O problema, segundo
nutricionistas, é incluir a atividade física como mais uma tarefa feita na
ansiedade e sem atenção e, por isso, feita sem a alimentação correta. Não tomar
café da manhã antes de malhar ou correr prejudica não só a prática da atividade
como o impulso energético do dia. Lembre que os chás verde, mate e preto, além
do café são estimulantes que devem ser usados pela manhã e evitados à noite.
Silvia recomenda que pessoas que tenham insônia
não tomem estimulantes em nenhum momento do dia. Elas devem procurar o
tratamento adequado.
Por que as pessoas
ficam mais mal humoradas na segunda-feira?
O mau humor e a falta de disposição do início
da semana, especialmente na segunda-feira, têm justificativa no comportamento
do sábado e do domingo. A psicóloga Silvia Conay analisa que estar insatisfeito
com a vida e o trabalho fazem com que algumas pessoas sintam que apenas nos
dias em que não trabalham estão de fato sendo felizes e, por isso, a segunda-feira
representa o momento de lidar com as situações adversas. Além disso, a vida
social agitada do fim de semana fazem com que normalmente se durma mais tarde e
acorde mais tarde, desregulando o relógio biológico.
— Ao dormir mais tarde no domingo e precisar
acordar no horário normal de trabalho na segunda, a pessoa fica privada de sono.
E dormir pouco causa mau-humor mesmo — explica.
Segundo ela, a tendencia é que na terça-feira
a situação melhore, já que uma noite de sono bem dormida é suficiente para
recuperar o descanso e o relaxamente necessários para dar disposição para as
atividades do dia seguinte.
Por Luiza Toschi
Fonte Extra - O Globo Online
terça-feira, 14 de fevereiro de 2023
ESTAR APTO NÃO É O MESMO QUE TER COMPETÊNCIA
De início, uma provocação: apto, capaz ou competente?
O
bacharel obteve a aprovação no exame da OAB. Portanto, está apto a advogar. Mas
será que ele é mesmo capaz de fazê-lo? Talvez sim, talvez não. Vamos considerar
que sim, pelo menos após algum tempo de prática. Em sendo capaz, ele pratica a
advocacia com excelência? Talvez sim, talvez não.
O
fato de um profissional ser apto a algo, não significa necessariamente que ele
é capaz; também, o fato de ser capaz, não significa que ele exerce as suas
aptidões com competência.
A
aptidão pode conter insuficiência, a capacidade pode esconder indulgência ou
displicência. Já a competência revela eficiência e não tolera dúvidas acerca
dos resultados.
Fundamentalmente,
a questão é: temos, efetivamente, competência profissional? E mais: quais são
os elementos que compõem a competência e que somos chamados a desenvolver e a
oferecer?
Na
década de 1970, o cientista social e professor americano David McClelland,
seguido por vários outros estudiosos nas décadas seguintes, inicia os estudos
que nos permitem entender a competência hoje — nos diz a professora Maria
Teresa Fleury — “... como o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes
(isto é, o conjunto de capacidade humanas) que justificam uma alta performance,
acreditando-se que as melhores performances estão fundamentadas na inteligência
e na personalidade das pessoas.”
Temos
cinco preciosos elementos, grifados acima. Por não fazer exatamente parte de
nosso foco neste artigo, não iremos abordar inteligência e personalidade. Mas
devemos fazê-lo com os três elementos da competência:
Conhecimento
Considerado por muitos como o elemento básico da competência, em geral de cunho técnico. Um advogado precisa conhecer as leis e práticas jurídicas; um engenheiro, os cálculos; um filósofo, os pensamentos; e assim por diante. A necessidade de incorporação de conhecimento por parte dos profissionais é contínua, parece não se esgotar, pois a evolução técnica, seja em qual campo for, não para. E crescentemente são exigidos conhecimentos generalistas, humanos e sociais dos profissionais, além de seus conhecimentos técnicos.
