quinta-feira, 30 de março de 2023

COMO VOCÊ INVESTE A MAIOR PARTE DO SEU TEMPO?

Passe menos tempo no trabalho individual e mais tempo na gestão

Acredito que a melhor forma de conhecer o que um líder prioriza e valoriza é conhecer a sua agenda realizada. Conheço muitos lideres que dizem que o foco é desenvolver pessoas, mas quando examino junto com eles as suas atividades contempladas das suas ultimas semanas de trabalho, se percebe pouco tempo investido no desenvolvimento dos seus diretos como também no seu próprio desenvolvimento.
Faça o teste você mesmo! O exercício a seguir auxilia você a identificar como utiliza seu tempo. Identifique inicialmente quais são suas atividades no dia a dia (coluna atividades), em seguida preencha a coluna % de tempo atual gasto em cada uma destas atividades. Escolha uma semana ou um mês de trabalho e registre o que efetivamente você fez e não o que foi planejado.


  • Rotina: São as atividades rotineiras, operacionais, do seu dia-a-dia, tipo o seu check-list diário;
  • Oportunidade: São as atividades voltadas para identificar oportunidades de melhoria para sua área, como revisão dos processos, análise de produtos existentes e possibilidades de inovação;
  • Desenvolvimento: Atividades dedicadas para autodesenvolvimento e desenvolvimento da equipe;
  • Ativação: Atividades de direcionamento da equipe, motivação e integração;
  • Relacionamento: Atividades para construir vínculos e conhecer melhor os clientes internos e externos.

Na maioria das vezes, o tempo gasto em rotina chega a 60% e em alguns casos até 80%! Por outro lado, o tempo efetivo investido em desenvolvimento e relacionamento quando somado não passam de 15%. Se isso acontece com você, é necessário que invista mais do seu tempo no desenvolvimento dos seus liderados e assim ter mais segurança para delegar o que de fato não é sua responsabilidade ou dar ao seu liderado a chance de aprender fazendo. Cultivar relacionamento é fundamental para a solução de problemas, afinal, o seu sucesso profissional = ao que você sabe X quem você conhece.
Uma dica: a médio prazo tente chegar a 20% ou 25% do seu tempo investido no desenvolvimento próprio ou dos seus liderados. A sua prioridade diária é auxiliar a sua equipe a aprender e crescer. Lembre-se: o exemplo não é a melhor forma de liderar, é a única.
Por  Paulo Campos
Fonte Exame.com

quarta-feira, 29 de março de 2023

5 MOTIVOS PARA MANTER O CADASTRO DE MORADORES ATUALIZADO


Em um condomínio organizado, obrigatoriamente, há de ter um cadastro de moradores bem feito. Não é tão difícil de imaginar que, por conta de cada dia aumentarem os riscos relacionados à insegurança, o cadastro de moradores de um condomínio passa a ter um papel preponderante no controle de acesso.
Outro aspecto importante é que os condomínios têm crescido muito. São centenas de moradores que entram e saem diariamente. Isso sem falar no pessoal de limpeza, como faxineiras e empregadas domésticas, visitas, empregados, pessoal da manutenção etc.
Fica fácil constatar a necessidade de atenção ao cadastro de moradores sempre atualizado como medida preventiva de segurança. Isso garante a tranquilidade, não só para o síndico – que ganha agilidade em contatar os condôminos -, quanto para toda a comunidade que, com certeza, se sentirá mais segura.

Tipos de cadastros de moradores

Cadastro básico:
Este ficará na portaria. Pode ser eletrônico, com uma base de dados e software próprio. Ou pode ser um livro controle específico, constando o nome do morador principal, seus dependentes e possíveis empregados na unidade.
Devem constar os números dos telefones e/ou celulares de cada um, além dos modelos e placas dos veículos da família.

Cadastro completo:
Este ficará exclusivamente com o síndico e garante o sigilo de informações. Neste, deverá constar, além do telefone e e-mails, os contatos de trabalho, documentos pessoais como CPF e RG e outros dados que se façam necessários em caso de urgência.
Independentemente dos tipos de cadastro, a sua realização adquire maior força caso seja aprovada pela assembleia dos condôminos. É possível, inclusive, estabelecer multas para quem se negar a prestar informações.

5 motivos para manter o cadastro de moradores atualizado
1.Garante o bom andamento da administração do condomínio;Os comunicados (e até mesmo as multas) podem ser encaminhados de forma facilitada se o síndico tiver os dados dos moradores sempre atualizados. Veja mais dicas para criar um canal de comunicação no condomínio que funcione.
2.Organiza o recebimento de correspondências e encomendas, itens de máxima responsabilidade até que sejam entregues a seus destinatários;
3.Não há uma obrigatoriedade de cadastro prevista no Novo Código Civil. Mas, se for preciso protestar um condômino inadimplente, por exemplo, o cadastro ajuda.Para uma ação de cobrança nos atrasos das taxas condominiais e/ou protesto, serão necessários os dados dos proprietários, como o CPF e outros. Para tanto, a realização do cadastro tem encurtado o caminho, já que às vezes fica difícil, e até impossível, obter as informações necessárias. O ideal é não precisar recorrer aos cartórios de registro de imóveis, uma opção mais cara e demorada.
4.No caso de vazamento de gás ou de água, é fundamental ter para quem ligar imediatamente. Isso é muito fácil de se obter com o devido cadastro;
5.Com o avanço da tecnologia, cada dia mais as pessoas se utilizam de serviços virtuais para efetuar pedidos de produtos, refeições, remédios, água mineral e tudo mais. Esse recebimento fica muito mais ágil com o cadastro atualizado na portaria.

