quinta-feira, 2 de maio de 2024

REALIDADE BRASILEIRA

FRASE COM 2054 ANOS

 

FILOSOFIA DE PLATÃO

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

PESSOAS VIOLENTAS

 

BIOENERGIA: APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA GERAÇÃO DE ENERGIA DE FORMA SUSTENTÁVEL


Os impactos das atividades humanas sobre o meio ambiente se intensificaram a partir da revolução industrial do século XVIII, e especialmente durante o século XX. A energia elétrica se tornou um dos bens de consumo fundamentais para as sociedades atuais, dependemos dela para a nossa produção industrial, sistemas de transportes, de segurança, de saúde, de educação, conforto, o comércio, a agricultura e outros fatores associados à qualidade de vida.
Em nosso planeta encontramos diversos tipos de fontes de energia, sendo que, algumas são renováveis e outras esgotáveis. O petróleo é a principal fonte de energia do planeta, seguido pelo carvão mineral e pelo gás natural e sua formação se deu em um lento processo geológico de produção, podendo acabar caso não haja um consumo racional. Por outro lado, o ritmo de consumo vem se acelerando com o aumento da população e o consumismo desenfreado, principalmente das nações dos países desenvolvidos, assim, têm provocados inúmeros problemas ambientais, poluição, mudanças climáticas, aquecimento global, por causa da intensificação do efeito estufa, destruição da fauna e flora, cuja solução é um desafio atualmente.
A formação da base energética do Brasil sempre esteve ligada às condições econômicas e disponibilidade de exploração dos recursos naturais. O emprego das fontes não renováveis, como o petróleo, o gás natural, o carvão mineral e o urânio, têm causado grandes danos ambientais, locais e globais, e estas reservas estão diminuindo a cada ano, possuem uma capacidade limitada. Diante disso, às fontes de energia renováveis, como a hidráulica, a solar, eólica, geotérmica, biomassa (bagaço de cana de açúcar, lenha, carvão vegetal, os resíduos vegetais, agrícolas e os resíduos sólidos) são consideradas as formas de geração de energia mais limpas, que contribui para o meio ambiente.
Cabe destacar que, nenhuma forma de energia é totalmente limpa e implicam danos ambientais. Assim, fazer economia de energia e o uso de forma sustentável, independentemente de sua fonte, irá beneficiar o homem e a natureza.
O setor elétrico no Brasil de base predominantemente hidráulica (movimento das águas) se deu devido às características físicas e geográficas do nosso território, amplamente aproveitado para a construção de usinas hidrelétricas, rios com grandes extensões, caudalosos, e correndo sobre planaltos e depressões, sendo estas projetadas como forte impulso rumo à industrialização e desenvolvimento do país. Atualmente, o Brasil possui um dos maiores parques hidrelétrico do mundo, atrás somente da China e Rússia, responsável pela produção de mais de 90% da energia consumida internamente. O Brasil é um pais privilegiado em recursos hídricos, mas é um recurso cada vez mais escasso e pode ser um bem controlado, a energia através de resíduos sólidos pode se tornar importante no futuro, porque a geração de lixo tem aumentado muito e precisamos de uma destinação final de forma adequada e sustentável.
O desafio que se coloca na atualidade é o gerenciamento integrado dos resíduos sólidos urbanos, relacionando as etapas de geração, acondicionamento, coleta, transportes, reaproveitamento e destinação final, integrando fatores de reciclagem de materiais e a geração de energia elétrica a partir dos RSU.
Assim, podemos contribuir para a qualidade de vida da população e evitar uma série de impactos ambientais, sociais e econômicos. Ambientais: contaminação da água pelo chorume, do solo pelas condições favoráveis ao desenvolvimento de fungos e bactérias, poluição do ar pelas emissões de gases e mau cheiro dentre outros. Aspecto social: a população de baixa renda buscam uma forma de sustento por meio da captação e comercialização de materiais recicláveis, má qualidade de vida dos catadores e exposição a doenças, ferimentos pela manipulação dos resíduos. Quanto ao aspectos econômicos: altos investimentos para a recuperação de áreas degradadas e mananciais, altos investimentos para a implantação de aterros sanitários e operação, cuja vida útil se esgotam rapidamente e elevados gastos com tratamento com saúde causada pela disposição inadequada do lixo.
No Brasil nos últimos anos devido as dificuldades de se obter licenciamento ambiental para as grandes obras de hidrelétricas, as mudanças climáticas e o valor da eletricidade, são fatores que favorecem a implatação da geração de energia elétrica a partir dos RSU, porque a geração próxima ao ponto de consumo, evita gastos com linhas de transmissão e gera crédito de carbono (protocolo de Kyoto). 
A produção de energia elétrica a partir dos RSU pode ocorrer em vários processos, como a queima do biogás recuperados dos depósitos de lixo, a incineração, a gaseificação e a digestão anaeróbica acelerada, são métodos importantes para evitar a emissão de gás metano (gás altamente prejudical a camada de ozônio) dos depósitos de lixo, prolongado a vida útil dos aterros sanitários, proporcionando ganhos ambientais e socioeconômicos. 
Nesse sentido, para ocorrer a geração de energia elétrica a partir dos RSU depende de um gerenciamento integrado, tarefa que demanda esforços articulados dentro da política brasileira e assim atender diversos interesses, “privado, público, social, de segurança para o sistema de fornecimento de energia elétrica, redução de custo do fornecimento, geração de empregos, reputação política, e outros”.
Portanto, com o aumento da concentração atmosférica de gases que provoca o efeito estufa, tem demandado novas políticas, tanto no setor público e privado para maiores investimentos em energia renováveis a médio e longo prazo, como forma de minimizar os impactos ambientais do lixo. Assim a implementação de novas alternativas de produção e aproveitamento de RSU para a geração de energia elétrica depende do gerenciamento integrado, entre poder público, privado e toda a sociedade, afim de assegurar a saúde da população, diminuir os impactos negativos associados ao manejo inadequado dos RSU. Trata-se de um desafio reduzir as pressões sobre o meio ambiente e atender as necessidades da humanidade por meio da implementação de padrões de consumo sustentável.