Considerado por muitos como o elemento básico da competência, em geral de cunho técnico. Um advogado precisa conhecer as leis e práticas jurídicas; um engenheiro, os cálculos; um filósofo, os pensamentos; e assim por diante. A necessidade de incorporação de conhecimento por parte dos profissionais é contínua, parece não se esgotar, pois a evolução técnica, seja em qual campo for, não para. E crescentemente são exigidos conhecimentos generalistas, humanos e sociais dos profissionais, além de seus conhecimentos técnicos.
Diz
o adágio que “o homem não nasce sabendo”, aliás, sequer nasce profissional.
Então, onde, em que fontes adquirir os conhecimentos necessários para ser
competente?
Fontes formais:
cursos técnicos, graduações e pós-graduações, extensões, educação continuada,
livros, pesquisas e outras fontes de conteúdo geralmente pré-concebido.
— Convívio:
Estar presente, aplicar com critério o senso de observação ao campo de
interesse, tomar pelo exemplo, agregam e aumentam o nível do conhecimento.
— Vivência:
Ir à lida, experimentar, fazer aprendendo e aprender fazendo, “tomar” dos mais
experientes a prática.
No
mundo contemporâneo, o hábito de aprofundar ou adquirir conhecimentos deve ser
praticado constantemente — lembrando sempre que no ambiente da gestão de
pessoas, conhecer é mais entender, compreender os fatos e técnicas e menos ter
a pretensão de desvelar qualquer verdade. O ambiente e os conhecimentos estão
em constante mutação.
Habilidade
Quem tem destreza, desprendimento em fazer algo é hábil. E de onde vem a habilidade? Basicamente de dois tipos fontes:
Quem tem destreza, desprendimento em fazer algo é hábil. E de onde vem a habilidade? Basicamente de dois tipos fontes:
— Inata:
o que chamamos de “dom”, quando temos a nítida impressão, tal qual uma
convicção, de que a pessoa “nasceu sabendo fazer”; faz com facilidade, com
naturalidade. É o tal do talento natural.
— Adquirida:
Administrador, historiador, escritor, naturalista e oficial romano, Plínio, O
Velho, que viveu no primeiro século da era cristã, observou que “O homem é o
único animal que não aprende nada sem ser ensinado; não sabe falar, nem
caminhar, nem comer, enfim, não sabe fazer nada no estado natural, a não ser
chorar.”
É
frequente a pergunta sobre se uma pessoa pode tornar-se, por exemplo, líder ao
longo da vida, sem tê-lo sido até um determinado momento. Os estudos
comportamentais realizados a partir da metade do século passado e as práticas
cada vez mais avançadas de educação e treinamento respondem que sim, pode!
Mas,
claro, pode, não tornar-se o mais brilhante dos lideres, mas melhorará em muito
a habilidade de conduzir pessoas.
Atitude
É o mais subjetivo dos três elementos por ter forte conotação comportamental. É a disposição interior que a pessoa revela ao mundo. É como o sujeito procede, como ele porta — se, como ele faz a dinâmica da interação com as pessoas, os fatos, as situações da vida. As facetas são várias: psíquica, profissional, social, existencial, etc., e o domínio sobre todas elas dificilmente é pleno, tampouco lúcido e o impacto das atitudes no ambiente organizacional tem forte efeito sobre os negócios.
É o mais subjetivo dos três elementos por ter forte conotação comportamental. É a disposição interior que a pessoa revela ao mundo. É como o sujeito procede, como ele porta — se, como ele faz a dinâmica da interação com as pessoas, os fatos, as situações da vida. As facetas são várias: psíquica, profissional, social, existencial, etc., e o domínio sobre todas elas dificilmente é pleno, tampouco lúcido e o impacto das atitudes no ambiente organizacional tem forte efeito sobre os negócios.
