sábado, 5 de outubro de 2024

A DEMÊNCIA SENIL EM GATOS É UMA DOENÇA IRREVERSÍVEL, MAS PODE SER RETARDADA

OS PRIMEIROS SINAIS DA DOENÇA APARECEM A PARTIR DOS 10 ANOS, SENDO BEM FREQUENTE EM FELINOS COM MAIS DE 15 ANOS

Os animais de estimação, assim com os seres humanos, começam a sofrer deterioração física e mental conforme vão envelhecendo. Essas mudanças podem ser retardadas se a saúde for bem cuidada ao longo do tempo, mas são inevitáveis. Por isso, é importante que os donos de felinos estejam preparados para lidar com a demência senil em gatos, tão comum na terceira idade.
Também chamada de disfunção cognitiva felina, a demência senil em gatos é quando as capacidades de cognição e compreensão do meio começam a ser comprometidas por causa da velhice . Os primeiros sinais dessa doença podem aparecer a partir dos 10 anos de idade. Já com bichanos que passaram dos 15 anos, essa patologia se torna ainda mais frequente.
A demência senil diminui consideravelmente a qualidade de vida do animal, acarretando em outros diversos problemas de saúde, como confusão, desorientação, queda na qualidade auditiva, mudanças articulares, entre outros.
Por isso, é importante que o tutor fique atento e compreenda a seriedade dos transtornos para ajudar a melhorar a qualidade de vida do peludo. Leve-o ao veterinário assim que notar sinais da doença. O profissional indicará a melhor forma de tratamento.

SINAIS DE DEMÊNCIA SENIL EM GATOS
COMO OS GATOS VÃO PERDENDO INTERESSE PELO SEU ENTORNO, COMEÇAM A DORMIR BOA PARTE DO DIA. POR OUTRO LADO, PERAMBULAM DURANTE A NOITE E MIAM MAIS FREQUENTEMENTE
Os sinais de disfunção cognitiva começam a aparecer aos poucos nos bichanos. Pode até ser difícil de notar se o tutor não prestar atenção. Além disso, a demência não afeta todos os animais da mesma forma. Tem aqueles que demoram a desenvolver, chegando aos 15 anos sem sinais aparentes, mas tem outros que logo aos 10 anos já está em estágio avançado.
Por ser uma doença difícil de padronizar, cabe aos donos reconhecer os sintomas a tempo. Por mais que a deterioração não possa ser revertida, é possível detê-la ou pelo menos atrasá-la, mas isso só é possível se for detectada cedo.
Normalmente, um pet nessas condições pode experimentar um ou vários sintomas. Dentre os mais comuns temos a confusão. Esse é o sinal mais predominante e fácil de ser detectado, pois o dono percebe que o bichinho está vagando pela casa sem destino aparente. Isso acontece porque ele se esquece de onde estão seus utensílios e para onde estava indo.
Decorrente da confusão, o gato começa a alterar seu comportamento. É normal ficar mais carente, querendo atenção a todo o momento ou tornar-se mais agressivo e arisco. Os miados também tornam frequentes, principalmente durante a noite. De modo geral, gatos nessa condição ficam nervosos ou ansiosos por estarem sozinhos ou desorientados na escuridão.
Como vão perdendo interesse pelo seu entorno, passam a dormir boa parte do dia. Por outro lado, perambulam durante a noite e miam com certa regularidade. Por fim, o interesse na higiene vai ficando de lado e o pelo passa a ter aparência menos cuidada, com pouco brilho e até suja. E as necessidades também começam a ser feitas fora da caixa de areia.
Se observar algum destes sintomas nos seus gatos é imprescindível que recorra ao veterinário o mais rápido possível.

FORMAS DE TRATAMENTO
LEVE O GATINHO REGULARMENTE AO VETERINÁRIO PARA A REALIZAÇÃO DE EXAMES DE ROTINA E FIQUE ATENTO A SUA SÁUDE
Como não é possível reverter ou recuperar o dando neurológico causado pela velhice, a melhor forma de tratar o problema é oferecendo meios que sirvam para interromper e evitar maiores danos. Caso contrário, o tratamento não tem efeito algum.
Normalmente é recomendado pelos veterinários um fármaco que contém o princípio ativo selegilina. Contudo, não significa que seja adequado para todos os felinos. Apenas o profissional, através de vários exames, conseguirá avaliar o caso e chegar ao melhor tratamento.
Lembre-se que não devemos oferecer qualquer tipo de medicamento sem prescrição médica. Por mais que as intenções sejam boas, existe o risco de você piorar a situação do bichano.

Cuidando de um gato com disfunção cognitiva
Por último, não deixe de oferecer muito amor e carinho. Tratar o bichinho bem é a melhor coisa a ser feita em casos de demência senil em gatos
Se depois dos exames o felino for diagnosticado com demência senil, uma mudança na rotina precisará ser feita. O animal provavelmente tomará remédios até o fim da vida e, para melhorar a qualidade de vida, você pode ajudar com algumas dicas simples.
A primeira medida é evitar mudar os objetos de lugar, principalmente os pertencentes ao gato, como tigelas, caminha, arranhador e brinquedos. É difícil para ele encontrar suas coisas estando senil, por isso o ideal é mantê-las no mesmo local. Se possível, evite também mudar a disposição dos móveis, para que a nova ambientação não confunda o pet.
Reserve um lugar da casa onde o peludo possa ficar tranquilo. É importante proporcionar um ambiente sem ruídos e com pouca movimentação para evitar o estresse. Nesse período, tente receber menos visitar ou coloque-o num espaço reservado enquanto as pessoas estão na sua casa. Quanto a reformas, fuja ao máximo.
Na medida do possível, aumente o tempo de brincadeiras e jogos para estimular a mente e os músculos. Coloque rampas pela casa se o animal não conseguir mais subir nos locais preferidos. Se puder, deixe algumas luzes acesas pelos cômodos — estilo as usadas no quarto de criança — para evitar a desorientação noturna.
Lembre-se de escovar o animal com frequência, limpando algumas regiões do corpo com lenços umedecidos. Isso ajudará a manter a pelagem saudável e bonita, já que o gato não consegue mais manter sua rotina de higiene. É importante também oferecer uma dieta de qualidade, seguindo as indicações do veterinário.
Por último, não deixe de oferecer muito amor e carinho. Tratar o bichinho bem é a melhor coisa a ser feita em casos de demência senil em gatos .
Fonte Canal do Pet - iG