Fonte Remade Notícias 

ENERGIA SOLAR - FONTE ENERGÉTICA ABUNDANTE


No decorrer da década de 70, o mundo adquiriu profunda consciência de uma escassez global de combustíveis fósseis e, com o inevitável declínio dessas fontes convencionais de energia à vista, os principais países industrializados empreenderam uma rigorosa campanha a favor da energia nuclear como fonte energética alternativa. O debate sobre como solucionar a crise energética concentra-se usualmente nos custos e riscos da energia nuclear, em comparação com a produção de energia proveniente do petróleo, do carvão e do óleo xistoso. Os argumentos usados por economistas do governo e das grandes companhias, bem como por outros representantes da indústria energética, são fortemente tendenciosos sob dois aspectos. A energia solar — a única fonte energética que é abundante, renovável, estável no preço e ambientalmente benigna — é considerada por eles "antieconômica" ou "ainda inviável", apesar de consideráveis provas em contrário; e a necessidade de mais energia é pressuposta de maneira indiscutível.
Qualquer exame realista da "crise energética" tem que partir de uma perspectiva muito mais ampla do que essa, uma perspectiva que leve em conta as raízes da atual escassez de energia e suas ligações com os outros problemas críticos com que hoje nos defrontamos. Tal perspectiva torna evidente algo que, à primeira vista, poderá parecer paradoxal: para superar a crise energética, não precisamos de mais energia, mas de menos. Nossas crescentes necessidades energéticas refletem a expansão geral dos nossos sistemas econômico e tecnológico; elas são causadas pelos padrões de crescimento não-diferenciado que exaurem nossos recursos naturais e contribuem, de modo significativo, para nossos múltiplos sintomas de doença individual e social. Portanto, a energia é um parâmetro significativo de equilíbrio social e ecológico. Em nosso estágio atual de grande desequilíbrio, contar com mais energia não resolveria os nossos problemas, mas só iria agravá-los. Não só aceleraria o esgotamento de nossos minerais e metais, florestas e peixes, mas significaria também mais poluição, mais envenenamento químico, mais injustiça social, câncer e crimes. Para fazer frente a essa crise multifacetada não necessitamos de mais energia, mas de uma profunda mudança de valores, atitudes e estilo de vida.
Uma vez percebidos esses fatos básicos, torna-se evidente que o uso de energia nuclear como fonte energética é absoluta loucura. Ultrapassa o impacto ecológico da produção de energia em grande escala a partir do carvão, impacto esse que já é devastador, em vários graus, e ameaça envenenar não apenas nosso meio ambiente natural por milhares de anos, mas até mesmo extinguir toda a espécie humana. A energia nuclear representa o caso mais extremo de uma tecnologia que tomou o freio nos dentes, impulsionada por uma obsessão pela auto-afirmação e pelo controle que já atingiu níveis patológicos.
Ao descrever a energia nuclear em tais termos, refiro-me a armas nucleares e a reatores nucleares. Esses dois fatores não podem ser considerados separadamente; esta é uma propriedade intrínseca da tecnologia nuclear. O próprio termo nuclear power tem dois significados vinculados. Power, além do significado técnico de "fonte de energia", possui também o sentido mais geral de "posse de controle ou influência sobre outros".
Assim, no caso do nuclear power (energia nuclear e poder nuclear), esses dois significados estão inseparavelmente ligados, e ambos representam hoje a maior ameaça à nossa sobrevivência e ao nosso bem-estar.
Por Fritjjof Capra 1982
Fonte O Ponto de Mutação

ASSISTÊNCIA HOLÍSTICA AO TRATAMENTO DO CÂNCER

O novo modo de tratamento do câncer é uma terapia de assistência holística à saúde por excelência