Tem
aumentado a importância dos estudos do comportamento na gestão, pois se o
conhecimento técnico é cada vez mais tido como uma commodity, com crescente
facilidade de acesso, o comportamento tem características predominantemente
individuais, o que, de certa forma, se opõem à tendência natural de criação de
padrões na gestão, inclusive na das pessoas. Na mesma proporção, cresce a
exigência quanto às competências comportamentais oferecidas pelos
profissionais.
O
jornalista e escritor Richard Donkin cita a conclusão de McClelland de que “...
conhecimento e habilidades... podiam ser desenvolvidos, mas é muito mais difícil
desenvolver motivações humanas básicas”.
Ter
autoconhecimento, somado ao continuo desenvolvimento técnico e ao
aprofundamento no campo comportamental tem se revelado boa receita para os
profissionais que buscam a alta performance.
O
professor Guy Le Boterf sugere um grupo de sete competências para os
profissionais: “saber agir, saber mobilizar recursos, saber comunicar, saber
aprender, saber se engajar e se comprometer, saber assumir responsabilidades e
ter visão estratégica”.
Demanda versus oferta
Não
podemos nos esquecer de que, no ambiente organizacional, a competência ofertada
pelos profissionais se sustenta na medida em que atende as competências
demandadas pelas organizações, para suprir as suas necessidades de geração de
resultados.
O
equilíbrio entre a demanda e a oferta de competências no trabalho não é
estável; é delicado, oscilante e requer constantes revisões e ajustes. Requer
empenho da empresa e dos profissionais e por definição nunca está consolidada e
não permite acomodações.
Este tipo de situação recomenda a adoção de:
Realismo
entre as partes, para bem aferir as metas e os critérios de exigência e de
avaliação — seja de desempenho profissional, seja dos resultados do negócio. O
risco aqui é a criação de atritos, frustrações, sobrevalorizações ou
injustiças.
Franca
comunicação entre as partes, para que empresa e profissionais se mantenham
alinhados e comprometidos e se satisfazer mutuamente. Pontos de divergência
quanto às expectativas precisam ser sempre discutidos e acordados; as
discordâncias equacionadas e as dúvidas expostas e eliminadas. A má comunicação
é um autêntico veneno para o comprometimento e para a retenção de talentos.
Uma
visão clara do profissional de que o seu trabalho é o seu produto e, como tal,
deve ser muito bem executado, reconhecido. E recompensado pelo valor que gera,
pelo valor que agrega a quem o recebe. Claro que o profissional depende das
condições em que está inserido, mas ele, sob o seu ponto de vista e em última
estância, é o responsável pela eficiência de seu trabalho, pelo menos até o
momento em que o entrega — enfim, quando firma a sua competência.
Por
Carlos Alberto Bitinas
Fonte
Consultor Jurídico
CULTIVAR AMIZADES É ESSENCIAL PARA VIVER BEM
Motivos não faltam
para criarmos novas conexões e mantermos as antigas sempre nutridas
Por mais incrível que possa parecer nos dias
de hoje em que tudo muda tão rapidamente, uma música lançada em 1985 ainda é sucesso
quase 30 anos depois. Basta dar uma busca rápida na web para que pipoquem
aproximadamente mais de três milhões de remissões para a canção That's what
friend's are for que, em tradução literal, significa para que servem os amigos.
Um tanto mais atrás, mas com números respeitosos, quase um milhão de referências,
vem Canção da América, composta por Milton Nascimento e que começa com o
seguinte verso: amigo é coisa prá se guardar, debaixo de sete chaves, dentro do
coração...
Pois é, algo que sabemos fazer bem
intuitivamente, vem intrigando pesquisadores do mundo todo. Tanto que não param
de surgir pesquisas relacionadas à importância da amizade, principalmente para
a turma dos 50+. A grande descoberta traz luz à receita da longevidade nota 10:
além da prática de exercícios físicos regulares e de uma alimentação
equilibrada, manter e criar novas amizades é um santo remédio para manter a saúde
tinindo. O melhor é que não custa nada e não tem efeito colateral. Pelo contrário.
