quarta-feira, 6 de abril de 2022

REDAÇÃO: CONFIRA 11 DICAS PARA NUNCA MAIS TEMER A FASE DISCURSIVA

Fase deve ser encarada como mais uma chance de o candidato mostrar que é capaz

Para muitos, responder mais de 100 questões objetivas, mesmo quando uma errada anula uma certa, é menos temeroso do que enfrentar uma página branca com 30 linhas que precisam ser preenchidas por uma redação. Muitos concurseiros até deixam de concorrer só porque terá fase discursiva na seleção. Mas nada que prática e uma boa orientação não deem jeito. Conheça algumas dicas valiosas, confira a seguir:

Brainstorming
No dia da prova, vá direto para a folha que contém a proposta de redação assim que abrir o caderno de questões. Leia e anote todas as ideias e palavras-chave que aparecerem em sua cabeça a partir do tema proposto. Assim, é mais fácil identificar quais argumentos realmente servem para embasar seu posicionamento sobre o tema. Essa a técnica é chamada de brainstorming ou tempestade de idéias.

Defenda suas ideias com unhas e dentes
É importante ser objetivo quanto ao posicionamento frente ao problema/tema apresentado pela banca organizadora. É preciso desenvolver bons argumentos para defender claramente seu ponto de vista. Assim, a ambiguidade deve ser descartada. Para facilitar o desenvolvimento da estrutura textual, separe os desdobramentos do tema proposto em tópicos e faça com que cada um se desenvolva em um parágrafo, depois é só interligar as idéias em sequência coerente.

Respeite os limites físicos da página
Geralmente, o máximo é de 30 linhas. Ultrapassar isso ou desrespeitar as margens da folha pode ser motivo para desclassificação. É importante ainda que o texto preencha toda a linha para que esteticamente o texto facilite a visualização e leitura.

Exemplifique seu ponto de vista
Podem ser dados estatísticos, testemunho de autoridade, fatos da realidade, ilustrações e comparações para fundamentar seu ponto de vista em relação ao tema proposto. Para isso, é fundamental que o candidato procure estar atualizado com temas como política, economia, meio-ambiente, entre outras áreas.

Não use termos que não conheça
Se tiver dúvida com relação à escrita ou significado de algum termo, substitua-o por outro de mesmo significado. Em vez de arriscar palavras mais rebuscadas, simplificar a linguagem é o mais adequado e seguro.

Estar realizando?
Evite gerundismo, clichês, gírias, pleonasmos (Ex.: subir para cima), linguagem coloquial (são comuns abreviações, estrangeirismos, palavras criadas, erros de concordância), “internetês” e vocabulário excessivamente requintado. Para aquisição de um vocabulário mais rico e sem vícios não há outro remédio a não ser ler com freqüência.
Aprenda o novo acordo ortografico

Lembre-se que o novo acordo ortografico já foi implementado. Não se esqueça que os verbos crer, ler, dar e ver não possuem mais acento circunflexo, quando colocados na 3ª pessoa do plural do modo indicativo. Ex: creem, leem, deem e veem. Ditongos abertos (Ex.: ideia, plateia), a hifenização sofreu alterações (ex.: dia a dia), assim como caiu os acentos diferenciais para distinção de palavras iguais (Ex.: para, pelo), entre outras modificações.

Treine sempre
O ideal é que o candidato que vai prestar redação em concurso produza pelo menos duas redações por semana. É importante ainda sempre reescrever os textos após submetê-lo à correção de um profissional ou de um amigo.

Texto excelente nem sempre é garante aprovação
Existe uma diferença entre um texto excelente e outro para passar em concurso. Para passar você só precisa atender aos tópicos do tema. Às vezes, o candidato vai além, aborda diversos aspectos e faz uma excelente redação. Mas se fugir do que é exigido, não adianta.

Ih, não é dissertação. O que fazer?
Não se assuste quando a banca pedir para você elaborar um estudo de caso ou peça técnica. Esses tipos de texto são subgêneros do texto dissertativo. Basicamente, a diferença entre eles é que a dissertação é baseada em texto motivado e o estudo de caso, em situações hipotéticas. Os critérios, em tese, são os mesmos para todas as redações. É preciso sempre estar dentro do tema, abordar os aspectos exigidos pelo enunciado, ser claro e montar o raciocínio com começo, meio e fim.

Focar o estudo por banca
Embora cada examinadora tenha características próprias, podemos separá-las em dois conjuntos quanto à prova de redação: Cespe e demais bancas:
- O Cespe faz uma prova de redação redundante: avalia praticamente o mesmo que na prova objetiva, ou seja, conteúdo. A redação tem 95% da nota para nível de conhecimento sobre o assunto. Os outros 5% são para apresentação e estrutura. Apurada a nota, o candidato pode perder pontos pelos erros gramaticais.
- Quanto às demais bancas, há sempre uma preocupação com incluir critérios mais típicos de correção de redação, que, em geral, podem ser organizados em três grandes critérios: conteúdo (conhecimento do assunto e fundamentação, que é a pertinência e relevância das ideias do desenvolvimento), estrutura (coerência, coesão) e correção gramatical (ortografia, vocabulário e morfossintaxe).
Por QualConcurso
Fonte JusBrasil Notícias