“O câncer é um fenômeno típico, uma doença característica de nosso tempo. O desequilíbrio e a fragmentação que impregnam nossa cultura desempenham um papel importante no desenvolvimento do câncer, impedindo ao mesmo tempo que os pesquisadores médicos e os clínicos compreendam a doença ou a tratem com êxito.
A imagem popular do câncer foi condicionada pela visão fragmentada do mundo em nossa cultura, pela abordagem reducionista da nossa ciência e pelo exercício da medicina orientado para o uso maciço de tecnologia. O câncer é visto como um forte e poderoso invasor que ataca o corpo a partir de fora. Parece não haver esperança de controlá-lo, e para a grande maioria das pessoas câncer é sinônimo de morte. O tratamento médico — radiação, quimioterapia, cirurgia ou uma combinação dessas técnicas — é drástico, negativo e danifica ainda mais o corpo. Os médicos estão cada vez mais propensos a ver o câncer como um distúrbio sistêmico, uma doença que, no início, é localizada, mas que tem a faculdade de se propagar e realmente envolve o corpo inteiro, e em que o tumor original é apenas a ponta do iceberg. Os pacientes, entretanto, insistem freqüentemente em considerar seu próprio câncer um problema localizado, especialmente durante sua fase inicial. Vêem o tumor como um objeto estranho e querem livrar-se dele o mais rapidamente possível e esquecer todo o episódio. A maioria dos pacientes está tão completamente condicionada em suas idéias, que se recusa a considerar o contexto mais amplo de sua enfermidade, sem perceber a interdependência de seus aspectos psicológicos e físicos. Para muitos pacientes cancerosos, seu corpo tornou-se um inimigo em quem não podem confiar e do qual se sentem inteiramente divorciados.
Um dos principais objetivos na abordagem Simonton é inverter a imagem popular do câncer, que não corresponde às conclusões da pesquisa atual. A moderna biologia celular mostrou que as células cancerosas não são fortes e potentes, mas, pelo contrário, fracas e confusas. Elas não invadem, atacam ou destroem, mas, simplesmente, se super-reproduzem. Um câncer principia com uma célula que contém informação genética incorreta, porque foi danificada por substâncias nocivas ou outras influências ambientais, ou simplesmente porque o organismo produziu ocasionalmente uma célula imperfeita. A informação defeituosa impede a célula de funcionar normalmente; e se essa célula reproduz outras com a mesma constituição genética incorreta, o resultado é um tumor composto de uma massa de células imperfeitas. As células normais se comunicam eficazmente com seu meio ambiente para determinar suas dimensões ótimas e sua taxa de reprodução, ao contrário do que acontece com a comunicação e a auto-organização das células malignas. Em conseqüência disso, crescem mais do que as células saudáveis e reproduzem-se a esmo. Além disso, a coesão normal entre as células pode se enfraquecer, e então as células malignas desprendem-se da massa original e viajam para outras partes do corpo, formando novos tumores — o que é conhecido como metástase.
Num organismo saudável, o sistema imunológico reconhece as células anormais e as destrói, ou, pelo menos, as mantém cercadas para que não possam propagar-se. Mas se, por alguma razão, o sistema imunológico não é suficientemente forte, a massa de células defeituosas continua a crescer. O câncer não é, portanto, um ataque vindo do exterior, mas um colapso interno.
Os mecanismos biológicos do crescimento canceroso deixam claro que a busca de suas causas tem que caminhar em duas direções. Por um lado, precisamos saber a causa da formação de células cancerosas; por outro, precisamos entender a causa do enfraquecimento do sistema imunológico do corpo.
Muitos pesquisadores chegaram à conclusão, ao longo dos anos, de que as respostas a ambas essas questões consistem numa complexa rede de fatores genéticos, bioquímicos, ambientais e psicológicos interdependentes. Com o câncer, mais do que com qualquer outra doença, a tradicional prática biomédica de associar urna doença física a uma causa física específica não é apropriada. Mas como a maioria dos pesquisadores ainda trabalha dentro da estrutura biomédica, eles acham o fenômeno do câncer extremamente desconcertante.
Simonton assinalou: "O tratamento do câncer encontra-se hoje num estado de total confusão. Quase se parece com a própria doença: fragmentado e confuso". E reconhece plenamente o papel das substâncias e influências ambientais cancerígenas na formação de células cancerosas e defendem vigorosamente a implementação de uma política social apropriada para eliminar esses riscos para a saúde. Entretanto, concluíram também que nem as substâncias cancerígenas, nem a radiação ou a predisposição genética fornecem, por si e em si mesmas, uma explicação adequada para a causa do câncer. Nenhuma explicação para o câncer será completa sem uma resposta para esta questão crucial: o que impede que o sistema imunológico de uma pessoa, num determinado momento, reconheça e destrua células anormais, permitindo, assim, que elas cresçam e se convertam num tumor que ameaça a vida? Esta foi a questão em que se concentraram, em suas pesquisas e na prática terapêutica; e concluí que ela só pode ser respondida desde que sejam considerados, cuidadosamente, os aspectos mentais e emocionais da saúde e da doença.
O quadro emergente do câncer é compatível com o modelo geral de doença sobre o qual estivemos discorrendo. Um estado de desequilíbrio é gerado pelo estresse prolongado, que é canalizado através de uma determinada configuração da personalidade, dando origem a distúrbios específicos. No caso do câncer, as tensões cruciais parecem ser aquelas que ameaçam algum papel ou alguma relação central da identidade da pessoa, ou as que criam uma situação para a qual, aparentemente, não há escapatória.
Numerosos estudos sugerem que essas tensões críticas ocorrem tipicamente de seis a dezoito meses antes do diagnóstico do câncer. Elas são passíveis de gerar sentimentos de desespero, impotência e desesperança. Em virtude desses sentimentos, uma doença grave e até a morte podem tornar-se consciente ou inconscientemente aceitáveis como solução potencial.
Simonton e outros pesquisadores desenvolveram um modelo psicossomático de câncer que mostra como os estados psicológicos e físicos colaboram na instalação da doença. Embora muitos detalhes desse processo ainda precisem ser esclarecidos, tornou-se evidente que o estresse emocional tem dois efeitos principais: inibe o sistema imunológico do corpo e, ao mesmo tempo, acarreta desequilíbrios hormonais que resultam num aumento de produção de células anormais. Assim, estão criadas as condições ótimas para o crescimento do câncer. A produção de células malignas é incentivada precisamente na época em que o corpo é menos capaz de destruí-las.
No que se refere à configuração da personalidade, os estados emocionais do indivíduo parecem ser o elemento crucial no desenvolvimento do câncer. A ligação entre câncer e emoções vem sendo observada há centenas de anos, existindo hoje provas substanciais do significado de estados emocionais específicos. Estes são o resultado de uma biografia particular que parece ser característica dos pacientes com câncer. Perfis psicológicos de tais pacientes foram estabelecidos por numerosos pesquisadores, alguns dos quais são até capazes de prever a incidência do câncer com notável precisão, com base nesses perfis.
Estudados mais de quinhentos pacientes com câncer e identificou os seguintes componentes significativos em suas biografias: sentimentos de isolamento, abandono e desespero durante a juventude, quando relações interpessoais intensas parecem ser difíceis ou perigosas; uma relação forte com uma pessoa ou grande satisfação com um papel no início da idade adulta, tornando-se o centro da vida do indivíduo; perda da relação ou do papel, resultando em desespero; interiorização do desespero, a ponto de os indivíduos serem incapazes de deixar outras pessoas saberem quando eles se sentem magoados, coléricos ou hostis. Esse padrão básico foi confirmado como típico de pacientes com câncer por numerosos pesquisadores.
A abordagem Simonton afirma que o desenvolvimento do câncer envolve um certo número de processos psicológicos e biológicos interdependentes, que esses processos podem ser reconhecidos e compreendidos, e que a seqüência de eventos que leva à doença pode ser invertida de modo a que o organismo se torne
saudável novamente. Tal como em qualquer terapia holística, o primeiro passo no sentido de se iniciar o ciclo de cura consiste em conscientizar os pacientes do contexto mais amplo de sua enfermidade. O estabelecimento do contexto do câncer começa por se solicitar aos pacientes que identifiquem as principais tensões que ocorreram em sua vida de seis a dezoito meses antes do diagnóstico. A lista dessas tensões é, então, usada como base para se analisar a participação dos pacientes no desencadeamento de sua enfermidade. O objetivo do conceito de participação do paciente não é suscitar um sentimento de culpa, mas criar a base para a inversão do ciclo de processos psicossomáticos que culminaram na doença.
Enquanto Simonton estabelece o contexto da enfermidade de um paciente, eles também fortalecem sua crença na eficácia do tratamento e na potência das defesas do corpo. O desenvolvimento dessa atitude positiva é crucial para todo o tratamento. Estudos realizados mostraram que a resposta do paciente ao tratamento depende mais de sua atitude do que da gravidade da doença. Uma vez gerados os sentimentos de esperança e expectativa, o organismo traduz esses sentimentos em processos biológicos, que começam a restaurar o equilíbrio e a revitalizar o sistema imunológico, utilizando os mesmos caminhos que foram usados no desenvolvimento da doença. A produção de células cancerosas decresce, enquanto o sistema imunológico se torna mais forte e mais eficiente para lidar com elas. Enquanto ocorre esse fortalecimento, a terapia física é usada em conjunto com a abordagem psicológica, a fim de ajudar o organismo a destruir as células malignas.
O Simonton vê o câncer não como um problema meramente físico, mas como um problema da pessoa como um todo. Assim, a terapia por eles adotada não se concentra exclusivamente na doença, mas ocupa-se do ser humano total. É uma abordagem multidimensional que envolve várias estratégias de tratamento planejadas para iniciar e dar apoio ao processo psicossomático de cura. No nível biológico, a finalidade é dupla: destruir as células cancerosas e revitalizar o sistema imunológico.
Além disso, usa-se o exercício físico regular para reduzir a tensão, aliviar a depressão e ajudar os pacientes a manter um contato mais estreito com seu próprio corpo. A experiência mostrou que os pacientes com câncer são capazes de uma atividade física muito maior do que a maioria das pessoas supõe.
A principal técnica de fortalecimento do sistema imunológico é um método de relaxamento e de formação de imagens mentais que os Simontons desenvolveram quando perceberam o importante papel das imagens visuais e da linguagem simbólica no biofeedback. A técnica de Simonton consiste na prática regular de relaxamento e visualização, durante a qual o câncer e a ação do sistema imunológico são descritos na própria linguagem simbólica do paciente. Comprovou-se que essa técnica é um instrumento extremamente eficiente para fortalecer o sistema imunológico, freqüentemente resultando em reduções espetaculares ou na eliminação de tumores malignos. Além disso, o método de visualização é também uma excelente maneira de os pacientes se comunicarem com seu inconsciente. Simonton vem trabalhando estreitamente com as imagens mentais de seus pacientes e aprenderam que elas dizem muito mais acerca dos sentimentos dos pacientes do que quaisquer explicações racionais.
Embora a técnica de visualização desempenhe um papel central na terapia Simonton, é importante enfatizar que a visualização e a terapia física não são suficientes, por si sós, para curar pacientes com câncer. Segundo Simonton, a doença física é uma manifestação dos processos psicossomáticos subjacentes, que podem ser gerados por vários problemas psicológicos e sociais. Enquanto esses problemas não forem resolvidos o paciente não ficará bom, ainda que o câncer possa temporariamente desaparecer. A fim de ajudarem os pacientes a resolver os problemas que estão na raiz de sua enfermidade, Simonton faz do aconselhamento psicológico e da psicoterapia elementos essenciais de sua abordagem. A terapia tem usualmente lugar em sessões de grupo, nas quais os pacientes encontram apoio e encorajamento mútuos.
Concentra-se nos problemas emocionais, mas não os separa dos padrões mais amplos da vida dos pacientes; assim, inclui geralmente aspectos sociais, culturais, filosóficos e espirituais.
Para a maioria dos pacientes com câncer, o impasse criado pela acumulação de eventos estressantes só pode ser superado se eles mudarem parte de seu sistema de crenças. A terapia de Simonton mostra-lhes que sua situação parece irremediável apenas porque eles a interpretam de uma forma que limita suas respostas. Os pacientes são encorajados a explorar interpretações e respostas alternativas a fim de encontrarem um modo saudável de resolver a situação estressante. Assim, a terapia envolve um exame contínuo do sistema de crenças e da visão de mundo dos pacientes.”
Fonte O Ponto de Mutação – Fritjof Capra

ADVOGADO E CLIENTE: UMA PRIMEIRA REUNIÃO DE SUCESSO

A primeira reunião com um potencial cliente é geralmente o marco inicial de um relacionamento que pode evoluir para a contratação

Não importa quanto tempo de prática um advogado tenha, a primeira reunião com um cliente é, geralmente, um misto de empolgação e estresse. Contudo, ambas as sensações podem ser gerenciadas e superadas, seguindo algumas orientações simples.
Antes de tudo, é importante lembrar que cada advogado tem seu próprio estilo, característica, pontos fortes e de melhoria, que ditam esta primeira interação. Isso contribui para que cada reunião inicial seja única, com seu conjunto de fatores, pessoas e circunstâncias. Contudo, apesar da singularidade da situação, algumas diretrizes podem ser universalmente aplicadas e são bastante úteis na preparação para a primeira reunião.