Condomínio organizado: um cuidado importante!
Não raro tem se observado em muitos condomínios que a administração acaba por se esquecer de dar baixa nos moradores que se mudam. Com isso, o cadastro fica desatualizado e, consequentemente, se libera a entrada e circulação de pessoas que não fazem mais parte do condomínio.
O síndico deve ficar atento, ainda, à baixa do cadastro de quem não faz mais parte do rol de prestadores de serviço, empregados domésticos etc.
Fonte Tudocondo

10 HÁBITOS DAS PESSOAS COM INTELIGÊNCIA PRODUTIVA

INTUIÇÃO

terça-feira, 28 de março de 2023

MANTER O PAPO EM DIA COM SUA REDE DE CONTATOS: UMA DAS DICAS PARA AGILIZAR A BUSCA POR UM EMPREGO

Com pequenas atitudes, e em apenas cinco minutos, profissional pode se preparar melhor e chamar a atenção dos recrutadores

Fazer uma limpa no currículo pode acelerar o processo na busca por um novo emprego

Você acha que não tem tempo suficiente para se dedicar à sua busca por um novo emprego? De acordo com a especialista em carreira americana Susan Ricker, colaboradora do site Career Builder, com pequenas atitudes e em apenas cinco minutos você pode se fazer ser notado pelos empregadores. Susan ouviu alguns especialistas do mercado e listou algumas dicas que podem ajudar profissionais a encontrarem rapidinho uma nova colocação no mercado de trabalho. Confira:

Conecte-se com sua rede de contatos
Laurie Berenson, redatora certificada de currículos e fundadora da Sterling Career Concepts, aconselha que o profissional conecte-se com uma pessoa de sua rede de contato com a qual não tenha falado há pelo menos um mês. “Pegue o telefone e fale diretamente com a pessoa, não dependa apenas do e-mail”, reforça a especialista.

Atualize seu perfil nas redes sociais profissionais
De acordo com Laurie, o perfil nas redes profissionais, como o LinkedIn, deve ser atualizado frequentemente por duas razões: primeiro, para mantê-lo atual, claro, mas também porque, ao fazer isto, seu nome aparecerá na frente de cada um dos seus contatos, fazendo uma atualização automática em sua homepage. 

Pesquise
A falta de conhecimento básico da missão e/ou filosofia da empresa mostra uma falta de preparação e interesse, afirma Natasha RW Eldridge, sócia-fundadora e diretora de RH da Eldridge Overton Educational Programs. Por isso, ao se interessar por uma vaga, procure saber mais sobre a companhia que a oferece. Assim, se for chamado para uma entrevista, estará mais bem preparado.

Torne o seu correio de voz mais profissional
Remova ringtones e gravações de voz bobas do correio de voz, aconselha Natasha. “Eu nunca iria deixar uma mensagem para um candidato que tenha uma música como toque no correio de voz. Isso me mostra que a busca por um emprego não é sua prioridade”, diz a diretora da Eldridge Overton.

Esteja preparado para a entrevista. Sempre.
“A preparação é tudo. Faça uma lista das perguntas que você não gostaria que o entrevistador perguntasse. Depois, responda-as perante um amigo e peça a ele um feedback honesto, para que tenha certeza de que está dando respostas confiáveis e com tom profissional”, diz Bruce A. Hurwitz, presidente e CEO da Hurwitz Strategic Staffing Ltda. “Uma vez que você se sinta confortável com as perguntas difíceis, certamente estará bem preparado para as perguntas mais fáceis”.

Faça uma limpeza em seu currículo
Remova as informações e experiências irrelevantes do seu currículo, aconselha Katie Niekrash, diretora-gerente sênior da empresa de recrutamento Execu-Search. “Aquele emprego de verão que você conseguiu durante as férias da faculdade pode ter sido a melhor época de sua vida, mas não acrescentará nada à sua carreira na área financeira, por exemplo. Pince as experiências mais relevantes para o trabalho para o qual está se candidatando”, diz Katie.

Cheque suas referências
Prepare uma lista com suas referências antes da entrevista, completa Katie. Depois de confirmar os contatos, crise um documento simples que liste todas as informações relevantes que o empregador precisa saber sobre essas pessoas: nome, cargo, número de contatos, e-mail etc. Leve este documento com você em todas as suas entrevistas. Assim, se o responsável pela contratação lhe pedir alguma referência, você estará mais do que preparado, diz a consultora.

Mantenha-se organizado
Crie uma lista-mestra com todos os trabalhos para os quais se candidatou, diz Katie, para quem a chave da busca bem-sucedida por um emprego é a organização. Para isso, aconselha, crie uma planilha de Excel com uma linha para cada uma das vagas de seu interesse e inclua a data em que se candidatou, a empresa, o contato, o cargo, quando e quem o entrevistou, quando deveria ter um feedback e quais os próximos passos do processo de seleção. Criar este documento leva alguns minutos e a atualização dos dados, conforme obtenha respostas sobre cada cargo, apenas alguns segundos.