Entre os benefícios apontados pelos
pesquisadores estão a diminuição da pressão arterial e de sintomas relacionados
à perda de massa óssea e às doenças do coração, só para citar alguns exemplos. E
não é só. No ano passado, renomados pesquisadores da Universidade de Harvard,
nos Estados Unidos, concluíram que fortes laços de amizade também são capazes
de deixar as funções cerebrais mais azeitadas Some-se ao fato um detalhe bem
importante e que não pode ser deixado de lado em qualquer tempo: relacionar-se
com pessoas diferentes enriquece nossos conhecimentos, muda nossos pontos de
vistas e trabalha as habilidades de pensar, ouvir e argumentar. Tudo de bom.
Se na teoria a coisa é bem clara, às vezes,
na prática não é tanto assim. Afinal, dependendo da etapa de vida, teremos
expectativas distintas em relação ao círculo de amizades. 'Quando somos
adolescentes, o grupo ocupa um espaço muito maior. Com a chegada da maturidade
e das obrigações impostas pelo trabalho e pelo casamento, há uma diminuição da
interação social pela falta de tempo, fazendo com que as pessoas se tornem cada
vez mais seletivas para se abrir para outras pessoas ' , explica a psicanalista
Sylvia Loeb, de São Paulo. 'Se optarmos por esse caminho, não usufruiremos dos
benefícios que os amigos, sejam eles novos ou antigos, podem trazer.'
Porém, uma coisa é preciso ficar clara: solidão
não faz mal nenhum a ninguém e, na medida certa, é bem gostosa. 'Tudo é uma
questão de como se vive esses momentos de isolamento', acrescenta a
psicanalista.
Mas, o que fazer se você estiver
enferrujando e precisando abrir espaço para novos relacionamentos? A resposta é
simples e exige uma boa dose de disposição: é preciso sair da toca e se
entrosar com as pessoas ao redor. Seja retomando amizades, frequentando cursos,
grupos de estudos, viajando, acessando as redes sociais....Claro, que a tarefa é
mais difícil se você estiver sem prática mas nada que não se resolva com
algumas sugestões estratégicas:
1. Saia da rotina
Nessa fase de abertura para o mundo, todos os
contatos podem ser interessantes seja na academia, num curso de arte, numa aula
de dança ou até num grupo de trabalho voluntário aliado com seus interesses. É só
uma questão de começar.
2. Devagar se chega
lá
Vá com calma e nada de ansiedade. Lembre-se
que os laços levam um tempo para ser construídos e, muitas vezes, nem todo
mundo está com a mesma intenção que você.
3. Experimente algo
completamente novo
Vale entrar num clube de leitura, participar
de um grupo de jardinagem, aprender a dançar salsa ou entrar numa turma de
ciclistas. Nessa altura da vida, você já se livrou de muitos preconceitos e
pode ampliar seus horizontes e paixões de maneiras até então impensadas.
4. Transforme o
amigo virtual em real
Em tempos de redes sociais sempre é possível
esbarrar em gente interessante (ou não, claro). Mas, tente separar o joio do
trigo e ver se há alguém que possa valer um café no final da tarde. Por que não?
5. Arrisque-se
Talvez você tenha passado muito tempo vivendo
e convivendo com gente com gostos muito semelhantes. O que por um lado é cômodo,
por outro, pode levar a uma certa acomodação. Que tal aproveitar o embalo para
conhecer pessoas que pensem diferente de você?
6. Peça ajuda, se
for o caso
Se você estiver achando a jornada rumo ao
novo difícil, tudo bem. Não desista. Chame uma amiga ou amigo para fazer
companhia. Fica mais fácil, pode acreditar!