1. Estude o cliente.
A primeira reunião com um potencial cliente é geralmente o marco inicial de um relacionamento que pode evoluir para a contratação ou, dependendo do desempenho do advogado, remanescer apenas no networking. Dica valiosa que ajudará o advogado a ganhar a empatia dele, é demonstrar conhecimento sobre a sua empresa. Por isso, ainda que você pretenda fazer inúmeras perguntas para esclarecer as questões, não deixe transparecer que é a primeira vez que você se importa com esse cliente e com o seu ramo de negócios.
Mostrar-se interessado, demonstrando que já sabe um pouco sobre o mercado de atuação vai fazer com que o cliente desenvolva confiança e trará um impacto bastante positivo para este encontro. Analise os e-mails ou telefonemas que o precedem. Eles também são uma excelente fonte de conhecimento para este primeiro momento. Além do mais, este estudo irá deixá-lo muito mais confiante para conduzir esta reunião.

2. Transmita profissionalismo.
Uma atitude positiva pode fazer toda a diferença. Sorria quando atender o cliente, para que ele saiba que você está animado com a sua presença e a perspectiva de trabalhar em conjunto. Faça contato visual, dê um aperto de mão firme e ouça atentamente, quando o cliente estiver falando com você. Apresente-se como uma pessoa flexível e focada. O cliente gostará de sentir que você está aberto a desafios e consegue trabalhar bem sob pressão.
Deixe claro para o seu potencial cliente que você gosta do seu trabalho e tem satisfação em poder ajudá-lo a resolver seus problemas.
Mantenha um linguajar mais simples para que ele possa entendê-lo. Não tente impressioná-lo com o seu rebuscado "juridiquês".

3. Seja pontual
É imperativo que você chegue para a reunião no horário. Isso mostra que é organizado e que leva o seu trabalho e seus clientes a sério. Pontualidade pode dizer muito sobre uma pessoa, por isso, se não é o seu ponto forte, comece trabalhar nele.
Não se esqueça que não é apenas o seu tempo que está sendo investido nesta reunião, mas o do cliente também. Dê valor a isso.

4. Cumprimente-os pelo nome.
É importante numa primeira reunião cumprimentar o cliente pelo nome, apertar sua mão e se apresentar. Cuide para não pronunciá-lo de forma errada. Esta é uma maneira simples, mas fundamental de validá-lo e causar uma impressão positiva.

5. Como lidar com cartões de visita
Cartões de visita são uma ferramenta tradicional e fundamental de trabalho. Não se esqueça de levar e entregar o seu cartão profissional ao novo cliente, bem como de analisar brevemente o cartão profissional do cliente após recebê-lo. Caso haja diversos representantes do cliente ao mesmo tempo na reunião, organize os cartões recebidos sobre a mesa, à sua frente, para ter a certeza de que se lembrará do nome e da posição de todos os participantes do encontro. Jamais esqueça qualquer cartão que lhe foi entregue. Guarde-os consigo e em segurança após o término da reunião, preferencialmente dentro do seu próprio porta-cartões.

6. Recepcionando o cliente
Guie-o pelo escritório para que ele não se sinta perdido, indicando-o a posição que deverá ocupar à mesa de trabalho. De preferência, mantenha o cliente perto de você. Evite, no entanto, sentá-lo do seu lado oposto ou ao seu lado, porque o contato físico pode incomodá-lo.
Se a sala de reunião a ser utilizada tiver vista para uma paisagem interessante, posicione o cliente à mesa de forma que ele tenha acesso frontal à vista. Se possível, ofereça-lhe água e café antes de iniciar a conversa. Ao término da reunião, sempre acompanhe o cliente até o elevador, ou, se possível, até o estacionamento.

7. Prepare-se para conduzir a reunião da forma mais objetiva possível.
Reuniões são geralmente vistas como um problema. Falamos sobre isso num artigo anterior. Por isso, conduzir o primeiro encontro de forma eficiente servirá como amostra para o cliente potencial sobre como você conduzirá o trabalho, caso seja contratado. Por isso, é importante anotar os pontos-chave abordados, prestando atenção nos principais pontos de preocupação ressaltados pelo cliente, escrevendo breves notas sobre os insights e alternativas que lhe ocorrerem. Isso ajuda a manter o foco.
Dependendo do nível de informalidade da reunião e do cliente, é natural que o seu interlocutor se sinta à vontade para contar a história de sua vida. Isso é ótimo, porque a troca de amenidades ajuda a diminuir a pressão do primeiro encontro e a tensão que os problemas jurídicos normalmente envolvem. Aproveite o momento de descontração para conseguir informações valiosas sobre a personalidade do seu cliente: se meticuloso, detalhista, estrategista, conservador, vanguardista etc. Isso poderá ajudá-lo a traçar o perfil do cliente e, consequentemente, apresentar durante a reunião uma metodologia de trabalho alinhada com os mesmos valores. É importante, contudo, manter o controle daquilo que é importante e do que não é. Você não precisa cortá-lo de maneira incisiva, mas quando perceber que estão fugindo muito do assunto principal, traga-os de volta para o que importa.

8. Seja o mais realista possível
Não é incomum que os clientes já queiram uma solução ao final de uma reunião. E, mais ainda, a maioria deles espera, exclusivamente, uma resposta favorável. Contudo, por mais que isso seja comum, boa parte das vezes, foge da realidade. Por isso, é importante entender as expectativas do cliente, mas também deixar claro, desde o primeiro momento, as variáveis que envolvem a análise e resolução jurídica de uma questão legal: chances de êxito, tempo estimado à resolução de determinado caso, prós e contras das estratégias delineadas, estimativa de valores a serem gastos com o pagamento de honorários e despesas etc.
Manter uma postura clara e transparente em relação às chances de êxito, custo esperado e tempo a ser consumido na resolução de questões jurídicas mitigam o risco de surpresa e insatisfação do cliente, caso a sua expectativa não seja atendida. E isto certamente irá preservar e fortalecer o vínculo de confiança entre vocês.

9. Recapitule os principais pontos abordados ao final da reunião
Ao final da reunião, recapitule todos os principais pontos a serem solucionados com o cliente. Aproveite para verificar se todas as questões que poderiam ser respondidas de início foram, de fato, endereçadas e se todos assuntos relevante foram anotados para serem posteriormente avaliados. Desta forma, o cliente perceberá que você conduziu a reunião de forma atenta e que está munido de todas as informações necessárias para dar encaminhamento à solução jurídica que se espera.
Coloque-se à disposição por e-mail, telefone, e encoraje-o a manter contato, caso alguma preocupação ou dúvida venha a aparecer.
Por fim, após a reunião, faça um e-mail agradecendo a oportunidade do encontro e envie um sumário sobre os principais pontos discutidos e as próximas providências a serem seguidas. Compartilhar o cronograma de execução do trabalho com o cliente diminuirá a sua ansiedade sobre as expectativas e sobre os próximos passos e lhe dará um norte a ser seguido em relação às tarefas a serem cumpridas, informações e documentos que ele ainda precisa lhe fornecer para dar encaminhamento ao assunto. Lembre-se: falhas de comunicação são, geralmente, responsabilidade do advogado, não do cliente.
Em suma, a confiança do cliente é algo que se conquista e nunca deve ser presumida. Manter estas diretrizes em mente para uma reunião inicial e para as subsequentes poderá ajudá-lo a começar um relacionamento com um novo cliente com o pé direito, contribuindo, consequentemente, para uma relação forte e saudável daí para frente.

Por Maria Olívia Machado e Ana Barros
Fonte Migalhas

ESCREVER BEM TE FAZ UM ADVOGADO MELHOR POR ESSAS RAZÕES

A principal habilidade de um profissional - em qualquer área - é a comunicação

Isso significa saber transmitir informações com clareza para conduzir pessoas a tomarem decisões confiantes que a levarão a atingir seus objetivos, inclusive o de simplesmente aprender coisas novas. Nesse ponto, escrever é um bom exercício para organizar o pensamento.
Para um advogado não é diferente e, considerando que a maior parte das nossas conversas acontecem ambientes virtuais, vou listar algumas razões para você escrever melhor.