Revise seus materiais
Leia atentamente o seu perfil no LinkedIn, currículo e outros documentos que venham a ser apresentados durante um processo de seleção, diz Karen Southall Watts, consultora de negócios, coach e palestrante. “É isso mesmo: leia da primeira à última frase. Examine cada palavra e frase separadamente. Fique muito atento aos erros de português e de digitação. Especial atenção àqueles erros comuns que acontecem quando o nosso cérebro é mais rápido do que nossas habilidades de digitação”, afirma Karen.
Fonte O Globo Online

segunda-feira, 27 de março de 2023

A GRANDEZA DA PROFISSÃO DO ADVOGADO


Entra-me pela porta do escritório um homem cujo nome, idade, profissão, condição social, vida pregressa, ignoro completamente. Também para ele sou uma desconhecida; exceção feita a meu nome e a meu título profissional, não sabe quem eu seja na realidade: qual minha exata maneira de pensar, de sentir, quais meus antecedentes pessoais e familiares, se estou ou não em condições de o comprometer ou ajudar. No entanto, essa criatura cuja própria existência física eu ignorava momentos atrás, a um simples gesto meu autorizando-a a falar, se põe a narrar-me minudentemente sua vida, confessando-me o que jamais ousaria confessar ao pai, à esposa, a um padre ou mesmo a si próprio. Desnuda-me a alma, mostrando-se em toda sua miséria, sem me esconder uma ferida, uma chaga, um carcinoma. Leva-me até a intimidade de sua alcova e me permite defrontar o segredo de seu fracasso matrimonial. Ou então, cabeça baixa e olhar esquivo, explica-me como furtou, como falsificou um cheque, como se deixou corromper no exercício de função pública, como e onde escondeu o produto do crime. Outras vezes, enfim, afirma-se vítima de injusta acusação, revelando o temos de não poder provar convincentemente sua inocência posta em dúvida. E em todos esses casos exibe as provas que lhe socorrem ou lhe comprometem o direito, que o incriminam ou lhe amparam a absolvição. Sabe, embora não me conheça, que, ainda que eu não lhe aceite a causa, jamais usarei dessas informações em seu prejuízo. Fornece-me documentos preciosos e únicos que são a chave de sua defesa ou que, ao contrário, constituem a prova material de sua culpa. Confia-nos sem mesmo exigir um recibo, e tem a certeza, sempre sem me conhecer, de que nem por todo o ouro do mundo eu os sonegaria ou os deixaria cair em mãos da parte adversa.
Encerra-se a entrevista e, pela porta do escritório, sai um homem que para mim já não é mais um estranho. Eu, ao contrário, continuo a ser para ele o mesmo enigma inicial. Ainda não sabe quem eu seja na realidade: qual minha exata maneira de pensar, de agir, de sentir, quais meus antecedentes pessoais e familiares, se estou ou não realmente em condições de ajudá-lo. Mas de uma coisa está certo: não o trairei. Tem a absoluta e sólida convicção de que aquela desconhecida ficou para trás, depositária do seu segredo, senhora do seu destino e de sua felicidade, de agora em diante preferirá sacrificar-se a sacrificá-lo, deixar-se-á, se necessário, matar, mas não permitirá que um só ato seu desmereça a confiança com que a honrou o desconhecido de minutos atrás.
Bastariam esses poucos minutos, essa poeira de tempo escoada entre o abrir e o fechar de uma porta, para nos convencer de toda a beleza e grandeza da profissão de advogado. A homenagem que a cada um de nós e, consequentemente, à carreira que abraçamos, presta cada cliente que nos entrega o patrocínio de uma causa é tão eloqüente que bem se compreende o alcance da expressão de Voltaire quando, referindo-se à sua verdadeira tendência vocacional, suspirou: “Eu quisera ter sido advogado, é a mais bela profissão deste mundo.”
Não importa que os profissionais de outro ofício injustamente nos representem, como diz Henri Robert, “sob a figura de insuportáveis falastrões, intrigantes, amantes da chicana, das fraudes, das demandas, hábeis em defender todas as causas, pleiteando o reconhecimento da inocência mesmo quando convencidos da culpabilidade dos clientes”. Ou que o público leigo veja em nossa carreira a “arte de legalizar a fraude”, ou a “defesa sofista do que é torto.” Que os demais membros da família judiciária às vezes subestimem a importância de nossa contribuição, seja ao desenvolvimento do Direito, seja à própria obra da distribuição da Justiça. Pouco importa, enfim, que o cliente, uma vez servido, num gesto de ingratidão que já não nos surpreende mas ainda nos consegue ferir, nos vire as costas e nos atire pedras, atribuindo a outros fatores, ao seu bom direito, à ciência e à superioridade dos juízes, ao desleixo da parte contrária, o êxito da causa por nós patrocinada. Tudo isso nada significa. Enquanto houver sobre a face da Terra o gesto incessantemente renovado de um homem que bate à porta de um desconhecido e lhe confia a defesa de sua liberdade, de sua honra se sua família, de seu patrimônio, bens supremos que constituem a razão de ser de nossa existência, estará sendo feita a apologia da profissão de advogado.

Escrito por Esther de Figueiredo Ferraz
Fonte Escola Paulista de Magistratura – Diálogos e Debates, julho de 2011, p. 17. — com Injur Jurídico

ELEIÇÕES PARA SÍNDICO - NINGUÉM QUER SER SÍNDICO. E AGORA?