Fonte MSN Estilo
O DIA DE SÃO VALENTIM
O
dia de São Valentim, celebrado anualmente em 14 de fevereiro em diversos
países, é uma oportunidade de demonstrar afeição por meio de presentes como
cartões, flores, chocolates e mensagens de amor.
Não
sabemos muito sobre sua origem, trata-se de uma das ocasiões do calendário nas
quais se celebra o amor e o romance.
Origens
O
dia de São Valentim é uma tradição antiga que teria se originado em um festival
romano de três dias chamado Lupercalia.
O
festival celebrava a fertilidade e ocorria no meio de fevereiro. Seu objetivo
era marcar o início oficial da primavera.
Como
parte das celebrações, jovens sorteavam nomes de garotas misturados dentro de
uma caixa. Os dois então se transformavam em namorados durante a festa, e
podiam até casar.
Nos
séculos seguintes a Igreja decidiu erradicar celebrações pagãs e por isso
transformou o evento em uma festa cristã, em homenagem a São Valentim.
Mártires rivais
O
primeiro dia oficial de São Valentim foi declarado em 14 de fevereiro do ano de
496, pelo papa Gelasius, em homenagem a um mártir que tinha esse nome.
A
explicação mais comum é que São Valentim era um padre de Roma, que foi
condenado à pena capital no século 3.
Mas
há ao menos outras duas figuras históricas que disputaram o título de São
Valentim associado à essa data.
Uma
delas é um bispo de uma cidade próxima a Roma – na região da atual Terni – e a
outra um mártir do norte da África.
Não
se sabe muito mais informações sobre essas duas outras figuras e o padre de
Roma acabou se tornando o mais conhecido São Valentim.
Casamentos
A
história conta que o imperador Claudius 2 baniu os casamentos por acreditar que
homens casados se tornavam soldados de má qualidade.
Valetim,
porém, defendeu que o casamento era parte do plano de Deus e dava sentido ao
mundo. Por isso, ele quebrou a lei e organizou casamentos em segredo.
Quando
Claudius descobriu, Valentim foi preso e sentenciado à morte.
Na
prisão, ele se apaixonou pela filha de um carcereiro. No dia do cumprimento da
sentença, ele enviou uma carta de amor à moça assinando: "do seu
Valentim" – o que originou a prática moderna de enviar cartões para a
pessoa amada.
Popularidade e comercialização
Apesar
dos cristãos antigos terem começado a celebrar o dia de São Valentim, apenas ao
longo da Idade Média e dos períodos posteriores a celebração começou a ser
associada com amor romântico e troca de presentes.
Dois
gigantes da literatura inglesa – o poeta Geoffrey Chaucer e William Shakespeare
– foram responsáveis pela popularização do evento na Grã-Bretanha e
posteriormente na Europa e no Novo Mundo.
O
costume de trocar cartões de papel com a pessoa amada já havia sido
estabelecido na Idade Média, mas apenas se tornou um grande negócio depois da
revolução industrial, que tornou possível a produção em massa de cartões.
Em
1916, uma pequena empresa chamada Hallmark Cards of Kansas City, no Estado
americano do Missouri, começou a produzir sistematicamente cartões de dia dos
namorados, mudando a natureza da celebração em boa parte do mundo.
Assim,
a data reúne elementos religiosos, românticos e comerciais.
Fonte BBC Brasil
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023
ABUSO DO DIREITO DE RECLAMAÇÃO POR PARTE DO CONDÔMINO
É fato que o condômino, como dono da coisa
comum, é detentor de direitos de fazer suas solicitações, reclamações e até
mesmo exigências junto à administração do condomínio, mas tudo isso observando
o mútuo dever de respeito, urbanidade e razoabilidade, sob pena de verificando-se
um excesso, caracterizar-se um abuso de direito, passível de diferentes formas
de reprimenda e punição, conforme a gravidade e intensidade deste excesso.