Porque juízes apreciam objetividade
Há uma obsessão na advocacia por textos prolixos, cheios de palavras complicadas e expressões longas que fazem parte do vocabulário da classe, mas que poderiam muito bem ser substituídos pela simplicidade. Uma petição direta agrada os juízes, por exemplo:

“Temos um volume imenso de trabalho. Se a petição se tornar uma tese, perdemos a atenção. Tem de haver a clareza do que está se pedindo, colocando somente o conteúdo necessário”.

Essa é a opinião de uma juíza carioca. Não é diferente de outras 5 opiniões que você pode encontrar neste artigo: Magistrados dão dicas valiosas de como escrever petições iniciais.
Nada como atender às expectativas de quem vai ler as nossas petições.

Porque seus colegas e clientes esperam te entender
Hoje é comum lidarmos com pessoas que não compartilham o espaço físico conosco. Trabalhamos com pessoas que estão a quilômetros de distância e precisamos ser claros e objetivos nas nossas interações.
Imagina só se você precisar descrever um serviço para um correspondente jurídico, atribuir uma tarefa a um colaborador que atua remotamente, ou até mesmo explicar a um potencial cliente o que ele precisa fazer para fechar um contrato com você.
Essas ações podem ser feitas virtualmente, por um software jurídico, e é aí que você vai precisar de todos os seus dons de comunicação.

Porque uma boa presença virtual exige clareza
Já falamos sobre isso em outro artigo, mas o que você precisa entender é que as que advogados que produzem conteúdo na internet são muito mais lembrados por aqueles que precisam de seus serviços.
Mas não é simplesmente escrever. É escrever bem, ou seja, escrever algo que contribua realmente para o entendimento ou para que alguém solucione uma questão. E só um texto claro consegue cumprir esse objetivo.
A internet está cheia de textos jurídicos confusos, verborrágicos e, desculpem a sinceridade, inúteis. Algumas dicas para escrever melhor:

Comece pelo principal: não espere chegar ao final para mostrar o seu ponto. Comece deixando claro qual é o objetivo ou o que você espera do interlocutor e então explique os detalhes.

Quanto menos palavras melhor: seja econômico ao escolher o que falar. Às vezes, dez palavras podem ser substituídas por três. Faça um exercício de redução sempre que você terminar o seu texto.

Use voz ativa: na voz ativa “alguém faz alguma ação”, enquanto na passiva “alguma ação foi feita por alguém”. Por exemplo: “Luiz escreveu a petição” (ativa); “A petição foi escrita por Luiz” (passiva). Voz ativa é muito mais clara e reduz o risco de confusões na compreensão da sentença.

Cada sentença é uma ideia: Não tenha medo de separar uma longa sentença - ou até mesmo um parágrafo - em trechos menores. Use pontos finais em intervalos curtos em vez de separar longas sentenças com vírgulas. Dê mais oportunidades para o leitor respirar e assimilar as ideias.

Evite sentenças negativas: “sentenças negativas não facilitam a compreensão”. Notou como essa sentença não ficou tão clara? Parece que temos que pensar duas vezes para entender o que ela quis comunicar. Use sentenças afirmativas. Esta frase ficaria melhor assim: “sentenças negativas confundem o leitor” ou “dificultam a compreensão”.