Situação é muito comum, mas deve se resolvida de algum jeito

A escolha do síndico é tão importante quanto escolher nossos representantes em altos cargos do governo. Entre os meses de janeiro e abril é a época em que a maioria dos condomínios decide temas importantes, como a eleição do novo síndico, aprovação de contas e orçamento para o ano que se inicia. Mas, nesse panorama de mudanças um alarme pode soar:
O que fazer quando ninguém quer ser síndico?
Algumas dicas e resoluções para resolver essas e outras dúvidas a respeito da escolha do novo síndico. Confira abaixo:

QUEM PODE SER SÍNDICO?
·    Quando ninguém do condomínio se habilita ou se candidata ao cargo de síndico, uma administradora pode ser contratada para desempenhar a função, ou pode-se contratar ainda um síndico profissional;
·   De acordo com o Código Civil o síndico não precisa ser necessariamente morador ou proprietário de uma unidade no prédio. A lei diz: "Art. 1.347. A assembleia escolherá um síndico, que poderá não ser condômino, para administrar o condomínio, por prazo não superior a dois anos, o qual poderá renovar-se."
·     O síndico também pode passar parte de suas responsabilidades para uma empresa, com autorização da assembleia:  "Art. 1.348 §1º Poderá a assembleia investir outra pessoa, em lugar do síndico, em poderes de representação. §2º O síndico pode transferir a outrem, total ou parcialmente, os poderes de representação ou as funções administrativas, mediante aprovação da assembleia, salvo disposição em contrário da convenção." 

INCENTIVOS
·        Para estimular condôminos, inquilinos, ou qualquer outro interessado a se candidatar ao cargo, muitos condomínios oferecem benefícios como despesas custeadas pelo condomínio, remuneração e até descontos ou isenção nas taxas condominiais.
·    Para adotar tais estímulos, deve-se antes verificar se a convenção prevê esse tipo de situação. Caso a convenção seja omissa, as resoluções devem então constar no edital e na ata da reunião.
·        Saiba mais sobre remuneração e isenção do síndico
·    Formas de eleições: o modo mais utilizado para a escolha do síndico, de acordo com pesquisa realizada pelo Secovi – SP, são as eleições. Entretanto, no caso de não haver candidatos, sorteios e rodízios também costumam ser utilizados.
·      Caso haja rodízio da função de síndico entre os membros do Conselho Fiscal, a legislação determina: "Art. 1.356. Poderá haver no condomínio um conselho fiscal, composto de três membros, eleitos pela assembleia, por prazo não superior a dois anos, ao qual compete dar parecer sobre as contas do síndico."
·     Os conselheiros podem se revezar na função, desde que sempre haja um representante legal em atividade que responda pelo condomínio e a função não fique ‘abandonada’. 

O QUE ACONTECE SE O CONDOMÍNIO FICAR SEM SÍNDICO?
·  Em último caso, se os condôminos não aceitarem a solução de contratar uma administradora ou um síndico profissional, o caso pode ser levado a juízo, e um juiz escolherá um representante legal para o condomínio.
·       Importante: Um condomínio sem síndico torna-se um condomínio irregular, ou seja, sem representatividade legal. Isso pode acarretar inúmeros problemas, tanto para o imóvel, como também para o síndico anterior, perante a bancos, Receita Federal, etc. 

VOTAÇÃO
·        Como raramente a assembleia para escolha do síndico conta com a participação de todos os condôminos, fica acatada a decisão da maioria dos presentes no momento e os demais condôminos são avisados da resolução posteriormente, através da ata da assembleia.
·    A aprovação para contratação de uma administradora ou síndico profissional poderá ocorrer na mesma assembleia de eleição ou, se necessário, através uma nova assembleia convocada especialmente para este fim. Isso depende da decisão dos condôminos.
·        Veja aqui as votações necessárias para demais assuntos condominiais 

ASSEMBLEIAS VAZIAS
·      Como muitos moradores só participam de assembleias que envolvem sorteio de vagas de garagem, decisão sobre aumento de taxas, etc., o ideal é que se agende a eleição do síndico para a mesma assembleia. O primeiro tópico da lista de atividades no edital para a assembleia deve ser a eleição do síndico.
·        Frases de efeito devem contar nos cartazes que alertam sobre a assembleia para atrair os moradores. O síndico pode usar palavras de estímulo como: "A escolha do síndico é tão importante quanto escolher nossos representantes em altos cargos do governo"; “Sua participação é essencial para melhoria e valorização do nosso patrimônio”.

Por Mariana Ribeiro Desimone
Fonte SíndicoNet

7 MOTIVOS PARA O BANCO NÃO QUERER EMPRESTAR DINHEIRO A VOCÊ


Ter um financiamento recusado pelo banco pode deixar o cliente em dúvida sobre o motivo da recusa, principalmente quando a instituição financeira não dá muitas explicações e não existe nenhum motivo aparente para isso, como uma dívida.
Os critérios utilizados pelo banco para definir a concessão ou não de um empréstimo são considerados estratégicos e sigilosos porque têm um grande peso no desempenho da instituição financeira.
Mas a falta de informação muitas vezes impede que o cliente solucione o problema e melhore sua avaliação no cadastro interno do banco, que pode restringir a concessão de crédito.
Para analisar se deve ou não conceder o empréstimo, a instituição financeira costuma utilizar um sistema de pontuação, chamado de score, que diferencia clientes com maior e menor risco de não honrar o pagamento da dívida.
O score é baseado em informações estatísticas e dados pessoais do consumidor. Cada banco utiliza sistemas complexos e cálculos próprios, aprimorados constantemente, para decidir se vai emprestar ou não dinheiro ao cliente.
Ainda que seja difícil saber exatamente o que leva o banco a recusar o empréstimo, é possível indicar alguns fatores que são determinantes para que o cliente entre na chamada “lista negra” da instituição financeira. Confira a seguir.