É evidente que aquele que assume uma função
de administração junto ao condomínio deve estar minimamente preparado para
saber driblar os “chatos de plantão”, com suas manias e temperamentos, mas que
encontram-se dentro da linha limítrofe do respeito.
Aqui trataremos dos excessos praticados, daquilo
que ultrapassa a normalidade e deve sofrer uma resposta, proporcional à ofensa.
Para efeitos didáticos, analisaremos o abuso de direito de reclamação em quatro
níveis, de acordo com a gravidade da atuação, bem como as medidas que podem ser
tomadas como punição.
O primeiro nível que chamamos de abuso de direito puro e simples: Aqui o condômino interpela o síndico com insistência perturbadora, desrespeitosa e grosseira, fazendo-lhe exigências inoportunas, mas ainda sem acusações graves, fazendo-o por temperamento, estado de ânimo alterado, problemas psicológicos, neuroses e outros, trazendo um certo desgosto ao exercício da função de síndico. Tal situação está prevista no art. 187 do Código Civil que dispõe:
“Também comete ato
ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes.”
Aqui, havendo excesso em menor gravidade, poderá
o síndico, além de advertir o condômino, estabelecer restrições ao canal de
comunicação entre ambos, podendo, a título de exemplo, determinar que de aquele
momento em diante somente atenderá aquele condômino mediante relatos no livro
de ocorrência, ou por e-mail, de forma que ao mesmo tempo em que se evita o
contato físico, se constitui prova escrita do abuso.
2) O segundo nível que chamamos de
perturbação da tranquilidade: Aqui o condômino atua da mesma forma, mas com a
intenção manifesta de prejudicar o síndico, de tirar-lhe a tranquilidade, seja
por motivos egoístas ou reprováveis, chamando-o de incompetente, preguiçoso e
outros adjetivos, exigir-lhe seguidas prestações de contas e esclarecimentos
desnecessários. Aqui nós já temos a figura do assédio moral, tão utilizado no
direito do trabalho.
Neste caso, estar-se-ia diante de uma
contravenção penal, prevista no art. 65 da lei de contravenções penais: Art. 65
- Molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou por motivo
reprovável: Pena – prisão simples, de 15 (quinze) dias a 2 (dois) meses, ou
multa.
Além dos mecanismos administrativos acima
indicados, poderá o síndico promover um registro de ocorrência perante a
delegacia de policial civil, o que gerará um termo circunstanciado e o
prosseguimento junto ao Juizado Especial Criminal competente.
3) O terceiro nível que chamamos de crimes
contra a honra: Aqui intensifica-se ainda mais o excesso, de forma que
acusações ou ofensas são levantadas contra o síndico atingindo sua honra de
forma criminosa. Alegações como “de que estaria levando um por fora”, “desviando
dinheiro do condomínio”, ou usando termos “ladrão”, “safado” e outros análogos.
Neste caso, constituindo em crimes contra a honra, deve o síndico, ao invés de
fazer um simples registro de ocorrência, ingressar diretamente com uma ação (queixa
crime) contra o ofensor, bem como ingressar com ação de indenização por danos
morais, pedindo a respectiva indenização.
4) O quarto nível que chamamos de ameaça e
risco a integridade física: Aqui está o ápice da intransigência. O condômino
ameaça com dizeres como “a tua batata esta assando”, “que vai pegar de pau” ou
mesmo de agressão física já consumada. Neste caso, deve o síndico promover uma
representação perante a delegacia de polícia pelo crime de ameaça e também
poderá requerer ao juiz criminal uma medida cautelar de proibição de
aproximação, prevista no art. 319, III do Código de processo penal:
Art. 319. As medidas cautelares
diversas da prisão serão as seguintes:
III - proibição de
manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas
ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;
É importante que haja respeito mútuo entre
administração e condôminos, e de forma alguma o sindico permita estes excessos
praticados, devendo tomar as providencias que se fizerem necessárias em defesa
de sua honra e seu trabalho.
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