Fonte Escritório Online

MÉDICOS, ASSISTÊNCIA À SAÚDE E PACIENTE


De acordo com o modelo biomédico, somente o médico sabe o que é importante para a saúde do indivíduo, e só ele pode fazer qualquer coisa a respeito disso, porque todo o conhecimento acerca da saúde é racional, científico, baseado na observação objetiva de dados clínicos. Assim, os testes de laboratório e a medição de parâmetros físicos na sala de exames são geralmente considerados mais importantes para o diagnóstico do que a avaliação do estado emocional, da história familiar ou da situação social do paciente.
A autoridade do médico e sua responsabilidade pela saúde do paciente fazem-no assumir um papel paternal. Ele pode ser um pai benévolo ou um pai ditatorial, mas sua posição é claramente superior à do paciente. (...)
No sistema atual de assistência à saúde, os médicos desempenham um papel ímpar e decisivo nas equipes que se encarregam das tarefas de assistência aos pacientes. É o médico quem encaminha os pacientes para o hospital e os manda de volta para casa, é ele quem solicita as análises e radiografias, quem recomenda uma cirurgia e receita medicamentos. O pessoal de enfermagem, embora seja com freqüência altamente qualificado, como os terapeutas e os sanitaristas, é considerado mero auxiliar dos médicos e raramente pode usar todo o seu potencial. Em virtude da estreita concepção biomédica de doença e dos padrões patriarcais de poder no sistema de assistência à saúde, o importante papel que as enfermeiras desempenham no processo de cura, através do contato com os pacientes, não é plenamente reconhecido. Graças a esse contato, as enfermeiras adquirem freqüentemente um conhecimento muito mais amplo do estado físico e psicológico dos pacientes do que os médicos, mas esse conhecimento é considerado menos importante do que a avaliação, "científica" do médico, baseada em testes de laboratório. Fascinada pela mística que cerca a profissão médica, nossa sociedade conferiu aos médicos o direito exclusivo de determinarem o que constitui a doença, quem está doente e quem não está, e os procedimentos com relação ao indivíduo enfermo. Muitos outros profissionais, como os homeopatas, os quiropráticos e os herbanários, cujas técnicas terapêuticas são baseadas em modelos conceituais diferentes, mas igualmente coerentes, foram legalmente excluídos do ramo principal da assistência à saúde.
Embora os médicos disponham de considerável poder para influenciar o sistema de assistência à saúde, eles também estão muito condicionados por esse sistema. Como seu treinamento é substancialmente orientado para a assistência hospitalar, eles se sentem mais à vontade, em casos duvidosos, quando seus pacientes estão no hospital, e, como recebem muito pouca informação idônea acerca de medicamentos de fontes não-comerciais, tendem a ser excessivamente influenciados pela indústria farmacêutica.
Entretanto, os aspectos essenciais da assistência contemporânea à saúde são determinados pela natureza da educação médica. Tanto a ênfase na tecnologia de equipamentos como o uso excessivo de medicamentos e a prática da assistência médica centralizada e altamente especializada têm sua origem nas escolas de medicina e nos centros médicos acadêmicos. Qualquer tentativa de mudar o sistema atual de assistência à saúde terá de começar, portanto, pela mudança no ensino da medicina.
(...)
Sob o impacto do Relatório Flexner, a medicina científica voltou-se cada vez mais para a biologia, tornando-se mais especializada e concentrada nos hospitais. Os especialistas passaram a substituir os clínicos-gerais, como professores, tornando-se os modelos para os aspirantes a médicos. Em fins da década de 40, os estudantes de medicina dos centros médicos universitários não tinham quase nenhum contato com médicos que exerciam a clínica geral; e, como seu treinamento tinha lugar, cada vez mais, dentro de hospitais, eles estavam efetivamente afastados do contato com a maioria das enfermidades com que as pessoas se defrontam em sua vida cotidiana. Tal situação persiste até hoje. Enquanto dois terços das queixas registradas na prática médica cotidiana envolvem enfermidades menos importantes e de breve duração, que usualmente têm cura, e menos de 5 por cento das doenças graves envolvem uma ameaça à vida, essa proporção é invertida nos hospitais universitários. Assim, os estudantes de medicina têm uma visão distorcida da enfermidade. Sua principal experiência envolve apenas uma porção minúscula dos problemas comuns de saúde, e esses problemas não são estudados no seio da comunidade, onde seu contexto mais amplo poderia ser avaliado, mas nos hospitais, onde os estudantes se concentram exclusivamente nos aspectos biológicos das doenças. Por conseguinte, internos e residentes adquirem um notório desdém pelo paciente ambulatorial — a pessoa que os procura andando com suas próprias pernas e lhes apresenta queixas que usualmente envolvem problemas tanto emocionais quanto físicos —, e eles acabam por considerar o hospital um lugar ideal para a prática da medicina especializada e tecnologicamente orientada.
Uma geração atrás, mais de metade de todos os médicos eram clínicos-gerais; agora, mais de 15 por cento são especialistas, limitando sua atenção a um grupo etário, doença ou parte do corpo bem determinados. (...)
Quanto à assistência primária, o problema não é só o reduzido número de clínicos-gerais, mas também a abordagem da assistência ao paciente, freqüentemente restringida pelo treinamento fortemente tendencioso nas escolas de medicina. A tarefa do clínico-geral requer, além do conhecimento científico e da habilidade técnica, bom senso, compaixão e paciência, o dom de dispensar conforto humano e devolver a confiança e a tranqüilidade ao paciente, sensibilidade no trato dos problemas emocionais do paciente e habilidades terapêuticas na condução dos aspectos psicológicos da enfermidade. Essas atitudes e habilidades não são geralmente enfatizadas nos atuais programas de treinamento médico, nos quais a identificação e o tratamento de uma doença específica se apresentam como a essência da assistência médica. Além disso, as escolas de medicina promovem vigorosamente um sistema de valores "machista", desequilibrado, desprezando qualidades como a intuição, a sensibilidade e a solicitude, em favor de uma abordagem racional, agressiva e competitiva. (...) Por causa desse desequilíbrio, os médicos consideram amiúde uma discussão empática de questões pessoais inteiramente desnecessária; os pacientes, por sua vez, tendem a vê-los como indivíduos frios e hostis, queixando-se de que o médico não entende as preocupações que os afligem.
Nossos centros médicos universitários têm como finalidade não só o treinamento, mas a pesquisa. Tal como no caso do ensino da medicina, a orientação biológica também é substancialmente favorecida no patrocínio e na concessão de verbas para projetos de pesquisa. Embora as pesquisas epidemiológicas, sociais e ambientais sejam, freqüentemente, muito mais úteis e eficientes na melhoria da saúde humana do que a estrita abordagem biomédica, projetos dessa espécie são pouco incentivados e sofrivelmente financiados. A razão dessa resistência não é meramente o forte atrativo conceituai do modelo biomédico para a maioria dos pesquisadores, mas também sua vigorosa promoção pelos vários grupos de interesses na indústria da saúde.
Embora exista um descontentamento generalizado em relação à medicina e aos médicos, a maioria das pessoas não se apercebe de que uma das principais razões do atual estado de coisas é a exígua base conceituai da medicina. Pelo contrário, o modelo biomédico é geralmente aceito, estando seus princípios básicos tão enraizados em nossa cultura que ele se tornou até o modelo popular dominante de doença. A maioria dos pacientes não entende muito bem a complexidade de seu organismo, pois foram condicionados a acreditar que só o médico sabe o que os deixou doentes e que a intervenção tecnológica é a única coisa que os deixará bons de novo. Essa atitude pública torna muito difícil para os médicos progressistas mudarem os modelos atuais de assistência à saúde. Vários que tentam explicar aos pacientes seus sintomas, relacionando a enfermidade com seus hábitos de vida, mas que acabam por perceber que tal abordagem não satisfaz a nenhum dos seus pacientes. Eles querem alguma outra coisa, e, com freqüência, não se contentam enquanto não saem do consultório médico com uma receita na mão. Muitos médicos fazem grandes esforços para mudar a atitude das pessoas a respeito da saúde, para que elas não insistam em que lhes seja receitado um antibiótico quando estão com um resfriado, mas o poder do sistema de crenças dos pacientes faz com que esses esforços sejam freqüentemente baldados. Contou-me um clínico-geral: "Apresentou-se a mim uma mãe trazendo uma criança com febre e disse: 'Doutor, dê-lhe uma injeção de penicilina'. Então eu lhe disse: 'A senhora não entende que a penicilina não pode ajudar nesse caso?' E ela respondeu: 'Que espécie de médico é o senhor? Se não quiser dar a injeção, procuro outro médico'".
Hoje em dia, o modelo biomédico é muito mais do que um modelo. Na profissão médica, adquiriu o status de um dogma, e para o grande público está inextricavelmente vinculado ao sistema comum de crenças culturais. Para suplantá-lo será necessário nada menos que uma profunda revolução cultural. E tal revolução é imprescindível se quisermos melhorar, ou mesmo manter, nossa saúde. As deficiências de nosso sistema atual de assistência à saúde — em termos de custos, eficácia e satisfação das necessidades humanas — estão ficando cada vez mais notórias e são cada vez mais reconhecidas como decorrentes da natureza restritiva do modelo conceitual em que se baseia. (...) Os pesquisadores médicos precisam entender que a análise reducionista do corpo-máquina não pode fornecer-lhes uma compreensão completa e profunda dos problemas humanos. A pesquisa biomédica terá que ser integrada num sistema mais amplo de assistência à saúde, em que as manifestações de todas as enfermidades humanas sejam vistas como resultantes da interação de corpo, mente e meio ambiente, e sejam estudadas e tratadas nessa perspectiva abrangente.
A adoção de um conceito holístico e ecológico de saúde, na teoria e na prática, exigirá não só uma mudança radical conceitual na ciência médica, mas também uma reeducação maciça do público. Muitas pessoas aderem obstinadamente ao modelo biomédico porque receiam ter seu estilo de vida examinado e ver-se confrontadas com seu comportamento doentio. Em vez de enfrentarem tal situação embaraçosa e freqüentemente penosa, insistem em delegar toda a responsabilidade por sua saúde ao médico e aos medicamentos. Além disso, como sociedade, somos propensos a usar o diagnóstico médico como cobertura para problemas sociais. Preferimos falar sobre a "hiperatividade" ou a "incapacidade de aprendizagem" de nossos filhos, em lugar de examinarmos a inadequação de nossas escolas; preferimos dizer que sofremos de "hipertensão" a mudar nosso mundo supercompetitivo dos negócios; aceitamos as taxas sempre crescentes de câncer em vez de investigarmos como a indústria química envenena nossos alimentos para aumentar seus lucros. Esses problemas de saúde extrapolam os limites das preocupações da profissão médica, mas são colocados em foco, inevitavelmente, assim que procuramos seriamente ir além da assistência médica atual.
Ora, só será possível transcender o modelo biomédico se estivermos dispostos a mudar também outras coisas; isso estará ligado, em última instância, a uma completa transformação social e cultural.
Por Fritjof Capra 
Fonte Extraído do Livro "O Ponto de Mutação"

CONFIRA 10 EXCELENTES DICAS DE COMO MEMORIZAR AS LEIS, NORMAS E CÓDIGOS DE DIREITO


Muita coisa para arquivar na sua cabeça sobre Direito? Como memorizar com mais facilidade as Leis, Normas e Códigos de Direito? Como decorar mais rápido e não esquecer tudo que aprende em Direito?
A maneira de facilitar e acelerar a memorização das muitas informações e conhecimentos em Direito é aplicando técnicas adequadas de memorização. Quanto mais rápido você memorizar, mais rápido iniciará o estudo de outro assunto de Direito.
Abaixo você vai conhecer 10 técnicas de memorização básicas para memorizar mais rápido e com mais facilidade o que estuda em Direito. Comentaremos também a respeito das ferramentas de memorização avançadas da Neurosoftware, que facilitam muito o trabalho de colocar na memória toda a imensa quantidade de informações das aulas e livros de Direito:

10 DICAS DE MEMORIZAÇÃO DE DIREITO
Dicas básicas para memorização de Direito. Você pode complementá-las com o treinamento indicado na próxima tabela. Colocando em prática essas técnicas você evita os brancos memória e não esquece o que estuda em Direito:

1) FAÇA SEUS PRÓPRIOS FLASH CARDS
Faça pequenos cartões em cartolina e escreva o que deseja memorizar em forma de perguntas. Escreva de um lado a pergunta e do outro lado a resposta. Inclusive, você pode aproveitar o tempo livre em consultórios, ou num engarrafamento para revisar os cartões.