1) Dívidas e contas atrasadas
O hábito de não pagar empréstimos em dia ou ficar inadimplente são motivos suficientes para o banco restringir o acesso do cliente ao crédito, mesmo que ele já tenha solucionado essas pendências financeiras.
Quando o consumidor não tem um histórico de utilização de crédito, a instituição financeira pode analisar se ele costuma atrasar o pagamento de contas de telefone, água e luz, por exemplo.

2) Empréstimos altos
Ter um volume grande de dívidas, cujo valor ultrapasse 30% da renda mensal, é outro fator importante para o banco decidir se vai liberar ou não um financiamento, diz Ronaldo Gotlib, advogado especialista em direito do devedor.
Empréstimos longos aumentam as chances de o banco não liberar o crédito. “O risco de descontrole é maior, pois, diante de um problema financeiro, o cliente ainda pode ter um valor alto de débitos a pagar pela frente”, explica o advogado.

3) Negociação de dívidas
Quando o cliente entra em um acordo com a instituição financeira para conseguir pagar uma dívida que virou uma bola de neve, o banco pode conceder um grande desconto para sanar o débito. Mas esse “perdão” pode ter consequências negativas.
Além de diminuir limites de crédito do consumidor em linhas como o cheque especial, o banco também pode restringir seu acesso a financiamentos.
A instituição financeira leva em consideração o prejuízo que teve com a negociação e busca evitar que isso aconteça novamente.

4) Pouca disciplina financeira
O banco pode diferenciar o cliente que tem 100 mil reais em investimentos e ganha 5 mil reais por mês de um cliente que tem 20 mil reais aplicados e uma renda mensal de 10 mil reais: ainda que o segundo correntista receba um salário maior, o primeiro parece ter mais disciplina para poupar.

A relação entre patrimônio e salário influencia na concessão de empréstimos porque indica se o cliente é disciplinado financeiramente e, consequentemente, se terá maior capacidade de honrar compromissos.
A forma como o cliente utiliza os serviços oferecidos pelo banco também influencia a análise de crédito feita pela instituição financeira.
Usar o cheque especial com frequência é visto como um sinal negativo, enquanto utilizar pouco o cartão de crédito e sempre pagar o valor total da fatura pode ajudar o consumidor a obter o empréstimo.

5) Falta de garantias
O banco também pode recusar financiamentos por falta de garantias. A renda do cliente pode até ser suficiente para pagar as parcelas, mas, se ele não possuir bens para oferecer ao banco no caso de falta de pagamento, o empréstimo pode ser negado.
Os imóveis costumam ser o tipo de garantia mais comum e aceito pelas instituições financeiras. “A alienação fiduciária é o instrumento mais utilizado, pois permite transferir a posse do bem à instituição financeira em caso de falta de pagamento”, diz Ronaldo Gotlib.

6) Perfil pessoal
Além do nível de renda, a profissão, o tipo de vínculo empregatício do trabalhador e seu estado civil também têm influência na hora de conseguir um financiamento.
Clientes que tenham renda indefinida, como vendedores que recebem salários baseados em comissões, podem ter maior dificuldade em obter empréstimos.
Já trabalhadores do setor público, que têm maior estabilidade no emprego, costumam ter mais facilidade na obtenção de financiamentos do que profissionais autônomos.
Divorciados, por outro lado, geralmente têm de lidar com perda de renda, o que pode provocar descontrole financeiro e restringir seu acesso a empréstimos.

7) Crises econômicas
Bancos também podem decidir conceder menos empréstimos diante de um cenário pessimista da economia.
Essa mudança leva a instituição financeira a diminuir o nível de risco que pode correr. O banco pode verificar que a expectativa de inadimplência ficou mais alta diante de uma estimativa de aumento na taxa de desemprego, por exemplo.
Ou seja, menos clientes podem ter acesso a empréstimos quando o banco aumenta suas precauções na hora de conceder financiamentos.
Como os imóveis são usados como garantias de empréstimos pelos bancos, uma tendência de queda de preços no mercado imobiliário também pode restringir a concessão de empréstimos.
Caso a instituição financeira precise tomar o imóvel do cliente por falta de pagamento do financiamento, ela corre o risco de ter mais prejuízos se o preço do bem diminuir ou se não subir na velocidade prevista antes.

Quais são seus direitos
Os cadastros internos dos bancos são considerados uma prática legal, pois têm como objetivo proteger a operação da instituição financeira contra o risco de inadimplência dos clientes.
Mas o consumidor tem o direito de saber o motivo que levou o banco a negar o crédito, de acordo com órgãos de defesa do consumidor e advogados.
É possível recorrer à Justiça e recorrer aos órgãos de defesa do consumidor caso o banco se recuse a prestar essas informações.
“A instituição financeira não precisa passar informações detalhadas, como forma de preservar o sigilo dessas operações, mas deve orientar o cliente de alguma forma”, diz Ione Amorim, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
De posse dessas informações, o consumidor deve buscar regularizar sua situação para voltar a ter acesso ao serviço no futuro. "Não existe um prazo determinado para que isso aconteça, mas a condenação não pode ser perpétua”, afirma Ronaldo Gotlib.
Além de explicar o motivo da recusa, a justificativa deve ser razoável. Segundo o advogado, a negação do empréstimo não pode ser causada por um problema pontual, mas, sim, por uma prática recorrente ou uma situação que comprove que o cliente tem alto risco de não honrar a dívida.
Por Marília Almeida
Fonte MSN Dinheiro

8 PASSOS PARA FAZER A SUA REDE DE CONTATOS FUNCIONAR

Quer explorar ao máximo suas conexões profissionais? Confira regras para intensificar seu relacionamento com o mercado, segundo especialistas

Contatos: a chave para um bom networking está nas conexões emocionais

É comum ouvir no mundo corporativo a seguinte máxima: “não importa o que você sabe, mas quem você conhece”. No entanto, expandir conexões profissionais não é tão simples (nem tão rápido) quanto se pode imaginar.
Para a consultora empresarial Surama Jurdi, colecionar cartões é fácil. “O difícil é transformar contatos em relações”, alerta.
Diante disso, EXAME.com ouviu especialistas para definir alguns cuidados básicos para um networking com resultados reais e sustentáveis. Confira:

1 Invista em autoconhecimento
Quem é você? Quais são suas forças e fraquezas? O que você pode oferecer ao mercado?
É fundamental saber responder a essas questões para saber quais são os ambientes e quem são as pessoas de que vale a pena se aproximar.

