quarta-feira, 3 de março de 2021

6 PEDRAS NO CAMINHO DOS CONCURSEIROS DA ÁREA JURÍDICA

Confira quais são as maiores dificuldades dos candidatos, na opinião de três especialistas em concursos públicos

Conquistar a tão sonhada aprovação não é tarefa das mais simples. O conteúdo exigido pelos editais é complexo, as provas são longas e a concorrência é grande. Além disso, algumas questões acabam deixando muita gente de fora.
Exame.com consultou três especialistas em concursos públicos da área jurídica para saber quais as maiores dificuldades no caminho dos concurseiros. Vencer estas barreiras é sair na frente de grande parte dos candidatos. Confira quais são elas:

1 Raciocínio lógico
Fórmulas e conceitos de raciocínio lógico podem ser verdadeiros vilões para quem vai prestar concursos na área jurídica porque os candidatos não são da área de exatas, segundo o vice-presidente do Complexo Educacional Damásio de Jesus, Marco Antônio de Araújo Júnior.
“Por ser uma disciplina fora do âmbito do direito, os concurseiros precisam estudar mais”, diz ele. Vale lembrar que esta é uma disciplina presente, por exemplo, nos concursos para delegados.

2 Informática
A linguagem em bits e bytes dos sistemas de hardware e software também pode deixar muitos concurseiros de cabelo em pé e também é frequente em editais de concursos para delegado de polícia civil. “Não é informática básica de saber usar o computador, são questões de profundidade mediana, específicas para concursos públicos, e pegam muita gente desprevenida”, diz Araújo.

 3 Disciplinas de menor peso ou número de questões
Na opinião de Marcelo Hugo da Rocha, diretor acadêmico do Curso Retorno Jurídico e coordenador da coleção Passe em Concursos Públicos - Manual de Dicas (Editora Saraiva), as questões de menor peso nas provas ou com poucas questões são a pedra no sapato de muita gente na hora da prova. “Muitos concurseiros acabam estudando de forma superficial as matérias de menor peso”, diz Rocha.
O risco, diz o especialista, é que classificação, muitas vezes, é por 1 ou 2 pontos e, nesta hora, estas disciplinas podem fazer a diferença na aprovação. “Na grade de estudos, os concurseiros devem dar preferência para as matérias de maior peso, mas devem estudar todas as disciplinas e resolver provas anteriores”, diz ele.

4 Direito Administrativo
Nenhum concurseiro da área jurídica vai escapar de ter que estudar direito administrativo. Mas, apesar de sempre aparecer nos editais, a disciplina preocupa muitos concurseiros, diz Rocha. “O que temos é uma legislação esparsa, por isso das disciplinas jurídicas é a mais preocupante”, diz o especialista.
De acordo com ele, isto gera muitas dúvidas nos alunos. “Na minha área de estudos que muita gente me pergunta como são as ações do direito administrativo”, conta.
“Não há um código, não existe essa base em direito administrativo, o que gera divergência entre os estudiosos”, explica a professora Fernanda Marinela, da rede LFG. A solução sugere ela, é conhecer bem o posicionamento do Judiciário acerca dos temas.

5 Constituição e Direito Constitucional
“O direito constitucional e direito administrativo são disciplinas que o estudante vê na graduação por um ou dois semestres e geralmente não têm contato em estágios”, diz Rocha.
A falta de estudo durante o curso de direito faz com que os concurseiros precisem reforçar as leituras, já que a disciplina também aparece em todos as provas da área jurídica. “Pega muitos candidatos”, diz Fernanda.
A dica da professora é estudar bem a Constituição federal, “ Não há dúvida, quem conhece a Constituição não zera na prova porque todo o ordenamento jurídico brasileiro está embasado pela constituição”, explica.

6 Prova oral
A ansiedade de estar cara a cara com a banca examinadora é o que torna a prova oral uma preocupação constante de quem presta concurso público na área jurídica. “É o que derruba muitos candidatos”, diz Fernanda. Além de muito treinamento e estudo, o pulo do gato é conseguir manter a calma nesta hora.
Na opinião da professora da rede LFG, o modelo de prova oral também deixa muito candidato nervoso porque traz riscos à imparcialidade dos concursos. “O examinador olha na cara do candidato, é uma pessoalidade grande”, diz Fernanda.
Por Camila Pati
Fonte Exame.com