2) DESENHE MAPAS MENTAIS DE QUALIDADE
Para ajudar na fixação da informação, busque transformar a informação do texto em gráficos e mapas mentais, usando bastante cores e desenhos interessantes.

3) CONHEÇA A TÉCNICA DA MEMÓRIA FOTOGRÁFICA
O que diferencia uma pessoa com habilidade de memória fotográfica de outra que é incapaz de lembrar sequer a imagem do rosto de alguém que acabou de conhecer é simplesmente o tipo de conexão Olho-Mente que ambas possuem. Pessoas com memória fotográfica aprenderam a fortalecer o seu dom visual a tal ponto, que são capazes de enxergar uma imagem em suas mentes quase tão bem como fariam se estivessem observando a mesma imagem com seus olhos. São capazes, por exemplo, de olhar para a imagem de um quadro e descrever com precisão todos os elementos contidos na figura, incluindo suas cores, sombras e formas.

4) CRIE FILMES MENTAIS
Ao invés de tentar decorar fatos históricos, visualize como se você tivesse voltado no tempo e estivesse vivenciando aquele fato histórico. Só que ao invés de visualizar o acontecimento da forma como ele realmente ocorreu, procure colocar emoção e movimento nas cenas, o cérebro que adora emoções fortes vai memorizar mais facilmente.

5) ESCREVA... ESCREVA ATÉ MEMORIZAR
Algumas pessoas memorizam melhor o que fazem do que o que veem ou ouvem e nesses casos escrever a informação várias vezes é uma boa dica. Você pode inclusive usar cores variadas para títulos e subtítulos. Pode usar letras grandes ou com destaque, etc.

6) GRAVE E OUÇA A INFORMAÇÃO QUE DESEJA MEMORIZAR
Para memorizar com facilidade, grave a informação em áudio, usando um mp3 player e ouça diversas vezes até que o conteúdo seja memorizado.

7) FAÇA A INFORMAÇÃO SER EMPOLGANTE
Para memorizar um texto, procure recitá-lo com emoção, mudando o tom de voz, usando palavras engraçadas e etc. Você pode também ler sussurrando ou até mesmo gritando. Torne o texto engraçado ou aterrorizante. Seja criativo.

8) MEMORIZE A INFORMAÇÃO CANTANDO
Cante o texto a ser memorizado usando um ritmo de música conhecido, que você gosta bastante. Retire a letra original da música, substituindo pelo texto em questão. Usando esse método, você acaba memorizando a matéria com a mesma facilidade com a qual decora a letra de suas músicas prediletas.

9) MEMORIZE E ENSINE O QUE APRENDEU
Ensinar aquilo que você aprendeu é uma ótima forma de fixá-lo ainda mais na memória. Se você estuda com um grupo de colegas podem combinar de cada um estudar uma parte da matéria e dar ao resto do grupo uma aula sobre a parte da matéria estudada.

10) MÚSICA E TEATRO
Pesquisas comprovam que música e teatro aumentam a capacidade de concentração e geram ganhos tão significativos para a memória que você tem como extrapolar a melhora para outras áreas. Quem treina para tocar um instrumento parece ficar mais habilidoso em geometria e a compreender melhor um texto. Quem faz teatro, por fim, fica com a memória mais apurada, pelo hábito de decorar textos e interpretá-los no palco, e aumenta o nível de atenção – algo fundamental para aprender qualquer coisa.
Fonte comoaprenderestudar

A VISÃO DO FUTURO


Hoje, nossa sociedade encontra-se como um todo numa crise análoga. Lemos acerca de suas numerosas manifestações todos os dias nos jornais: taxas elevadas de inflação e desemprego, crise energética, crise na assistência à saúde, poluição e desastres ambientais, uma onda crescente de violência e crimes, e assim por diante.
Vivemos, hoje, em um mundo globalmente interligado, no qual os fenômenos biológicos, psicológicos, sociais e ambientais são todos interdependentes.
A gravidade e a extensão global de nossa crise atual indicam que essa mudança é suscetível de resultar numa transformação de dimensões sem precedentes, um momento decisivo para o planeta como um todo.
Precisamos, de um novo "paradigma'' — uma nova visão da realidade, uma mudança fundamental em nossos pensamentos, percepções e valores.
Por Fritjjof Capra
Fonte "The Turning Point" - 1982

VEJA CLÁUSULAS PROIBIDAS EM CONTRATOS

Os contratos devem ser escritos com cláusulas simples e de fácil compreensão

Sempre que na contratação de um serviço ou na aquisição de um produto o vendedor condicionar à assinatura de um contrato, você deve sempre ter o cuidado de ler o contrato com muita atenção e, se possível, guardar uma cópia do contrato que assinou, seja virtualmente ou de fato.
Os contratos devem ser escritos em linguagem simples e clara, com letras legíveis e devem dar destaque para as cláusulas que possam ser prejudiciais aos interesses do consumidor.
O Código de Defesa do consumidor não permite que o contrato preveja vantagem excessiva ao fornecedor e considera como tal qualquer cláusula do contrato que seja contrária a lei, ou que ofenda ou restrinja direitos ou obrigações fundamentais que possam ameaçar o equilíbrio contratual, bem como cláusulas que se mostrem excessivamente onerosas para o consumidor.
A simples apresentação de orçamento não implica em sua execução ou obrigatoriedade do consumidor em contratar a empresa que fez o orçamento. De acordo com o Procon-RJ, são proibidas, por exemplo, as cláusulas que:
• Diminuam a responsabilidade do fornecedor no caso de dano ao consumidor.
• Proíbam o consumidor de devolver o produto ou de receber de volta o que pagou em função de um produto ou serviço defeituosos.
• Estabeleçam obrigações para terceiros, além do fornecedor e do consumidor.
• Autorizem o fornecedor a alterar o preço ou possibilitem a modificação de qualquer parte do contrato sem a autorização do consumidor.
• Estabeleçam a perda das prestações já pagas por descumprimento de alguma obrigação do consumidor.
Fonte Consumidor.gov.br

7 CONSELHOS DE CARREIRA QUE NINGUÉM DÁ, MAS QUE VALEM OURO

Num momento de crise, é natural sentir dúvidas sobre o próprio futuro

O mundo do trabalho anda imprevisível. Cortes, reestruturações e demissões constantes deixam o mercado cada vez mais hostil e competitivo. Tudo sem previsão de melhora.
Nesse contexto de crise, é natural sentir muitas dúvidas quanto ao próprio futuro profissional. Como se diferenciar de outros candidatos a um emprego? Quais critérios levar em conta para aceitar ou não uma proposta? Como ser feliz em ambientes de trabalho a cada dia mais tensos?
É claro que receitas mágicas não existem, mas certos conselhos de carreira podem fazer toda a diferença para a sua trajetória.
O detalhe é que alguns deles — talvez os mais valiosos — desafiam o senso comum e não costumam ser dados com frequência.
Com a ajuda de três especialistas no assunto, EXAME.com complilou algumas dicas que fogem do habitual e podem ser surpreendentemente úteis para driblar as adversidades do mundo do trabalho. É o que você vê a seguir:

1. Não ignore o seu lado “irracional”
O universo corporativo cultua o raciocínio lógico, mas o instinto também tem um papel essencial para o sucesso, diz a coach Marie-Josette Brauer, presidente do Innovation Coaching Center. Segundo ela, seguir pressentimentos sobre uma situação ou pessoa pode levar a decisões estratégicas.
“A intuição pode ser ouvida nos momentos mais inesperados, e possivelmente quando for mais necessária”, diz. “É nas horas mais difíceis que ela será mais confiável e útil”.