2 Domine seu ambiente
Procure reconhecer as oportunidades e ameaças do seu entorno. De acordo com Carlos Felicissimo, diretor executivo do Group 4, você deve fazer tanto networking interno - isto é, para sua “sobrevivência” no seu emprego - quanto externo - no mercado de forma geral, visando a oportunidades de longo prazo. Invista no seu ambiente conhecido sem ignorar o mundo lá fora, e vice-e-versa.

3 Defina seus “alvos”
Tenha claros os seus objetivos com o networking. Quem você quer conhecer? Em que empresas ou setores você deseja ser conhecido? Que tipo de pessoas quer atrair para o seu círculo? Sem responder a essas perguntas, você perderá tempo e energia com conexões improdutivas.

Seja preciso em suas escolhas
Invista tempo e energia apenas em interações de qualidade. Para conseguir se relacionar com as pessoas certas, frequente eventos relevantes para a sua área de atuação e participe de fóruns e discussões na internet em que você pode se destacar como contribuidor.

5  Cuide de sua imagem
Com seus objetivos definidos, decida que perfil você quer transmitir de si mesmo. Você quer parecer um profissional maduro, sério e confiável? Ou prefere ser visto como alguém mais jovial, inovador e arrojado?
Cultive uma imagem coerente com os seus objetivos profissionais e adapte sua comunicação a esse padrão.

6  Procure cativar o outro
Saiba ouvir e fazer o outro se sentir acolhido. Para Surama Jurdi, a chave para um bom networking está nas conexões emocionais que você estabelece com os demais.
Manter um contato humano, pessoal e caloroso com o outro são atitudes capazes de despertar uma impressão favorável a seu respeito - e fazer toda a diferença lá na frente.

7  Explore tanto o ambiente online quanto o offline
Redes sociais como LinkedIn e Facebook ajudam a “azeitar” relacionamentos presenciais, e vice-e-versa.
É fundamental buscar um equilíbrio entre os dois universos para tirar proveito do melhor que cada um pode oferecer. Vale dar continuidade às suas interações por meio de diversos canais, do e-mail ao tête-a-tête.

8  Tenha paciência
Administre suas expectativas com base no seu tempo de experiência. Relações geralmente são construções de longo prazo – e, portanto, exigem esforço e persistência para funcionarem.
Preocupe-se menos com o número de contatos que você pode acumular hoje, e mais com a profundidade dos relacionamentos que serão importantes para você amanhã. A recompensa tarda, mas não falha.
Por Claudia Gasparini
Fonte Exame.com

quinta-feira, 23 de março de 2023

25 SUPER DICAS PARA VOCÊ MELHORAR A QUALIDADE DAS SUAS PEÇAS JURÍDICAS

Este pequeno manual foi produzido pelos procuradores da República Gustavo Torres Soares e Bruno Costa Magalhães. Vamos para as super dicas?

Veja a seguir, 25 dicas para advogados, promotores e concurseiros melhorarem as suas peças jurídicas.

1 – Um bom texto é simples, claro, objetivo e gramaticalmente correto: simplicidade: embora obediente à língua culta, seu texto deve ser acessível, com o mínimo de erudição possível (diga “também” ou “igualmente” em vez de “outrossim”);

2 – clareza: fuja da ambiguidade, do “duplo sentido”, da ironia, do conteúdo implícito; seja explícito em suas idéias;

3 – objetividade: os juízes e tribunais têm pouco tempo; por isso, em textos jurídicos, “sendo completo, quanto menor, melhor”;

4 – correção gramatical: é ideal a ser perseguido por toda a vida; o único modo de se aprender gramática é, infelizmente, estudando-a; a leitura de escritores clássicos ajuda, mas não substitui o estudo da gramática.

5 – Dê espaço de quatro centímetros para a margem esquerda, para evitar que a autuação dificulte a leitura da manifestação.

6 – Os destaques (CAIXA ALTA, negrito, sublinhado, itálico, texto recuado etc.) devem ser usados com moderação, de modo que só os elementos que realmente o mereçam sejam destacados. Exemplos: são dignos de destaque o cabeçalho (nº do processo etc.), os itens e subitens da petição, a (s) palavra (s)-chave na conclusão de tese desenvolvida na petição, o nome da demanda proposta ou ato processual praticado (ação civil pública, denúncia, promoção de arquivamento etc.), o nome das partes envolvidas; não necessitam de destaque o nome de testemunhas, juízes, tribunais ou autores.
O destaque CAIXA ALTA, por ser muito espalhafatoso, deve ser evitado ou exclusivamente reservado para o (s) réu (s). E lembre-se: as aspas (“”) não são mero destaque, mas demonstração de citação, ironia, trocadilho, ambiguidade evidente e proposital, grande excepcionalidade, ditado popular, frase-feita ou estrutura rígida de palavras – fora desses casos, as aspas tendem a estar mal empregadas.

