No site da revista Inc., o blogueiro Charlie Graham enumera sete erros que não devem ser cometidos por empresas que trabalham com marketing via e-mail. Graham fundou e dirige o Shop It to Me, serviço grátis de assistência para compra de roupas, calçados e acessórios que faz a ponte entre 200 varejistas e 4 milhões de consumidores. Ele argumenta que, com mais de 1,5 bilhão de e-mails enviados desde que foi criada, há cinco anos, a Shop It to Me já pode afirmar que aprendeu lições valiosas com erros do passado. As sete principais são:
1. Não mande e-mails que supostamente servem para
todos os destinatários.
Embora
a maioria dos consumidores das lojas de departamentos sejam mulheres, um
freguês do sexo masculino não será encaminhado automaticamente pelo vendedor
para a seção de cosméticos. Mas, em geral, os e-mails de promoções fazem coisas
assim. Por isso, quando um consumidor se cadastra no serviço, é indispensável
saber logo de cara quem é, que idade tem e que tipo de produto interessa a ele.
2. Não subestime os ganhos dos testes A/B.
Toda
vez que for criar ou mudar um e-mail, envie-o em várias versões de desenho,
cores e número de opções. Simplesmente medindo a quantidade de cliques nos
links, já se descobrem as preferências do consumidor. Graham conta que, com
esse método, a Shop It to Me percebeu que seus clientes preferiam textos
apresentados de forma simples a layouts elaborados que os designers acreditavam
ser mais atraentes.
3. Não ignore os motivos dos desistentes.
Quando
alguém pede para sair da lista de destinatários, pergunte por que não quer mais
receber os e-mails. Na grande maioria das vezes, a resposta é franca e
informativa. A Shop It to Me descobriu, por exemplo, que muitas mulheres pediam
a interrupção do envio durante o período de gravidez. Por isso criou uma opção de
retomar o recebimento depois do parto e também passou a dar mais atenção a
promoções de roupas para grávidas e produtos para bebês.
4. Não peça demais do usuário.
Quanto
mais opções o e-mail oferecer, menos espontânea e imediata será a resposta – ou
seja, a decisão de compra enfrentará mais obstáculos. Melhor apresentar as
opções em e-mails separados.
5. Em vez de focar nos produtos, foque nos
benefícios.
Ao
anunciar novas marcas, serviços e recursos, não chame a atenção apenas para a
novidade, mas para o que o consumidor vai ganhar se aceitar a oferta.
6. Não transforme seus serviços numa praga.
Pode
parecer óbvio dizer que e-mails demais aborrecem o destinatário, mas os
resultados iniciais podem dar uma impressão errada. Uma estratégia bem-sucedida
ganha novos adeptos com facilidade, mas começa a cansar com a mesma rapidez.
Para tentar descobrir onde se encontra esse delicado ponto-limite, o melhor é
fazer um teste apenas com uma pequena parte do conjunto de assinantes.
7. Não se esqueça do celular.
Segunda
as pesquisas mais recentes, mais de três quartos dos usuários de smartphones
usam o aparelho para acessar e-mails regularmente. Ao desenhar as mensagens de
sua empresa, lembre que os donos de smartphones não vão usar o mouse, mas o
dedo, para clicar nos links. Portanto, não complique a vida de todos os
envolvidos com ícones pequenos e amontoados.
Por
Márcio Ferrari
Fonte
Papo de Empreendedor