2. Estude muito, mas não se esqueça de viver
Brauer é uma entusiasta dos livros, e até indica títulos clássicos sobre carreira que podem mudar a sua vida. Ainda assim, ela ressalta que o conhecimento adquirido em obras escritas ou cursos não é mais relevante do que aquele trazido pela experiência prática.
Aulas e leituras são fundamentais para a carreira, mas não substituem a vida real: nem o profissional mais estudioso chegará muito longe se não explorar o mundo, trocar ideias com outras pessoas e encarar desafios com a própria pele.

3. Saiba desistir
Muitos livros de autoajuda descrevam a persistência como o grande diferencial dos vencedores. Não é bem assim. Para o escritor e palestrante Roberto Shinyashiki, presidente da Editora Gente, a melhor resposta a certos impasses pode ser simplesmente “jogar a toalha”.
Está área que claramente não tem nada a ver com você? Mudou de profissão e não vai usar mais nada do que aprendeu na faculdade? O conselho do especialista é direto: abandone o que não funciona mais. Às vezes é preciso se libertar de escolhas que antes pareciam incontestáveis — ou você nunca se entregará totalmente a projetos novos e mais promissores.

4. Não se desvie do seu caminho por pequenas recompensas
Poucas pessoas se dão conta de que a ambição às vezes pode prejudicar o sucesso. De acordo com Shinyashiki, muitos profissionais perdem o foco das suas carreiras atraídos por projetos menores que oferecem algum dinheiro extra.
“Não vale a pena sair de um emprego interessante ou se distanciar de uma área promissora só para ganhar um ‘dinheirinho’ a mais”, diz o escritor. Daí a importância de cuidar das suas finanças pessoais e jamais permitir que a gestão da sua carreira se torne refém da necessidade de pagar as contas. De certa forma, é nadar contra a corrente: uma recente pesquisa da consultoria McKinsey revelou que metade dos brasileiros diz viver "de salário em salário", sem nenhuma margem de segurança financeira.

5. Mantenha certas pessoas a uma “distância segura”
Por melhor que seja o clima na sua empresa, é provável que haja pelo menos uma pessoa que contamina as demais com a sua negatividade. Segundo Brauer, é importante reconhecer o mais rápido possível essas personalidades, e dar um jeito de gerenciá-las.
“A figura tóxica do seu ambiente de trabalho pode ser um superior, um cliente, um colega”, explica a coach. “O importante é identificar essa pessoa e não deixá-la estragar o seu dia, ou mesmo atrasar o seu percurso até um objetivo profissional”.

6. Não espere que o seu empregador faça você feliz
Como o engajamento se tornou um ingrediente obrigatório para o sucesso de um negócio, o bem-estar dos funcionários está virando uma preocupação crescente no mundo corporativo. Não é por acaso que empresas como o Google têm apostado em escritórios cada vez mais repletos de "mimos" e benefícios.
Mas será que o empregador é o único que deve lutar pela sua satisfação? Na verdade, diz Brauer, essa é uma batalha pessoal e intransferível. “Enxergue seu ambiente de trabalho como um espaço em que cada um deve criar a sua felicidade”, afirma. Para aliviar o cotidiano, é melhor tirar o peso das dificuldades e cuidar do seu próprio bem-estar.

7. Não seja modesto demais
Fazer marketing pessoal não é fácil, sobretudo porque a prática é muitas vezes confundida com arrogância. “Em países latinos como o Brasil, existe uma certa vergonha em dizer que você é bom em alguma coisa”, afirma Fabrício Barbirato, diretor do IDCE (Instituto de Desenvolvimento de Conteúdo para Executivos).
Esconder as suas próprias qualidades, na tentativa de preservar a modéstia, pode ser um grande erro na visão do especialista. Criar uma “marca pessoal” é essencial para ser lembrado. “Nunca desperdice a oportunidade de falar sobre algo que você fez bem”, diz Barbirato. Se souber usar o tom adequado e mencionar acontecimentos concretos, a fala dificilmente será vista como pedante.
Por Claudia Gasparini
Fonte Exame.com

COMO COLOCAR SEU PERFIL NO LINKEDIN NO TOPO DAS BUSCAS DO GOOGLE

Especialista ensina algumas técnicas de SEO que podem ser aplicadas a sua página na principal rede profisssional online

Rede social preferida de mais de 90% dos recrutadores americanos e uma das queridinhas dos headhunters brasileiros, o LinkedIn já assumiu o papel de principal vitrine do trabalho de todo profissional que marca presença na rede.
Mas ter um perfil no site não é suficiente para atrair a atenção dos melhores olheiros do mercado de trabalho. É preciso também estar entre os primeiros resultados da busca do site e até do Google. “Se o recrutador for fazer uma busca no site, não irá chegar à terceira página. Ele sempre ficará focado na primeira”, diz André Telles, CEO da agência Mentes Digitais.
Para que seu nome (e currículo) fique na primeira página dos sistemas de busca interna e externa do LinkedIn, Telles adaptou alguns conceitos de Search Engine Optimization (SEO), que auxilia no ranqueamento nos mecanismos de buscas, para o contexto da rede social profissional. Confira:

1. Todos os holofotes às palavras-chave
A base de todo sistema de buscas são as palavras-chave. Por isso, muito critério e olhar estratégico ao escolher aquelas que irão compor seu perfil na rede social.
Prefira termos que tenham relação com sua área de atuação e especialidade. Não tenha medo de repeti-las ao longo dos campos da página no LinkedIn. “Tente deixar a principal palavra chave no início da apresentação e frases”, diz o especialista.
Por exemplo, se, ao longo da sua carreira, você trabalhou no departamento de contabilidade, repita a palavra “contador” no início de todas as descrições de trabalhos anteriores.

2. Nesse caso, menos não é mais
Na busca interna do LinkedIn, geralmente, ficam favorecidas as páginas ou pessoas que têm alguma relação com o usuário que procura a informação. Isso significa que quanto maior o número de conexões, mais chances de aparecer nas buscas você terá.
Antes de sair adicionando todos os perfis que encontrar pela frente, é importante ter em mente que, no LinkedIn, ter uma nova conexão significa também mais trabalho de networking mais para frente.
Em outros termos, de nada vale ter uma lista imensa de contatos se você não mantém qualquer relação além de um primeiro clique com cada um deles. Você perderá pontos caso um headhunter peça referências para um de seus contatos e ele não saiba dar informações.

3. Socialize-se
A mesma lógica vale para a participação em grupos no LinkedIn. Quanto maior o seu envolvimento neles, maiores as chances de aparecer nas buscas de recrutadores participam dos mesmos grupos que você.
Para isso, faça um mapeamento de todos os grupos ligados a sua área de atuação. Se o headhunter quiser prospectar nomes potenciais para uma determinada oportunidade, provavelmente irá começar por algum deles.

4. Relevância como palavra de ordem
Agora, a lição de casa não termina quando seu perfil estiver 100% completo e a lista de contatos for de tirar o fôlego. Para entrar na mira dos headhunters (e até do sistema de buscas), é essencial se tornar relevante dentro da rede.
Montar grupos, participar ativamente deles e fazer comentários relevantes em seu perfil conta pontos para o que Telles chama de “capital social”. Mas isso não é atrativo apenas para o mercado de trabalho.
Os robôs dos sistemas de busca também premiam os mais ativos e relevantes na rede. “Os mecanismos entendem que um conteúdo é relevante quando a taxa de rejeição não é alta", diz o especialista. Isso significa que quanto mais interessantes e recorrentes forem seus post, melhor. Rechear seu perfil com detalhes sobre seu trabalho - incluindo apresentações e portfólio - também conta pontos na lógica final.
Por Talita Abrantes
Fonte Exame.com