7 – No início da manifestação, evite dizer que “o Ministério Público Federal vem expor e requerer o que se segue” ou que “o Ministério Público Federal vem se manifestar nos termos seguintes” – seja direto, desde o início: “Trata-se de requerimento de viagem internacional, formulado pelo acusado…” ou “O acusado requer, na f. 87, autorização judicial para…”.
No final da manifestação, não é necessário escrever “Nestes termos, pede deferimento”, pois tal desejo de deferimento já está logicamente implícito nos pedidos e requerimentos expressamente deduzidos.

8 – Nas defesas, ou denúncias, imediatamente após qualificar o (s) acusado (s), crie tópico denominado “Síntese fática” e, ali, narre, baseando-se nos dados já obtidos pela investigação, a (s) conduta (s) penalmente típica (s) a ele (s) imputada (s), com todas suas elementares, causas de aumento e, se possível, também as circunstâncias agravantes, de modo a responder: quem? Quando? Onde? O que? Como? Por que? Para que? Com quem? Contra quem?

9 – Uma peça, por mais simples que seja, é manifestação única, autônoma. Devemos contextualizar a peça: ela tem que indicar sua razão de existir, ainda que sucintamente. Faça a pergunta: Se alguém ler a peça, isolada (e – é certo – várias pessoas a lerão isoladamente), haverá necessidade, para que ela seja compreendida, de que se consultem outras peças e documentos processuais? Se a compreensão da peça (aqui não estamos falando de construção do convencimento jurídico), se para sua simples compreensão houver necessidade de consultar outras peças processuais, é sinal de que sua peça não disse suficientemente a que veio. Por isso, evitemos dizer:
“O Ministério Público Federal, em atendimento ao despacho de f. 145 e considerando o ofício de f. 143, reitera sua manifestação de f. 141, para que seja reiterado o ofício de f. 139”.
A nossa manifestação não deve forçar o leitor a se aprofundar em pesquisas para decifrar o seu significado. Deixemos essa importante tarefa para os poetas e para os correspondentes de guerra!
Preferiremos nos manifestar assim, por exemplo:
“O Ministério Público Federal, em atendimento ao despacho de f. 145, informa que, segundo o ofício de f. 143, emitido pela Receita Federal do Brasil em Guarulhos, o parcelamento da dívida consolidada no procedimento administrativo nº 10830.005902/2006-10, em nome da sociedade empresária PREGOS & BROCAS LTDA. está sendo regularmente cumprido.
Por isso, o MPF aguarda a vinda de novas informações sobre a cumprimento do parcelamento; caso elas não sejam trazidas aos autos em três meses, requer, desde já, para esse fim, a expedição de ofício requisitório à Receita Federal do Brasil em Guarulhos. Com a resposta, aguarda-se nova vista, para manifestação”.
A manifestação, assim redigida, fica bem mais longa. Em contrapartida, disse absolutamente tudo o que tinha a dizer, sem meias-palavras. Em geral, com a repetição de manifestações sobre a mesma situação, sequer teremos o trabalho de elaborar a estrutura do texto – bastando cuidar das adaptações pontuais.

10 – Outros exemplos: dizer cumprimento “da decisão” (você sabe qual, mas quem está lendo não sabe – deve-se, no mínimo, fazer menção à folha em que ela está e, melhor ainda, ao seu comando: “da decisão que suspendeu o processo e o curso da prescrição”); escrever “entendimento majoritário do tribunal” (sem mencionar no mínimo três acórdãos que expressem, ou pelo menos indiciem, a maioria) pode parecer embromação; dizer que o Ministério Público “concorda o disposto à f. tal e requer o prosseguimento do feito em seus ulteriores termos” pode indicar que a dita ‘folha tal’ não foi analisada coisíssima nenhuma e de que estamos mais perdidos no processo do que cego em tiroteio – porque, geralmente, quem pede que o processo siga “em seus ulteriores termos” é porque não sabe ou está com preguiça de analisar quais devem ser os próximos passos do procedimento.
Esse tópico pode ser resumido em uma palavra: se você fez a análise do processo, sua manifestação deve espelhar, ainda que sucintamente, essa análise – que inclusive servirá para as futuras consultas ao processo, como uma espécie de síntese do que foi feito até aquele ponto.

11 – A abreviação para a palavra “folha” é “f.”, seja no singular, seja no plural. Por isso, evite usar “fl.” ou “fls.”. O intervalo entre folhas é designado por um hífen (-), não pela consagrada barra (/), que, rigorosamente, indica número fracionário (por exemplo: 3/5 significa “três quintos” e não “de três a cinco”). O correto é “na f. 10”, “de f. 12”, “nas f. 10-12”, “de f. 10-12”.

12 – A abreviação de “número” é n. ou nº, não “n.º”.

13 – Evitar adjetivos desnecessários, como “o ilustre Pontes de Miranda”, “o magistral ensinamento do saudoso Nélson Hungria”, “o colendo Supremo Tribunal Federal”. Exceções: a referência ao juiz ou tribunal da causa, para agradar o julgador ou amenizar crítica a ser proferida, pode ser precedida de elogio moderado (exemplo: “digno juiz”, “culto magistrado”, “douto juízo”, “egrégio tribunal” etc.)

