Segundo pesquisas, falar sozinho ajuda a organizar os
pensamentos, aumentar a confiança e o poder de concentração
O
experimento mostrou que falar sobre si mesmo na terceira ou segunda pessoa
ajuda a controlar melhor os sentimentos e evitar a ansiedade.
Falar
sozinho não é coisa de louco e, na verdade, faz muito bem à saúde. Inclusive,
estudos mostram que os diálogos solitários permitem que escutemos a nós mesmos
e assim ajudam a melhorar a concentração e organização dos pensamentos e até
mesmo recuperar memórias e criar autoconfiança.
Memória
Um
estudo da faculdade mostrou que falar o nome de um objeto em voz alta enquanto
o procura ajuda a encontrá-lo mais rapidamente. Segundo os pesquisadores, dizer
uma palavra em voz alta ajuda o cérebro a ativar informações relacionadas ao
objeto em questão, até mesmo imagens. “Não é algo que se faz irracionalmente.
Você não sabe tudo o que vai dizer”, explicou à Gary Lupyan, professor
envolvido no estudo, à rede britânica BBC.
“Dizer
um nome em voz alta é uma poderosa ferramenta de recuperação”, destacou Lupyan.
“Pense nisso como uma placa apontando para um pedaço da informação na mente.
Ouvir o nome exagera algo que normalmente acontece quando você pensa em alguma
coisa. A linguagem impulsiona este processo”.
Confiança
Outra
pesquisa, da Universidade de Michigan, indicou a importância de conversar
sozinho para a autoconfiança e a capacidade de enfrentar desafios. No entanto,
é preciso utilizar as palavras certas, isto é, os pronomes certos.
Os
pesquisadores realizaram uma série de testes com pessoas descrevendo suas
experiências emocionais, mas referindo-se a si mesmas na terceira pessoa. As
pessoas usavam palavras como “ele”, “ela”, “você” ou seus próprios nomes para
contar suas histórias.
O
experimento mostrou que falar sobre si mesmo na terceira ou segunda pessoa
ajuda a controlar melhor os sentimentos e evitar a ansiedade.
Em
outro estudo, publicado no periódico científico Harvard Business Review, Ethan
Kross, líder da equipe de pesquisa, pediu para que os participantes utilizassem
a técnica ao se prepararem para um discurso. Os voluntários que seguiram o
indicado relataram maior confiança e tranquilidade do que os que usaram a
primeira pessoa nas falas.
“Nossos
achados são apenas uma parte de pesquisas mais amplas em curso que estão
mostrando que isto tem implicações de longo alcance”, explicou Kross.
Fonte
Exame.com