Independentemente
do tamanho do seu escritório — seja ele pequeno, médio ou grande — é necessário
que o advogado saiba se comunicar para atingir o sucesso.
O
principal objetivo da comunicação é transmitir uma mensagem de forma clara e
sem ambiguidades. Por mais óbvio que esse conceito possa parecer, ele não é
fácil de ser atingido e, independentemente de estarmos na era da comunicação,
continua sendo um dos grandes geradores de conflitos e falta de produtividade
no dia a dia do trabalho.
Por
outro lado, ser capaz de comunicar com assertividade, vale dizer, de forma
clara e objetiva, por qualquer que seja o meio, sustenta o papel de um bom
advogado. Isso ocorre porque o seu trabalho engloba, em grande parte, ser capaz
de aconselhar e negociar de forma eficaz com os seus clientes, como também
garantir que determinado negócio corra bem. O uso de uma linguagem clara e
sucinta é algo bem avaliado por clientes, colaboradores, parceiros etc. A boa
comunicação é um aspecto fundamental que irá ajudá-lo a emitir ideias e
conselhos, gerando uma maior confiança em todos aqueles que estão ao seu redor.
Um
dos erros fundamentais numa boa comunicação é presumir que aquilo que se
comunicou foi compreendido pelo interlocutor. Muitas vezes, a ideia nos é tão
simples e clara que temos certeza que a pessoa a entendeu. Acredite que, muitas
vezes, não é isso que acontece. Para evitar esse problema, cheque pedindo-lhe
para repetir ou parafrasear aquilo que lhe foi dito. Outra maneira interessante
é verificar com perguntas se foi claro sobre o assunto para assegurar que não
houve má interpretação.
Mais
um erro grave é não saber usar o meio adequado para comunicar determinada
situação. Há momentos em que algumas notícias, especialmente as ruins, não
devem ser dadas de forma escrita. É importante falar pessoalmente ou pelo
telefone com a outra parte. Meios escritos não permitem que nuances do tom de
voz ou da linguagem corporal possam ser usados para diminuir o impacto negativo
que ela possa trazer. Além disso, quando se fala com a outra pessoa diretamente
é possível captar sinais emitidos pelo seu corpo ou pela sua voz de que não
esteja entendendo a mensagem ou se sentindo muito desconfortável, o que
possibilita remediar a situação na mesma hora, ajudando para que a relação flua
e continue a ser construída de forma positiva e com base na confiança.
Outro
problema é evitar conversar quando o tema a ser tratado é um pouco mais
delicado, a exemplo dos feedbacks. Passar por cima dessas questões é uma
excelente forma de dar vazão a problemas futuros mais graves e maiores. O
importante é não deixar esses pequenos pontos se transformarem numa bola de
neve. A melhor maneira de lidar com isso é se preparar para essas conversas.
Aprender a dar retornos de maneira objetiva mostrando para a pessoa o fato, o
comportamento e o impacto para que ela entenda a situação. Daí em diante,
ajudá-la traçar um plano de como agir mais adequadamente numa próxima vez que
venha a se deparar com uma situação parecida.
Pense
na quantidade de vezes que você se comunica com as pessoas ao longo do dia.
E-mails, reuniões, conferências, relatórios, apresentações, audiências e por aí
vai... Se você acredita que tem dificuldades em algum destes quesitos ou outros
tantos que envolvam uma boa comunicação, a notícia positiva é que existem
ótimos métodos para desenvolvê-la e torná-la mais assertiva. Com a ajuda de um
profissional qualificado é possível atingir um patamar bastante satisfatório
com a mudança de algumas atitudes na hora de se comunicar.
Por
Maria Olívia Machado e Ana Barros
Fonte
Consultor Jurídico