Site americano Monster diz que é necessário adaptar
informações para que elas falem diretamente ao recrutador moderno
O
mundo do trabalho muda rápido e já não é o mesmo de cinco anos atrás. A busca
por emprego também se transformou, com as ferramentas disponibilizadas pelas
redes sociais. Nesse cenário, porém, por mais adaptados que os candidatos
possam estar, parece que ainda há muita gente que não muda o currículo desde a
década de 90. O site americano Monster lista cinco indícios para ajudar a
identificar se seu currículo está ultrapassado - e ensina como fazer para que
ele fale diretamente ao recrutador moderno. Veja quais são:
1. Você forçou para fazer caber tudo em uma página só
Você
reduziu a fonte para tamanho oito, eliminou todas as margens e acabou deixando
de fora informações importantes somente para obedecer à regra antiga de que os
currículos deveriam ter apenas uma página. Isso está ultrapassado, afinal de
contas, alguém que já está no mercado de trabalho há 20 anos precisa de mais
espaço do que um recém-formado. Os currículos precisam ser concisos, é claro,
pois os recrutadores são pessoas ocupadas e não têm tempo para ler cronologias
muito longas de carreiras. Porém, é fundamental usar o bom senso: se sua
experiência é relevante e ocupa duas ou três páginas, não há motivos para se
limitar a apenas uma.
2. Você listou um objetivo
É
evidente que um candidato a uma vaga está buscando mais experiência naquele
setor para o qual está concorrendo a uma vaga. O interesse pelo cargo deixa
isso implícito. Será que é realmente necessário listar esse objetivo logo no
topo do currículo? Atualmente, os responsáveis pelos processos seletivos estão
muito mais interessados em saber o que vocês podem fazer por eles do que no que
eles podem fazer por você. Se você quer explicar o porquê de estar concorrendo
à vaga, prefira fazê-lo na carta de motivação ou durante a entrevista de
emprego. O espaço no currículo é valioso demais para ser gasto com informações
redundantes e irrelevantes.
3. Você não faz seu marketing pessoal
Com
a ascensão das redes sociais, todos se tornaram as suas próprias marcas e os
candidatos não devem ter medo de mostrar isso às empresas. Não divulgue apenas
suas realizações, mas divulgue quem você é. Inclua o link para seu perfil no
Twitter no currículo, bem como os endereços de seus blogs ou seu perfil no
Google ou LinkedIn. O Monster recomenda o site Twtbizcard, que ajuda a capturar
todas as suas “identidades 2.0”. Mas não se esqueça de checar que, em seus
perfis nas redes sociais, não há nenhuma informação que você não gostaria que
fosse vista por um potencial empregador.
4. Você escreve “referências disponíveis mediante
solicitação” na parte debaixo do currículo
Novamente,
isso é desperdiçar espaço que é valioso no currículo. Será que é realmente
necessário incluir essa informação? O recrutador deve saber que, se precisar de
alguma referência, poderá pedi-la diretamente ao candidato. Em vez disso,
prepare uma lista com contatos de possíveis referências e a mantenha
atualizada, e espere até avançar no processo seletivo. Segundo o Monster, a maioria
dos empregadores não vai se preocupar em consultar referências até que esteja
realmente pronto a fazer uma oferta ao candidato.
5. Você lista todos os empregos que já teve em ordem
cronológica
Antigamente,
a pessoa com mais experiência conquistava o emprego. Hoje em dia, isso mudou, e
tem mais chances de ser contratado quem é mais talentoso, tem as habilidades
mais importantes e conseguiu mostrar a contribuição que deu aos empregadores
anteriores. Não é necessário listar empregos que não são relevantes para aquela
vaga a que está concorrendo só para preencher espaços. Além disso, foque mais
nas realizações do que nas atribuições diárias de seus cargos anteriores.
Por
Ione Luques
Fonte
O Globo Online