14 – O adjetivo “anexo” deve ser assim utilizado: “as provas anexas”, “o arquivo anexo”; não se deve escrever “as provas em anexo” ou “o arquivo em anexo”. Por outro lado, atente-se para a situação do documento referido: se ele figura como elemento secundário de petição ainda não juntada, ele se encontra “anexo” ou “acostado” (ou seja, nas costas), apenso ao elemento principal; se ele já está dentro dos autos, está “juntado nas f. 49-56”, “inserido nas f. 43-60”, “encartado nas f. 23-25”.

15 – A expressão “sendo que”, quase sempre, é modo artificial de prolongar frase que deveria ter sido desdobrada, através de ponto e vírgula ou ponto. Em vez de dizer “dois técnicos da ANATEL identificaram a rádio clandestina, sendo que no local foram encontrados os respectivos equipamentos”, diga “dois técnicos da ANATEL identificaram a rádio clandestina; no local foram encontrados os respectivos equipamentos”.

16 – A sigla “etc.” significa “et coetera” ou seja “e outros” (“e os restantes”). Por isso, como “etc.” já contém a conjunção e, não é correto usar e ou vírgula antes de tal sigla.

17 – Evite a expressão “menor” (policialesca e anterior ao ECA), preferindo “criança” (até 11 anos) ou “adolescente” (entre 12 e 17 anos).

18 – Ao abordar valores numéricos, dê preferência à forma por extenso. Evite, por exemplo, escrever “ele procurou o guichê de atendimento por 3 vezes”, preferindo “ele procurou o guichê de atendimento por três vezes”. Exceções:
1.   expressões de valores em moeda. Nesse caso, colocar o valor em numeral (p. ex.: R$ 1.250,00).
2.      datas: usar a forma “10.11.2006”;
3.      em geral, para indicar quantidades superiores a vinte;
4.  os nomes de tribunais regionais federais podem, indiferentemente, ser grafados em numeral ordinal ou por extenso (tanto é correto escrever “Tribunal Regional Federal da Terceira Região” quanto grafar “Tribunal Regional Federal da 3ª Região” – aparentemente, os TRFs até preferem a segunda forma, com numeral ordinal); e
5.      claro, para fazer menção às folhas do processo.

19 – Salvo quando o valor mereça ser destacado (por ser muito alto ou ínfimo, estranhamente coincidente ou divergente de outro valor relevante etc.). não é imprescindível escrever valor monetário por extenso – prática útil em cheques e em contratos (nos quais a possibilidade de fraude é grande), mas pouco necessária em trabalhos retóricos. Todavia, se for o caso de se escrever por extenso, a grafia de R$1.250,00 é “mil, duzentos e cinqüenta reais”, e não “um mil, duzentos e cinqüenta reais”, tampouco “hum mil, duzentos e cinqüenta reais”, formas adotadas em cheques para se evitarem golpes.
No caso de medidas precisas de massa, espaço, tempo etc., embora não seja obrigatório, costuma ser útil a redação do numeral arábico e por extenso: “1,349 g (mil, trezentos e quarenta e nove gramas)”, “3.547 m2 (três mil, quinhentos e quarenta e sete metros quadrados)”, 14h37min (quatorze horas e trinta e sete minutos).

20 – Quando citar passagens do processo, fatos e documentos importantes, SEMPRE MENCIONAR AS FOLHAS em que está a informação. Isso facilita enormemente o trabalho de correção da peça e de compreensão de seu conteúdo e significado. Além de ser prova de dedicação e efetiva análise do processo. Mas ATENÇÃO: após o oferecimento das denúncias (e outras petições iniciais), pode ocorrer repaginação no Judiciário, de modo que o número de determinada folha no inquérito policial acabe sendo outro em sede judicial; uma forma de se evitar levar o julgador a erro é dizer, entre parênteses, logo no cabeçalho da denúncia:
(ATENÇÃO: Os números de página aqui mencionados se referem à ordenação dada pela Polícia, de modo que poderão ser alterados após eventual repaginação judicial)

21 – Evite utilizar linguagem de telegrama: “Laudo pericial, f. 12-14” ou “Juntada folha de antecedentes às f. 167-170”. As orações, em geral, devem ter sujeito e predicado. Então, prefira: “O laudo pericial foi juntado nas f. 12-14”, “A folha de antecedentes foi inserida nas f. 167-170” ou “Foi encartada a folha de antecedentes nas f. 167-170”.

22 – Outra impropriedade linguística: costuma-se dizer que “o laudo toxicológico foi anexado/acostado/apensado nas f. 30-33 dos autos”; rigorosamente, “anexar” significa “reunir (o que era independente) a outra coisa, considerada principal”; “acostar” remete a “costas”; e apensar é “juntar como apenso (de outra coisa, considerada principal)”; ou seja: salvo nas situações em que haja realmente a junção de feito principal e feito acessório (de modo que este foi/será anexado/acostado/apensado naquele), prefira dizer que “o laudo toxicológico foijuntado/inserido/encartado/aposto/alocado nas f. 30-33 dos autos”.

23 – Segundo a ABNT, a forma correta de se mencionar o município e a unidade da federação é a seguinte: Guarulhos, SP – seguida ou não de vírgula, a depender do contexto. Não utilizaremos, pois, “Guarulhos/SP”, “Guarulhos/S.P.” ou “Guarulhos, São Paulo”.

24 – Todas as páginas das manifestações deverão ser numeradas, de preferência do modo como se fez neste “mini-manual”: “1/7”, “2/7”, “3/7”, “4/7”, “5/7”, “6/7” e “7/7”.Atenção: “f. 1/7” significa “página 1, dentro do total de 7”; “f. 1-7” significa “da folha 1 à folha 7”.
Fonte Justificando